— Acorda dorminhoca, temos que ir para a escola! — grito para Marlee enquanto pulo em cima dela.

Marlee se remexe na cama, cobrindo a cabeça em seguida, em uma tentativa falha de continuar a dormir. Continuo pulando em Marlee até ela descobrir a cabeça e me olhar com raiva.

— Se você demorar, ficaremos atrasadas. Então levanta dai e vamos nos arrumar. — falo descendo da cama e puxando as cobertas.

— Ah não Meri. Quero dormir mais um pouco. Me deixa apenas mais um minutos?— pede Marlee se sentando na cama e fazendo um bico muito engraçado.

— Não! Vamos Marlee.

Marlee estreita os olhos com raiva e, em um protesto para continuar a dormir, se deita na cama novamente.

— Levanta Marlee.

Ela não faz menção de se levantar, então — em um movimento rápido — pego os pés de Marlee e os puxos em seguida. Marlee escorrega pela cama e cai no chão.

— América! — grita com raiva se levantando.

Corro de Marlee pelo quarto, enquanto ela corre atrás de mim.

— Para! Pronto, depois você me mata! Agora precisamos nós arrumar. — falo parando de correr.

Marlee me olha com raiva mais para de correr e suspira.

— Vamos nos arrumar. — concorda Marlee.

Ela vem até mim e nós duas fomos para o banheiro. Fizemos nossa higiene matinal entre brincadeiras e risadas. Depois, fomos em direção ao meu armário.

— Pode pegar uma de minhas roupas. — falo para Marlee que concorda e começa a mexer em minhas roupas.

Marlee para de mexer no guarda-roupa e olha para mim. Um sorriso surge em seu lábios, me mostrando que vai aprontar algo.

— Não Marlee! Não apronte nada. — falo antes que ela faça algo.

Marlee ri.

— Vamos fazer assim, eu escolho suas roupas e você escolhe as minhas. — fala sorrindo.

A olho com dúvida e franzo minha testa.

— Apenas isso? — pergunto com dúvida. Marlee concorda com a cabeça, ainda sorrindo — Tudo bem, vamos fazer isso.

O sorriso de Marlee se alarga mais ainda e ela se volta para o guarda-roupas, pegando algumas peças. Começo, junto com Marlee, a olhar para as roupas e encontro um vestido — que eu não me lembrava da existência — perfeito para Marlee.

O vestido, era de uma cor violeta claro, com um cinto beije. O tecido era fino e cairia perfeitamente no corpo de Marlee. Logo tratei de pegar-lo e escolher um par de sapatilhas que combinasse com o vestido. Encontrei um par se sapatilhas beije e pegui-as. Em uma gaveta, encontrei os acessórios para Marlee, uma bolsa beije e uma pulseira da mesma cor.

— Já escolheu? — perguntou Marlee enquanto arruma minha roupa em cima da cama.

Dou uma espiada em minha roupa, mas não consigo ver, já que Marlee percebe que estou olhando e cobre as roupas com os lençóis, que está em cima de minha cama. Sorrio para ela, achando graça de sua atitude.

— Sim. Sua roupa já esta pronta. — respondo por fim, rindo de Marlee.

Ela tenta ver o que está em minhas mãos, mas eu escondo dentro do guarda-roupa fazendo-a rir. Ela sorri e segura os lençóis, em um sinal que irá me mostrar a roupa.

— Ótimo, me deixe ver.

Tiro a roupa de Marlee de dentro do guarda roupa e Marlee levanta os lençóis, me mostrando um vestido branco com alguns detalhes em preto.

— Amei minha roupa. — fala Marlee pegando de minhas mãos o vestido.

Sorrio para ela e vou em direção a minha cama, pegando o vestido em seguida.

— É muito bonita essa roupa, as não acho bom ir novamente com vestido para a escola. — falo mostrando o vestido para ela.

Marlee revira os olhos, como se aquilo fosse ridículo.

— Não reclame Meri. Vista essa roupa que irei te fazer um penteado e você fará em mim. — fala já começando a vestir o seu vestido.

Reviro os olhos e — mesmo contrariada — coloco o meu vestido. Marlee tinha arrumado para mim — além do vestido branco com alguns detalhes em preto e um cinto preto com dourado— uma sapatilha preta e com alguns detalhes em dourados. Junto com a roupa e o sapato, Marlee separou uma pulseira preta com alguns detalhes em dourado e uma bolsa da mesma cor.

