As Histórias de Bella Swan - ShortFic escrita por Paola_B_B


Capítulo 6
Bella a Caça-Vampiros


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Espero que gostem do capítulo, ele será o último deste ano. Estou entrando em férias. Semana que vem haverá postagem em ALL e então só volto a postar ano que vem. Esta fic está em reta final, além deste temos apenas mais dois capítulos e os postarei assim que retornar, provavelmente em fevereiro ;) Boas festas para todos!



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Bella a Caça-Vampiros

Era sexta-feira treze e eu caminhava tremulamente entre as lápides do cemitério. O vento soprava frio movimentando as nuvens e assim os raios da Lua cheia iluminaram o meu caminho. Um lobo uivou profundamente me fazendo estremecer e... Ok, ok! Só quis fazer um draminha. Eu realmente estava no cemitério em dia de lua cheia, mas não era sexta-feira treze, era uma terça-feira 22 mesmo. E eu só tremia, pois estava morrendo de frio com aquele vento sul dos infernos! Cemitérios não me dão medo, na verdade eles me divertem. Adoro ver os novos fantasmas confusos com suas atuais situações, a negação é hilária.

Entretanto eu não estava ali para foliar. Estava rastreando um clã de vampiros que andava exagerando na recreação. Muitas mulheres entre 17 e 25 anos estavam sumindo na cidade e após alguns dias apareciam mortas e com o sangue drenado de seus corpos.

Escutei de alguns adolescentes que algo estranho acontecia no cemitério e resolvi investigar.

Caminhei saltitante rindo dos dizeres da última lápide “Aqui jaz Olivia, boa mãe, boa violinista e boa vadia traidora. O inferno te espera sua cadela desgraçada!”. O corno estava um pouquinho equivocado e confundiu a lápide com rede social.

Eu ainda ria quando escutei uma estranha reza fervorosa. Concentrei-me e percebi que o barulho vinha de um mausoléu há alguns metros à frente. Havia uma luz dançando por trás das grades de ferro.

Aproximei-me lentamente me escondendo entre as sepulturas. Ao espiar logo notei cinco adolescentes, todas garotas vestidas com uma longa túnica preta. Estavam de mãos dadas em volta de velas vermelhas e pretas. No chão alguns símbolos estavam desenhados. Logo compreendi o que uma delas dizia.

– Venha a nós oh Deusa da Morte e da Beleza! – gritava a adolescente. – Venha! Venha!

Revirei meus olhos para toda aquela bobagem. Não existia nenhuma Deusa da Morte e da Beleza. E aquele ritual era patético.

Um sorriso perturbado surgiu em meus lábios. Eu não resistiria, meus dedinhos coçavam para pegar minha varinha e fazer um estrago. Ah esses adolescentes! Quando aprenderiam que não se deve mexer com bruxaria?

Inclinei-me perto da entrada e soprei um pouco de magia. Um vento forte fez com que as túnicas voassem ao mesmo tempo em que as labaredas das velas se erguiam quase no teto. Segurei o riso quando escutei os gritos assustados.

– Calma! Está dando certo! – falou uma delas temerosa, mas empolgada. – Sim oh Deusa! Venha até nós e traga-nos seu magnânimo conhecimento!

Magnânimo? Há! Hilário! Eu não resisti e tive que deixar a brincadeira mais divertida. Coloquei minha varinha na garganta e fiz minha voz ecoar pelo mausoléu.

– Quem ousa atrapalhar o meu sono de beleza!!!

– Oh meu Deus! Oh meu Deus! Oh meu Deus!

– Minha Deusa, queridinha! – rugi irritada.

Apertei meus lábios para não gargalhar. As adolescentes estavam apavoradas.

– Oh Deusa! Conte-nos o que sabe? Por favor, oh Deusa!

Se eu escutasse mais um “Oh Deusa” juro que iria vomitar.

– O que desejam saber?

– Estamos com problemas amorosos. – respondeu uma delas. – Oh Deusa!

Revirei meus olhos, oh que novidade!

– Não diga...

– Sim oh Deusa! Meu namorado, digo, ex-namorado me traiu com a líder de torcida da escola. Oh Deusa!

– Oh não me diga! Aposto que era o garoto mais popular da escola... – dei corda para a pirralha se enforcar.

– Sim oh Deusa!

– E aposto que ele só namorou com você por causa de uma aposta.

– Oh Deusa! Sim!

