O príncipe, a cientista e o plebeu escrita por Vanessa Sakata


Capítulo 60
Sem cerimônia


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Acreditem ou não, estamos chegando ao último capítulo desta fanfic de Dragon Ball. Já digo que esta história vai me deixar saudades, porque ela é muito especial para mim, mesmo tendo ficado parada por tanto tempo antes de eu retomar. Busquei dar um final digno e acredito que ficou à altura da história como um todo, mas sou suspeita de falar, porque realmente gostei demais de escrevê-lo.

Acredito que vocês vão curtir, o capítulo tá divertido e, ao mesmo tempo, apaixonante!

Sem mais delongas, bora ao capítulo final e boa leitura a todos! o/



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Vários dias se passaram e tudo, enfim, voltava à sua normalidade na medida do possível, afinal, o que para alguns poderia ser “normal”, para outros não era bem assim. De todo modo, quase toda a população da Terra já tivera apagadas de suas memórias as lembranças da terrível ameaça que fora Majin Boo, cuja contraparte rechonchuda e bondosa estava viva e passara a se chamar Mr. Boo. Por consequência, todos tocavam sua vida como sempre, sem qualquer preocupação fora do normal.

Quem também tocava sua vida como sempre – ou quase isso – era Bulma que, junto com Trunks, conseguira arrastar um emburrado Vegeta para o shopping center na Capital do Oeste. O saiyajin estava emburrado por três razões: a primeira, por ser rabugento como sempre, a segunda, por ter vindo por livre e espontânea pressão na base da chantagem, e a terceira, porque tinha quase certeza de que sairia daquele lugar carregando dezenas de sacolas penduradas nos braços e várias caixas que seria obrigado a equilibrar.

Um dos argumentos da cientista era de que, já que a Terra estava em paz, a força sobre-humana dele poderia ajudá-la em horas como essa.

E de fato ele acabara com os braços cheios de sacolas penduradas, além de equilibrar algumas caixas e embrulhos, mas havia um pequeno consolo nisso. Não era o único na situação, pois o filho também estava fazendo o mesmo, seguindo o exemplo do pai. Já na saída, Bulma se deteve diante de uma vitrine e ficou encarando-a por um bom tempo, deixando escapar um suspiro.

Na referida vitrine havia dois manequins, um usava um vestido de noiva branco, que realçava as curvas do manequim feminino. Era um tomara-que-caia, com a parte de cima bordada com strass e fios prateados, a modelagem onde a saia ficava justa realçava os quadris e no final se abria tal como uma cauda de sereia. Complementando o vestido, um arranjo floral preso ao cabelo, na lateral da cabeça, que ficaria perfeito até em cabelos curtos. Bulma se imaginava dentro dele, toda plena, linda, sexy e maravilhosa.

Não era a primeira vez que Vegeta a via encarando manequins usando vestidos parecidos com aquele tipo de olhar aparentemente sonhador. E já sabia o roteiro daquele namoro de vitrine... Ela olharia para o manequim vestido com o terno preto e daria uma olhadela no saiyajin para depois voltar sua atenção ao dito-cujo, como se fizesse um exercício de imaginação.

― Mãe? – Trunks interrompera aquele momento. – Por que olha tanto pra essa vitrine?

Ela voltou ao mundo real e tentou desconversar:

― Ah, não é nada... Só achei essas roupas muito bonitas!

Para o garoto a resposta parecia convincente, pois não fizera nenhum outro questionamento. Mas um monte de interrogações surgia na cabeça de Vegeta, que queria saber por que exatamente ela estaria tão interessada naquele tipo de roupa. Lembrava-se vagamente de uma conversa relacionada a isso, mas não conseguia recordar o seu teor. Na ocasião, estava ocupando sua mente com estratégias de batalha e mal prestara atenção na cientista.

Voltaram para casa e enquanto ele se livrava das dezenas de sacolas, começara a ouvir uma conversa entre Bulma e a Sra. Briefs e surgiram as palavras “vestido”, “terno”, “vitrine”. Queria descobrir o que tinham a ver e não iria perguntar a ela a respeito, pois com certeza viria mais um sermão que teria que aturar. Nessas horas gostaria de ter uma audição como a de Piccolo, que escutava até um alfinete caindo a uns cem metros de distância, o que o pouparia de se esgueirar até um ponto onde poderia ouvir a conversa de uma distância segura, fora da vista das duas, que estavam no quarto do casal Briefs.

― Mãe, hoje vi o vestido que quero usar! – Bulma dizia animada e apaixonada. – Ele é exatamente como aquele do catálogo.

