Summers Brothers (Hiatus) escrita por Vine Azalea


Capítulo 24
Who Is Sammy?


Notas iniciais do capítulo

Olá telespectadores do White TV Reality Show. Continuamos nesse clima de ansiedade, nossos jovens heróis já sabem da verdade sobre Sammy, mas o que fica no ar é "o que irá acontecer agora?". Continue conosco e irá descobrir.



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Alex.

Gritos cortavam o silencio da casa. Eu enxergava pouca coisa, pois haviam apenas escuridão. Mas mesmo assim segui, perseguindo o som agonizante. Corria pelos corredores de forma desajeitada, sem me importar por estar fazendo barulho, revelando onde eu estava e para onde eu estava indo. Cheguei até os quartos do segundo andar e estava indo de porta em porta, procurando alguém. Um dos quartos estava com a porta aberta e sob o chão havia uma poça de sangue que rastejava até o interior do cômodo. Entrei desesperado para dentro daquele quarto e a vi sua silhueta escorada em uma parede. Sua pele estava pálida, poderia ser confundida com um pôster de parede se não fosse pelo sangue que jorrava pelo seu ombro. Me agachei próximo a ela e pus minha mão no ferimento, apertando firme.

– Lorna. – Minha voz saiu tão baixa que eu mal pude me ouvir. – Lorna, você está bem?

Ela balançou a cabeça com dificuldade, mas dizia que sim. – A bala atravessou, ficarei bem.

Soltei o ar que eu nem sabia que estava segurando há algum tempo. Abracei-a com força, sem dar importância se eu iria me sujar com sangue. Senti sua mão gelada tocar minha nuca e depois acariciar meu rosto.

– Alex. Você sabe o que fazer, não sabe? – Ela disse com o rosto colado ao lado do meu. Me afastei um pouco e a olhei nos olhos, esperando uma explicação. – Alex, querido, você precisa matá-lo.

O “matá-lo” ficou um tempo ecoando em minha cabeça. Ela não poderia me pedir isso. – Eu não posso. – disse com o olhar baixo.

– Pode sim, isso não irá fazer de você um assassino. – Ela apertou o meu rosto e sorriu.

– Irá sim. Não posso.

– Não, se você matá-lo será um herói. Ira me salvar e salvar a todos nós. – Ela dizia tais coisas com leveza e simplicidade que não existia naquelas palavras.

– Mas ele é nosso amigo, Lorna. – Sentia meu corpo gelar e tremer. Eu realmente era fraco para fazer tal coisa.

– Não é mais. – Seu sorriso havia sumido dos lábios.

Momentos antes.

– Minha Santa Madalena, o que está acontecendo com a sombra dele? – Jubileu gritava histérica enquanto todos nós olhávamos a sombra de Sammy se transformar em algo monstruoso.

– Jean, o que está acontecendo? – Eu já estava entre ela e o garoto. Samuel ria de forma estranha enquanto a ruiva o encarava com ódio. Minha mão segurava o braço dela para impedir que ela voltasse a socá-lo.

– Está acontecendo é que tem um espião entre vocês.

– Sempre desconfiei de você e a montanha de músculos. – Jubileu despejou mais uma de suas frases inspiradoras. Jean ficou a encarando.

– Sammy é o Rei das Sombras. – A telepata disse aquilo como se fosse óbvio e que já deveríamos saber.

Senti meu corpo pesar, como se tivesse sacos cheios de pedras amarrados em mim. Que loucura era aquela que ela estava falando?

– Jean. – Lorna se aproximou com calma de nós. – Como você pode ter tanta certeza disso?

Olhei para Sammy, ele estava com um sorriso no rosto cheio de sangue, mas continuava imóvel. Olhava fixamente para Jean.

– Basta olharem para a sombra dele. Mas eu consigo vê-lo dentro de sua mente. É tão grande. Tão poderoso. Tão sombrio. Não sei como eu não vi antes.

Soltei o braço dela, era visível que ela já estava mais calma e não iria surtar novamente. Pelo menos assim eu espero. – Isso quer dizer que o aliado da Rainha Branca invadiu o corpo de Sammy?

– Isso deve ter acontecido quando fomos ao Clube do Inferno. – Pietro olhou para Lorna, com um olhar que dizia que ele sentia uma ponta de arrependimento de ter ido lá salvar Lorna.