Depois de eu e Marlee vestirmos nossas roupas, Marlee se virou para mim e rodou, me mostrando sua roupa.

— Como estou? — perguntou sorrindo.

— Você está linda.

Marlee me da um sorriso gentil.

— Você também está linda, Meri. Agora vem aqui, me deixe fazer um penteado bem bonito em seu cabelo.

Concordo com a cabeça e vou até Marlee, que começa a mexer em meu cabelo. Depois de acabar, vejo que Marlee fez um trança em meu cabelo e passou em volta de minha cabeça, com uma coroa, e deixou a franja solta.

— Está lindo, Marlee. Agora deixa eu fazer em você. — falo enquanto puxo Marlee e já começo a mexer no cabelo dela.

Faço uma trança solta em Marlee, já que ela pede para fazer um penteado simples.

— Está lindo Meri, muito obrigado. — fala Marlee quando acabo de fazer o penteado.

Sorrio para ela e nós duas fomos para o banheiro. Eu passo um brilho nos lábios e Marlee passa um batom rosa claro. Depois de acabarmos, nós duas pegamos nossas bolsas — que Marlee me obrigou a colocar o celular — e nossos materiais e descemos as escadas.

Ao chegar no primeiro andar, não vejo ninguém em casa, por isso pego apenas duas maçãs e puxo Marlee para irmos.

Logo chegamos a escola e tivemos que nós separar, já que nossos armários eram distantes e nossos aulas eram diferentes. Depois de pegar meus materiais, fui para minha sala.

Eu me sentei em um canto da sala sem me exportar se estava longe ou perto da professora. Fiquei observando todos chegarem e quando vi Kriss se despedir de Maxon na porta, abaixei o meu olhar. O pior e que, Kriss fez o favor de se sentar exatamente em minha frente. Parece que o mundo não está ao meu favor.

Logo em seguida a professora entrou na sala e mandou fazermos duplas, com pessoas ao nossos lados. Ela passou as atividades que íamos fazer e nos disse para juntar as carteiras. Ótimo! Vou fazer dubla com Kriss!

Kriss se sentou ao meu lado.

— Sem briga. Finge que eu não existo que eu faço o mesmo. — fala Kriss para mim.

— Concordo plenamente. — falo lhe mandando um sorriso cínico.

Nós fizemos o trabalho e mostramos para a professora. Foi a conta dela mandar sentarmos o sinal tocou. Me levantei rápido e peguei meus materiais, querendo me livrar logo da presença de Kriss.

Já ouvido o ditado "Quanto mais se reza, mas assombração aparece"? Pois bem, essa afirmação é muito verdadeira. Enquanto estava andando rapidamente em direção ao meu armário, trombei em alguém e por pouco não cai no chão.

— Você está bem? — perguntou Maxon.

Tratei de me levantar rapidamente e ajeitar o vestido em meu corpo. Me abaixei para pegar meus materiais e Maxon fez o mesmo, o problema é que minha mão e a de Maxon se encostaram, fazendo com que eu afastasse a minha rapidamente. Me levantei e Maxon me entregou os meus materiais. Seu olhar passou por todos o meu corpo, fazendo com que eu apertasse ainda mais meus materiais em meu corpo.

— Até a aula de química, Meri. — falo destacando o meu apelido.

Maxon sorrio e passou vagarosamente por mim. Como eu odeio ele! Existe um ser mais irritante que Maxon?! Mas admita ele é lindo. O que? Eu pensei isso! Fala sério, o corpo de Maxon e simplesmente... não! Me nego a pensar isso. Isso é ridículo! Eu odeio o Maxon!

Começo a andar novamente em direção ao meu armário, e ao passar por uma porta fechada,ouço o riso de Aspen e logo em seguida escuto uma risadinha feminina. Paro de andar e encaro a porta, abrindo-a em seguida.

Dentro da sala, tudo estava escuro, mas ainda consegui ver o corpo de duas pessoas sobre a mesa do professor. Fico incrédula na cena que vejo. Com toda certeza, essa é uma cena que eu nuca imaginaria ver na vida.

É América, parece que o mundo não gosta de você. A pessoa que inventou o ditado "Quanto mais você reza, mais assombração aparece", foi diretamente escrita para, ninguém mais ninguém mesmos, que América Singer, aquela que deveria ganhar um prêmio escrito "O mundo está contra você".