The New Mistery escrita por May


Capítulo 8
Don't thank me


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem?
Queria agradecer a todos que comentaram o capitulo anterior, fiquei realmente surpresa pela participação de vocês depois de tanto tempo sem postar. Fiquei surpresa e feliz. Obrigada pelo carinho seus lindos.
Agora vamos a fic, capitulo passado terminamos naquele momento onde Castiel chega, um tanto quanto bêbado, em casa.Então bora ler...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/519730/chapter/8

Dean olhou por um momento a cena à sua frente: Sam apoiado sob um braço e inclinado para frente assim como Mariana. A mão do Winchester mais novo ainda repousava no rosto da garota suavemente, ambos se olharam um tanto assustados antes de olharem para o Winchester mais velho.

– Desculpa interromper! – resmungou o loiro puxando Castiel para dentro da sala.

***

No andar superior Maya colocara o animal deitado sobre algumas cobertas ao pé da sua cama, olhou o relógio que marcava 01:00 hora. Jogou-se contra o colchão tempestuosamente com um suspiro. Onde estava Dean? Era com isso que estava preocupada, dizia a si mesma. Porém uma pequena parte de si perguntava por onde estava Castiel. No céu ou apenas a evitando?

Suspirou de novo. Olhou para o retrato sobre seu criado, algo dizia que era o que lhe restara.

***

Os barulhos no andar inferior finalmente captaram a atenção das duas meninas que estavam nos quartos. Sam ajudou o irmão a guinchar o anjo para dentro da sala ao mesmo tempo em que Priscila e Maya desciam as escadas, atrás da ruiva a pequena yorkie a acompanhava.

– O que aconteceu com ele? –perguntou Maya, preocupada, ao mesmo tempo em que Dean perguntava:

– O que este bicho está fazendo aqui?

– Esqueça ela, não ia deixá-la na chuva. Okay? – respondeu a ruiva revirando os olhos. Ela se aproximou desconfiada do sofá onde o anjo estava jogado. Sofá o qual tinha sido ocupado por Sam e Mary instantes antes.

O Winchester mais velho respirou fundo e tentou se convencer que devia esta a garota já que estava ajudando o anjo. Era a punição adequada, pensou ele, ter que aquentar aquela coisa cheia de pelos.

– O que acontece... - Priscila ia perguntar quando Maya soltou um gritinho.Todos assistiram estupefatos quando o anjo puxara a garota para cima dele enterrando seu rosto entre os cabelos da mesma.

– O que você está fazendo? – resmungou ela contra o pescoço do anjo, tentando se levantar. – Eca, você está cheirando... Jack Daniels, José Cuervo e mais uma dúzia de coisas com álcool.

– Dean, o que aconteceu? –interrogou o Winchester mais novo.

Diante do olhar curioso de todos, o loiro bagunçou os cabelos sem jeito como poderia explicar o inexplicável: um anjo bêbado?!

– Acho que até os anjos precisam relaxar de vez em quando... – ele murmurou com um sorriso amarelo.

– Você o levou para beber? – a voz da ruiva subiu algumas oitavas. Maya olhava horrorizada o seu “irmão”.

– Hey, a ideia não foi minha! –defendeu-se. A vontade de Dean era acrescentar que Castiel só estava bêbado porque ela resolvera falar aquela palavra começada com ‘A’, mas se conteve já que aquilo não faria bem algum a ela.

– Foi de quem então? Dele? – a garota não parecia convencida e a ironia era palpável em suas palavras.

Por um instante a casa ficou em silêncio, tirando os murmúrios do anjo, enquanto os caçadores se encaravam. Mary e Priscila, entretanto pareciam se divertir bastante com a novidade e seguravam o riso.

– Eu acho... Que... Vou fazer um café para ele quando acordar... Ele pode tomar, não é? – Mariana parecia confusa e queria sair dali antes que começasse a rir.

– Você devia colocar veneno. –murmurou a ruiva ainda olhando para Dean. Mariana tomou isso como um sim e, ao ir para a cozinha, empurrou a loira junto.

As duas deram risadinhas ao mesmo tempo em que procuravam pelas coisas na cozinha.

