A Batalha de Panteões escrita por Julius Brenig


Capítulo 5
A Batalha da Lua


Notas iniciais do capítulo

Ei, ei mortais!!! O capitulo demorou pq tive que pensar muito num bom desafio para os deuses da lua. Espero que gostem!!!



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Agora que já sabíamos quem iria lutar, os deuses que lutariam foram se preparar. Eu pedi ao nosso diretor, Budad, que me deixasse gravar de dentro do coliseu, pois eu queria ver as lutas de perto. Então, ele solicitou a Hefesto que construísse uma cabine para colocar os materiais de gravação, que Vulcano havia feito. Depois de tudo pronto, era hora de fazer o anuncio oficial para o mundo mortal.

Dramur se posicionou na minha frente e curvou suas patas dianteiras, para poder ficar numa boa altura para filmar. Atrás dele, eu podia ver um monitor, qual mostrava o que estava sendo gravado, nesse caso eu. As imagens que eram exibidas no monitor eram do mesmo jeito que os mortais veriam. Eu estava segurando um microfone e usava um ponto eletrônico, no qual, o Sr. Pelo, resmungava seu sotaque desconhecido.

– Atenção Théo, assim que você assistir a vinheta no monitor, pode começar a falar, ok? Isso vai ser só uma chamada, então não precisa anunciar os participantes ainda. Você já sabe qual vai ser o desafio?

– Sim. – respondi.

– Ótimo. Prepare-se.

Encarando o monitor vi a vinheta. Com uma leve música de fundo, eu via pirâmides, monumentos gregos e romanos, e algumas figuras vikings e no final, letras douradas formavam a frase: A Batalha de Panteões. Em baixo, no canto direito, podia-se ver um G e um S entrelaçados e debaixo o nome Gods Studios. Logo que a vinheta acabou, meu rosto é que estava em foco. E antes de eu começar a falar, ouvi Bundad gritar no meu ouvido, achei isso muito desnecessário.

– Gravando!

– Olá pessoas de todo o planeta! Aqui quem fala é Théo Rodrigues. Estou falando direto de Mythos. Mythos é o lugar onde todos os deuses das culturas grega, romana, nórdica e egípcia vieram morar para decidir um terrível dilema. Quem é o verdadeiro deus do quê? Já que alguns desses deuses tem funções parecidas, sendo até comparados pelos mortais. Então, os deuses equivalentes de cada panteão, por assim dizer, irão se enfrentar numa série de desafios para decidir quem vai ser o deus definitivo dessa função de agora em diante. E eu vou ter a honra de testemunhar isso ao vivo e transmitir para vocês. Já, já voltaremos com o primeiro combate. Eu sou Théo, o seu repórter, e essa é A Batalha de Panteões.

– Corta! Muito bom Théo, parabéns. Agora vamos pular para a Kia. Ela terá que entrevistar os deuses que irão lutar.

No monitor, Kia aparecia com seus belos cabelos verdes. Ele estava ao lado de um homem, que aparentava ter uns vinte anos. Tinha cabelos encaracolados e brancos. Seu olhar era prateado, sua pele branca. Este era Khonsu, o deus Egípcio da lua. As pupilas de Kia se dilataram, sinal que Bundad havia gritado alguma coisa na orelha dela, e após a vinheta, Kia começa.

– Sou Kia. E estarei entrevistando os deuses que disputaram às batalhas. A primeira batalha será entre os deuses da lua, e primeiro, representando o time egípcio, está Khonsu. Khonsu, qual sua expectativa para a batalha?

Khonsu estava com um sorriso confiante, afinal, ele é um jogador. Adora jogar Senet, um jogo de tabuleiro bem antigo, com Ptah.

– Bem, tenho ótimas expectativas para esse desafio. E não importa quem serão meus oponentes, sei que conseguirei armar uma boa estratégia para a vitória.

– Obrigado, Khonsu. Agora vamos entrevistar os outros participantes.

Neste momento aconteceu algo que me surpreendeu. Num simples desfoque da câmera, Kia já estava em outra extremidade do Coliseu. Devia ser um tipo de teletransporte, ou sei lá. Agora ela estava ao lado de uma moça altiva, de uma pele branca e cabelos negros. Seus olhos eram prateados, talvez uma característica comum entre os deuses lunares. Ela empunhava um arco prateado.

– Aqui do meu lado está Ártemis, representando os Gregos. Como você pretende vencer o desafio, seja ele qual for?

– Como a deusa da Lua, serei imprevisíveis e mudar sempre minhas táticas, para melhor adaptar ao combate, como você disse, seja ele qual for.

A câmera se move e Kia já está do lado de um outro homem. Este tinha cabelos castanhos e seus olhos eram prateados como os demais. Sua pele era meio bronzeada, e tinha uma expressão de medo em seus olhos. Seu corpo era bem esguio para sua altura. Vestindo uma armadura simples de cor prateada, usava um elmo com chifres de algum anima que não consegui decifrar.

– Máni, deus nórdico da Lua. Pode nos dizer algo em relação à competição?

