Eu era uma pessoa que lutava pelo o que eu queria, o que eu queria era proteger os Pokémon, que eram usados pelos humanos como armas para batalhar para a própria diversão, todo dia que via alguém batalhando com meus amigos, meu coração doía.

Até que eu conheci uma jovem treinadora em um anuncio do meu pai, seu nome era Hilda, nunca vou me esquecer do cheiro de rosas que seu cabelo possuía, quando ela batalhava, era diferente, ela se comunicava com meus amigos, era muito doce com eles, e ai percebi que ne todos treinadores são maus com os Pokémon.

Hilda e eu logo ficamos amigos, ela era o único ser humano que me entendia, que respeitava meus amigos, que me respeitava, sempre que me encontrava com ela, meu coração batia forte, eu falava sobre meus sentimentos, e ela falava dos dela, era tão bom, era uma sensação que eu nunca senti antes.

Não vou me esquecer daquele dia, o dia que andamos naquela roda gigante, eu falei muitos dos meus sentimentos nesse dia, meus sonhos, e meu segredo que temia contar para ela, que eu era o rei da equipe Plasma, eu achei que ela iria me odiar, mas ela não me odiou, ela me abraçou, dizendo “Eu também acho isso”, ela era tipo eu, não suportava ver meus amigos serem desrespeitados pelos treinadores, e ali, algo a mais nasceu em mim, um sentimento que nunca senti antes.

Mas um dia, ela teve que enfrentar a equipe Plasma, me enfrentar, em uma batalha Pokémon, Hilda era uma treinadora incrível, meus amigo e ela tinham uma sincronia perfeita, e assim, ela acabou me derrotando, e assim, meu reinado acabou, mas não fiquei triste, fiquei feliz, ela destruiu os planos de meu pai, e isso me deixava feliz, ela me deixava feliz.

Depois de tanto tempo juntos, era hora do adeus, não, não era a hora do adeus, era hora do “Até mais”, iriamos nos ver de novo um dia, ela dava um lindo sorriso para mim, dando um “adeus”, eu segurava minhas lágrimas, antes que pudesse conter meus sentimentos, dei um ultimo abraço em Hilda, meu coração batia forte, e assim que nos separamos, subi em Reshiram e fui embora.

Sua cara e voz ficaram em minha cabeça por 2 anos, meu coração doía cada vez que pensava nela, será que ela sentia a minha falta? Ou será que nem de mim lembrava mais, meu coração não podia mais esperar, decidi ir para a casa dela para poder vê-la.

Quando cheguei lá, bati na porta, uma mulher atendeu a porta, procurei por Hilda, a mulher olhou para mim com um olhar triste, ela disse que Hilda saiu em uma jornada, e assim, desapareceu sem deixar rastros, os policiais ainda procuram por ela, porém, não tinham muita esperança.

O sentimento de tristeza ocupou meu coração por completo, Hilda, porque eu te deixei? Porque eu não disse “Venha comigo”? Minha vida teria sido diferente e muito melhor, sem ela, eu não sou nada, apenas um corpo sem utilidade no mundo.

Todo dia ia para aquela roda gigante, pensando nela, pensando nos bons momentos que passamos juntos, até que um dia, uma jovem treinadora que conheci, chamada Mei me acompanhou nessa jornada de memorias, ela me lembrava muito de Hilda, era uma menina que entendia meus amigos e os respeitava, derrotou mais uma vez os planos malvados de meu pai e até sua aparência me fazia lembrar dela, minhas lágrimas começaram a cair e comecei a desabafar para ela, que eu esperava vê-la novamente, meus sentimentos.

Até hoje me pergunto, porque eu não disse? Antes de você ir, eu deveria ter falado meus sentimentos para você.

Hilda, eu te amo.

Mesmo que não esteja do meu lado agora, saiba que eu te amo mais do que tudo nessa vida, eu quero de abraçar novamente, dormir na mesma cama que você, te beijar, ou apenas, ver o por do sol na roda gigante de novo.

Nunca se esqueça Hilda, eu sempre vou te amar.