The New Mistery escrita por May


Capítulo 6
About Choices


Notas iniciais do capítulo

Oi gente bonita e linda do meu coração?
Como anda tudo aí?
Eu sei que demorei demais, sei disso, perdão...
Como havia dito eu provavelmente teria problemas para postar nos últimos tempos e ele acabou se estendendo até agora, eu fiz a minha prova e amem aleluia passei para a segunda fase que é fim de semana que vem, pensei em postar apenas depois, mas estava morrendo de saudades de vocês ai resolvi parar de estudar física e vir escrever mais um mini capitulo para vocês, mas até que saiu grandinho.
Enfim eu tive sérios problemas para escrever algo depois de tanto tempo sem escrever nada para postar, mas acho que eu consegui escrever o que queria.
O capitulo de hoje foi escrito ao som de Only One Lifehouse, já que foi a unica musica que conseguiu me trazer de volta ao mundo da escrita se alguem nunca escutou o link é esse(https://www.youtube.com/watch?v=XSjiT890Gss)...
Bom, es só queria dizer que estava morrendo de saudades de todas vocês...



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A ida ao museu foi silenciosa. Maya começava a se arrepender por ter trazido Josh à tona, seu irmão, o fim que teve... Todas as lembranças... Perguntou-se se um dia iria doer menos ou ao menos iria aprender a conviver com a dor. Tentava todos os dias, lutava bravamente contra todas as lembranças, mas não era o suficiente. Ela sabia que não estava superando a sua morte, estava apenas sobrevivendo. Já fazia dois anos agora, não doía menos agora do que doera antes.

Dean estacionou em frente a grande construção. Sam foi o primeiro a sair do carro, sendo seguido pela garota que olhava a construção encantada. Os dois começaram a caminhar em direção à entrada e logo foram alcançados pelo Winchester mais velho.

– Obrigada. –sussurrou a ruiva quando o Winchester passava por ela. Maya não se dera conta o quanto realmente era importante ir àquele lugar.

Os irmãos a observaram entrar no prédio um tanto quanto hesitante. Os primeiros passos incertos. A seguiram de longe dando a ela algum espaço.

A ruiva olhava os objetos e todo o ambiente, fascinada, lembrava-se agora de todos os momentos com seu irmão, depois das caçadas, quando os dois comportavam-se simplesmente como adolescentes, quando traçavam planos... Quando houve esperança, nada daquilo existia mais.

***

No motel as amigas arrumavam as malas em silêncio. Com um suspiro a loira jogou uma peça dentro da mala e encarou a outra.

– Então qual é o plano? – perguntou.

Mariana sentiu a acidez na voz da amiga e, realmente, não podia culpá-la por isso já que era resposta à forma que ela estava se comportando. A morena sabia que Priscila gostava de se sentir segura, de saber que tinha o controle da situação e, apesar de se fazer de forte, Mariana sabia: a amiga estava tão no limite, fragilizada. Se sentir culpada era o pior, mas ela sabia que era sua culpa.

– Eu sinto muito. – sussurrou.

Priscila a encarou por alguns instantes antes de se sentar na cama, olhando através da janela para o estacionamento.

– Eu não quero que sinta culpada. Não quero que se sinta responsável pela vida que estou levando porque eu escolhi esta vida para mim, Mariana. Não quero que sinta pena ou que ache que é responsável por tudo, por mais difícil que seja acreditar as pessoas escolhem as coisas também você não as obriga a isso. – murmurou a loira enquanto a amiga escutava em silêncio. – Só quero que pare de agir assim, tomando decisões por nós duas, agindo como se eu não tivesse voz. Nós somos um time e você está jogando sozinha!

– Não é verdade! – gritou a morena levantando-se diante da acusação. Priscila ficou calada por um tempo assustada com a reação da amiga, só então Mariana percebeu que tinha gritado, assustada com sua atitude também sentou-se. Não queria ser rude com a única pessoa que esteve ao seu lado durante todo o tempo.