― Deve ser realmente muito lindo! – a Sra. Briefs sorriu.

― O terno também é maravilhoso, acho que vai ficar perfeito para o Vegeta!

O príncipe saiyajin engoliu seco, pois agora tinha certeza de que aquela olhadinha que ela dera enquanto namorava a vitrine era justamente imaginando aquele terno nele. Já se vestira daquela maneira um tempo atrás e se enrolara muito para conseguir dar um nó naquela tira de pano chamada gravata – a peça de roupa terráquea que mais detestava, por não ter qualquer utilidade prática a não ser enfeitar um pescoço, envolvendo-o como se fosse uma forca. Voltou a prestar atenção na conversa, não queria perder nenhuma palavra sobre o que ela poderia estar armando para ele.

― Eu mal posso esperar para que façamos a cerimônia de casamento. Quero oficializar minha união com o Vegeta!

Ele nem ouviu o resto da conversa, pois agora se recordava do que ela lhe dissera a respeito desse costume terráqueo, de se fazer uma cerimônia de casamento, onde os noivos se vestiam daquele jeito e faziam um monte de formalidades com um monte de convidados olhando para os dois. Depois havia uma festa onde todo mundo comeria até se fartar e faria várias outras coisas para se divertirem e cumprimentar os noivos e tal.

Ah, sim, Bulma lhe dissera que Kakarotto passara por essa espécie de “ritual” e tinha até uma foto dele com a mulher... Mas ele não iria passar por uma coisa desnecessária dessas, de jeito nenhum!

Sentiu o ki dela se aproximando e tentou agir naturalmente, começando a caminhar rumo à cozinha. Ela o avistou e decidiu acompanhá-lo, enquanto Trunks conversava com o avô e brincava com o gatinho preto que sempre o acompanhava. Os dois chegaram à cozinha, onde montaram sanduíches para poderem comer e se sentaram à mesa, um em frente ao outro. O saiyajin comia o primeiro de três sanduíches, para complementar o que devorara junto com o filho na praça de alimentação.

Bulma o observava enquanto começava o seu sanduíche. Estava pensativa, como se buscasse escolher as palavras apropriadas para lhe dizer. Vegeta percebera aquele olhar e tentava pensar em algo para responder, argumentar ou contra-argumentar.

― Vegeta, eu estava pensando em uma coisa.

Ele grunhiu em resposta por ela odiar que falasse de boca cheia, o que era a sua situação de momento. Ela entendeu aquele grunhido como se fosse para prosseguir.

― Já faz alguns anos que estamos juntos, e pensei que poderíamos, sei lá, oficializar nossa relação.

― Oficializar? – ele arqueou interrogativamente uma das sobrancelhas e se preparava para atacar o segundo sanduíche. – Como assim?

― Lembra que te falei esses dias sobre cerimônias de casamento?

Ele grunhiu afirmativamente enquanto chegava à metade do segundo sanduíche e já buscava se preparar para a bomba prestes a vir.

― O que acha de fazermos uma cerimônia e convidar nossos amigos?

― Pra quê? – Vegeta questionou, estendendo a mão para pegar o último sanduíche.

― Oras, é como um ritual público em que expressamos que amamos um ao outro. Digamos que todos vão saber que estamos juntos e pra valer, entende?

― Nós, saiyajins, não fazemos esse tipo de coisa.

― Não? – ela encarou-o interrogativamente.

― Não.

Bulma o observou terminar seu último sanduíche e beber alguns goles de suco de maracujá, para só depois disso prosseguir. Meio que já sabia que Vegeta começaria dizendo “nós, saiyajins, não perdemos tempo com esse tipo de coisa”.

― Nós, saiyajins, não perdemos tempo com esse tipo de coisa, Bulma. – ele realmente disse para começar. – Guerreiros não podem perder tempo e nem se distrair com festas ou rituais desnecessários.

― Mas isso não é desnecessário!

― Um saiyajin não precisa de cerimônias desse tipo pra dizer que tá casado.

― Então como eles faziam? Talvez a gente possa fazer uma cerimônia à maneira saiyajin!

“Que bom que perguntou, Bulma!”, Vegeta sorria involuntariamente. “Eu vou ganhar essa discussão!”

Bulma estava realmente curiosa para saber o que Vegeta lhe responderia. Será que era uma cerimônia muito breve? Um ritual? Como seria? Muito estranho? Nada de mais? Algo lindo e simbólico, apesar da simplicidade? Todas essas perguntas a enchiam de expectativa e já pensava em uma festa, mesmo que íntima, para comemorar o acontecimento. Mas...

