A garota misteriosa de Sweet Amoris escrita por Samy Chan
Notas iniciais do capítulo
Pessoal desculpe a demora TTuTT, irei demorar um pouco para postar os capítulos pois acabou minhas férias. Mas prometo que vou adiar as coisas na escola para pode me dedicar com a Fic. Esse capitulo pode ter ficado pequeno... Mas espero que gostei! ^^
Sarah escutou a porta se fechar atrás de si, e logo um desespero tomou conta do lugar.
– Olá. – Disse o menino sem olhos, Sarah logo entrou em desespero, seus olhos estavam queimados. – Não, por favor, não grite! Eu não irie te machucar.
– Mas seus olhos... – Sarah estava apavorada
– Não, isso foi um acidente. Eu não irei te machucar. – Ele se sentou na cama... – Esqueça isso, por favor... Eu me chamo Oliver, prazer em conhecê-la.
– E... Eu me chamo Sarah. O prazer é todo meu Oliver. – Eu sorri com os olhos.
O olhar de Sarah voltou para os olhos de Oliver, o que a deixava mais curiosa.
– Ah? O que houve? – Disse Oliver... – Ah, são meus olhos não são? Você quer saber mais sobre eles?
– N-Não... – Sarah olhou para o lado envergonhada...
Oliver riu
– Não, não tem problema. As vezes eu gosto de falar sobre eles... – Ele olhou para o lado e teve uma ideia – Ei, Sarah você gostaria de conhecer alguns amigos meus?
– Ah... Sim. Eu gostaria...
– Bem, mas é muito longe daqui. É como se fosse outro mundo, você tem certeza que quer ir?
Sarah pensou um pouco, e concordou com a cabeça.
– Certo, venha. – Disse Oliver se dirigindo para a porta, ele abriu e eu fui junto. Nos andamos muito pelo hospital, em nenhum momento ele se dirigiu para a saída, andamos ate chegarmos em uma porta de ferro. – Você ainda que entrar?
– Sim...
Ele abriu o portão de ferro o que não fazia barulho nenhum, parecia outro mundo... O céu era azul escuro quase preto, existia uma montanha bem no fundo. Uma pequena rua, sem fim casas com exatamente dois andares e um pequeno lago. Aquele lugar parecia ter sido abandonado há anos.
– Seja bem-vinda ao nosso mundo! – Disse Oliver me puxando para entrar. Ele então me levou para uma casa branca, com dois andares como todas que estava lá. Ele abriu a porta – Cheguei! – Logo duas meninas vieram correndo descendo as escadas. Uma loirinha e a outra morena. Elas derem um grande abraço e longo abraço em Oliver.
– Tio! Você veio rápido dessa vez, e trouxe mais algué... – A garota de cabelos pretos ficou me olhando.
– O que foi Larinha? – Oliver perguntou ainda abraçando as duas garotas.
– Ela... – Seus olhos estavam cheios d’água. – Ela... – A garota largou-se de Oliver e se aproximou de mim, e eu me abaixei para chegar a seu tamanho. – Você voltou! Você voltou! – A garotinha me abraçou – Mamãe você voltou!
– Desculpe, mas... – Ela chorava mais e mais, ela me abraça forte também.
– Lara... – Disse Oliver – Você esta certa! Ela me encontrou por “acaso”, agora estamos juntos outra vez!
– Lara, a titia voltou! – Disse a menina de cabelos loiros. Bem parecida com Oliver. – Vamos falar pro Tio Bob! Ele ira ficar super feliz!
As duas subiram correndo, e voltaram com um garoto de cabelos pretos bagunçado, magro, pálido e triste.
– Veja Papai! É ela. Tio Oliver a trouxe de volta, olha papai! – O garoto arregalou os olhos, e começou a chorar como a garota de cabelos pretos.
Ele desceu a escada correndo, e veio me abraçar.
– Você voltou! Você voltou! E nem acredito no que estou vendo! – Ele me deu um abraço apertado... Aquilo era tão bom... – Gê...! Você não vai mais embora né?
– “Gê”? – Perguntei
– Ora! Você não se lembra? Seu nome é Georgia! – Disse o garoto me soltando – E eu sou o Bob...
– Me desculpe Bob... Meu nome é Sarah...
– Não! Não é! Seu nome é Georgia. Não tem como você ter mudado de nome.