– Não? Porque para mim, parece que exatamente isso que você está fazendo.-a loira argumentou ainda surpresa. - Nós decidimos juntas, virmos para cá, porque acreditamos que eles podiam nos ajudar. Eu entendo que as coisas saíram um pouco do controle e que você sente que tem que resolver esse problema sozinha, mas não é verdade!Nós sempre resolvemos as coisas juntas e agora vai continuar assim. Não importa se tem um rato, um demônio ou o rei do inferno atrás de você, nós vamos resolver isso, juntas. Então pare de agir como se tivesse que resolver tudo isso sozinha, porque você não tem. Pare de tomar decisões por mim e pare de sentir dó de você mesma. Apenas pare de se culpar por tudo que acontece.

A morena continuava em silêncio olhando para suas mãos, ela sabia que desde que chegaram ali estava agindo errado com a amiga, mas de certa forma só queria protegê-la, afinal a loira sempre fora a mais frágil das duas. Uma lágrima escapou através dos olhos da garota.

Priscila observava a amiga, odiava ter que se impor desta forma, mas tinha se tornado uma situação difícil. Viu quando ela começou a chorar e se aproximou a abraçando.

– Vai ficar tudo bem. – prometeu sem certeza alguma.

***

A yorkie continuava encarando a porta fechada quando, de repente, começou a rosnar para algo que ninguém via, então, subitamente, ela apareceu. Um sorriso maligno tornava seu rosto ainda mais bizarro, cercou o animal como um predador faz com sua presa, enquanto os rosnados do animal se transformavam em ganidos chorosos. Inspirou profundamente como se todas as respostas estivessem no ar.

–Esteve aqui. –murmurou ela para si mesma.

***

No museu Maya observava os objetos desoladamente, a tristeza era notável em seu olhar. Sentiu-se observada e notou que os Winchesters ainda estavam ali, por isso resolveu ir embora. Sabia que, por mais que tivesse se habituado à dor, se acostumado a ela, os Winchester sofriam por vê-la assim e de forma alguma queria causar dor as seus amigos.

– É melhor a gente ir. Elas já devem ter terminado de se arrumar,certo?- checou ela.

– Você está bem? –perguntou Dean, preocupado com a garota.

– Estou. Eu estou bem Dean, obrigada. – ela dirigiu-lhe um sorriso triste que não chegava aos seus olhos. Mas diante do olhas dos irmãos sentiu-se na obrigação de explicar: - Apenas... Ele era jovem demais... Não merecia morrer... Não daquele jeito. Não por um demônio...

Sam a abraçou enquanto a garota se deixava vencer pelas lágrimas. O mais novo afagou os cabelos da garota enquanto trocava olhares com o irmão. Os dois queriam apenas uma coisa naquele momento: vingança. Ambos lembravam-se perfeitamente da noite que encontraram a garota, infelizmente não tinham sido rápidos o suficiente para exorcizar o desgraçado antes que ele fugisse e, depois daquilo, tantas coisas aconteceram: a morte de Dean, seu retorno e agora a ameaça de um possível apocalipse, que no fim nenhum deles havia ido atrás do desgraçado e no meio de tantos de olhos negros já não havia como saber qual havia sido responsável pela morte do irmão Abbadie.

A garota se desvencilhou do abraço do Winchester fungando e secou as lágrimas. Não gostava de mostrar o quanto aquilo ainda a afetava, não gostava de sentir-se frágil, dar mais motivos a eles para se sentirem responsáveis por ela e superprotetores.

– Vamos... –pediu ela, seguindo para o carro.

Os caçadores estacionaram em frente ao motel ao mesmo tempo em que as garotas saíam com suas malas. Dean e Sam saíram para ajudá-las, enquanto a ruiva permanecia dentro do veículo.

Os cinco seguiram para a lanchonete sem traçar mais que algumas frases, nenhum deles estava no clima para conversar, mas assim que pararam na frente do estabelecimento, foi como se a ruiva tivesse sido ligada novamente. Ela sorriu e bateu palmas, aquela era a sua lanchonete favorita. Saiu do carro e arrastou as duas novas amigas para dentro, tagarelando sobre elas precisarem provar tudo que era oferecido ali.

