Winx 2: A Batalha Final escrita por autorasantiis


Capítulo 18
A Dangerous Energy




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O grito ecoou por todos os corredores silenciosos daquele castelo, como uma premonição, como o sinal de que algo terrivelmente ruim estava acontecendo.

A mulher colocou a mão na garganta, enquanto puxava o ar com dificuldade e chorava copiosamente, havia algo errado e ela não conseguia se controlar.

— Meu amor, me diz o que sente – Caleb falava assustado, duas batidas foram ouvidas na porta e logo os gêmeos estavam dentro do quarto, e os outros ao lado de fora reunidos, olhando pela porta aberta – Clarissa, precisava me dizer o que sente.

Mas ela não conseguia falar, suas pupilas estavam negras, enquanto mexia os olhos de um lado para o outro, ela não podia ver nenhum dos seus amigos, mas podia ver alguma coisa diferente. O rosto que surgiu diante de si, a fez derrubar mais lágrimas.

— Clarissa – Caleb chama desesperado.

— Eu faço isso – Damon pediu tocando o ombro do pai e se sentando de frente para a mãe – desculpa mamãe.

Damon colocou as duas mãos na cabeça dela, fechou os olhos e com sua magia, a puxou de volta, aquilo doeu em Clarissa, mas doeu muito menos do que o que havia visto. Ela deixou o corpo cair na cama, enquanto olhava para o nada.

— Conseguiu ver algo? – Aurora pergunta preocupada e Damon nega, tecnicamente ele deveria ter conseguido ver, mas aquilo não era uma coisa que podia, afinal, apenas o poder de Dama da Noite era capaz de ver.

— É ela – Bloom disse adentrando o quarto, havia acabado de chegar – a besta.

Todos miraram ela, confusos.

— Ela foi solta e ela sabe o que aconteceu – Bloom diz apontando para Clarissa e foi no mesmo momento em que ela levantou e ainda com o olhar vago, desapareceu ali mesmo.

— Aonde ela foi? – Caleb pergunta preocupado.

— Para onde o poder dela mandou – Bloom diz calma demais – ela vai retornar em breve, tentem dormir novamente.

Como era possível ela estar tão calma? Bem, era bem simples, ela não sabia exatamente o que Clarissa havia visto, mas havia sentido, isso só a dama da noite poderia fazer, e por isso Bloom estava bem.

A mulher caminhou pelas pedras enquanto ouvia o silêncio ensurdecedor, seus olhos ainda estavam negros, mas ao contrário de como havia saído de Solaria, agora tinha suas asas azul meia-noite, e suas roupas brilhantes, também meia-noite. Ela mirou o corpo no chão e se agachou próxima, alisando o rosto da garota, removendo dela todo o poder maligno que sentia, e quando não sobrou mais nada, a expressão da mulher suavizou, indicando que agora podia ir em paz.

— Eu sinto muito minha amiga – Clarissa fechou os olhos dela e suspirou, mirando o pedestal de cristal.

Ela se levantou, foi até o pedestal e removeu a chave dali de dentro, chave essa que só ela poderia pegar, era um mecanismo de segurança da mulher morta, ela se certificou de que apenas Clarissa encontrasse aquilo que eles tanto precisavam.

Clarissa guardou a chave e foi até o corpo, fazendo-o flutuar com seu poder, e juntas elas deixaram os abismos de Terra de Baixo, retornando para Solaria, onde todos esperavam pelo seu retorno na sala de estar, e ver a castanha passar pela porta com o corpo ao seu lado, era devastador, os joelhos de Caleb cederam ao chão, enquanto ele mal acreditava no que via.

— O que... – Caleb mal tinha palavras, aquilo não podia estar acontecendo, não com ele, não mais uma vez.

— Eu fui chamada pela energia da besta, ela está caçando, e Terra de Baixo era o reino mais próximo das florestas de Alfea – Clarissa diz indo até Caleb e se ajoelhando de frente para ele – não há mais tempo, precisamos correr.

