True Genius escrita por Brigith


Capítulo 5
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Olá galera *o*
Sei que faz muito tempo, então vamos conversar lá embaixo, ok?
Aproveitem o capítulo!



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REID’S POV

– Garcia, eu preciso que você puxe tudo o que puder sobre Dimitri Kuznetsov e sua família. – comandou Hotch assim que entramos na sala de conferência da delegacia – Enquanto isso nós iremos dar uma olhada nos outros quatro arquivos...

– Não será necessário, Hotch – interrompeu David, educadamente – Garcia achou uma coisa enquanto estavam fora.

Garcia, que estava sentada de maneira tensa, assim como todos os outros, assentiu, e disparou a falar:

– Achei arquivos parciais... Criptografados... Apenas algumas palavras aparecendo. – ela engoliu em seco – Os arquivos estavam no banco de dados da CIA.

Aaron ergueu as sobrancelhas levemente, esperando que a garota continuasse.

– Só consegui puxar os arquivos por que comecei a buscar informações sobre os khrabros e a P.T. Company em bancos de dados abertos... Enfim. As palavras que podiam ser lidas eram, basicamente, “khrabros”, “White Plan” e “Sasha Kuznetsov”. – Penelope pausou por um momento, antes de continuar ­– Não achei nada sobre o “White Plan”, mas descobri algumas coisas sobre Sasha.

Morgan, que parecia muito satisfeito com a evolução da investigação, explicou:

– Sasha Kuznetsov é esposa de Dimitri. Ela veio da Rússia a cinco anos e começou a trabalhar na P.T. Company em uma filial de produção de chips eletrônicos. Dois anos atrás, ela, juntamente com quatro outros homens sem aparente ligação com os khrabros, foi encontrada morta na mecânica em que o marido trabalhava.

– Mikhail falou que a mulher de Dimitri havia morrido em um acidente – disse Aaron, com um tom de voz duvidoso.

– Claro – concordou Blake, sarcasticamente – Se você considerar que três tiros a atingiram na testa acidentalmente.

Não contive uma risadinha, ao que recebi vários olhares estranhos. Pigarreei.

– Então, Kuznetsov se encaixa no perfil, ainda mais agora que sabemos como sua mulher morreu – comentei – Três tiros na testa, não pode ser uma coincidência.

Todos assentiram, pensativos.

– O que me intriga – começou Rossi – são as tatuagens.

– Eu diria que todo esse caso é estranho – discordou Morgan – As tatuagens, o M.O, possível crime organizado russo, arquivos da CIA... Quero dizer, parece um roteiro de filme de ação de quinta.

– Você tem razão, mas precisamos esquecer todas as lacunas que ainda temos no caso e nos focar no que já sabemos – afirmou Hotch, seriamente – Garcia, alguma ideia de onde Kuznetsov possa estar?

Penelope negou com a cabeça.

– O último endereço conhecido é de uma cidadezinha em Nebraska, mas sabemos que ele não está lá, especialmente por causa da morte de sua filha. – explicou

JJ, que permanecera em silêncio durante todo o tempo, suspirou audivelmente, me fazendo encará-la.

– Estamos deixando escapar alguma coisa – deem um Oscar para essa mulher, pensei comigo mesmo, quando ela começou a falar – Além do fato de todas as vítimas terem alguma relação com a P.T. Company, o que mais elas têm em comum? Quero dizer, ele está escolhendo alvos ao acaso, dentro de uma empresa com milhares de possibilidades?

– Bem, ele começou por baixo – sugeriu Blake – Com funcionários de filiais, que não tinham tatuagens. Talvez seja isso: as tatuagens são o símbolo dos khrabos, talvez o unsub tenha começado deliberadamente por pessoas comuns e pretenda evoluir para pessoas do alto escalão da empresa, pessoas com real conexão com os khrabos, pessoas com tatuagens já feitas.

Contive um sorriso, às vezes eu me esquecia do quão inteligentes eram as pessoas com quem eu trabalhava.

– É bem possível – concordou Rossi, um pouco relutante – Se for esse o caso, Mikhail pode ser a próxima vítima, afinal, ele é o CEO.

Mordi o lábio, eu estava ficando sem opções.

– Garcia, ligue para o escritório de Stravinsky, informe que acreditamos que ele seja a próxima vítima e instrua máxima cautela. Colocaremos policias a paisana perto dele, assim talvez possamos achar Dimitri – comandou Hotch.

– Isso não vai funcionar – falei, suspirando, legitimamente cansado – Mikhail vai sentir presença policial no minuto em que pisar para fora do prédio da empresa e duvido muito que ele vá apreciar a companhia.

