O sentimento de medo nas pessoas era algo de divertido de observar, meu primeiro ataque havia sido um sucesso, as pessoas começaram a desconfiar uma das outras, e algumas culpavam o Rixon, tudo havia saído como eu havia planejado. A mascara a qual eu havia usado estava em minha mão agora, e eu estava de pé em meu quarto, pensando em tudo que havia feito enquanto e ao mesmo tempo repassando quem eu iria matar essa noite. A chuva lá fora estava caindo ainda devagar e de momentos em momentos um raio cortava o céu. Temporal, que tempo perfeito para essa noite em que eu daria apenas mais um aviso antes de eu atacar de verdade. Já havia trabalhado muito aquele dia e já havia ficado um bom tempo recortando as palavras em uma revista para formar aquela carta destinada ao Rixon, se eu estivesse certo ele encontraria o corpo primeiro e o esconderia como havia escondido todos os segredos sobre a Cadimus.

Matar nunca fora meu desejo, mas quando o medo se torna silencio e necessário que alguém grite.

Fui em direção à porta, a marreta que eu ficara horas polindo e limpando, estava encostada no portal. Ela seria minha arma hoje. Seria um banho de sangue para mim. E eu tinha medo de estar começando a amar aquilo. A marreta pesou em minha mão quando a peguei, lentamente coloquei a mascara e caminhei lentamente pelo corredor.

Todas as portas estavam fechadas e trancadas, o medo havia se instalado como uma praga na Cadimus. Ninguém quis ficar como vigia noturno quando Jade pediu, o que era bom para mim. Mas eu já sabia que depois dessa noite as coisas mudariam, haveria mais gente nos corredores, mas eu já estava preparado para aquilo. Desci pelas escadas ao 5 andar, enquanto descia eu limpava minha mente ao máximo para que ela ficasse fixa no que deveria fazer hoje.

Abri a primeira porta branca do corredor com a chave que eu havia roubado a noite passada. Em cima da cama estava o corpo a qual dentre vários funcionários eu havia escolhido a dedo. Eu não precisava de motivos para matar alguém, mas era melhor matar alguém que tivesse a ficha um pouco suja. Jhoana era um exemplo, era uma ex-traficante e já fora uma péssima dona de um prostibulo, fora presa muito jovem, mas saiu mais cedo por bom comportamento e cursou medicina e entrou para trabalhar na Cadimus. Fiquei dias olhando a ficha de todos que trabalhavam na Cadimus, e decidi que ela seria minha primeira vitima. E eu havia a escolhido muito bem. Minha vitima de hoje era um rapaz muito jovem chamado Jhonnatam matou um homem em legitima defesa socando a cabeça dele com um martelo, o resultado e que o homem morto deixou para trás dois filhos, e uma mulher desempregada, Jhonnatam seria perfeito para essa noite. Admirei o corpo dele por um momento. Ele estava deitado de bruços, suas costas eram largas e seu cabelo loiro cortado socialmente, ele dormia como um bebe aposto que nem sentiria a dor. Juntei as forças que havia em mim e levantei a marreta e com um só golpe esmaguei a cabeça como se estivesse batendo em um bife, a sujeira fora muito grande. O crânio dele quando fora esmagado pela marreta espalhara sangue e pedaços de carne pelo quarto. Coloquei minha mão no bolso e depositei o papel branco que ficara horas trabalhando ao lado da cabeça esmagada de Jhonnatam. Em minha mente eu pensava comigo. "Isso foi você que fez Rixon, você e o monstro aqui. E o seu fim está chegando. Bem lentamente."