The New Mistery escrita por May


Capítulo 2
Disarray


Notas iniciais do capítulo

OI gente,
tudo bem? Estou sem inspiração para escrever as notinhas , então vamos direto para o capitulo.
Boa leitura



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Os dois se olharam sem saber o que fazer. Aos pés deles, estavam duas garotas inconscientes. Castiel olhou ao redor a procura de qualquer sinal de uma armadilha, enquanto Maya se abaixava ao lado delas.

–O que será que aconteceu? –perguntou o anjo.

–Não sei, mas vamos colocá-las para dentro e esperá-las acordar.

Os dois se olharam por algum tempo, o anjo entendia a preocupação da moça, mas não concordava em colocar duas desconhecidas para dentro da casa.

– May, pode ser uma armadilha...

Castiel não terminou de falar, pois notou o olhar fuzilante da garota em seu rosto, sabia que não do feitio da ruiva abandonar alguém que precisava de ajuda.

– Castiel, pelo amor de Deus, olhe aqui, são duas garotas machucadas e inconscientes. Não é nenhuma armadilha. – reclamou. O anjo revirou os olhos, enquanto colocava as duas para dentro, sob o olhar atento de Maya para que não machucasse as garotas.

Por fim, as duas foram colocadas deitadas no quarto de Sam, já que Maya tinha certeza que ele não ficaria tão bravo com o empréstimo do cômodo, quanto Dean.

A ruiva foi cuidadosamente até casa uma das garotas e as cobriu, enquanto decidia se tentava acordá-las ou se deixava o tempo atuar. Deu de ombros.

– Vamos deixá-las descansar. – sussurrou se dirigindo para porta.

–Maya, você já as deixou entrar aqui, não vamos deixá-las sozinhas. – disse ele firme.

– Cas você gosta de procurar problemas. – a ruiva reclamou sonolenta. -Vou ir dormir.

O anjo a olhou por um longo tempo antes de usar seus dons para fechar a porta que bateu barulhentamente. Maya olhou para ele como se pudesse matá-lo.

–De forma alguma. Quem me garante que não vai escapulir pela janela? Você vai ficar em um lugar onde eu possa te ver. –ordenou ele, a garota revirou os olhos com raiva, porem estava com sono demais para discutir.

A única poltrona do quarto estava sendo ocupada pelo anjo, fazendo com que a garota sentasse no chão e encostasse a cabeça no móvel.

Castiel observava a atitude da garota e revirou os olhos.

–Você não tem que dormir no chão também. –resmungou ele e a ruiva soltou um muxoxo sem se mexer, o fazendo revirar os olhos e acomodar em seu colo. Ela o abraçou e continuou com os olhos fechados, mas que já não estava mais irritada com o anjo.

–Será que elas ficarão bem? – resmungou contra o pescoço dele. Castiel sorriu com a atitude manhosa da moça.

– Não sei, teremos todas as respostas quando elas acordarem. –respondeu e depois continuou – O mais engraçado é que Dean te mandou para cá para ficar longe de confusão e aí aparecem duas meninas desmaiadas na nossa porta.

–Ficar longe de problema é um problema para mim. –refletiu abrindo os olhos por um instante antes de voltar a fechá-los.

– Ainda bem, senão nunca teria te conhecido. –sussurrou ele contra os cabelos ruivos dela. Maya sentiu seu coração perder algumas batidas e voltar a bater freneticamente. Abriu os olhos e fitou o anjo sorrindo, ele sorriu de volta.

–Você é um chato. Sabia que eu estava brava com você há cinco minutos? –reclamou ela suavemente.

–Não fique brava comigo, sabe que é a pessoa mais importante do mundo para mim. –confidenciou a abraçando.

A noite se passou tranquilamente. As duas desconhecidas dormiam tranquilamente assim como Maya que dormira abraçada ao anjo.

Castiel não conseguia parar de pensar em como seria quando tivesse que ir embora. Como deixaria a garota? Não sabia nem ao menos se ainda era capaz de deixá-la. Os pensamentos o perturbaram por toda a noite, até que foi tirado de seu devaneio por um grito.