— Como ela morreu? – Camila pergunta olhando Louise, enquanto tinha lágrimas nos olhos.

— Ela estava patrulhando os abismos de Terra de Baixo e não teve nem como se defender, a besta estava a caçando – Clarissa conta sem desviar os olhos do rosto de Caleb que ainda mirava a prima, ela colocou as mãos no rosto dele e o fez olhar para ela – eu sinto muito.

— Os seus gritos, a sua dor, você a sentiu? – ele pergunta e Clarissa apenas assente, fazendo-o suspirar – irá sempre ser assim? Sempre que um de nós morrer, você...

— Eu irei sentir a energia e serei guiada até vocês – aquela era uma informação nova, se Clarissa tinha o poder de sentir a besta matando, era sinal de que não demoraria para chegar até ela, pois a dama da noite e a dama de ferro, eram aquelas que ele queria, que ele necessitava, aquelas que o baniram, mesmo que no passado houvesse sido suas antecessoras.

O silêncio pairou por ali, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Cada um processando da maneira que podiam todas aquelas informações.

— Vou preparar o funeral dela – Stella diz e deixa a sala, com Flora e Violetta junto de si.

— Bloom, podemos... – Clarissa diz olhando para a ruiva que assente, então ela olha novamente para Caleb e suspira – vá descansar, Aurora, Damon, levem o pai de vocês por favor.

Os dois caminharam até Caleb e estenderam a mão, tendo-as segurada, e dessa forma eles saíram dali, e todos os outros foram procurar seus afazeres.

As duas se afastaram até a biblioteca e fecharam a porta, Bloom conseguia sentir o que Clarissa estava sentindo, mas para Clarissa aquilo era mil vezes mais intenso.

— Porque Louise? – Bloom pergunta curiosa, sabia que Clarissa estava escondendo algo, além do fato de Terra de Baixo ser próxima da floresta, havia algo a mais ali.

— Nós erramos o lugar, A Besta não estava aprisionada nas florestas de Alfea, estava em Terra de Baixo, no abismo de cristais, onde estava a chave – Clarissa explica e mostra a chave para Bloom, que franze o cenho.

— Louise a soltou?

— Não, os elfos a soltaram, porque é na floresta de Alfea que tem o pedestal onde a magia inicial foi feita pelas damas ancestrais – Clarissa explica e vai até uma prateleira, pegando um livro e abrindo em uma página específica – eu achei esse livro ontem de manhã, e foi assim que eu descobri que o local de ritual e o local de prisão eram diferentes, mas o confirmei hoje nas visões que tive enquanto sonhava.

— Louise sabia?

— Sabia e por isso ela estava patrulhando o abismo, para achar a chave, a magia de bloqueio no pedestal da chave foi a última magia que ela fez antes da Besta pega-la, e Louise só foi morta porque ela invocou a magia que remetia a mim.

— Então a besta seguiu o faro da magia.

— E se quisermos que os outros sobrevivam, precisamos apagar nosso rastro aqui e seguir para um ponto cego, precisamos...

— Ir para Lunar – Bloom diz e Clarissa assente – é o único reino que existe magia de proteção que extingue rastros por sua causa.

E novamente Clarissa assentiu, não era preciso ser um gênio para concluir aquilo. E agora elas precisavam deixá-los para dar uma chance deles sobreviverem, pois a besta não estava interessada em se alimentar de fadas, mas sim das damas do universo.

— Onde acha que ela vai agora? – Bloom pergunta pensativa.

— Alfea, se eles querem nos atrair, será perto da maior quantidade de fadas aprisionadas que nos levarão – Clarissa explica e Bloom suspira, sabia que seus pais estavam lá, sabia que todos os outros estavam lá, era perigoso, mas precisavam de um plano e para não serem atraídas até eles antes de terem todas as chaves e a caixa de Pandora, tinham que se esconder.


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