– Ei. – Gritei e todos me olharam. Todos menos Sammy que ainda mantinha os olhos na ruiva a sua frente. – Não foi um erro termos ido lá. Se Rei das Sombras é tão poderoso assim, ele poderia ter possuído qualquer um de nós a qualquer hora. – Olhei para o garoto possuído. Seu rosto estava totalmente machucado e sangrando devido aos socos que levou. Senti uma enorme pena dele. Por que ele? Por que sempre ele?

– Você pode exorcizar ele? – Piotr perguntou meio sem jeito, a ideia de exorcismo, possuído, era tudo muito estranho.

– Posso tentar. – Jean mordeu os lábios, ela definitivamente não estava muito confiante. – Tentarei usar toda a minha telepatia para expulsar ele do corpo do amigo de vocês.

– Você não pode fazer isso. – Enfim ele abriu a boca.

A ruiva telepata soltou o que pareceu ser um gruído e eu coloquei minha mão sobre o seu ombro e sussurrei “calma”.

– E o que me impede? – Ela perguntou.

– Se fizer isso, o peixinho morre. – O Rei das Sombras disse.

– É mentira! – nossa telepata-auto-controle berrou – Eu já vi você possuir um policial, enquanto eles conversavam com a Rainha. E pelo que eu sei ele não morreu quando você saiu de dentro dele.

O Rei riu, com uma risada de doer na alma. – Criança, você acha que só por que pode ler pensamentos e ver o que os outros não veem você já entende de tudo sobre o mundo psíquico? Eu estou no corpo desse jovem mutante há muito tempo, muito antes do loirinho e da verdinha o salvarem. Aliás, me salvar. – Seu sorriso se tornou duas vezes mais sombrio e perverso.

Segurei-me firme no ombro de Jean para não cair. O que ele disse caiu em mim como soco. Nunca foi Sammy? Nunca existiu aquele garoto doce e divertido? Sempre fomos enganados por um tirano?

Spat. O som fez todos saíram dos seus pensamentos e voltar para realidade, para o agora. Lorna tinha acabado de dar um tapa no rosto do Rei das Sombras.

– Você se aproximou de nós com que intenção? Por quê? – Ela desferiu mais um tapa que fez ele cuspir sangue.

– Boa pergunta. – Ele respondeu e exibiu seus dentes vermelhos de sangue.

Jean Grey saltou em cima dele e segurou em seus braços, enfiou a cara na cara dele. – Responda. – Ela gritou tão alto que sua voz soou rouca.

– Digamos que eu precisava ficar de olho no Summers mais novo.

Todo mundo ficou se encarando e por fim olhando para mim. Tentando entender o que estava acontecendo, o que sempre aconteceu. Jubileu se retirou da sala de jantar e depois de alguns minutos voltou com um livro em mãos.

– O que é isso? – Pietro questionou.

– Aquele diário que achamos outro dia. – Ela disse enquanto já folheava o caderno velho. – Aqui. “Dois irmãos. Ao mesmo tempo diferente e parecidos. Eles são a chave para o futuro mutante, são a nossa salvação. Fortes como os ventos de uma tempestade de verão, unidos são capazes de destruir o mal. Mas desunidos ou mal intencionados eles são o próprio mal, como o calor insuportável de uma tarde de verão.” Sempre desconfiei de vocês dois, mas não imaginava que são nossos profetas.

– Que profetas o que garota, isso é só um livro velho. – Não tinha a mínima chance de eu e Scott sermos os irmãos que falava naquela diário.

– Respeite o diário de Sina. – Todos voltaram seus olhares para o Rei. – Sina, ou Irene Adler era uma poderosa vidente que escreveu vários diários contando suas visões. Este é um desses diários. E garoto, sabemos o quanto é desperdício colocar tanto peso no seu corpo fraco, mas você é quase o Noé mutante.

– Explica melhor, Amahl. – Jean exigiu com seu tom autoritário novamente.

– No futuro Alex e Scott serão lideres de um poderoso grupo mutante. Vocês todos participaram desse grupo, tirando Pietro, que é obvio e você ruivinha. Jean Grey, Jean Grey. Você irá fuder com o mundo e depois morrer. – Ele gritou a ultima parte tão alto quanto Jean gritava com ele.

– E só porque eu posso ser um líder de um grupo de mutantes, você está atrás de mim?