Aaron me encarou estranhamente, mas antes que pudesse falar alguma coisa, meu celular começou a tocar.

Tirei o aparelho do bolso e, após uma rápida olhada na tela, me levantei, pedindo licença e saindo da sala.

– Reid – atendi.

Do outro lado da linha, uma voz automática respondeu:

– Confirme seu código de autentificação.

Olhando para os lados, fiz o que me era pedido – malditos procedimentos.

Bravo-one-four-Charlie-Kilo Charlie-Four-Five-Tango-One-Three. (B14CK C45T13).

– Identidade confirmada. – disse a voz automática – Ligação de General Colson, Langley. Aceitar, Coronel Gray?

Revirei os olhos, sentando-me em uma cadeira um pouco mais longe da sala onde a BAU se encontrava.

– Sim – concordei.

Trinta segundos depois de uma “musica de elevador” chata, uma voz áspera e masculina perguntou:

– Você está ciente de que um computador do FBI acessou arquivos parciais do White Plan, Coronel?

– Sim, General. Assim como estou ciente de que o caso em que a BAU está trabalhando é uma possível ameaça para meu disfarce – falei, calmamente.

Do outro lado da linha, Colson suspirou.

– Você quer que eu tire a BAU do caso, Matthew? – perguntou ele, com um tom de voz preocupado, quase paternal – As suas habilidades artísticas são boas, mas nem mesmo um ótimo mentiroso pode fazer milagres.

Trinquei os dentes levemente ao ver Hotch abrir a porta da sala de conferência e começar a caminhar até mim. Ergui a mão, pedindo que esperasse.

– Sei muito bem disto – concordei – Agradeço a preocupação, Charlie, mas acho que isto já foi longe demais. – pausei, Hotch agora estava na minha frente, com cara de poucos amigos – Eu preciso voltar ao trabalho, você precisa de mais alguma coisa?

– Se eles descobrirem, o que você pretende fazer? – perguntou ele.

Sorri de lado, me levantando e encarando Hotch, enquanto respondia:

– Tenho a impressão que logo descobriremos. Estou desligando, obrigada mais uma vez.

– Certo – concordou o General – Boa sorte.

E desligou, ao mesmo tempo que eu.

Olhei para Aaron.

– Desculpe por isso – pedi, sem nem ao menos tentar parecer arrependido – Era importante.

Hotch suspirou profundamente.

– Reid, o que você está escondendo? – perguntou ele, quase desesperadamente – Estou cansado de fingir que não notei como anda estranho desde que este caso começou. Você está usando novamente?

O encarei nos olhos, sem dizer nada. Eu sabia que Spencer Reid aparentaria insegurança, talvez até vergonha ao encarar o chefe desta forma, mas eu, Matthew, estava cansado de brincar de teatrinho. Estava mais do que na hora de deixar a máscara cair, especialmente quando vidas dependiam disso.

– Reid – chamou ele novamente, chateado – Me fale o que está acontecendo.

Suspirei.

– Não estou usando – falei – Nunca estive.

Aquilo pegou Hotch desprevenido.

– O que? – pediu ele – O que quer dizer?

Comecei a suar frio. Até sorri um pouquinho, pensando em quão ridícula era essa situação.

– Quero dizer que drogas nunca foram meu problema – afirmei, a voz estável. A voz que Reid jamais usara, mas que o Coronel Gray nunca abandonara. – Você ligou para Mikhail?

Aaron piscou. Tomei aquilo por um não.

– Ótimo, não ligue. – comandei, a voz calma – Estou indo para o hotel, espere meia hora com os outros e depois me encontrem no meu quarto. Diga ao xerife que vocês vão revisar o perfil para tentar achar algo novo.

Meu chefe estava embasbacado, para dizer o mínimo.

– Spencer... O que...? – começou ele, mas o cortei.

– Meia hora, meu quarto de hotel. – repeti – Explicarei tudo que precisam saber e... Hotch? – pausei – Eu sinto muito.

Antes que ele pudesse responder, eu saí de perto, discando o número de celular de Mikhail para avisá-lo sobre o que estava acontecendo.

Quando desliguei, já estava chamando por um táxi, os pensamentos a mil.

Depois de nove anos, finalmente chegara a hora.

Spencer Reid precisava desaparecer.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? *o*
Eu sei que foi um capítulo meio parado, mas o próximo vai ser um pouco mais emocionante, eu prometo!
Enfim, eu queria agradecer muito, muito, muito as lindas Ghost Hunter, Dark Star, ItSecret, mardy bum e Nobody pelos maravilhosos reviews e também pela grande paciência que tem demonstrado com essa autora demoradíssima. Sério, muito obrigada.
Beijos,
Bri.



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