Um Futuro Passado Presente

Resumo: O menino que sobreviveu

"A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente."

*

Ano 1994 - salão principal de Hogwarts

O salão estava cheio, os alunos ainda estavam na hora do jantar, e falavam somente banalidades sobre o grande torneio tri bruxo. Eles estavam inquietos em saber que só maiores de idade poderiam participar, mas também estavam inquietos por saber que iriam conviver com outras escolas.

Um trovão ao foi ouvido ao longe e o céu enfeitiçado do salão brilhou com raios e estrelas cadentes que apareceram no céu lá fora. Um brilho forte começou a surgir no meio do salão cegando a muitos. Quando o clarão desapareceu uma linda mulher apareceu e atrás dela varias pessoas olhando para o lado admirado com a Hogwarts do futuro/passado.

– quem são vocês? - perguntou Dumbledore.

– isso já ta ficando chato. - reclamou a mulher. - eu sou Tálytah, você deveria saber, acabei de chegar de 1977. - disse ela.

Ele deu um sorriso brincalhão. - eu sei, mas foi ótimo irritá-la. - ela bufou. - senhoras e senhores, eu lhes expliquei que alem das escolas teríamos outros visitantes este ano. Esses são viajantes do tempo, e esta é Tálytah a Deusa do Tempo.

Ela fez uma leve reverencia e com um salto girando o corpo asas pequenas rosadas, de um metro cada como de fadas surgiu em suas costas. Ao ver a exclamação de todos ela sorriu envergonhada enquanto as asas diminuíram alguns centímetros e mudaram para vermelho.

– prazer conhecê-los. Eu sou Tálytah, mas me chamem de Ytah, sou deusa do tempo, e protetora dos Potter's. - disse ela sorrindo e um garotinho olhou para ela extasiado. - deixe-me apresentá-los aos viajantes. Vindos do ano 2000, Rony, Hermione, Harry, Gina, Neville, Draco e Astória. - eles deram um passo à frente para que todos os vissem. - e do ano de 1977, peço que não façam alvoroço igual eles fizeram. - pediu ela apontando a turma de 2000.

– não tenho culpa, você podia ter avisado. - ralhou Harry.

– eu sei, mas foi hilária a cara de vocês. - disse ela rindo, alguém picaretou. - claro, voltando, turma de 2000... Quero dizer 1977, James, Sirius, Remo, Lilian, Marlene, Dorcas, Frank, Alice, Regulo e Severo.

Todos olharam extasiados para os viajantes do passado, e ela notou que não só os alunos como alguns adultos estavam lá, Dumbledore se lembrou dela ter pedido a presença tanto da ordem, quanto do ministro.

– não pode ser. - sussurrou Remo 2 (o mais velho).

Um cachorro começou a latir e chorar ao lado do loiro.

– volte ao normal Sirius. - disse Ytah.

Ele se transformou de volta, seus olhos lacrimejavam e sem se importar com nada correu em um abraço apertado em James e Lily, Remo 2 fez o mesmo e todos ficaram sem entender. Os alunos entraram em choque e o ministro se virou e o encarou incrédulo.

– prendam-no. - gritou ele quebrando o lindo momento.

– não ouse tocar nele. - rugiu Ytah atraindo a atenção de todos.

– ele é um assassino monstruoso, deve ser preso. - retorquiu o ministro.

– acabe com ele Tálytah. - disse James ainda olhando os amigos mais velhos com curiosidade e diversão, ninguém falaria assim com um amigo dele, seja novo ou velho.

As asas antes finas e pequeninas da mulher agora estavam crescendo, ficando negra e imponente, ela estava alto do chão e encarava o ministro com um ódio mortal.

– nunca. - começou ela com uma voz e remetia a de dez. - Sirius Black é inocente, e viveu a pior vida que alguém poderia ter vivido por um erro de outro, não permitirei que fale assim dele.

O ministro assentiu rapidamente enquanto ela se acalmava e voltava ao chão, suas asas foram desaparecendo até que mais nada era visto as suas costas.

Sirius 2 a olhava admirado e agradecido. Mas os olhares de todos da turma de 1977 era de clara confusão pelo que ela havia acabado de falar do maroto mais velho.

