Sweet Claustrophobia escrita por Nina_chan


Capítulo 1
Capítulo Único




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Sweet Claustrophobia

Eu sempre morri de medo de elevadores. E ele ter parado, naquele exato momento, enquanto eu estava presa lá com aquele homem que parecia me comer com os olhos, significava para mim que eu estava prestes a morrer. A claustrofobia me matava, enquanto eu ouvi as palavras do homem ao meu lado. “Eu sei qual o seu problema, mocinha. E sei o medicamento adequado para ele”. Arfei, mais próxima a ele do que eu queria. “E qual seria?” Perguntei. Com um sorriso estranho, ele murmurou “Amor” enquanto nossos lábios se chocavam.

Especial para: Concurso Sakura no ai 2009. / Fanart: Medicamento: Amor. / Casal: Sakura x Sasuke

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Entrei no elevador, enquanto tremia dos pés a cabeça. Se a escada não estivesse interditada por algum motivo como a pintura, eu não teria exitado em descer por ela. Estava nervosa, enquanto fitava minha imagem no espelho. Longos cabelos róseos e a pele pálida por causa do medo me diferenciavam de qualquer outra pessoa naquele prédio, e o fato de ser a médica principal também. A clínica ficava no último andar, porém o prédio era dividido com psicanalistas, advogados e quem trabalhava com gráfico – acabo de esquecer o nome deles.

O elevador parou no sexto andar, e eu me abracei fortemente. A porta se abriu e por ela entrou um rapaz de aparentemente vinte e dois anos, o qual eu nunca vira antes. Sou bastante tímida, e nunca realmente tive casos de amizade fora os antigos, do colégio, e os médicos com os quais eu trabalho no Konoha. Dei um pequeno sorriso para ele, porém não fui retribuída. Me encolhi ainda mais, juntando os fatos: o sexto andar pertencia aos “defensores da lei”, como minha amiga Ino chamava os Hebi. Eram um grupo de advogados de defesa e ataque, que trabalhavam muito e pareciam muito pouco sociáveis. Nós duas odiávamos Taki Karin, uma advogada completamente metida e que deveria encher a cara, e que vimos semana passada pintando o cabelo de vermelho na Dawn Street.

A porta do elevador fechou-se e a ‘viagem’ seguiu em silêncio. Eu contava os minutos para chegar no andar térreo. Fechei meus olhos e, quando ouvi o barulho do elevador parando, abri-os esperançosa. Mas tudo o que vi foi a porta fechada, e o elevador parara de se mexer. Arregalei os olhos, e fiquei olhando para a porta, como se aquilo fosse um truque e, dentro de alguns segundos, alguém fosse pular com uma câmera e gritar “surpresa!”. Mas aquilo não aconteceu, porque o elevador tinha.. T-R-A-V-A-D-O. Travado. Travado. Aquele elevador sempre foi uma porcaria completa. Não sei o que deu em mim para desistir de descer as escadas e pegá-lo, sendo completamente claustrofóbica, desde que meu melhor amigo Naruto acabou me prendendo em uma caixa na sua nova casa, durante a mudança. Não foi uma boa experiência, e desde então, evito lugares fechados.

“Ah, não!” murmurei, assustada. “Não, não, não, não!” repeti, andando em círculos. O advogado ficou me olhando, com a sobrancelha arqueada e provavelmente pensando que eu fosse uma retardada. Mas eu não estava nem ligando para ele, não era importante, pelo menos no momento. Não que eu me importasse com um advogado, é claro, mas realmente posso ser uma pessoa equilibrada, se eu quiser. Só que não queria, no momento, pois estava prestes a ter uma crise de pânico. Me virei para ele, com uma cara decepcionada e triste, assustada. “O elevador está parado, não está? Ah, meu Deus, estamos presos aqui! Vamos morrer! Mas eu ainda não beijei ninguém, eu sou virgem, e todos os meus cachorros me morderam, fugiram, foram seqüestrados ou Ino vendeu-os porque não se acostumava com eles! Ah, e posso dizer que dividir o apartamento com ela não é algo muito legal, ela leva Kiba lá todos os dias e é preferível não passar perto do quarto deles, e eu fico confinada na sala, e eu não posso comer nada que não seja saudável, e eu ainda quero ter um apartamento próprio, algum dia. E eu sempre quis usar sapato tamanho trinta e oito, para não ser uma anã a vida inteira, e ser mais alta do que a Hinata – acredita que ela, a médica mais baixinha, se tornou dois centímetros mais alta do que eu desde o último mês? E eu preciso viver, eu não quero morrer, sou jovem demais para morrer, e Naruto provavelmente tocaria Guns’n’Roses no meu funeral, ao invés de Green Day, como eu quero, então Gaara tocaria Dead by Sunrise e meu funeral estaria acabado, pois ninguém se lembraria de mim, e eu seria esquecida e..”