As garotas fizeram planos para o dia seguinte, Maya iria mostrar a elas o lago Salt Lake e depois elas iriam ao shopping. Os irmãos escutavam tudo espantados. Quando foi que elas se tornaram amigas?

Quando voltaram para a casa todos estavam muito ocupados, Sam resolveu levar suas roupas para o quarto do irmão, já que passaria um tempo por lá, enquanto as garotas começavam colocar as coisas delas. Dean anunciou que ia dar uma volta e que no caminho faria as compras. Isso tudo deixou a casa movimentada o suficiente para ninguém notar alguém entre as árvores que cercavam a casa observando.

Maya tinha limpado a casa naquela manhã e as garotas não precisavam de ajuda para desfazer as malas e a ruiva havia notado que as duas estavam precisando de um tempo entre amigas, amigas no nível que ela não se enquadrava, e mesmo sem entender ou perguntar nada resolveu respeitar isso. Quando entrou no seu quarto o relógio marcava duas e trinta e quatro da tarde o sol invadia o ambiente através da janela agora aberta, estava cansada, não fisicamente, mas emocionalmente deitou-se em sua cama, ali no seu refugio já não tinha que parecer forte, e foi pensando nisso que se permitiu chorar livremente, por seu irmão, por seus pais, por todos aqueles que os malditos demônios roubavam a vida, por seu anjo já não estar ao seu lado e disso ser sua culpa.

***

–Eu não sei como fazer isso. - confessou a morena sentando no seu lado da cama.

Priscila a encarou por um tempo e então se sentou também.

– Eu não sei, eu quero falar, mas parece que agora todo o plano se desfez em teoria era tão simples. Era apenas chegar e falar e então eles nos ajudariam e fim de problema. Mas agora... não parece mais assim. – reclamou ela.

– Por quê? Nós temos que falar Mary, eles não podem nos ajudar se não souberem que nós precisamos de ajuda e, de qualquer forma, tudo que podemos receber é uma negativa, o que nos forçará a continuar sozinhas, mas não nos fará parar. – observou a amiga.

Mariana suspirou as palavras da amiga faziam sentindo, mas algo que ela não conseguia entender a incomodava profundamente com a ideia de que ela poderia ter uma resposta negativa, sobre ela não ver mais ninguém daquela casa, Sam... Além disso, em um lugar remoto da sua cabeça, havia uma possibilidade que a assustava muito mais. A possibilidade de eles a verem como uma ameaça, ela sabia que não era fundamentada a tese, entretanto todo mundo sabia que no mundo dos caçadores a lei era atirar primeiro e perguntar depois. Isso a assustava.

– Eu não consigo, não assim. – sussurrou ela, procurando o colo da amiga.

– O que está te deixando assim? – perguntou a loira enquanto alisava o cabelo da amiga.

– Eu não sei, eu quero fazer parte desta família Pri... Eu não sei por quê... Mas é como eu me sinto como se fosse certo. É minha ultima chance, eu sei que devo falar a verdade, mas acho que não é o momento certo ainda. – suspirou ela.

***

Dean acabava de colocar as compras no porta malas do Impala, junto com as armas que ali estavam quando Castiel apareceu ao seu lado.

–Precisamos conversar. –anunciou ele, fazendo com que o rapaz quase derrubasse a garrafa de cerveja que segurava.

– Droga, Cas. Você tem que parar de aparecer assim. – reclamou o winchester, terminando de acomodar a garrafa no porta malas o fechando em seguida. – fale, qual a grande emergência desta vez?

– Maya. A emergência é Maya. –respondeu o anjo.

Os dois caminharam até a praça que ficava na frente do mercado em silêncio, até que Dean sentou-se em um banco.

– O que tem a Maya?

– Ela disse que me ama. – respondeu o anjo que parecia um pouco perdido.

– E qual a surpresa nisto? – perguntou Dean sem entender o porquê de o anjo estar tão assustado.