― Simples, eles formam um casal, ficam juntos e fim da história.

“Contra-ataque bem-sucedido!”, ele pensou triunfante enquanto a via confusa e surpresa com tamanha simplicidade do que dissera. Talvez estivesse processando a informação e a entendendo, pois surgia nos lábios da cientista um sorriso. Sua vontade de comemorar acabou indo por terra ao perceber que aquele sorriso não era de compreensão, mas de nervoso.

Quase uma década de convivência era suficiente para saber que agora viria chumbo grosso!

― Até parece que vou acreditar numa desculpa dessas, Vegeta! – ela esbravejou enquanto se levantava e batia as duas mãos contra o tampo da mesa. – Aposto que isso é desculpa pra você não querer fazer parte de uma cerimônia!

Furiosa, Bulma saiu pisando duro enquanto Vegeta piscava os olhos e processava a acusação que ela lhe dirigira. Não entendia por que ela dava mais importância àquela tal cerimônia, mas acabou dando de ombros.

Aquela mulher terráquea era realmente complicada quando queria.

 

*

 

No dia seguinte, Bulma acordou e bocejou tão logo os primeiros raios de sol começaram a atravessar a vidraça da janela do quarto. Olhou para o lado vazio da cama, que bem poderia ser pelo motivo de sempre, mas na verdade a razão fora por ter ficado tão furiosa que não permitiu que Vegeta passasse a noite junto com ela. Costumava ser um castigo eficaz quando o saiyajin a contrariava e geralmente adorava rir da cara amassada de um homem ainda mais mal-humorado e resmungão do que de costume por ter passado a noite no sofá da sala após se estressar com as portas de todos os quartos vagos trancadas por ela.

Oh, sim, Sua Alteza não era o único estrategista da casa! Mal podia esperar para ver a cara dele quando fosse tomar o café da manhã!

Assim que fez a higiene matinal de praxe, arrumou os curtos cabelos na cor azul-turquesa e vestiu seu vestido vermelho e pôs o lenço amarelo no pescoço. Finalizou colocando os brincos de argola nas orelhas e um batom vermelho nos lábios. Não seria a raiva da véspera que a deixaria abatida e aborrecida.

Quando chegou à cozinha, viu que seus pais já estavam à mesa, junto com Trunks e Vegeta que, como previsto, a fuzilava com o olhar após passar a noite no sofá. O filho do casal buscava se concentrar em continuar comendo seu café da manhã reforçado enquanto se preparava psicologicamente para um treino que com certeza seria ainda mais puxado do que o normal, dado o terrível humor de seu pai.

― Dormiu bem esta noite, Vegeta? – Bulma perguntou com um doce sorriso no rosto, mas em claro tom de sarcasmo.

Vegeta não respondeu, pois tentava descontar parte de sua raiva devorando as numerosas panquecas que a Sra. Briefs preparara. Iria descontar a outra parte no treinamento, com certeza. E o pobre Trunks percebia o clima pesado dos dois e sabia que, por mais que seu pai não necessariamente descontasse nele o mau humor de ter dormido no sofá, ele tinha uma tendência a ser um pouco mais severo do que o costume na hora de treinar.

O dia passou e, ao entardecer, ocorria exatamente o que já era esperado. Trunks e Vegeta saíram da sala de gravidade após um treinamento intenso. Estava realmente exausto, seu pai realmente exigira bastante dele como adversário de treino. Apesar do cansaço, fora divertido. Sempre era divertido lutar com seu pai, e isso ocorria com ainda mais frequência do que antes.

Mas que estava cansado, estava, e Bulma cruzou o caminho dele.

― Como foi o treinamento, Trunks?

― Tô morto, mãe... – ele respondeu, decidido a ir tomar um banho. – Mas foi divertido.

Bulma não conteve um sorriso ao ver o filho seguir enquanto passava uma toalha pelo rosto suado devido ao esforço físico demandado na sessão de treinamento. Entretanto, ao ver Vegeta, seu sorriso se desvaneceu e ela empinou o nariz, seguindo o seu caminho até o jardim. Pelo menos era o que pretendia fazer, se não fosse alguém segurando com firmeza seu pulso.

― Precisamos conversar, Bulma. – ele disse enquanto a encarava bastante sério.

 

*

 

A conversa que Vegeta queria ter com Bulma acabou demorando a acontecer. Era para ser naquele momento, mas a Sra. Briefs os interrompeu, arrastando a filha para falar-lhe algo e lá ela ficou com a mãe, deixando o saiyajin frustrado. O jantar transcorreu com normalidade, embora a cientista quisesse saber logo o que ele tinha a lhe dizer.

