Elo escrita por C0nfused queen


Capítulo 9
Capítulo 9.


Notas iniciais do capítulo

Oi!!!!!
Eu queria me desculpar primeiramente pela demora, eu estava, na verdade, estou fazendo prova, gracas a Deus a minha prova de bio foi boa, mas eu ainda tenho que estudar muito, então não sei quando vou postar o próximo, mas queria dizer que esse capítulo pertence a minhas lindas leitoras THalia Pevensi, Letícia Paixão, Luz, BeatrizBraz, aos meus leitores fantasmas e principlamente a Katharynny Gabriella, amor meu, esse capítulo é todo seu, muito obrigada por fazer a capa para minha fic, ela ficou perfeita, eu amei, e desculpa por nào conseguir mandar a foto do livro, ele ficou lindo, e eu vou continuar tentando.
Então, espero que gostem e não posso deixar de falar outra vez que essa capa linda e maravilhosa é de autoria da minha princesa Katharynny Gabriella.
Não deixem de comentar e até a próxima.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/519073/chapter/9

Tudo estava bastante calmo, os poucos animais presentes na floresta praticamente não emitiam nenhum ruído audível, o vento corria preguicosamente, chocando-se contra algumas árvores, fazendo suas verdes folhas chacoalharem, o céu enegrecido era completamente tomado pela enorme e intimidadora lua cheia e algumas poucas teimosas estrelas que lutavam para se sobressair com tamanha exuberância, o crepitar da lareira que se esforçava para manter-se acesa e continuar a nos aquecer deixava-me mais confortável, assim como o correr do rio bem próximo, meus braços repousavam sob o enorme e oco tronco de madeira, escondendo meu rosto do olhar curioso dos demais que aquele momento ressonavam tranquilos. Meus cabelos pendiam em um emaranhado de cachos castanhos por minha face e minha mente ainda tomada por tantos pensamentos deixava-me tonta, confusa, como se eu nem ao menos conseguisse puxar o ar para meus pulmões.

Não podia deixar de pensar em Siobhan, de como sentia sua falta, de como queria naquele momento ouvir suas palavras de conforto e suas gorduchas mãos acariciarem meus cabelos, não deixava de pensar no que outrora fora meu lar, o castelo onde desfrutei minha infância, onde passei horas e horas a correr pelos bosques e manejar minhas espadas, agora estava sob os domínios de meu tutor, Dmitrei, aquele nome fez meu coração acelerar de imediato e minhas mãos tremerem levemente, temia caso ele me encontrasse, temia o que ele reservara para mim, já que eu abandonara seus planos de casamento, deixando-o provavelmente em uma má relação com o reino de Avalon, pensava nele, Arthur, curiosamente aquele nome provocou em mim uma sensação agradável, acalmando a tempestade a qual me entregara, ele aquele momento deveria estar a comemorar com suas várias criadas a fuga de sua noiva e sua breve liberdade.

Senti as leves gotas de chuva atingirem minha face, fazendo-me rir, lembrar de quantas vezes fiquei a lutar, mesmo que com a chuva a molhar meus cabelos, recebendo de Siobhan, sermões e olhares de repreensão, um sorriso bobo brotou em meus lábios quase que de maneira imediata, enquanto as lágrimas rolavam por minhas rosadas bochechas, cuidadosamente levantei-me, lutando para não desperta ninguém, os vários homens e mulheres dormiam juntos, não se importando com a presença um do outro, as crianças que antes corriam livremente, agora ressonavam tranquilas junto aos pais, isso por um momento provocou em mim certa inveja, algo que nunca havia feito, receber conforto daquela maneira, ouvir uma história antes de cada noite de sono, sentir os lábios de minha mão beijando minha testa, correr em busca de abrigo depois de um terrível pesadelo, ouvir as palavras “Você está bem, não está mais sozinha”, ao mesmo tempo que me fazia sentir uma certa ironia naquela cena, imaginava os orgulhos nobres dormindo ao chão, sentindo a relva em sua face ao invés dos finos travesseiros de plumas.

Caminhei por entre as pessoas, sem rumo, embuça de algo que ocupasse minha mente, pude ver o rapaz loiro encostado a uma árvore, com sua espada próximo ao corpo, quase como se esperasse um ataque surpresa, seu rosto tranquilo passava-me o conforto que eu tanto almejara.