No susto, o anjo deixou Maya cair no chão, fazendo com que a mesma acordasse assustada enquanto as duas garotas desconhecidas controlavam-se para não rir da cara de ambos.

– Obrigada por me segurar Castiel. –resmungou ela irônica levantando-se.

– Desculpe, eu não tinha intenção…

– Olá, a gente está bem aqui. –cantarolou a morena, chamando a atenção do casal que começava a discutir. May respirou fundo e se aproximou da cama sendo seguida pelo anjo.

– Quem são vocês e o que aconteceu para chegarem aqui? –perguntou a ruiva olhando atentamente para as garotas.

As duas trocaram um olhar quase imperceptível que passou despercebido à Maya, mas que foi notado pelo anjo.

–Eu sou Priscila e esta é Mariana, pode nos chamar de Pri e Mary. – respondeu a mais velha, era loira, alta e com um belo sorriso.

–Olá. Eu sou Maya ou May e esse é o Castiel. –apresentou-se a moça, antes que ele se apresentasse como um “anjo do senhor”. -Como se sentem? Castiel vá buscar água e meu quite de primeiros socorros. –ordenou May inteiramente focada nas hospedes. O anjo hesitou em deixá-la sozinha, mas sabia que não havia jeito. Quando a amada começava com alguma coisa era impossível pará-la.

– Vocês estão muito machucadas? O que houve para chegarem aqui desta forma? –voltou a perguntou.

–Não me lembro muito bem, nós estávamos voltando para casa depois de ir a um barzinho, então sentimos que tinha algo atrás de nós, nos seguindo e corremos. Não sabíamos o que fazer então, corremos e corremos até que não aquentamos mais. – a morena tomou a frente antes que a amiga falasse besteira.

Maya voltou-se para ela, era mais baixa que a primeira, tinha cabelos pretos lisos até abaixo dos ombros. Priscila tremeu. A ruiva percebeu o medo que as duas garotas sentiam.

– Está tudo bem agora. Eu e Cas as encontramos e ninguém vai perturbá-las aqui. –prometeu ela sorrindo suavemente. – Que tal vocês tomarem banho e trocarem essas roupas sujas? Posso fazer os curativos necessários quando já estiverem limpas e também podem dormir aqui esta noite, ou melhor, madrugada, amanhã nós vemos o que faremos.

– Obrigada. – as duas agradeceram em coro assim que Castiel adentrou o quarto, este trazia dois copos uma caixinha. O anjo tivera o cuidado de pegar a água benzida, assim como a ruiva imaginara que ele fariam. O casal esperou ansiosos as hospedes tomarem o conteúdo e depois discretamente suspiraram aliviados, pensando que as garotas não haviam visto.

Maya emprestou algumas roupas para as garotas que seguiram para os banheiros.

Mariana se sentia mal de abusar da hospitalidade da garota recém-conhecida e mentir para a mesma, queria dizer-lhe a verdade: que sabia de tudo, que precisava de ajuda, porém tinha medo de estar equivocada e de, por trás de toda a aparência simpática, eles não se importarem.

Priscila sentia-se perdida, tinha seguido sua amiga até ali e faria de novo por Mary, pois elas eram como irmãs, eram tudo que restara uma para a outra, mas, de repente, o plano da amiga não parecia mais tão brilhante, não parecia certo estarem ali sem contar a verdade. Claro que o acidente tinha apressado um pouco as coisas, elas não tiveram tempo de planejar exatamente como seria, entretanto não parecia certo enganar o casal que havia sido tão simpático com as duas.

Castiel estava sentado na cama de Maya com a mesma apoiada em seu peito.

– Não era uma armadilha afinal. –sussurrou ela. –Acho que alguém aqui é um péssimo juiz de caráter.

– Me desculpe. Eu sou um soldado e vou agir como um, sempre que for necessário, para te proteger. - respondeu Castiel.