– vamos todos nos sentar. - disse o diretor. Minutos depois todos estavam sentados, a mesa da grifinória precisou ser aumentada, Ytah fez uma poltrona azul surgir próxima a escada que levava ao pequeno "altar" onde ficava a mesa dos professores. - todos aqui juram tentar confiar, acreditar no que leremos aqui. - um sonoro sim foi ouvido e uma linha fina de fogo circulou o pulso de todos no salão. - juram que nada lido aqui sairá daqui. - e aconteceu novamente. - juram não julgar ate o final da leitura. - e aconteceu uma terceira vez, e então as linhas desapareceram.

De relance, Ytah viu um pequeno vulto saindo pela pequena porta lateral.

– a não, volte aqui meu bem. - gritou/berrou ela fazendo um aceno com a mão e um Alastor Moody surgiu flutuando a sua frente. - ora Sweet onde pensava que ia?

– me solte. - grunhiu ele se debatendo no ar.

– a não, seu papai esta com saudades. - disse ela irônica. - não é Bartô?

Ele a encarou sem entender nada que a mulher falava. Ela ainda sorria radiante como se tudo aquilo fosse seu pequeno circo particular, ela estava se divertindo, e muito.

Uma cadeira de ferro surgiu à frente da dela e ela o colocou sentado, correntes circularam o corpo do homem e o prendeu fortemente. - revele-se. - sussurrou ela, então o rosto dele começou a borbulhar, sua perna de ferro caiu ao chão e seu olho também, um resmungo saiu de sua boca e então no lugar do antigo senhor surgiu um rapaz jovem. - Bartô Crouch Junior.

Todos olhavam espantados a cena que se decorria.

– vamos lá, com a ajuda da turma de 2000 contarei um pouco sobre os três anos que passaram, para os que não conhecem tudo, depois contaremos o que vocês deveriam viver neste ano, e no decorrer da leitura do primeiro livro nós contaremos o que deveria acontecer no quinto. - ao longe Harry 2 (o do futuro) abaixou a cabeça e suspirou.

– o que houve? - perguntou Lily ao lado dele, ela ainda não havia se acostumado com esse negocio de viagem pro futuro.

– vocês entenderão. - respondeu simplesmente o garoto.

– vamos começar? - perguntou James. - estou ansioso para saber o que aconteceu, e porque meu eu do futuro não esta aqui. - os que sabiam o motivo suspiraram.

Ytah deu um sorriso triste a ele. - eu poderia ter trazido todos os sete livros de Harry Potter. - todos olharam com olhos arregalados Harry 1 (o mais novo). - mas eles não são tão importantes para mudar o futuro, mas por sorte eu sei todos os capítulos de cor, então vou resumi-los. - disse ela sorrindo.

– então, comecemos. - disse Hermione.

– claro, claro. - ela assentiu. Respirou fundo. - Capitulo Um de Harry Potter e a pedra filosofal, O menino que sobreviveu.

– sobreviveu a que? - perguntou Sirius 1.

– se você a deixarela falar saberemos. - retrucou Remo 1 rindo do amigo.

Ela esperou um pouco e voltou a falar;

– No primeiro Capitulo, é onde tudo começa, onde o nosso protagonista lindo, perfeito, maravilhoso...

o diretor picaretou e os dois Harry's se encolheram de vergonha.

– bem... Onde Harry é apresentado. - começou a contar ela. - tudo começa com O Sr. e a Sra. Dursley, da Rua dos Alfeneiros, nº 4.

Harry's se remexem desconfortáveis.

– Dois trouxas idiotas, os trouxas mais trouxas que conheci na vida, dois filhos de uma...

– senhorita. - ralhou Mcgonagal.

– é bem, dois seres desprezíveis, seus noves eram Valter e Petúnia.

– o que? - gritou Lily.

– é isso mesmo querida, deixe-me continuar. - ela parou para pensar e começou a falar novamente. - sim, bem, eles notaram que coisas incrivelmente estranhas aconteciam no mundo, mas não se preocupavam ou fingiam não se preocupar, porque é nesse capitulo que descobrimos quem são o senhor e a senhora Potter, e descobrimos o que esses trouxas imbecis têm haver com a história, a senhora Potter era irmã de Petúnia, seu nome, Lilian Evans...

– não pode ser eu me casei com esse trasgo? - disse Lily.

– sim, e teve um filho com ele. - disse Dorcas rindo da amiga.