Assim que terminaram o jantar, Trunks foi jogar um pouco de videogame enquanto o Sr. Briefs ia alimentar os animais que estavam no viveiro e a Sra. Briefs terminava de organizar a cozinha junto a um robô projetado para auxiliar no serviço. Bulma entrou no quarto do casal, seguida por Vegeta, mas atravessaram o cômodo para ficarem na sacada, onde soprava uma brisa fresca em uma noite bastante estrelada.

― Bom – ela foi a primeira a falar. – O que você quer tanto falar comigo?

― É sobre o que falamos ontem.

― Ah, certo... Você tem uma nova desculpa pra não querer uma cerimônia de casamento? É bom que seja algo que realmente me convença, ou vai dormir no sofá de novo!

Ele bufou. Teria que dosar bem a sua pouca paciência habitual para conseguir o que queria.

― Tem como ser um pouquinho menos insolente e baixar a guarda?

― Para “Vossa Alteza” sem argumentos? Será que é tão difícil de vez em quando você ceder e tentar fazer parte de alguma coisa “terráquea”? Francamente, Vegeta! Você vive há anos aqui e parece que não quer se contaminar com nada, querendo, sei lá, se manter um saiyajin puro! Não precisa ser como o Goku, mas poderia fazer algo por mim! É tão difícil assim?

Vegeta se manteve em silêncio, apenas ouvindo Bulma descarregar nele a raiva e a frustração que sentia naquele momento. Assim que percebeu que ela não tinha mais nada a dizer, indagou:

― Acabou?

― Por enquanto acabei. O que você quer mesmo me falar?

― Eu não estive dando nenhuma desculpa desde o começo, se quer saber. – o saiyajin respondeu sem se alterar. – Tudo o que eu disse sobre como os saiyajins fazem em relação a casamento é verdade.

Esperou por alguma contestação dela, o que não ocorreu. Bulma percebera em sua voz um tom muito sério para já rebater o que lhe dizia. Diante do silêncio dela, ele prosseguiu:

― Eu quero dizer que não precisamos de nenhuma cerimônia, porque já me considero casado com você, Bulma.

Ela arregalou os olhos azuis ante a última parte do que ele dissera. Mas aquilo era sério, ou apenas para que ela parasse de ter aquela ideia? De todo modo, decidiu que queria entender melhor aquilo.

― A partir de que momento um saiyajin se interessa por outra pessoa e se considera casado?

― A partir do momento em que se sente atraído pela personalidade dessa outra pessoa e não consegue pensar em deixá-la de lado.

“Interessante”, ela pensou para depois questionar:

― E com relação a nós?

Ele corou imediatamente. Uma coisa era falar de indivíduos genéricos pertencentes à raça saiyajin, outra completamente diferente era falar de si mesmo e de seus sentimentos. Por mais que não se importasse tanto com essa questão de ter ou não tais sentimentos, externá-los com palavras continuava sendo sua maior dificuldade. Preferia demonstrar o que sentia por ações, pois falar a respeito era bem mais difícil.

Mas havia coisas que nem sempre eram possíveis de expressar somente por gestos. Palavras eram importantes também, e naquele momento eram realmente necessárias. E somente ela era capaz de romper essa barreira que ele mesmo construíra durante sua existência.

Antes, pensava que ela era apenas um ser fraco e irritante, que servia somente para dar-lhe um suporte tecnológico necessário para treinar e se fortalecer para enfrentar os androides. O que ele não esperava era que se sentiria atraído principalmente pela personalidade forte dela, e que isso se tornasse um amor que o impulsionava a querer proteger tanto ela quanto Trunks a ponto de se sacrificar para tal.

Hoje, se tivesse que dar sua vida para protegê-los novamente, novamente o faria sem pestanejar.

― Eu... – ele parecia se perder no azul dos olhos dela ao encará-la. – Eu me considero casado desde... Desde a primeira vez que me confessei a você.

Eram poucas palavras que Vegeta costumava dizer no que se referia aos próprios sentimentos, mas suficientes para sentir-se amada por ele. Os atos mostravam isso, mas as palavras também tinham algo de especial. Aquele saiyajin que parecia tão lunático, tão obcecado em superar o rival, e não se importava com mais nada a não ser isso, com o tempo se tornou aquele homem que era tão protetor, capaz de qualquer coisa por ela e pelo filho...

... E com quem agora se considerava casada há mais de oito anos.

― Você está certo, Vegeta, então vamos esquecer essa conversa de cerimônia. – disse após refletir. – Até porque todos que nos conhecem já sabem que estamos juntos.