O anjo respirou fundo, nem ele entendia o que estava sentindo ao certo o que sabia é que aquilo não estava certo. Ele não podia amá-la do jeito que amava, e não podia permitir que ela o amasse daquela forma. Porque era errado, ele era um anjo e não podia virar as costas a sua verdadeira natureza, e não podia pedir que ela aceitasse viver neste dilema. Maya merecia algo melhor que ele e isso era tudo que ele sabia.

– Isso está errado Dean. Eu sou um anjo e ela tem que ter a chance de ter uma vida normal. – falou Castiel.

– Não sei se você percebeu Castiel, mas Maya não tem uma vida normal desde sempre... Ela é uma caçadora, apesar de, para gente, ela ainda ser apenas uma garotinha, uma frágil garotinha, e que a gente queira protegê-la a todo instante, nós temos que admitir que ela é uma caçadora. Uma ótima caçadora, ela não é uma criança Cas.

– Ela não sabe no que está se metendo...

– Ao se relacionar com você? – Dean o interrompeu. – Eu e Sam alertamos você várias vezes Cas, assim como alertamos ela de todos os riscos de envolver com você e ela sempre me pareceu bem ciente de tudo. Castiel, apesar de jovem ela já é adulta, já passou por mais coisas do que alguém com a idade dela teria passado e é responsável por suas escolhas.

– Ela escolheu errado... – disso o anjo. – Eu não quero ser escolhido. Não devo ser escolhido.

–E você chegou a essa conclusão apenas agora, depois de ignorar todos os avisos, de dar esperanças a ela durante todo o tempo? Se ela te falou que te ama é porque está muito certa dos sentimentos dela por você Cas, ela nunca diria algo assim se não estivesse certa do que sente, tenho certeza. Então você esperou ela se apaixonar por você, deu a ela esperanças e agora você chegou à conclusão de que não a quer... – Dean se exaltou.

– Não é questão de querer. Se eu pudesse escolher alguém para passar estar ao meu lado, Dean, seria ela, sempre seria e será ela, mas eu não posso. Além de errado esse... Relacionamento a deixaria em risco constante. O que você acha que os anjos fariam se descobrissem que eu tenho alguém? Dean, eu não posso deixá-la correr este risco, não posso expô-la desta forma.

Dean escutou os argumentos do anjo com atenção, apesar de estar furioso com a atitude do anjo, ele conseguia entender o seu ponto e até mesmo se compadecer da situação dele. Entendia que era uma relação complicada entre seu amigo anjo e sua irmã adotiva.

– Acho que ela tem que escolher se ela quer ou não correr o risco...

– O que você acha eu ela faria se eu expusesse a ela esta situação? –perguntou o anjo querendo mostrar ao caçador que não havia possibilidade dela saber o verdadeiro motivo dos dois não poderem ficar juntos.

– Se ela soubesse que você a ama... Maya correria os riscos por você, para fazer com que as coisas entre vocês dessem certo. Você sabe disso Castiel.

–E é isso que me preocupa Dean, eu não sei até quando vou conseguir continuar me esquivando. Eu a quero mais que tudo, eu lutaria por ela também, mas a diferença é que a única forma de me matarem é com uma espada angelical e luto muito bem, ela... É só uma garota, é humana, não seria preciso muito para... – o anjo não conseguiu terminar a frase então deixou que as palavras minguassem.


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Notas finais do capítulo

E então lindas e lindos do meu heart... Gostaram? Não? estavam com saudades?
Mereço comentários, talvez uma recomendaçãozinha???
Então gente eu tenho mais dois dias de prova semana que vem e então eu volto a ter uma vida, ai as postagens voltam ao normal (pelo menos uma vez na semana), mas assim que eu terminar tudo vou tentar postar mais de um por semana para compensar vocês pelo tempo sem nada.
Quero agradecer as lindas que me apoiaram no capitulo passado, vocês me deram forças para continuar escrevendo neste momento difícil que tem sido minha vida, nesta época de provas decisivas (vestibular e enem), obrigada por estarem aqui quando eu mais precisei. Principalmente: Srta Dixon, Karol Winchester, Blue Black, Cherry Bomb.
kisses and Candies