A graça da vida escrita por Isabela Na Janela


Capítulo 7
Sorte


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amados, só quero dizer que demorei pra postar pq eu não tava feliz com esse capítulo. Fiz a técnica do "escreva -guarde por 1 semana- volte a ler" e cá estou. É curtinho, mas como eu já disse: tenho sérios problemas em fazer capítulos compridos! Se vocês quiserem saber mais sobre a técnica, só me mandar uma mensagem. Ela ajuda bastante.
Enjoy =)



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Escola. Intervalo. Refeitório.

Palavras-chaves para descrever a situação que eu passava. Sim, era hora do intervalo e pela primeira vez eu cogitava a ideia de não me sentar sozinha no refeitório.

Será que José me acharia muito vulgar caso eu fosse sentar-me com ele?

Um minuto de imediatismo foi o suficiente para que eu respondesse um “dane-se” a pergunta e me dirigisse até o local em que o loiro estava sentado.

“Oi” respondi sem jeito.

“Oi Maria. Senta aí” Ele apontou para a cadeira em frente a sua.

“Pode me chamar de Cat” eu disse. Odiava meu primeiro nome!

“Vou tentar, mas acho ‘Maria’ muito mais bonito”.

Observei-o comer seu sanduíche de presunto; eu não conseguiria comer o meu sem antes de tirar uma grande dúvida.

“Hm... Zé? Por que você foi tão grosso comigo aquele dia na biblioteca?”

Ele me olhou por cima dos óculos e depois me fitou por um tempo, até por fim responder:

“Porque eu pensava que você fosse fútil”.

Estava ainda decifrando tal frase quando ele completou-a:

“Olhe em volta, Maria. São todos iguais, apesar de terem gostos e aparências diferentes. São tão... desinteressantes. Eu pensei que você fosse uma deles, Maria, mas não. Você é incrível. Desculpe-me por aquele dia”.

Olhei- o, envergonhada.

“Tirou as palavras da minha boca.”

Daquele dia em diante, ele virou meu melhor amigo.

=^.^=

~~ DOIS MESES DEPOIS~~

Novembro, 15:30- Chácara da formatura

“Cat, onde você acha melhor colocar esses pôsteres?”

“Cat, o que eu faço com essa cadeira?”

“O DJ tá pedindo pra falar com você, Maria”.

É. Acho que você deve entender mais ou menos o que eu passava naquela hora. Eu não sei como, mas eu tinha virado uma espécie de líder daquele sindicato. Tudo era decidido por mim, as pessoas me chamavam para resolver os problemas, pediam minha permissão para organizar coisas...

Como Klaus previra, eu precisava de muita responsabilidade, pois a sensação que tinha era a de que TUDO estava em minhas mãos. Mas preciso confessar de que eu me enchia de alegria em ver que as coisas saiam como eu planejava, enfim, de que as pessoas me davam moral.

Os convites da festa haviam chegado. Estavam todos convidados para o baile da formatura. As garotas deveriam ir de vestidos e os garotos de terno. Haveria o rei e a rainha do baile, além de premiações para os alunos mais dedicados do ano. A diretora também faria um discurso a todos nós, entregaria nossos diplomas e então aconteceria uma “balada top”, como dissera Jackson. E eu alertara o DJ para que nenhum tipo de funk fosse tocado na tal.

Faltando uma semana, tudo estava praticamente pronto. A chácara estava parcialmente decorada e todo mundo agitado. Seria a melhor festa de formatura da cidade.

E eu sentia que aquele seria um dos melhores dias da minha vida.

=^.^=

16 de Novembro – Sábado.

Yasmin iria embora hoje e eu me sentia muito culpada. Por que fui tão egoísta? Era como se uma lâmpada iluminasse minha mente e eu percebera que não existia razão para tanto ódio perante minha prima. O arrependimento me queimava.

Ela arrumava sua mala, em seu quarto-temporário, quando apareci. Sentei-me em sua cama e tirando a coragem não sei da onde, lhe falei:

“Desculpe por não ter te dado muita atenção”.

“Relaxa, prima. Tudo tranquilo”.

Arght! Por que ela era tão simpática?! Tal doçura só me massacrava mais!

“Eu só quero lhe falar que...bom, apesar dos apesares, te admiro demais. Você é inteligente e bonita e...” – Comecei a falar, mexendo as mãos compulsivamente. Mas ela me cortou antes que eu terminasse:

Pó pará. Isso é tão broxante, cara! Saiba que te acho muito nojenta e ridícula.” – Ela riu e bagunçou meus cabelos “Olha, eu sei que fui muito escrota quando criança, mas eu fazia aquilo porque era uma pirralha. Eu é quem peço desculpas. Na real, sempre tive muito carinho por você, priminha”.

Olhei para ela e sorri.

“Pois saiba que você ainda continua sendo uma pirralha”. Brinquei, então retirei de meu bolso um antigo e muito querido colar, que tinha como pingente uma coruja. “Olha, isso é muito especial para mim e quero que fique com você”.

Ela tomou para si.

“Que lindo, cara! A partir de hoje será meu amuleto!” Ela olhou para mim e sua expressão tornou-se marota como de costume. e ela falou “Posso te pedir só um favor? Toda conta do Marcos pra mim. Tem muita piranhuda nessa cidade, gente!” Ela fingiu estar surpresa.

Nos demos um abraço de reconciliação, e minha mãe apareceu tirando fotos espontâneas de nós. Ela adorava fotografar!

“Vocês sabem serem fofas quando querem”. Ela juntou-se a nós.

“Também tenho um presente pra tu” Yasmin surpreendeu-me. Retirou de sua mala um vestido vermelho e muito bonito, de festa, que tinha um decote nas costas e era todo rodado, indo até o joelho “Eu usei esse vestido na minha formatura e fui a rainha do baile, então talvez te dê sorte”.

Com aquele vestido chique em minhas mãos, lembrei-me de José, Klaus, da festa de Marcos, da honra em ser líder do sindicato. Lembrei-me de minha mãe, a pessoa mais guerreira que eu já tinha conhecido, lembrei-me de tudo isso e cheguei a uma conclusão:

Eu já tenho.”


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Notas finais do capítulo

Gostou? Achou caca? Não seja tímido e venha prozear meu amigo!



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