– Você e principalmente o seu irmão vão criar muitos problemas para os mutantes e para os humanos. A principio, um dos diários que temos, só dizia para mim e Emma impedir de Alex e Scott Summers se tornarem X-Men. Após Emma falhar na sua primeira tentativa de te matar, sendo atrapalhada por Charles Xavier e Erik Lehnsherr e a sua trupe de jovens mutantes, eu vim atrás de você e Emma foi à procura de Scott. – Ele suspirou e soltou um sorriso. – Desde que vocês conheceram Sammy, já não era mais o Sammy. Era eu. Emma fez do seu Summers um capanga, alguém que tivesse sobre os seus comandos. Eu também queria o meu Summers e mais os seus amiguinhos. Queria ter meu grupinho de supervilões, o sonho de qualquer um. Porém vocês não me ouviam, achavam que eu era apenas uma criança com a cara feia, então tive que mexer meus pauzinhos de outra maneira.

– Se a intenção de vocês era apenas impedir Alex e Scott de se tornarem X-sei lá o que, qual é o motivo de terem feito tudo isso com São Francisco? – Lorna perguntou tão calma como se ainda estivesse falando com o antigo Sammy.

– Minha jovem, sabe como é, quando uma mulher alcança o poder ela perde o controle. A Rainha está perdida entre seus desenhos e o seu poder sobre a cidade, só que eu não me importo com isso. Eu já vivi de mais para me importar com política, só quero cumprir meu destino. – Amahl colocou a sua mão no bolso e rapidamente retirou um revolver e apontou para mim.

Senti minha espinha gelar e um estouro doeu em meus ouvidos, seguido por um zumbido. Não sabia que eu tinha fechado os olhos, mas quando abri eu vi a bala parada bem na minha frente, pousada no ar. Olhei para o lado e vi Lorna se esforçando para segurar aquele pequeno objeto de metal.

– Ah, eu me esqueci disso. – Como o Rei das Sombras pode ter esquecido que somos mutantes? Acredito que fez aquilo só para brincar com nós. Ele revirou os olhos e as luzes se apagaram.

Senti alguém se jogar contra mim e eu caí no chão. Tentei socá-lo, mas estavam segurando os meus braços.

– Alex, sou eu. – Lorna disse na escuridão.

– Desculpe, pensei que tivesse sido ele. Porquê fez isso?

– Para a bala não te acertar, ele bloqueou nossos poderes. – Quando Lorna terminou de falar um grito surgiu entre as sombras.

– Jubileu? – Pietro gritava, catando-a na escuridão.

– Meus poderes não funcionam!

– Os de ninguém funcionam Piotr. Apenas fujam. – Lorna agarrou minha mão e me puxou do chão e depois começamos a correr.

Plac. Chocamos-nos com tudo na parede. Usei minha mão para me guiar na parede até encontrar o seu fim e seguimos correndo. – Cadê as janelas? Cadê a luz da lua?

– Acho que essa escuridão está nas nossas cabeças, Alex. Ele não parece ter outros poderes que não sejam mentais, se não ele não usaria uma arma para tentar lhe matar.

– Vamos tentar achar a porta e sair daqui, tudo bem? Vamos ficar juntos e sair juntos. – Apertei a mão dela com força, não acreditava que ficaria tudo bem.

Encontramos os sofás e moveis da sala de estar com as mãos e os pés. Mesmo não vivendo por muito tempo ali, dava para ter uma noção de onde ficavam as coisas. – Alex, esse silencio todo esta me incomodando. Será que os outros estão bem?

– Estou mais preocupado com nós. Depois nos preocupamos com ele.

Lorna parou de andar e eu me bati nela. – Não diga isso. Não assim. Era assim que ele queria que você fosse. Que se tornasse.

– Desculpa.

– Shh.

– O que foi? – Disse cochichando o mais baixo que pude.

– Estou escutando uma respiração. Acho que tem alguém na nossa frente.

Meu corpo gelou e eu segurei firme na mão dela. Nossas mãos estavam suadas e geladas. Uma das piores coisas é não poder enxergar. Mas o pior de tudo é não ter nossos poderes. – Vamos sair daqui. – puxei ela para trás, mas ela não cedeu.

– Pode ser um de nossos amigos.

– Ou pode ser nosso inimigo. Não importa o que seja Alex, temos que encarar isso, não podemos fugir como duas crianças. Vamos agir como adultos, como mutantes.