–Você não tem que ser um soldado em tempo integral, anjo. Eu sou sua amiga, lembra? Comigo você só precisa ser o Cas. – suspirou ela, sua língua quase travara para não dizer amiga. Infelizmente era tudo que eles eram.

–Eu sei...

Eles continuaram abraçados por algum tempo, até que Maya virou para olhá-lo e encontrou o rosto do anjo mais próximo do que esperava. A garota ofegou surpresa, pensando no que queria dizer a um segundo atrás. Lembrou do beijo de mais cedo e mordeu os lábios, pensando se o anjo se importaria muito se repetisse o ato.

Castiel a olhava fixamente, queria diminuir a distancia entre eles, por outro lado, sabia que não podia fazer aquilo. Seu lado racional dizia uma coisa, seu coração dizia o contrário.

– Obrigada, foi ótimo tomar um banho depois de tudo e... – Mariana se calou ao ver como os dois se encontravam. Maya pulou para longe de Castiel como rosto corado.

– Se sente melhor? Vem aqui, vou fazer um curativo nestes machucados… - a ruiva se apressou em dizer guiando a garota para dentro do quarto. Mariana ainda tinha os olhos arregalados em surpresa.

–Ai meu Deus, me desculpe. Não acredito que interrompi vocês, ai quer vergonha. –resmungou ela levando as mãos ao rosto com se pudesse se esconder.

– Vocês não... Interrompeu nada, somos apenas amigos. – esclareceu Maya, rubra.

– Ah, me desculpe é que... Pareceu que vocês iam... Desculpe-me... –disse Mariana corando – Você está bem? Está ficando meio verde.

– Eu estou ótima, não se preocupe. Agora vamos cuidar desses machucados. –respondeu a ruiva fazendo a outra sentar na cama. Castiel se levantou e saiu do quarto.

– Você tem certeza que eu não interrompi nada? –sussurrou.

–Tenho.

Maya se dedica a fazer tudo direitinho, mantendo Castiel fora de seus pensamentos. Tinha sido melhor assim. Porque estava tão difícil de resistir à ele? Balançou a cabeça inconformada e continuou de fazer o curativo no braço da garota e passou pomada nas esfoliações pelo rosto.

–Prontinho. –declarou ao mesmo tempo em que Priscila entrava no quarto.

–Onde aprendeu a fazer isso tão rápido? –perguntou a morena surpresa. May se assustou com a pergunta, não podia dizer o real motivo de ser tão boa com curativos.

–Eu... Fiz um curso de enfermagem... Mas... Não terminei. –mentiu ela.

Logo a ruiva terminou os curativos da loira e Mariana e Priscila seguiram para o quarto de Sam. O tom masculino quarto e os objetos dispostos pelo quarto deixava claro que o dono era homem. A morena perguntou-se de qual dos irmãos era.

Maya se jogou contra a cama, frustrada. O relógio marcava três da madrugada, os Winchesters não tinham chego e as duas hóspedes apesar de simpáticas pareciam esconder alguma coisa. Castiel reinava na maioria dos pensamentos dela e ele ainda não tinha voltado para o quarto. Tudo naquela noite parecia estranho.

A garota seguiu até a janela e nem sinal de Dean e Sam, pensou em ligar para eles, mas tinha medo de atrapalhar. Resolver ir procurar o anjo pela casa.

–Cas. –chamou ela descendo as escadas e entrando nos cômodos escuros, quando ela terminou todos os cômodos do andar de baixo, voltou para o de cima.

–Cas, não tem graça. Apareça. –ordenou ela. – Otimo, não está em casa. Cadê toda aquela preocupação? –resmungou consigo mesma voltando para o quarto.

Ela rolou pela cama por um tempo até que desistiu de dormir, sentou-se passando a mão nervosamente nos cabelos. Uma hora tinha se passado e nem sinal de nenhum dos três.

Ligou a televisão que passava Antes que o Dia Termine, ela respirou. Meia hora depois o anjo entrou no quarto e a encontrou dormindo entre um monte de travesseiros, a TV passava os créditos do filme. A garota se mexeu incomodada na cama, antes de começar a murmurar palavras desconexas, o anjo reconheceu o nome dele entre elas.