Enquanto seguia a passos curtos, sentia minha colorida saia dada pelas ciganas arrastar entre a relva, enquanto eu seguia rumo à floresta, em busca de um lugar sossegado, onde eu sentisse que estava de fato sozinha com meus pensamentos, meus cabelos esvoaçavam com o vento, devido a chuva podia sentir o cheiro doce da terra, o orvalho nas plantas. Nem ao menos me importava que as vezes minhas vestes fizessem-me parar.

Caminhei perdidamente até encontrar oculta pela mata, uma clareira, o rio corria lento, convidativo, caminhei até sua beirada e enchi minhas mãos em concha, levando-as em seguida a meu rosto, isso de certa forma, fora revigorante, afastando todos os meus temores, acalmando pouco a pouco meu coração.

–Ora, ora, ora... – ouvi uma voz masculina se pronunciar aos fundos, meu coração imediatamente começou a pulsar em meu peito, com se fosse saltar de meu corpete e minha respiração tornara-se desregulada. – O que uma dama, tão bela... Faz sozinha em um lugar como este?

Vir-me-ei instantaneamente e amaldiçoei-me por não trazer comigo uma arma sequer, parado a poucos metros de mim, estava um terrível homem, sua pele bastante clara encontrava-se praticamente coberta por cicatrizes, seus cabelos curtos e sua barba mal feita, provocavam-me nojo, assim como sua voz, seu físico definido, fizeram-me temer o que ele faria comigo.

–Vamos querida... Responda. – ele falou com um malicioso sorriso nos lábios, eu levantei-me e o encarei, eu não temeria nada naquele momento.

–Quem é você? – fiz minha voz sair firme, mesmo que o temor fosse algo evidente em meus olhos.

–Não... A pergunta que cabe agora, não é quem eu sou... Mas quem é você? – ele perguntou analisando-me. – Não acredito que seja apenas uma simples cigana. – seu sotaque e seu péssimo português, apenas faziam com que eu desejasse sair daquele lugar terrível.

–Não preciso responder. – falei firme.

–É uma pena, eu adoraria conhecê-la melhor. – dizendo isso ele se aproximou lentamente, tentei recuar, mas fui impedida por seus musculosos braços que me envolveram imediatamente, forçando-me a olhar para ele.

Fechei meus olhos quando senti pressionar seus lábios contra o meu, provocando-me nojo, repulsa, uma vontade enorme de morrer, de desejar que o rapaz não tivesse impedido meu suicídio. Ele começou a traçar beijos por minha pele, eu o batia, arranhava, gritava o que apenas despertou sua fúria e o fez atirar-me ao chão.

Ele deitou-se sob mim, enquanto me batia, eu rezava por ajuda, quando pude ouvir passos próximos, logo o rapaz loiro estava bem próximo a nós com sua espada em mãos, junto a alguns ciganos que vieram a meu socorro.

–Largue-a, agora. – sua voz transbordava ódio, eu temi aquele momento.

O homem se levantou e colocou meu corpo próximo ao dele, pressionado sua espada em minha garganta, podendo degolar-me a qualquer momento, lancei ao rapaz um olhar de socorro, o que apenas aumentou sua fúria.

–Mandei soltá-la.

–E por que eu o obedeceria? – ele perguntou irônico, o rapaz se aproximou de nós, enquanto o homem recuava, arrependendo-se por dizer aquelas palavras.

–Por que se não o fizer, eu juro, que eu decapitarei você, e darei seus restos para os animais.

Eu o olhei aflita e o homem por um momento vacilou, o que fora suficiente para que o rapaz me alertasse e eu em seguida abaixasse e apenas pudesse ouvir o som de sua espada o matando.

Eu caí ao chão, fraca, atordoada, assustada, logo o rapaz estava a meu lado, sua expressão era de alívio, ele ajudou-me a me levantar. Assim que fiquei de pé, tentei em vão andar, mas imediatamente levei minha mão ao abdômen, onde agora percebia que este estava repleto de sangue, o rapaz me envolveu com os braços impedindo que eu caísse.

–Ele a feriu. – falou somente, os ciganos correram a meu socorro, enquanto o rapaz me levantava em seus braços, colocando minha cabeça junto a seu peito. – Vou cuidar de você. – ele disse apenas. – Está tudo bem, voe não está sozinha. – e caí na inconsciência.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então??????????