– Não podemos usar nossos poderes e adultos inteligentes fugiriam. – Tentei puxar ela pelo braço novamente, mas nada.

– Quem está aí? – Ela gritou tão alto que meus ouvidos doeram.

A respiração se tornou mais rápida e mais nítida. Lorna soltou minha mão e estiquei meu braço tentando agarrá-la novamente, mas não a encontrei. – Lorna? Cadê você?

Um clarão. Um estouro. Sangue. Escuridão. Eu tremia tanto que quase cai no chão. Passe minha mão sobre meu rosto, estava com sangue. – LORNA. – Gritei o seu nome até sentir que minhas cordas iriam arrebentar e eu não tinha mais força.

Gritos cortaram o silencio da casa. Eu enxergava pouca coisa, pois haviam apenas escuridão. Mas mesmo assim segui, perseguindo o som agonizante pela escada. Corria pelos corredores de forma desajeitada, sem me importar por estar fazendo barulho, revelando onde eu estava e para onde eu estava indo. Cheguei até os quartos do segundo andar e estava indo de porta em porta, procurando alguém. Um dos quartos estava com a porta aberta e sob o chão havia uma poça de sangue que rastejava até o interior do cômodo. Entrei desesperado para dentro daquele quarto e a vi sua silhueta escorada em uma parede. Sua pele estava pálida, poderia ser confundida com um pôster de parede se não fosse pelo sangue que jorrava pelo seu ombro. Me agachei próximo a ela e pus minha mão no ferimento, apertando firme.

– Lorna. – Minha voz saiu tão baixa que eu mal pude me ouvir. – Lorna, você está bem?

Ela balançou a cabeça com dificuldade, mas dizia que sim. – A bala atravessou, ficarei bem.

Soltei o ar que eu nem sabia que estava segurando há algum tempo. Abracei-a com força, sem dar importância se eu iria me sujar com sangue. Senti sua mão gelada tocar minha nuca e depois acariciar meu rosto.

– Alex. Você sabe o que fazer, não sabe? – Ela disse com o rosto colado ao lado do meu. Me afastei um pouco e a olhei nos olhos, esperando uma explicação. – Alex, querido, você precisa matá-lo.

O “matá-lo” ficou um tempo ecoando em minha cabeça. Ela não poderia me pedir isso. – Eu não posso. – disse com o olhar baixo.

– Pode sim, isso não irá fazer de você um assassino. – Ela apertou o meu rosto e sorriu.

– Irá sim. Não posso.

– Não, se você matá-lo será um herói. Ira me salvar e salvar a todos nós. – Ela dizia tais coisas com leveza e simplicidade que não existia naquelas palavras.

– Mas ele é nosso amigo, Lorna. – Sentia meu corpo gelar e tremer. Eu realmente era fraco para fazer tal coisa.

– Não é mais. – Seu sorriso havia sumido dos lábios.

Um som desajeitado veio da porta do quarto, olhei, tentando encontrar algo na escuridão. Uma silhueta se encontrava na entrada. Era muito grande para ser de Sammy.

– Quem está aí? – A voz rouca e com sotaque me fez soltar um suspiro de alívio.

– Alex e Lorna.

– Aqui é o Piotr.

– Seu sotaque é impossível de confundir, Piotr. – Lorna disse com a sua voz fraca, sem força.

Ele se aproximou e se agachou. Mesmo de joelhos era maior do que nós. Seu rosto ficou preocupado quando viu Lorna.

– Ei cara, pode ficar aqui com ela. Eu preciso encontrá-lo.

– C-claro. Alex, você não pode enfrentá-lo sozinho. Não sem poderes.

Eu coloquei minha mão sobre o seu ombro musculoso e me apoiei para me erguer. – Eu sei grandão, mas preciso tentar.


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Notas finais do capítulo

Oh my God! Será que Alex irá se corromper e matar seu amigo? Lorna irá sobreviver? E o que acontecer com Jubileu? Para descobrir essas respostas, apenas acompanhando o White TV Reality Show. E para os nossos queridos telespectadores, temos uma novidade. Depois da meia-noite terá um programa especial com imagens exclusivas das nossas musas mutantes tomando banho!OMG!
Continuem assistindo a White TV, afinal é o único canal que tem aqui na White City! E eu também queria mandar um beijo e um salve para a Rainha.



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