Hearthfire escrita por Louise Dragneel


Capítulo 28
O baile de mascaras


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei, vocês estão morrendo de raiva de mim por ter demorado tanto a postar, sou uma pessoa horrível ~lê pede desculpas de joelhos~ E vão ficar com mais raiva ainda nesse capitulo muahahahahahha.
Tá parei, eu tenho uma doença incurável



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“Tem coisa que não volta, por mais que a gente queira. Você pode até tentar voltar o disco, repetir a música, insistir na letra, cantar o mesmo refrão por mil e um minutos, fechar os olhos. Tem sentimento que não volta. Mesmo que você se esforce, recorde, tente voltar à página, refrescar o coração. Alguns sentimentos são bem pontuais: chegam, esperam pra ver se devem ficar e decidem partir ou continuar.”

— Tati Bernardi.

Tudo estava incostavelmente impecável, todos tinham se esforçado ao máximo para a festa ficar no mínimo inesquecível e ficara mesmo, a decoração , o jogo de luzes e os meninos cantando no palco pareciam se encaixar perfeitamente numa sincronia inconfundível.

Eu estava usando o vestido longo que Leigh desenhara para mim, uma semana antes, ele era branco com detalhes lindos em renda preta indiana, ele também era muito leve, então eu me sentia muito confortável nele, a mascara que cobria meus rosto parcialmente também era preta e tinhas detalhes incrivelmente detalhados.Meus cabelos estavam amarrados em um penteado que o deixava parcialmente solto, e em vez de super lisos May me convencera a encaracolá-los.

Eu me sentia bonita.

Todos ao meu redor pareciam se divertir muito, eu geralmente não gostava muito de festas, passara a maior parte do tempo que podia estar com meus pais nelas, as famosas sociais, então geralmente eu ia pra frente do bufê ver quantos pratos eu podia comer antes de me entediar completamente pela festa.

Mais hoje não.

Essa seria minha despedia, despedida daquela cidade, eu geralmente não me importava, me mudava tantas vezes que começou a virar um ritual, era algo tipico, por isso eu sempre procurava não me apegar nas coisas, e fazer amigos, mais naquela cidade fora diferente,.

Eu não só fizera muitos amigos, como tinha me apaixonado e descoberto os maiores segredos por trás da minha vida, naquela cidade coisas incríveis tinham acontecido comigo e coisas ruins também.

Mais as coisas boas tinham superado as coisas ruins e tinham feito com que eu me apegasse demais aquele lugar.

Isso era fatal.

Balancei a cabeça para esquecer momentaneamente meus problemas infinitos e sorri para o guarda na porta entrando finalmente no ginásio.

May correu diretamente para os braços de Armin, que não sei como ela conseguiu indentificar, provavelmente porque tinha um moço de cabelos azuis ao seu lado, Armin não trouxera seu psp ou nado do tipo,então hoje ele ia fazer o romântico, só espera que ele não jogasse aquela cantada podre para cima da minha irmã ‘’ gata meu nome é...’’ me virei de costas não ia atrapalhar momento despedida do casal ‘’barra’’ ficantes.

Encontrei Rosalya quase imediatamente, seus cabelos brancos, um tom mais escuro que os meus e muito grandes lhe denunciavam, ao seu lado Leigh que parecia muito a vontade em uma roupa de gala que parecia estar entre o período vitoriano e o gótico.

Sorri para os dois que conversavam felizes, não ia atrapalhar outro casal, eu deveria ter trazido uma vela, Castiel era solteiro mais estava no palco tocando, Nathaniel também mais ele tocava bateria e Lysandre...

Desisti de encontrar um garoto sozinho e fui atrás de Violet, ela estava linda com um vestido branco que acentuava a cor de seus cabelos, sentada bem ao lado do bufe como se perguntasse oque ela realmente estava fazendo ali.

Eu ia me aproximar dela quanto Kin fez isso e a chamou para dançar, como nenhuma das duas tinha par masculino Violet assentiu, eu me virei na esperança que nenhuma das duas tivesse me visto.

Vi Kentim dançar com uma garota: ela era alta, morena com os cabelos negros e lisos, não podia ver seu rosto direito mais imaginava que ela era bonita.

Supirei, Ok, talvez eu não fosse aproveitar a noite tanto assim.

Que despedida hein Clary- pensei- seja ignorada por todos!

Dake também tinha companhia mais assim que me viu sozinha deixou a pobre garota rodada, fingi que não o tinha visto pela minha visão periférica e continuei a andar normalmente indo para o bar improvisado.

Pedi ao barman uma bebida não alcoólica e fiquei brincando com o guarda-chuvinha até ele se aproximar.

–oi Clary- falou ele ao meu lado pedindo ao barman a mesma bebida que a minha e fazendo careta ao perceber que ela não era alcoólica.

–oi Dake.

–porque você esta sozinha? É porque seu garoto esta cantando lá no palco?