– E quer um conselho sobre isso?

– Sim! Como faço para voltar com ele?

Cara... Se existe mesmo uma Deusa da Morte e da Beleza a vida dela deve ser uma merda se o auge de suas noites era aconselhar adolescentes em crise.

– Queridinha... O cara te usa e mete um belo par de chifres e você ainda quer voltar com ele? Minha nossa! Você merece sofrer sua trouxa! E ainda me acorda por causa de uma bobagem dessas! Quer realmente um conselho? Se valoriza!

– Mas eu o amo! Oh Deusa!

– Então se fode sozinha e pare de incomodar com essas besteiras! Se escutar me chamarem novamente irei puxar o pé de cada uma durante a noite! – gritei furiosa e com um vento impetuoso fiz as velas apagarem. – E então saberão por que também sou chamada de Deusa da Morte!

Pede conselho, mas não quer escutar a verdade. Vai entender!

Entediada com aquela historinha clichê segui meu caminho de volta para o hotelzinho em que me hospedei. Pelo jeito a única coisa que acontecia no cemitério era uma garota se mostrando patética.

Teria que mudar meus planos se eu quisesse realmente pegar os vampiros. Teria que apelar. Olhei no relógio e notei que dali alguns minutos o Sol começaria a aparecer. Decidi então dormir e recuperar minhas energias, quando a noite chegasse os vampiros conheceriam Bella Swan!

[...]

Virei de um lado para o outro me observando no espelho. Eu estava gostosa! A saia de couro preto torneava minha bunda perfeitamente, a bota saltos finos e de cano longo iam até acima de meus joelhos deixando apenas metade das minhas cochas expostas. Meu sutiã preto que levantava ainda mais meus seios aparecia através da transparência da regata também preta. Minha varinha eu carregava em forma de pingente pendurado em meu pescoço. Para completar meu visual uma maquiagem marcante com direito a batom vermelho.

Com os meus cabelos revoltosos voando para todos os lados eu segui pela noite escura e fria até um famoso barzinho da cidade.

Eu adorava quando os olhares viravam-se para mim. Mas não esbocei nenhum sorriso. Uma garota precisa de seus mistérios.

Caminhei com passos lentos e felinos até o bar. Sentei-me em um banquinho erguendo minhas pernas para cruzá-las de maneira sensual. Olhei para o barmen com desdém pedindo um Martine. Assim que ele me serviu me virei para as outras mesas apenas analisando os clientes do local.

Havia homens e mulheres de todos os tipos e também alguns adolescentes com prováveis identidades falsas. Perscrutei cada um com cuidado, buscando as características tão marcantes dos vampiros.

Levei o líquido amargo a boca e saboreei-o lentamente. O ambiente era levemente iluminado, os móveis todos de madeira e pelo local soava um rock qualquer.

Bem em minha frente um homem ergueu sua bebida me oferecendo um silencioso cumprimento. Mandei-lhe um sorriso pequeno, era um homem de rosto forte e seu corpo parecia tão belo quanto. Os cabelos castanhos escuros bem cortados e a barba por fazer lhe dava um ar másculo e sexy.

Continuei observando o local e logo achei algo curioso. Dois homens vestidos de couro sentados em uma mesa. As cervejas estavam intocadas e os dois não pareciam conversar. Não foi preciso forçar meus olhos para notar a extrema beleza. Mas o que realmente me chamou a atenção foram os óculos escuros em um ambiente como aquele.

Os encarei descaradamente até que um deles se virasse e me olhasse. Ao ser bem sucedida sorri “envergonhada” e voltei a olhar ao homem a minha frente. O interesse dele me deixou quente. Era uma pena eu não poder aproveitar o seu corpinho hoje. Suspirei com tristeza e me levantei.

Deixei a taça sobre o balcão e caminhei até o paquerador. Ele começou a abrir um sorriso presunçoso quando me viu aproximar-me. Eu gostava de um cafajeste de vez em quando. Perto suficiente lhe mandei uma piscadela e então virei para a esquerda caminhando até os meus suspeitos.

Sem cerimônias puxei a cadeira vaga da mesa e sentei-me.

– Boa noite senhores, espero que não se importem com a minha companhia.

Recebi um sorriso pornográfico de um e do outro um torcer de lábios. Sorrindo em resposta roubei a caneca de cerveja do ator pornô e tomei um grande gole.