– Bob... – Oliver colocou a mão no ombro de Bob... – Ela não se lembra...
– Como?! Como assim você não se lembra?! Quer dizer que...? – Os olhos de Bob estavam enchendo d’água
– S-Sim, Bob... Se ela se lembrasse na primeira vez que nos vimos... É claro que ele perguntaria de você é da Lara...
– Quer dizer que aquela coisa fez isso com ela?! – Bob estava histérico – Por quê? Por quê? – Ele chorava, enquanto as crianças observavam... Bob caiu de joelhos na minha frente.
– Bob! Se acalme! – Oliver balançava Bob – Ela precisa da sua ajuda para se lembrar!
– Não! Não... Isso não pode estar acontecendo... – Bob ainda chorava
– Maybel, Lara, vão para o quarto! – Disse Oliver, e elas foram correndo. – Bob, escute: Pare de chorar! Ela esta confusa! Ela precisa de sua ajuda!
Bob ainda chorava por alguns minutos antes de olhar para mim e respirar fundo...
– Tudo bem... – Ele estava mais triste.
– Você precisa parar Bob! Por ela... Se ela...
– Tudo bem, Oli. Eu vou... Ajuda-la... Afinal ela... – Bob olhou para mim sorrindo.
[...]
Estávamos na frente do lago, olhando nossos reflexos. Bob falava o que aconteceu... Desde o dia em que me conheceu. Era triste, e eu não entendia.
– Quando aquela coisa entrou em você... Eu não tinha forças para te proteger, e então... Eu te tranquei no quarto... – Ele disse segurando as lagrimas. – Lara, como pode perceber... Ela é nossa filha. É você quase matou ela naquele dia...
– Ei, espera... – Bob me olhou – Como eu posso ser...?
– Ah, bem... – Ele suspirou. – Aqui muda tudo, Gê... Aqui você é aquela que sempre desejou, da mais feliz a mais triste... Da mais bela a mais feia. A idade dos humanos também muda quando não estão mortos... Se você tem 15 aqui sua idade é aumentada para 20. E assim vai indo: Se estiver com 16, vai ter 21, 17... 22. – Ele parou um pouco. – Você tinha 20 quando teve a Lara, mais veja agora. Ela já tem sete anos... O tempo passa muito rápido aqui, e eu me pego pensando no futuro dela ou... A sua morte lá no outro mundo.
– Eu... Ainda não entendo... – Disse voltando a olhar seu reflexo no lago. – Não entendo, por que me chama de Gê, se meu nome não é ‘Georgia’. Não entendo como Lara pode ser minha filha, e não entendo sobre a ‘coisa’ que tanto fala...
– Ainda bem que não se lembra... – Disse Bob sorrindo – Eu não quero que faça de novo...
– Fazer de novo o que?! – Eu disse mais curiosa
Bob ficou fora de área por um tempo
– Terra chamando Bob... – Disse
– Oh, desculpe. Não queria te preocupar... – Ele olhava mais para o lago, sem piscar, era como se quisesse se jogar. – Sabe... Eu não quero que volte a se cortar.
– Como?
– Veja seu pulso esquerdo, veja as marcas que você mesma fez.
Bob pegou meu braço e levantou à manga, ele estava certo... Meu pulso estava cortado, alguns estavam leves e já estavam cicatrizando, já outros pareciam estar lá a mais ou menos uma semana...
– Viu? – Ele disse – Se ao menos se lembrasse do por que... – Ele parecia segurar as lagrimas – Gê, você precisa se esforçar! Eu não quero ver você assim... É muito ruim, e já não basta eu por que você também?! Isso me deixa muito mal, é como se eu caísse em um poço sem fim...
– Ei, ei... Não chora... – Eu disse limpando suas lagrimas. – Eu vou tentar lembrar... Mesmo que seja difícil... Eu vou tentar tudo bem? A diretora me disse que tenho que tomar uns remédios na hora certa e talvez isso ajude! Então... Bob, não sei como foi o passado entre a gente, mas sei que fiz muito bem a você! E eu quero recuperar essas memorias boas...
Eu sorri, Bob pareceu feliz por alguns minutos, mas a tristeza voltou para a sua face.
– Obrigada, Gê! Você me faz ficar feliz um pouco... – Ele me abraçou forte.
Eu não queria que aquele abraço acabasse, mas Bob retornou a olhar seu reflexo na água enquanto eu o encarava com um sorriso...
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