–para começar Lysandre não é meu garoto, e segundo eu estou sozinha porque todo mundo resolveu começar a namorar de uma hora pra outra nessa joça- falei.

–se Lysandre não é seu garoto que tal dançar uma valsa comigo?

Vire-me na cadeira para encará-lo e me surpreendi com oque vi: ele usava um terno risca de giz preto aberto com uma gravata borboleta e uma mascara dourada que contrastavam perfeitamente com seus cabelos que estavam amarrados há esmo.

–estão tocando rock- falei- não tem valsa no rock.

Pelo menos não que eu me lembre- pensei.

–é uma exigência da diretora- respondeu ele- tem que tocar durante a noite duas valsas, por isso tem um dvd ali, seus amiguinhos não são muito fãs de musica clássica.

–ah- respondi usando o guarda chuva para mecher a bebida no copo.

–então você vai dançar comigo ou não?-perguntou ele de novo- logo a valsa vai começar.

–mais é claro.

Os meninos anunciaram que a valsa logo seria tocada, alguns casais sentaram outros tantos ficaram de pé esperando aquele momento, Dake fez questão de me puxar para bem perto do palco, vi o olhar de Lysandre vacilar entre nós dois, mais logo ele recolocou a mascara branca e não pude mais ver seu rosto com clareza.

A valsa começou e eu comecei a dançar, Dake era desengonçado e pisou no meu é umas três vezes.

–ai -reclamei quando a valsa terminou.

–foi mal- ele respondeu.

–e agora- falou Lysandre – vamos cantar a segunda valsa, uma musica romântica para uma pessoa romântica- ele falou e tive a impressão que estava falando comigo- e para os casais apaixonados- ele acrescentou após ouvir uma series de ‘’hums’’

Ele não podia estar falando serio.

–vamos dançar de novo?-perguntou Dake .

Neguei com a cabeça e logo ele arranjou outro par.

Sentei-me em uma mesa para ‘’apreciar’’ a musica que tinha certeza absoluta que era para mim.

–vou te contar a história de um menino deprimido por guardar o segredo de um amor reprimido, sempre se afastado de qualquer possível surgimento de uma paixão...

Pensei em mim e nele e as coisas que tinham acontecido, parecia certo, a musica contava a historia de um garoto que tinha tido uma decepção amoroso e logo julgava errado qualquer pessoa que queria se aproximar dele.

Sem motivo algum lagrimas logo brotaram do meus olhos ‘’ os monstros do meu passado continuam a me atormentar’’ dizia o refrão da musica.

Pensei em Rosie, filhote do coisa ruim que eu nunca mais vira depois de quebrar o braço dela, eu tinha certeza que Lysandre ainda a odiava, e tinha muitos motivos para isso.

Não agüentei ouvir a musica inteira e sai, do ginásio caminhando em direção a saída da escola, o ginásio tinha saída de emergência mais por lá não se passava o taxi.

Sai na rua, tinha começado a chover muito forte e eu fiquei encharcada logo, sem contar no vento que fazia me deixando com frio imediato, nenhum taxi a vista, estranho deveria estar cheio deles ali.

–Clary- falou uma voz atrás de mim.

Virei-me, Lysandre.

–você já vai?- perguntou ele.

–sim- respondi seca- é oque parece não?

–você vai continuar assim comigo?-ele perguntou- vai continuar a me ignorar? Por favor Clary você vai embora amanhã.

–que diferença isso faz?-perguntei.

–que diferença isso faz?- ele repetiu- você só pode estar brincando não é?

–eu pareço alguém que esta brincando?- perguntei.

Ele engoliu em seco.

–porque esta me tratando assim?

–você sabe muito bem o motivo.

Ele fez que não com a cabeça.

–‘’eu te perdôo- falei - só que você vai ter que prometer que não vai mais fazer isso comigo’’.

Respirei fundo e fiz uma imitação ruim de sua voz.

–‘’oque aconteceu não deveria ter acontecido eu descontei em você algo que não deveria, uma mágoa antiga, que vou tentar deixar pra trás’’.

Ele me encarava assustado.

–Clary...

–você fez uma promessa que não conseguiu cumprir- falei- estou tão cansada disso.

–me desculpa... Eu.

–tenho que ir- falei fazendo sinal para o taxi.

–tem alguma chance de você ficar?-perguntou ele.

–há não ser que você consiga convencer inúmeras pessoas a desistir de sua viajem ou seqüestre o avião que eu vou amanhã não.

Virei-me.

–talvez quando você tiver superado isso- falei- você me liga e talvez agente possa ter uma Dr.

Dei tchau para ele ainda de costa e entrei no taxi.

–para onde senhorita?-perguntou a taxista.

Respondi o nome do condomínio da minha tia e ela pisou fundo no acelerador.

Nesse momento eu já tinha me arrependido de tudo oque dissera.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora!!