Todas nós temos defeitos, isto é “ser humano”, todos vamos cometer erros, mais vamos acertar bastante. Não procure por uma pessoa perfeita, faça ela perfeita para você.

Israel Moreira.

P.O.V Lucia on.

Olhei para meu cabelo no chão, ele estava bem curto agora, logo a quiometarapia começaria, e eu não queria ver o cabelo cair por isso resolvi cortá-lo, o apartamento que agora vivia era pequeno para os padrões que eu já estava acostumada, mais era bonitinho e arrumado.

A cabeleireira recolheu o cabelo do chão pegou seu pagamento e partiu, eu o ajeitei num rabo de cavalo desajeitado e fui tomar um banho, quando sai de La coloquei minha camisola favorita e me sentei na frente da televisão.

De repente as luzes começaram a piscar como se alguém tivesse ligado um aparelho que puxa-se muita energia, e logo a te também entrou na onda dos pisca-piscas, quando parou a energia estava desligada e eu remexia com inquietação no celular ia ligar para companhia de energia.

Então a luz voltou do mesmo jeito que tinha ido embora, suspirei e guardei o celular prestes a ligar a TV de novo, mais ela se ligou sozinha com um vídeo.

‘’ você pode não acreditar em minhas palavras mais as evidencias são claras, então resolvi lhe mostrar a verdade pelos olhos de coisas confiáveis: as câmeras’’

Uma filmagem em preto e branco de péssima qualidade começou, mostrou à data e uma casa vazia e monótona, alguns empregados varriam aqui, outras espanavam ali, até a chegada de um casal, eles estavam rindo e conversando e pareciam feliz, o homem carregava diversas malas com um braço só, as compras que haviam feito na china.

A filmagem não tinha áudio mais eu sabia exatamente oque eles estavam falando.

–você tem que parar de comprar tantas coisas quando vamos a outros países, daqui a pouco teremos que comprar uma casa só para suas roupas- falou Philip.

Lucia revirou os olhos.

–você sabe que quando o armário este cheio eu faço um leilão de metade das peças e a renda arrecadada e doada inteiramente a fundações carentes.

–eu sei mais talvez seja à hora de você fazer esse leilão não?

–você é irritante- falou ela.

–e você insuportável.

Então eles entraram na casa rindo.

–você já falou com sua irmã?- perguntou Philip- a Clary vai passar as férias dela conosco?

–já falei com ela sim, temos que avisá-La sobre a viajem.

Então a filmagem foi cortada ai e foi para outra cena, porem dessa vez com áudio, afinal dentro do escritório tinha áudio.

–o vestido esta pronto- falou Chinomiko com um sorrisinho.

–legal você acha que ela esta desconfiando de alguma coisa?- perguntou Philip.

–acho que não então já ensaiou oque você vai dizer para ela?

–hum... Não.

–ótimo então ensaie comigo finja que eu sou o amor de sua vida e me chamo Lucia, anda.

–olha- Philip começou meio sem graça- eu sei que não digo isso muito, na verdade nem sei como dizer, afinal a gente ta junto há tanto tempo que e como se você fosse parte de mim, aliais você e parte de mim, você e a Clary são os maiores amores da minha vida, eu posso dizer isso sem pestanejar porque eu tenho tudo, mais eu daria tudo que tenho se tivesse que escolher entre vocês e meu dinheiro, eu te amo de mais...

Nesse mesmo momento eu abri a porta do escritório e me deparei com a cena, é claro que eu já tinha ouvido metade da conversa depois de ‘’a gente ta junto há tanto tempo’’ Chinomiko estava parecendo derretida e Philip lhe olhava com ternura, não agüentei encará-los.

–você t-ta me traindo?- perguntei na cara dura- como pode fazer isso comigo na minha própria casa?

Desviei o olhar da televisão e eu não precisava mais ver aquilo, era obvio que Philip não me trairia eu me sentia tão pequena e indefesa diante daquilo tudo, algo que me fez fungar e limpar as lagrimas com a manga da camisola.

A companhia tocou, eu já imaginava Philip na porta me encarando e jogando na minha cara a verdade, e provavelmente dizendo que agora quem não queria mais nada comigo era ele e coisas do gênero me levantei suspirando e escancarei a porta, não era Philip e sim Chinomiko ela segurava um saco preto e tinha um sorrisinho no rosto para mim.

–oque é isso?-perguntei erguendo a sobrancelha para ela.

Ela não falou nada se limitou a me entregar o saco e partir, entrei no apartamento e abri o saco delicadamente e me deparei com um vestido branco perfeito: tomara que ‘’não’’ caia com o corpete em forma de coração e feito de renda que ia até depois da cintura, a saia era lisa e perfeita, sorri ao ver o vestido e fechei o saco novamente. A companhia tocou de novo.

–Chino o vestido é... -parei ao ver Philip.

–eu espero que você tenha me perdoado-ele falou me entregando um buque de flores e indo embora sem falar nada assim como Chino.

Suspirei entrando e coloquei as flores no vaso sorrindo, mal eu tinha colocado as flores a companhia tocou novamente.

Escancarei a porta novamente, já me sentindo um pouco brava que brincadeira mais sem graça!

–senhora- falou o medico ajeitando os óculos na cara.

Ele me entregou vários exames sem me olhar nos olhos.

–oque é isso?

–a repetição de exames que seu marido pediu, ele disse que não podia aceitar o fato de você ter câncer, os exames foram analisados por cinco laboratórios diferentes, parece que seu resultado foi confundido...

–como?-perguntei atônita.

–você não tem câncer senhora.

–mais e aquilo que me mostraram era oque?Um cisto?

–não senhora- falou o medico-era um feto.

Engasguei com minha própria saliva.

–como?

–um bebê, parece que a senhora não é infértil como imaginava.

Dizendo essas palavras ele se virou.

–antes que eu me esqueça é melhor você olhar pela janela.

E se foi do mesmo jeito que os outros, fui em direção a janela e coloquei a cabeça pra fora.

A placa enorme de nêon que eu xingava todas as noites estava acessa com um anuncio diferente.

‘’Casa comigo? De novo?’’