– Contanto que Hati não apareça, pode correr tudo bem. – Ele olhava para os lados com medo.

Ao ouvi-lo falar isso, a sabedoria que Atena havia me dado resolveu funcionar. Na mitologia nórdica, Máni era perseguido pelo lobo Hati, e o Ragnarök, fim do mundo nórdico, ocorreria quando ele fosse devorado pelo lobo. Mito bem parecido com o mito de egípcio em que o fim do mundo ocorreria quando Rá, o sol, fosse engolido pela serpente Apofis, o deus do caos. Acho melhor esses quatro sincronizarem os relógios.

A última a ser entrevistada, foi uma mulher que aparentava ter trinta anos. Seu canelo era curto e loiro, seu olhos como os dos demais. Tinha uma expressão selvagem nos olhos. Não era muito alta, mas sua presença era fascinante.

– Diana, que representa os romanos, algo a dizer para nosso público?

– Também sou deusa da caça, por isso, meus oponentes não passaram de presas entre minhas garras. – ela falou isso com um sorriso sinistro na cara. Igual à Ártemis, ela empunhava um arco, mas este era dourado.

– Agora Théo, é com você.

A câmera muda rapidamente seu foco para mim.

– Nossos competidores já podem se posicionar ao centro do Coliseu. E o desafio é o seguinte: Já que a Lua, tem quatro fases, e temos quatro deuses, cada um de vocês terá direito de escolher um. A ordem é livre.

– Minguante. – falou Máni.

– Cheia. – gritou Khonsu.

– Nova. – Urrou Diana.

– Então tá – disse Artémis. – crescente.

– Agora lhes direi qual o desafio. – continuei. Antes de eu realmente falar o desafio, uma gosma branca surgiu flutuando em meio ao ar. – Essa é uma lua derretida, com os cumprimentos de Hefesto. O deus ou deusa que conseguir deixa-la na forma escolhida anteriormente, será o deus da lua.

Todos me olharam surpresos com o desafio. Eu achei uma boa ideia, e parece que eles também.

– Podem começar. Não vale atrapalhar fisicamente seu oponente.

Os deuses estenderam suas mãos em direção à lua derretida. Que se retorcia, como se sofresse uma convulsão. Podia-se ver o tamanho esforço que eles vaziam, pois todos eles estavam embebidos em suor. Os cabelos de Ártemis grudavam no seu rosto, isso à atrapalhava bastante. Máni sempre perdia o foco do jogo com medo da própria sombra. Os únicos realmente focados eram Khonsu e Diana. Os dois deuses tinham pleno domínio do jogo. A lua ficava mudando para lua Cheia e nova, com leves oscilações para as outras formas. Algo inusitado aconteceu: Diana simplesmente parou. Khonsu por um momento conseguiu fixar a lua em cheia. Seu ego estava inflado. Como um jogador, ele adorava estar ganhando, mas ainda havia dois deuses. Mas a surpresa veio um pouco depois. Com força máxima, Diana volta ao jogo. Aproveitando o momento de distração de Khonsu, consegui deixar a Lua nova. A energia usada foi tanta que afastou os deuses de perto da lua com uma onda maciça de energia. Fazendo com que assim, Diana fosse a campeã.

A multidão que estava na plateia era compostas de vários seres mitológicos, quais não vou citar por serem muitos, ainda mais sendo eles de todas as mitologias. Eles foram a loucura e saudaram a nova campeã. Eles não se importava de qual panteão ela era e sim sua vitória merecida.

Kia foi até o meio do coliseu. Chegando lá perguntou à Diana:

– Uau que incrível, o que foi exatamente aquilo?

– Um simples técnica de caça. Deixe a presa se sentir segura e depois ataque com tudo que tiver.

Bundad falou que eu encerrasse a transmissão.

– Bem pessoal da Terra essa foi a primeira batalha. Em algum momento voltaremos com mais batalhas. E para meus amigos que estão assistindo. Sim isso tudo é real, aceitem isso.

Aí entrou a vinheta. Depois que a batalha tinha acabado, os seres mitológicos foram para sabe se lá onde. Eu me reuni com os deuses bem no centro do coliseu e disse:

– Tive uma ideia. Sei o que fazer com os deuses perdedores, sem ofensa galera. – Eles me olharam com um olhar fraterno. Não estavam zangados por terem perdidos e sim decepcionados por terem perdi-os, afinal, ao decidir isso, já sabiam as consequências.

– Diga. – falou Thor.

– Iremos manda-los para a Terra. Não se lembraram de seu passado imortal e renasceram como mortais. – Todos concordaram e assim foi feito. Após uma honrosa despedida, Khonsu, o jogador, Máni, o medroso e Ártemis, a lady, foram dispensados de seu cargo como o deus da lua.


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Notas finais do capítulo

Diana foi a campeã!!! Olha só o Titã chutou certo, mas com duas opçoes fica fácil hehehe. Façam suas apostas os próximos são Poseidon, Netuno, Njord e Néftis. Lembrando que os vencedores são escolhidos por um progama de sorteio aleatório, e eu já sei que vai ganhar huauaha.