A garota misteriosa de Sweet Amoris escrita por Samy Chan


Capítulo 7
Capítulo 7 - Criança que sonha


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora! Espero vocês la em baixo para mais informações sobre o próximo capítulo!



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Eles caminharam para fora do quarto e dirigiram-se para a saída. Estava nevando. Sarah se perguntou como poderia nevar tão rápido ali, mesmo fazendo uns três dias que o tempo estava bom. Ignorou aquilo enquanto se dirigiam a porta.

– Tome – Ele tirou umas blusas que estavam penduradas no cabide. – Você pode ficar com eles por um tempo. Depois é claro me devolva.

Eu concordei com a cabeça, assim colocando rapidamente as blusas que serviam como vestido.

– Obrigada Castiel. – Disse Sarah sorrindo. Enquanto o garoto fingiu não se importar.

Ele abriu a porta que dava para a fora do hospital e fomos para um balanço que não estava muito longe dali. Pegadas mostravam nosso caminho por lá, o que Sarah não se lembrava de ter visto uma vez... Ele se sentou em um dos balaços que estavam quase congelados por causa de tanto frio.

Os cabelos de Castiel estavam cobertos de neve enquanto se balançava como uma criança, Sarah começou a encarar a neve que estava no chão. Seus cabelos estavam um pouco úmidos, ela então apenas sorriu para si mesma.

– Esse era o lugar preferido dela. – Ele parou de se balançar – Você parece com ela Sarah.

– Eu? Me pareço com a...

– Sim, ela mesma. – Ele olhou para mim. – Tirando o nariz e as bochechas são iguaizinhas. – Ele olhou para o céu – Eu a conhecia desde a infância, mas... Nós nos separamos na adolescência. Eu sai do pais e a deixei aqui, foi o pior erro da minha vida. Eu fui fazer um curso, e quando finalmente voltei meus pais estavam mortos e vim parar aqui. Ela estava aqui, sorridente como sempre. Mas teve um dia que isso mudou, ela ficou triste e quase não falava com ninguém. Ela não olhava mais para a minha cara, tinha me ignorado por completo. E quando a diretora anunciou que ela estava morta... Eu quis me matar também.

Ele parou um pouco e me olhou novamente.

– Eu fiquei com o diário dela, e não tenho coragem de ler. Tenho medo de ler e descobrir o que ela escondia nos momentos em que ela estava triste... – Ele ainda continuava a olhar para mim. – Bem, Sarah... Eu não queria te meter nessa história, mas... Eu queria desabafar com alguém. Alguém que não a conhecia.

– C-Castiel... – Eu disse – Você gostava dela?

Ele corou e olhou para o lado, e ficou quieto por um tempo.

– Ca-Castiel? – Eu disse o cutucando. Ele então voltou a se balançar, mas se balançava devagar. Eu não conseguia ver seus olhos acinzentados...

Ele ficou um pouco fora de área como se lembrasse dela, de como ela era... Ele olhou para mim, seus olhos estavam cheios d’água.

– Merda! – Ele limpou rapidamente suas lagrimas. – É tão estranho relembrar dela mesmo fazendo cinco anos... Droga! Droga! Droga!

[...]

– Sim. Eu me lembrei de algo. – Disse Sarah.

– Sério? Como o que? – Disse Alice.

– Bem... – Sarah queria guardar para si mesmo tudo aquilo, mas Alice era sua amiga agora. Então ela podia ajuda-la. – Bem, eu fui estuprada aos meus doze anos. O que parece que foi uma das causas para ter tantas marcas nos meus braços. Bem, eu sonhei com Bob e com a...

– Você sonhou com sigo mesma? – Ela riu

– Não! – Eu disse. – Pelo que eu entendi, eu me chamo Sarah e não... Georgia.

A garota ruiva se envergonhou.

– Me desculpe! – Ela disse – Você se parece tanto com ela que mal acreditei que era outra pessoa. Bob me disse que você é ela, que voltou depois daquilo.

– N-Não precisa se desculpar Alice. – Eu sorri – Você é minha amiga, lembra? Então... Não tem problema.

– Serio Sarah? – Ela sorriu me abraçando – Você é tão legal!!

[...]

– Sarah? – Disse uma mulher de cabelos compridos ate a cintura. – O-O que esta fazendo ai em cima? – Disse a mulher sorrindo ao ver a filha se pendurando em uma árvore

– Mamãe veja! Eu sou um macaco! – Ela sorriu se agarrando em um tronco.

A mulher riu vendo sua filha se divertindo depois daquilo.

– Você pode ser o que quiser minha pequena sonhadora. – Ela se sentou em baixo da árvore no qual sua filha estava – Minha pequena criança que sonha.

A jovem mulher começou a tossir, tossir muito. Sangue saiu de sua boca, já estava chegando sua hora... Vários pensamentos vieram, como sua filha iria viver sem sua mãe? Como ela iria sorrir... Sua filha iria ficar sozinha... Ela era tão nova...

– Mãe? – Disse Sarah que agora estava deitada em seu colo. Sua mãe se assustou fazendo Sarah rir. – Me desculpa mamãe.

– N-Não é nada minha pequena criança.

– Mãe, eu estava pensando: Humanos podem voar?

– Apenas crianças, como você. – Disse a mulher massageando a cabeça de sua filha.

– Crianças como eu mamãe?