Os Winchesters levaram o anjo até o quarto da garota e o deixaram sobre a cama. Maya ficou na porta apenas observando e quando o mais velho passou por ela a puxou pelo braço até fora do quarto.

– Por mim ele não teria bebido nada... Foi a escolha dele, não a minha lembre-se disto. –murmurou ele e, por um instante, ele parecia se referir a mais do que apenas a bebida.

– Ok,Dean. Obrigada por ficar de olho nele. –respondeu com um sorriso antes de voltar para o quarto. De alguma sabia que não devia culpa o Winchester por isso, Castiel era um anjo ou mesmo que fosse um ser humano se quisesse fazer alguma coisa, simplesmente a faria. Dean não tinha culpa disto.

Aproximou-se com cuidado para não fazer barulho, embora soubesse que o anjo não estava dormindo e se sentou silenciosamente ao lado dele.

– Por que você fez isso? –sussurrou ela passando a mão carinhosamente por seu rosto ainda molhado, provavelmente se molhara quando Dean o tirara do carro. Ela se perguntou se era sobre o que tinha falado para ele, se era porque tinha lhe dito que o amava... Seu amor era assim tão impensável para ele? E se era, então porque ele apenas não lhe disse, porque ‘encher a cara’?

Maya estava confusa com as últimas atitudes do anjo e um tanto quanto decepcionada. Suspirou antes de resolver tirar o sobretudo molhado do anjo. Sua cama já estava ensopada, contudo. Por um momento ficou preocupada que ele adoecesse com as roupas encharcadas por tanto tempo,, mas duvidava que ele ficasse doente por causas humanas.

Levantou-se e tentou tirar o sobretudo, porém Castiel nem ao menos abriu os olhos.

– Eu sei que não está dormindo, Castiel, então me ajude aqui, okay? – sussurrou.

O anjo a fitou por um instante e então a puxou para si novamente e, pela segunda vez no dia, ela caiu sobre ele.Maya podia sentir a respiração dele em seu rosto assim como ele sentia a sua, conseguia sentir seu coração descompassado e perguntou-se se Castiel também. O anjo afastou algumas mechas que caíram sobre o olho da garota e as colocou atrás dá orelha. Olhos nos olhos, a garota mergulhou no azul profundo daqueles olhos, era safira, mar e meia noite.

–Desculpe. –sussurrou ele. – Me desculpe, eu sei que está decepcionada comigo. Perdoe-me.

O pedido do anjo lhe tirou do transe, ela lembrou o ocorrido até ali, o fato de ela ter sido boba e revelado seus sentimentos para ele. Não pôde deixar de se sentir com raiva ao lembrar que abrira seu coração para ele e o anjo simplesmente sumira para voltar bêbado. Todavia olhando para ele ali deitado na sua cama a olhando daquela forma, como se colocasse nela tudo o que tinha, sabia que era uma guerra perdida tentar ficar com raiva dele.

– Apenas não faça de novo. –ela repreendeu suavemente e se desvencilhou do abraço. Ele pedia desculpas pelo que exatamente? Por ter ido embora daquela forma? Por não ter aparecido durante todo o dia, por não corresponder aos seus sentimentos ou simplesmente por estar bêbado e molhando sua cama?

A ruiva finalmente livrou-se do sobretudo dele e ia tirar a gravata quando percebeu uma mancha avermelhada no colarinho. Por alguns instantes pensou estar ficando louca, coçou os olhos e se aproximou verificando que era realmente real.

Está tudo bem. Está tudo bem. Tudo bem! Murmurou ela para si mesmas, como se pudesse fazer com que os pensamentos se tornassem reais. Não surte!Ordenou a si mesma.

O anjo percebeu a hesitação da garota e então viu onde ela olhava. Percebeu enquanto sentimentos como dor, traição e decepção passaram por seus olhos. Resolveu que deveria dizer alguma coisa, mas antes que encontrasse algo para falar a ruiva o puxou pela mão, tirou a gravata dele e a camiseta com raiva e então o empurrou para o Box ligando o chuveiro na estação verão, em seguida ela fechou a porta com uma batida.

Pegou a camisa e desceu a escada quase correndo e então jogou a camisa contra Dean. O Winchester demorou um segundo para entender o que a garota lhe mostrava e então ficou sem saber o que dizer. Ela era como sua irmã como podia dizer que estava ajudando um cara a quebrar seu coração?