– viva os noivos. - gritou Sirius 1 abraçando os amigos. - eu quero ser o padrinho.

– ainda não casamos. - ralhou Lily.

– mas vamos, Lírio. - discordou James.

– é Evans, Potter. - falou ela.

– Evans Potter só depois do casamento. - disse o maroto fazendo todos os presentes rirem.

– continue. - disse a ruiva.

– bem... Continuando... Eles dormiam quando uma coisa muito suspeita aconteceu ao lado de fora da casa, um gato ficara imóvel na sarjeta olhando a esquina durante duas horas, até que um sinal de vida ocorreu...

– é a Minerva. - disse Sirius 1.

–... Apareceu tão súbita e silenciosamente que se poderia pensar que tivesse saído do chão.
Ninguém jamais tinha visto nada parecido com este homem na Rua dos Alfeneiros. Era alto, magro e muito velho a julgar pelo prateado dos seus cabelos e de sua barba, suficientemente longos para prender no cinto. Usava vestes longas, uma capa púrpura que arrastava pelo chão e botas com saltos altos e fivelas. Seus olhos azuis eram claros, luminosos e cintilantes por trás dos óculos em meia-lua e o nariz, muito comprido e torto, como se o tivesse quebrado pelo menos duas vezes. O nome dele era Alvo Dumbledore...

– o que o senhor estava fazendo lá? - perguntou Lily.

– a senhorita vai entender. - disse o diretor.

– O gato se transforma em uma mulher, e é ai que conhecemos nossa severa professora Minerva. E em uma conversa rápida dos dois que começamos a entender tudo que aconteceu, ou quase tudo. É em uma conversa dos dois que descobrimos que um bruxo mal morreu depois de onze anos de poder...

Os presentes do passado arfaram felizes.

–... E quando descobrimos o motivo, ele havia ido a Godric's Hollow, ele queria matar um garotinho, e para chegar a ele, teve de matar seus pais, que nada mais eram que James e Lílian Potter... - uma lagrima rolou pelo rosto da mulher.

– não! - gritou Srius e Remo 1. - não pode ser. Eles...

– sim, eles morreram. - respondeu Sirius 2.

– por isso vocês nos abraçaram. - afirmou Lily e eles assentiram.

Ambos os Harry's estavam com os olhos marejados ao olhar seus pais jovens e vivos.

– eu sinto muito. - disse Lily chorando e abraçando os dois garotos.

– a culpa não é de vocês. - disse Harry 1.

– vocês morreram para me salvar. - disse Harry 2.

Todos no salão estavam chorando silenciosamente, até mesmo alguns da sonserina, mas eles tentavam a todo custo disfarçar.

Depois de alguns minutos de abraço eles se sentaram novamente, agora com James e Lily ao lado de seus "dois" filhos.

– continue, por favor. - pediu Remo a Ytah.

– o que? - ela olhou para eles sem entender. - ata, claro, onde eu parei... Sim, e descobrimos que ao tentar matar o pequeno Harry algo o aleijou, e ele não conseguiu matar o garotinho e naquele dia Voldemort o bruxo mal desapareceu...

– o que houve? Como uma criança poderia fazer isso? - perguntou Regulo. Ele não entendia o Lorde era poderoso como perderia para uma criança.

– você vai entender. - garantiu Hermione 2.

–... E nesse mesmo capitulo choramos, quando Dumbledore deixa um pequenino Harry na porta da casa nº 4 e desaparece enquanto bruxos em todo o mundo comemoram.

– o senhor não pode. - implorou Lily. - Tuney odeia a mim e a magia, vai tratá-lo mal.

– ele não tinha mais ninguém. - disse o diretor com pesar.

– e eu, ou Remo. - disse Sirius 1. - eu ficaria com ele.

Sirius, Remo 2, Harry, Hermione e Rony 1 e 2 abaixaram a cabeça sabendo exatamente o motivo de não terem ficado com Harry.

– você entenderá, todos entenderam. - disse Neville pela primeira vez.

– vamos ouvir o resumo de mais um capitulo e depois vamos deitar para descansar, todas as aulas estão suspensas até que tudo isso se resolva. - disse o diretor. Muitos queriam pular de alegria, mas com certeza aquele pequeno resumo mexer tanto com eles que nada os faria esquecer.