– Sim, você pode voar! Mas as crianças só podem voar com a ajuda da mãe. – A mulher sorriu se lembrando de momentos felizes ao lado de seu marido antes de sua filha ser estuprada. Uma lagrima escorreu de seus olhos, lembrando-se do barulho do tiro contra o peito de seu amado marido. – Você pode voar minha querida criança que sonha...

[...]

Sarah andava sem rumo, seus pés afundavam na neve que era quase impossível caminhar. Passou pelo balanço que estava junto com Castiel, e sorriu para si mesma guardando aquilo para si. Foi mais adiante, ate ver uma árvore totalmente branca por causa da neve. Sarah tomou oito remédios agora suas mãos tremiam mais do que antes, ela se sentou lá fazendo sua bunda congelar-se com o frio. Sarah não ligou apenas se sentou lá e ficou vendo algumas pessoas lá no fundo rindo e brincando de bola de neve.

Sarah sorriu mais uma vez, e por fim fechou os olhos. Respirou fundo e tentou dormir...

Ela estava pronta, pronta para ir? Ou estava mesmo querendo um tempo pra se lembrar de tudo e sair dali?

– Mãe... Eu sou apenas uma criança que sonha não é mesmo? – Perguntou para si mesmo enquanto uma lagrima solitária escorria de suas bochechas. – O que aconteceu com a senhora? Quanto tempo vou demorar em saber de tudo? Mãe... Eu já não aguento mais!

Sua visão estava ficando embaçada, seus olhos estavam cansados. Mas ela tinha que voltar... Dormir no chão frio causado pela neve não iria ser uma boa forma.

Ela então se levantou e avistou o hospital no qual queria tanto sair dali. Respirou fundo e tentou correr, mas sua energia já estava esgotada. Ela apenas conseguia andar...

Ela tentou andar rápido, mas quase não conseguia por causa de seu cansaço. Ela coçou seus olhos por alguns minutos tentando ver se os cantos voltavam ao normal, mas em apenas segundos eles voltaram a ficar preto.

Depois de tanto tempo andar naquela neve ela entrou e se dirigiu para o quarto. Colocou o máximo de cobertores possíveis em sua cama para se aquecer. Então se deitou, em frente à parede.

[...]

Estava à noite, então Sarah quis se levantar para beber água. Mesmo não sabendo o caminho queria ir mesmo assim. Colocou seus pés no chão que logo deu vontade de desistir quando sentiu a frieza que estavam.

Respirou fundo e foi mesmo assim, com ajuda do brilho do seu celular ela andou tentando encontrar com a pouquíssima ajuda que o celular dava. Foi em direção à porta e a abriu com cuidado para não acordar Oliver que estava dormindo profundamente.

Ela então se encontrou no enorme corredor cheio de portas. Colocou seu celular em sua frente tentando enxergar o que estava a sua frente.

Ela então foi andando sempre adiante, sem olhar para a trás.

Assim que estava próxima de sair daquele corredor enorme viu uma luz, guardou seu celular em seu bolso e correu até lá, Sarah não se importou do barulho que seus pés causavam apenas continuou correndo. Correndo, correndo até alcançar a luz. Era uma porta, porta de um banheiro nele havia sangue, ela então ficou com medo de entrar.

Respirou fundo, ignorando o fato de existir alguém ali morto. Abriu a porta devagar, mas não tinha ninguém. Ela suspirou aliviada.

Ela estava prestes a se virar para poder voltar ao seu quarto, ignorando a vontade de beber água. Quando viu que o espelho do banheiro estava borrado nos olhos de Sarah. Ela então ficou ali, se olhando ate perceber o erro. Mas aquilo combinava um pouco com Sarah, ela então sorriu como se alguém tivesse contado uma piada.

De repente Sarah ficou séria e mexeu em seus cabelos curtos, pensando em sua mãe. Sarah era bonita, e sabia disso. Ela sabia que iria se lembrar de tudo, mesmo que aquilo pudesse ser difícil. Ela pensou em Georgia, em quem ela poderia ser. Todos a conhecia, principalmente Bob e Victor, mas... As duas tinham algo em comum? Castiel disse que elas se parecem, mas... Mas... Mas Sarah precisa descobrir a verdade!

Sarah voltou para o seu quarto, e se deitou em sua cama. Eram exatamente 06h45min da manhã e Sarah não conseguia dormir... Droga, ela estava querendo tomar mais remédios.

Então foi para o banheiro e abriu o espelho... Lá estava uma lamina, e então ficou a encarando por alguns minutos.

Lembrou de Bob dizendo que não queria que ela fizesse mais aquilo, mas já era tarde de mais. Iriam ser mais um em meia multidão de cicatrizes e cortes profundos.

Tomou dez remédios e afundou a lamina em seu braço direito que estava completamente limpo. Em menos de um minuto jorrou sangue de seu braço, era muito... Muito, então Sarah cobriu seu braço com uma toalha e ficou sentada no vaso sanitário enquanto se admirava no espelho do banheiro de seu quarto.


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Notas finais do capítulo

Então, nessa semana vai ser cheia de provas na minha escola ç.ç E eu preciso fazer todas principalmente de Matemática se não tirarei um zero.
Peço desculpas pela demora... ^^

Uma foto da parte que Sarah se olha no espelho borrado: http://data1.whicdn.com/images/132169137/large.jpg



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