– Não precisa responder o recado foi dado. Eu entendi. –murmurou subindo as escadas. Repetiu a si mesma que não poderia chorar e que não iria.

Ao entrar no quarto novamente carregava algumas roupas de Dean para o anjo e já estava mais controlada. Trocou a roupa de cama, estendeu o sobretudo e abriu uma fresta da porta do banheiro para entregar as roupas a Castiel.

***

No andar inferior todos estavam meio confusos depois que a ruiva subiu as escadas correndo. Mary e Priscila continuaram na cozinha especulando acerca do anjo e na sala estava Sam e Dean ainda em silêncio.

– Dean, o que ela quis dizer com aquilo? –perguntou o Winchester mais novo, sem ter certeza que queria mesmo uma resposta.

– Mais tarde, Sammy, mais tarde! – resmungou Dean se levantando e voltando com uma garrafa de whisky. – Me acompanha?

– Não e não precisamos de mais um bêbado. –Sam o repreendeu.

– Olha aqui, tem um anjo bêbado ali em cima querendo quebrar o coração da minha irmã, tem a droga de um apocalipse para acontecer e tem um cachorro morando na minha casa. Se você não quer beber tudo bem, mas não me impeça de fazê-lo. – resmungou o Winchester num tom contido para não chamar atenção das garotas que estavam na cozinha.

Sam encarou o irmão por alguns instantes, ponderando se insistia ou não. Decidiu que o confrontaria quando fossem dormir. Dean por sua vez virou mais uma dose da bebida e então, com uma careta, deixou o copo sobre a mesinha de centro e caminhou até a janela.

– Eu realmente pensei que aqueles dois iam dar um jeito de fazer isso dar certo. Realmente pensei, Sam. –murmurou.

– Não é sua culpa Dean, você sabe eles são adultos...

– A gente deveria ter quebrado a cara do Castiel quando ele falou que gostava dela, que não a machucaria. – o Winchester mais velho interrompeu o irmão.

Sam ficou quieto porque ele mesmo começava a concordar com o irmão.

***

Maya estava sentada na poltrona do quarto o olhar vago enquanto afagava os pelos da yorkie em seu colo. A porta do banheiro foi aberta, Castiel saiu de lá secando os cabelos. Ele havia pensado em mil maneiras de começar uma conversa com a garota, mas quando a viu sentada esqueceu-se de todas elas.

A garota tinha ouvido a saída do anjo, porém não se virou para olhá-lo. Sentia-se enjoada por aquela marca de batom, como aquilo tinha acontecido? Ele sempre fora assim? Ela não tinha mais certeza se o conhecia bem o suficiente, algo dentro de si dizia que sim e se esta parte estivesse certa não iria desistir dele. Entretanto era inegável que precisava de um tempo. Um tempo para ficar com raiva dele, raiva de amá-lo... E um tempo para poder pensar. Maya sabia que assim que tivesse um tempo para pensar conseguiria ver melhor através de todos os sentimentos.

–Maya...

– Cala a boca, por favor. – falou ela com certa autoridade, ainda sem olhá-lo. – Tem café para você. – ela concluiu apontando para o criado-mudo ao lado da cama, onde minutos antes Mariana havia deixado a garrafa de café e uma xícara.

– Obrigado... - sussurrou ele.

– Não me agradeça. Estou fazendo isso por mim, para não ficar com a consciência pesada mais tarde, não por você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hello,
Queridos, capitulo passado a Blue Black me avisou, muito gentilmente, de alguns erros de português que ocorreram com uma certa frequência. Bom, eles estão arrumados e dei uma pequena revisão nos outros para diagnosticar se era um problema comum nos demais capítulos, arrumei todos que achei e agora gostaria de pedir a colaboração a vocês se acharem algo errado, por favor, me avisem. Peço perdão por esse transtorno!


Gente linda, até agora o foque foi na nossa querida Maya, isso porque ela foi minha primeira cria nesta fic e de certa forma eu a vejo como uma peça chave na história, porém os capítulos que estão por vir terão destaque nas demais personagens.

Kisses,
Maah.