Ela sentiu um dos braços dele envolver sua cintura e, quando menos esperava, sentiu um forte impulso como se algo a puxasse para cima. No mesmo instante, percebeu que estava rodeada pelo céu noturno cheio de estrelas cintilantes e seus cabelos azuis eram levemente agitados pela brisa. Olhou para baixo e tudo o que viu foram vários pontos brilhantes, que eram as luzes da Capital do Oeste vistas de uma altura bastante considerável.

― Ficou maluco, Vegeta?! – ela esbravejou enquanto abraçava o saiyajin com força pelo pescoço. – Eu poderia ter caído!

Ele sorriu e se divertia com a expressão surpresa da mulher a quem considerava sua esposa fazia tempo:

― Não acredito que ainda não se acostumou com isso, Bulma! Já deveria ter se acostumado, não?

Ela começou a rir também e o surpreendeu com um beijo apaixonado, prontamente correspondido na mesma intensidade. Os dois esqueciam que estavam flutuando no ar, cercados pelo céu na noite, a vários metros acima do chão. Só queriam aproveitar aquele momento juntos e nada mais.

Não precisavam de cerimônia de casamento para mostrar que se amavam. Não precisavam de palavras para exprimir tudo aquilo que sentiam um pelo outro. Não precisavam de mais nada para ter certeza de que seriam e continuariam felizes juntos. Com o passar do tempo, tinham certeza de que o destino fora muito caprichoso em unir duas almas, mesmo a anos-luz de distância uma da outra, e isso era mais poderoso do que qualquer cerimônia ou ritual.

O que era inesperado se tornou uma união sólida, que nem o universo, com suas várias galáxias, e nem a morte eram capazes de romper. Nada impedira e nada impediria aquele amor que sentiam de crescer mais e mais.

Bulma e Vegeta eram a mostra de que o destino era realmente caprichoso.

 

Fim!


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Notas finais do capítulo

Sim, pessoal, chegamos ao final desta fanfic... Apesar da saudade de escrevê-la, com certeza continuarei a ter um imenso carinho por esta história que contou a minha versão de como as vidas dos três protagonistas (sim, três, porque o Yamcha, querendo ou não, também é um dos principais) mudaram desde que começaram os preparativos para os eventos da Saga dos Androides/Cell em DBZ. Vimos como terminou a relação de Bulma com Yamcha e como ela se aproximou de Vegeta, e como os três mudaram ao longo desse tempo, e mesmo sete anos depois, na Saga Boo (como mostrei nos dois capítulos anteriores e neste). Quando a gente observa o anime, vemos como eles mudaram bastante, sem perder a essência. Mostrar isso foi desafiador e, ao mesmo tempo, divertido. Vimos uma Bulma se tornar ainda mais responsável e madura, um Yamcha que buscou lidar com os reveses da vida e a aceitar o destino e um Vegeta que passou por uma mudança gradual, mas bem grande, de seu caráter enquanto enfrentava a si mesmo. E é a evolução do príncipe saiyajin que se mostra mais evidente, pois vemos um antigo vilão passar a ser uma espécie de anti-herói até chegar a ser um herói de fato. E a Bulma ajudou bastante, foi a primeira a confiar nele quando mais ninguém confiava e isso contribuiu para que os dois se aproximassem daquele jeito deles.

Os três personagens tiveram seu grau de dificuldade no decorrer da história, mas o mais difícil mesmo de colocar na fanfic foi o Vegeta, por conta de sua personalidade. Foi um desafio mantê-lo como o rabugento de sempre, mas ao mesmo tempo ser um cara gentil que atraiu a cientista.

Meu maior desafio foi retomar uma história que esteve em hiatus desde 2011, porque passei todo esse tempo tentando escrever algo após o capítulo 55, mas não conseguia algo interessante pra dar sequência, até que este ano eu finalmente consegui pensar em um final digno a ela. E aqui estou, encerrando esta fanfic do jeito que ela merece.

Aos leitores mais antigos e que ainda me acompanham, agradeço pela paciência para comigo durante esse tempo de hiatus e por voltarem a ler depois do meu retorno. Aos leitores mais recentes, também agradeço por estarem chegando até aqui. Todos vocês me motivaram bastante, podem acreditar!

Gostaram da fanfic e do seu final? Fiquem à vontade pra comentar, pois embora escreva por gostar de escrever e compartilhar com quem gosta das mesmas coisas que eu, eu adoro cada comentário!

Mais uma vez, obrigada a todos por acompanharem esta história e a gente se vê nas outras fanfics!

Até a próxima! o/



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