O advogado colocou a mão em minha boca, como um gesto para que eu parasse de falar e me acalmasse um pouco. Fechei os olhos. Tudo bem, talvez eu estivesse falando um pouco demais, mas eu não podia aceitar que estava prestes a morrer, e ninguém saberia quem eu realmente fui. Por isso, me esquivei de suas mãos, e continuei falando, apavorada, enquanto dava a décima sétima volta pelo elevador. “Mas então ninguém nunca saberia de nada, e nem saberiam que eu odeio rosa ou que eu simplesmente amei o novo cabelo de Taki Karin, apesar de ela ser uma vaca, e até cogitei pintar o meu de preto no mesmo lugar que ela.. Quer dizer, quem gostaria de uma garota-aberração-de-cabelo-rosa? Além do mais, acho que deve ser por isso que eu nunca tive um namorado, ou nunca beijei alguém, ou que Ino me chama de encalhada e ainda tenta armar para que eu saia com qualquer um que apareça na minha frente. Nossa, você sabia que eu levei sete foras na época da faculdade? Isso porque eu sou uma tábua reta..”

“Eu não acho você uma tábua reta, muito menos feia.” O advogado disse, fazendo-me parar de falar. O silêncio perdurou por, pelo menos, cinco minutos, e eu parecia estar petrificada a partir daquele instante. Eu o olhei, hipnotizada, e então me sentei no chão, levei as mãos à cabeça e comecei a chorar desesperadamente. Todo o meu psicológico estava bagunçado. Barras de ferro, espelhos, botões. Eu não poderia estar lá, onde não podia ver o mundo, a paisagem, nunca mais eu os veria. O que eu ouvia, naquele momento? Pessoas ansiosas do outro lado, pensando no que deveria estar acontecendo com as pobres almas presas dentro da ‘caixa-de-metal’. “Porque você está chorando, menina do cabelo rosa?” Ele perguntou, sem parecer realmente entusiasmado em receber uma resposta.

“Porque? Porque? Porque eu deveria ter pego as escadas! Escute só isso, eu vou morrer. O que você quer que eu faça? Eu sou claustrofóbica, tenho medo de escuro e também não consigo suportar me olhar no espelho por mais de dois minutos! Eu sou uma aberração, e estou presa aqui dentro, falando coisas idiotas para uma pessoa que eu sequer conheço, e que deve estar me achando uma louca desesperada e necessitada!” Resumi, chorando ainda mais. Eu não tinha culpa, exceto por falar demais, naquele momento. A culpa era toda do Naruto. Claro! Quem mandava ter me trancado naquela caixa, quando eu tinha dez anos? Estava tão escuro, quente, apertado.. Assim como naquele elevador.

“Por favor, você sabe que é louca, não precisa de mim para confirmar suas suspeitas.” O advogado suspirou, revirando os olhos. Comecei a chorar ainda mais. Ótimo, era o que me faltava. Aquele homem não tirava os olhos de mim, e aquilo começava a me incomodar tanto quanto estar quase morrendo sufocada.

Eu sempre morri de medo de elevadores. E ele ter parado, naquele exato momento, enquanto eu estava presa lá com aquele homem que parecia me comer com os olhos, significava para mim que eu estava prestes a morrer. A claustrofobia me matava, enquanto eu ouvi as palavras do homem ao meu lado.

“Eu sei qual o seu problema, mocinha. E sei o medicamento adequado para ele”. Então, ele se aproximou mais e sentou-se ao meu lado, passando os braços pelos meus ombros. Tremi, cansada.

Arfei, mais próxima a ele do que eu queria. “E qual seria?” Perguntei.

Com um sorriso estranho, ele murmurou “Amor” enquanto nossos lábios se chocavam. O beijo era doce, e eu me senti erguer no ar. Sorri enquanto nos beijávamos, e então notei a situação: eu estava presa no elevador, com um homem desconhecido cuja única coisa que eu sabia era que trabalhava como advogado, morrendo de medo e eu o estava beijando. Ouvi o barulho do elevador voltando a funcionar e as portas se abrindo, e me separei rapidamente do moreno, vermelha como um pimentão. Ele deu um sorriso de canto e se levantou, enquanto escorregava um papelzinho para meu bolso do uniforme de médica do Konoha.

Ino me esperava fora do elevador, completamente paranóica – não mais do que eu, é claro. “O que aconteceu? Oh, meu Deus, você morre de medo de elevador! Porque está tão calma!? Deveria estar surtando agorinha, Sakura! Sabe o que acabou de acontecer com você, testuda?”

“Sei.” Murmurei, com um sorrisinho, enquanto observava o homem desaparecer porta a fora junto com dois advogados do Hebi e (arght) Karin. Tirei o papelzinho do bolso. Uchiha Sasuke: x9914-9961. “Sei muito bem o que acabou de acontecer.”


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Notas finais do capítulo

N/A: Nossa, essa fanfic me custou para sair, e me veio a idéia quando eu estava no elevador a caminho da minha psicanalista. E ficou bem pequenininha, também Sempre utilizando a antiga gramática porque minha professora resolveu que não seria legal ensinar a bosta da nova para a gente, simplesmente porque era uma verdadeira bosta. Troféu joinha para você, professora

Não sou muito fan de Sasuke x Sakura, porém essa fanfic até me orgulhou, sabe Ela está horrível, mas pelo menos eu consegui escrever ela sem complicações. Fui escrevendo o que me vinha na cabeça e então.. Tadan! Lá estava ela.

Quem quiser ver a capa dela, está disponível no meu perfil. E aviso aos Blade Runner's de plantão: Existe agora uma capa para cada capítulo e uma capa da fanfic, também disponível no meu perfil! Obrigada, queridos que leram isso, embora eu ache que esteja falando com o ar.



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