Hearthfire escrita por Louise Dragneel


Capítulo 21
Diante da verdade


Notas iniciais do capítulo

Arigatou a JolhaR1b3r40 que favortiou a fanfic.Dois capitulos em um dia!!! :3



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Seja feliz do jeito que você é, não mude sua rotina pelo o que os outros exigem de você simplesmente viva de acordo com o seu modo de viver.

Bob Marley

O final de semana chegou se arrastando, só porque pela primeira vez na vida eu queria que ele chegasse logo. Arrumei minhas uma mochila mínima e suspirando liguei para minha mãe.

–alô?-perguntou a voz da minha mãe duvidosa.

–oi mãe?-respondi.

–Clary- ela gritou e eu afastei meu celular do ouvido.

–oi mãe- repeti rindo- como a senhora está?

–péssima -ela respondeu- você sumiu faz uma semana e não ligou para mim, tive noticias de você só quando usou o cartão e tipo isso demorou uma semana!

–calma mãe eu to indo para casa esse final de semana poso?

–claro que pode-ela gritou de novo fazendo meus ouvidos doerem- vou mandar o helicóptero te pegar na casa de sua tia agora!

–bom, mãe- falei- temos que conversar, eu pesquisei sobre minha adoção ilegal e descobri uma mulher chamada Lolly Sakomoto, ela foi presa dois anos atrás por trafico internacional de bebês.

Minha mãe suspirou do outro lado.

–claro filha, eu sabia que você iria descobrir sobre ele um dia, de um jeito ou de outro.

–mãe- falei resgatando uma memória- vocês me levaram para uma ilha que não pegava nada de celular, tv ou rádio nesse época foi por isso?

Ela suspirou de novo, tinha a mesma mania que eu, suspirar quando não queria dizer ou fazer alguma coisa.

–foi, agora que você já descobriu não quero te esconder nada- ela falou- inclusive vou lhe ajudar, agora você quer saber sua origem não? Conhecer a mãe, eu posso te levá-la para visitá-la na cadeia.

Arregalei os olhos diante da proposta de minha mãe.

–mais mãe...

–se você não quer eu quero-falou- quero que você conheça de onde veio, quero que você veja de onde eu te tirei, e quero acima de tudo te reconquistar minha filha- a voz de minha mãe era chorosa.

–você nunca me perdeu mãe- falei engolindo um bolo na garganta.

–você tem certeza Clary Sakomoto- ela me perguntou.

Fiz careta.

–nunca me chame assim- falei- sou filha de Lucia e Philip Gracce, não precisa ser de sangue pra ser parente.

Um som de alivio veio do outro lado.

–te amo Clary- ela falou- bom, eu vou me arrumar e vamos logo para São Paulo, e La onde Lolly está presa.

–se você insiste mãe -falei- mais não quero falar só sobre isso, quero falar sobre você e o papai e seu câncer.

–filha- ela falou -uma coisa de cada vez, depois conversamos sobre...Outras coisas.

Suspirei derrotada e minha mãe riu.

–te amo mãe -falei e desliguei o telefone.

Guardei o celular no bolso da calça tinha pegado uma mania irritante de odiar vestidos desde o acontecido, algo que me marcaria para sempre com certeza. Ninguém nunca esquece algo ruim desse jeito.

–tia- falei indo até a cozinha ela assava biscoitos de chocolate.

–tia, um dia tenho que lhe apresentar a meu amigo Kentim, vocês são muito parecidos, ambos amam biscoito de chocolate.

Ela riu.

–e você mocinha vai onde?- ela me perguntou erguendo a colher de pau.

–vou ver minha mãe- falei.

–você esqueceu que está de castigo?

Eu a encarei, embasbacada.

–como... ?

–você deve estar acostumada a não ser castigada- falou- e por isso não conhece as regras, mais como não posso impedi-La de ver a mãe, tenho que tomar uma medida drástica, eu vou com você!

–mais tia sua companhia não é um castigo- falei.

–cale-se- falou ela brincando- vamos pro aeroporto, mais antes você vai me apresentar seu amigo Kentim!

Ela saiu correndo para o quarto com um sorrisinho no rosto, às vezes minha tia se parecia tanto com uma criança.

Não demorou muito e minha tia apareceu com um vestido amarelo canário, e com os cabelos amarrados em um coque bagunçado.

Ela abriu o forno e verificou os biscoitos com um pequeno sorriso pegou a bandeja com um guardanapo e colocou quase todos dentro de uma vasilha, ela me entregou um e pegou outro.

–vamos?- perguntou.

–pra onde?- falei fingindo não saber.

–ver seu amigo- respondeu- obviamente.

Chegamos na casa de Kentim lingeiro, eu nunca tinha ido até lá mais sabia onde ficava, mal de cidade pequena e saber onde todo mundo mora.

Ele abriu a porta com o cabelo bagunçado e de pijama.

–Clary?-perguntou.

–oi!- respondi- oque você estava fazendo?

–dormindo- respondeu.

–te acordei?

–não—ele respondeu irônico.

–ótimo- falei jogando a vasilha nele e entrando.

Minha tia entrou logo depois de mim.

–cade sua mãe?-ela perguntou pra ele.

–saiu- ele reclamou quase dormindo na porta.

–a gente só veio te integrar os biscoitos e já vamos- falei.

–a senhora é a tia de Clary não?- perguntou ele coçando os olhos.

–Claro, sou Sophia.

–vocês são parecidas.

Minha tia e eu nos entreolhamos e rimos.

–falei algo engraçado- ele perguntou.

–piada particular- respondeu minha tia- vamos?

xXx

–sua tia cozinha muito bem- foi à mensagem que recebi quando ia colocar meu celular no modo avião.

–você só começou a comer agora?- perguntei.

–ao contrário, só terminei agora, ah antes que eu me esqueça boa viajem.

–obrigada- enviei sorrindo comigo mesma.

Dei um abraço apertado em minha mãe que estava no helicóptero quando eu e minha tia embarcamos.

–você copiou minhas mechas rosas?-perguntou minha tia para sua irmã.

Elas riram juntas. Levantei a sobrancelha literalmente boiando, minha tia se virou para me explicar.

–quando éramos pequenas sempre brigávamos por tudo, então fizemos uma promessa de que quando uma engravidasse as duas íamos pintar o cabelo de rosa, porque era a única coisa que concordávamos.

–e uma promessa sem sentido- falou minha mãe.

–ei- falei para o piloto- desculpa pela outra vez, e obrigada por não ter contado onde eu estava- falei.

Ele deu de ombros.

–senti que você precisava de um tempo, além do mais discrição e meu segundo nome.

–pensei que fosse Ribeiro- falou minha mãe.

–não corte minhas frases Lucia- respondeu ele e ambos riram.

–amigos de infância- explicou minha tia.

–ótimo- falei- todo mundo conhece todo mundo! Que família grande e feliz.

Minha mãe me abraçou e juntas fomos buscar a verdade, uma verdade que poderia dor muito, mais seria melhor que mais dezessete anos de mentiras.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?Odiaram? Chocolate? Beijos?