– Fique a vontade. – ele ironizou e uma de suas sobrancelhas apareceram sobre a lente dos óculos.

Apenas sorri ao colocar novamente a cerveja no balcão.

– Não achei que se importaria. – provoquei. – Qual seu nome bonitão?

– Caim.

Assenti e olhei para o mal-humorado.

– E você deve ser Abel.

Ele me olhou como se eu fosse retardada, mas Caim gargalhou. Confesso a piada não era das melhores, mas eu não estava ali para entretê-los com sorrisos.

– Você é espirituosa menina... E ousada. – pontuou Caim.

– É o que dizem. – sorri levando a cerveja aos meus lábios mais uma vez.

– É o que mais dizem sobre você? – ronronou suavemente perto da minha orelha.

Sorri mais largamente ainda com os lábios na caneca. Notei que o seu companheiro prestava atenção em mim. Sua expressão parecia concentrada e curiosa.

– O que dizem sobre mim não é próprio para que saia dos meus lábios... Pelo menos não neste ambiente. – sorri maliciosa, eu não poderia me revelar na frente de trouxas. – Mas eu posso mostrar...

Meu ronronar foi igualmente sedutor. E cara! Eu era foda, pois eu vi o vampiro estremecer!

– Você cheira bem. – o sanguessuga que não abrira a boca até agora se pronunciou.

Ele estava quase grudado em meu rosto e eu não pude evitar que meu coração desse um salto. Meus extintos gritaram para eu me afastar e eu notei o sorriso do vampiro iluminar seu rosto. Meu medo o alegrou.

Talvez fosse esse o motivo de seu mal humor. Minha falta de demonstração de medo o fazia desconfiar.

– Heliot! – resmungou Caim.

Abri um sorriso.

– Então... São só vocês nesta cidade ou estão com mais amigos? – joguei o verde e colhi o maduro.

Baby, um amigo já é suficiente para querer furar meus olhos.

Inclinei-me na direção de Caim.

– De qualquer forma eu sou muita areia para o seu caminhãozinho. Creio que seu amigo terá que ajudá-lo. – mandei-lhe uma piscadela e levantei da cadeira caminhando para a saída.

Em nenhum momento eu olhei para trás, na verdade só olhei para o lado quando passei perto da mesa do homem que me ofereceu um cumprimento.

– Volto logo bonitão. – sussurrei antes de continuar meu caminho.

Caminhei até o beco ao lado do bar. Era um beco sem saída eu sabia. Com um sorriso nos lábios não precisei esperar sequer um segundo para ouvir a voz do mal-humorado.

– Creio que não poderá cumprir sua promessa e o bonitão esperará sentado.

– Eu sempre cumpro minhas promessas. – retruquei ainda de costas, minha varinha já em mãos escondida em meu peito.

Algo caiu ao chão bem ao meu lado, era um óculos escuro. A adrenalina subiu com a antecipação. Eles iam me atacar. Uma coisa sobre a caça de vampiros... Sempre ataque quando o seu medo for praticamente avassalador. E antes que eu pudesse sequer suar o ator pornô estava transformado em cinzas bem em minha frente.

Virei-me sorrindo largamente. O mal-humorado tinha os olhos vermelhos arregalados.

– Vocês deveriam ter sido um pouco mais discretos. – estalei minha língua como uma mãe que corrige seus filhos.

Com um rápido movimento sacudi minha varinha e lancei o feitiço.

Incendia!

Espremi meus olhos com a claridade. Abaixei-me peguei o óculos escuro do chão, coloquei em meus olhos e observei por alguns instantes o fogo ir diminuindo conforme a própria poeira do vampiro o apagava.

Matar um vampiro era uma experiência tão legal!

Com um grande sorriso satisfeito voltei para dentro do estabelecimento. Segui quase saltitante até o homem e sentei-me em sua frente. De maneira lenta e altamente sensual retirei os óculos escuros do meu rosto e o repousei sobre a mesa.

Olhei o belo espécime sob meus cílios.

– Eu aceito uma bebida.

– Onde estão seus amigos?

– Tiveram um compromisso importante... – no inferno. – E tiveram que ir. Mas não acho que queira passar a noite conversando sobre eles.

– Absolutamente não. – deu seu melhor sorriso sedutor e eu o retribuí com toda disposição.

Trabalho feito, hora de comemorar!


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Notas finais do capítulo

Até fevereiro gente :*