Castiel sentou-se na cama ao lado da garota que, imediatamente, se mexeu em sua direção passando um dos braços ao redor da cintura dele, ainda dormindo.O anjo passou um dos braços ao redor dela. Rezava para poder resistir.

No fim do corredor Mariana acordava. A morena sentia como se sua cabeça fosse explodir, sua boca estava seca. Era isso que experiências de quase morte faziam com ela. Suspirou irritada. Ao olhar para o lado não encontrou a amiga. Suspirou se perguntando por que a amiga era tão curiosa. Levantou-se da cama com cuidado sentindo seu corpo protestar contra o movimento.

Tentando não fazer barulho a morena desceu as escadas e viu a luz da cozinha acessa, ao chegar ao cômodo deparou-se com a loira comendo.

–Mas o que você pensa que está... –a morena ia repreendê-la quando esta arregalou os olhos e apontou para as suas costas. Mariana se virou apenas para se deparar com um homem alto de cabelos um pouco compridos, e teria tempo de pensar mais sobre seu físico se ele não tivesse avançado para cima da mesma. Ambos entraram em uma briga onde ele levava vantagem. O caçador prendeu a garota contra a mesa onde segundos atrás a loira comia o bolo.

–Quem é você e o que faz na minha casa. –ordenou, olhando para ela intensamente. Mary podia sentir seus membros protestarem contra o aperto do rapaz. Suspirou, ela duvidava que fosse se recuperar tão cedo. Lembrava-se do rapaz e se repudiou por ter esquecido o detalhe dos outros moradores, talvez seu subconsciente estivesse esperando rapazes tão doces quanto a garota que lhe ajudara.Estivera errada.

– Eu... Sou... Mariana... –sussurrou ela, pensou que se evitasse fazer qualquer brusca ele entenderia que estava em missão de paz.

– E por que eu acreditaria que seu nome é Mariana? –perguntou. Entretanto a garota não tevetempo de justificar porque sua amiga tinha chegada, munida de uma vassoura.

– Por que é o nome dela, otário. –respondeu a loira, pronta para acertar a cabeça do Winchester. Dean engatilhou a arma.

–Parados!

No quarto, Castiel escutou os barulhos vindos do andar inferior e preparava-se para levantar quando a garota começava a acordar.

Maya começava a despertar de seu sono quando sentiu algo em baixo de si, algo que não estivera ali quando ela fora dormir. Inspirou profundamente sentindo o aroma do anjo. Anjo o qual não aparecera e a deixara plantada ali, por algum tempo até que caiu no sono.

Abriu os olhos e o encarou seriamente.

– Porque você desapareceu? Deixou-me sozinha com duas assassinas em potencial e não respondeu quando eu te chamei. Porque desapareceu de repente? Eu fiquei preocupada. –ela perguntou tudo apressadamente enquanto distribuía tapas pelo peitoral do anjo.

Castiel olhava a garota atordoado e segurou a garota pelos pulsos, o relógio marcava cinco da manhã.

– São cinco da manhã e tem algo acontecendo lá em baixo, então quer mesmo discutir a relação? –perguntou o anjo reproduzindo o que os Winchester falavam toda fez que ele e May iam discutir. A garota olhou com raiva por alguns instantes até ouvir um barulho vindo da cozinha. Desvencilhou-se do aperto do anjo.

–Nós não vamos discutir a relação e sabe por quê? Porque nós não temos uma. – ela falou com raiva antes de descer as escadas rapidamente.

A ruiva piscou por alguns segundos até que teve certeza de que aquilo não era um sonho ou algo do tipo. Mary parecia estar roxa enquanto Sam a segurava pelo pescoço, Priscila estava com os cabelos um pouco bagunçados e com um babydoll que não combinava nem um pouco com a vassoura que ela segurava pronta para acertar o Winchester mais novo. E na frente de tudo isso Dean segurava uma arma.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Kisses and candies



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