Sólo Una De Ellas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hey! Demorei um pouco, me desculpem por isso. Quero agradecer pelos comentários, me fizeram continuar, pois eu estava em dúvida se iriam gostar da fic. A fic continua em fase de teste, preciso saber se gostam do rumo que ela vai tomar.

De verdade, eu espero que gostem :D



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O castelo estava em sua rotina comum, centenas de funcionários correndo de lá “pra” cá, conselheiros e ministros metidos tomando chá de camomila, mas todos pareciam nervosos, talvez preocupados.

Leon observava tudo atentamente, em passos cautelosos acompanhava os funcionários do castelo, funcionários que em um futuro próximo ele teria que administrar.

–Príncipe Leon. –Chamou um soldado batendo continência, em seu crachá estava escrito “Soldado Andres”, visto pelo seu uniforme parecia ser de alta patente.

–Sim.

–O Rei deseja vê-lo, em seus aposentos. –Disse Andres.

–Obrigado. Está dispensado. –Disse Leon. O soldado novamente bateu continência, virou-se, e saiu marchando. Os soldados de Illéa eram impecavelmente treinados, principalmente aqueles que trabalhavam no castelo, sempre educados.

Leon caminhou lentamente até os aposentos do pai, odiava esses encontros frequentes entre os dois. Assim que abriu a porta do aposento de luxo do rei, pode ver seu pai, juntamente com sua mãe, tentou sorrir, mas era meio que impossível com a presença do rei Pablo, eles não tinha mais um relacionamento de pai e filho.

–Bom dia querido. –Disse a rainha Angie dando um beijo na bochecha do filho.

–Bom dia. –Leon respondeu sorridente. O rei carrancudo fez um aceno com a cabeça, como um cumprimento, um cumprimento que Leon devolveu.

–Pelo Visto é um assunto apenas de família, já que estávamos somente os três aqui, sem aqueles conselheiros falsos e egocêntricos que só se importam com dinheiro. –Leon disse calmamente, vendo a expressão do pai ficar mais rígida.

–Leon. –Disse o pai em tão duro.

–Me desculpe. –Leon disse, apesar de suas desculpas não terem sido sinceras. –Porque me chamaram? –Perguntou.

–Tomamos uma decisão. –Rei Pablo comentou. –Há uma tradição aqui em Illéa, o filho do rei, herdeiro do trono, precisa encontrar uma esposa. Para que isso ocorra, Illéa faz uma espécie de competição chamada “A Seleção”, 35 garotas entre 16 e 20 anos são selecionadas por toda a Illéa. –O Rei disse, como se ansiasse por continuar.

–Eu sei como funciona A Seleção. –Disse Leon em tom calmo. –Foi na última seleção que o senhor conheceu a mamãe. –Leon disse olhando para os pais, ambos sorriam. Apesar de ter se agradado com o tom calmo que o filho permaneceu, rei Pablo ignorou suas palavras e prosseguiu.

–Chegou sua hora Leon, agora é a vez da sua seleção. –Rei Pablo disse sorridente. -As selecionadas virão para o castelo, você conviverá com elas, conhecerá cada uma, e irá eliminando as candidatas que não são de seu interesse, por fim fará sua escolha, escolherá a sua futura esposa, e a futura rainha de Illéa. –Por fim concluiu.

Leon ficou quieto, não gostou, mas também não odiou a notícia, sabia que uma hora isso iria acontecer, mas isso o preocupava. Passou a vida trancado no castelo, em toda sua via havia apenas convivido com uma garota, com exceção das empregadas e sua mãe, uma amiga de infância que na época ele foi meio apaixonadinho, era a princesa da Inglaterra, cuja mesma ele não via fazia quatro anos.

Estava nervoso, tinha medo de não saber agir, sempre fora muito confiante, entre seus pais e seu primo Marco, mas na realidade, estava criando uma timidez dentro de sim, por ter que conviver com 35 garotas que disputariam ele como se fosse um simples pedaço de carne, 35 garotas que ele não conhecia, e que no final teria que se casar com uma delas.

Pov’s Leon

–Filho? –Minha mãe me chamou, ainda estávamos nos aposentos do meu pai, mas ele não estava mais lá. –Está tudo bem?

–Si..Sim, está, só fiquei surpreso com a notícia. –eu disse coçando a nuca, tentando manter meus pensamentos.

–Você vai se sair bem. –Minha mãe disse acariciando meu cabelo, aquele carinho que só mãe sabe fazer.

–Onde está o rei? –Eu perguntei. Eu sei, era estranho tratar meu pai como “Rei” quando estávamos somente eu e minha mãe, mas não tinha vontade de chama-lo de pai.

–Foi dar a notícia de que ocorrerá a seleção para os funcionários. –Minha mãe respondeu, eu apenas fechei os olhos tentando me acalmar, como sempre, meu pai nem esperou eu me manifestar, e estava tentando me controlar como uma marionete.

–Vão anunciar no Jornal Oficial? –Perguntei, e minha mãe apenas assentiu. Jornal Oficial de Illéa era um programa da TV aberta, no qual praticamente todas as famílias assistiam, toda sexta feira o apresentador Gregório iniciava o Jornal, dava as notícias da semana, como ataques rebeldes, e novidades da realeza, depois meu pai fazia alguns anúncios ou discursos, e eu ficava lá sentado ouvindo tudo em silêncio, sem poder expressar minhas opinião.

Mas agora seria diferente, hoje, anunciariam que o príncipe Leon iria fazer sua seleção, com certeza isso será uma reviravolta no país, eu não me sentia preparado, mas teria que me preparar, a partir de agora, tudo iria mudar, tudo...

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No outro lado do país, a noite caia juntamente com uma forte tempestade, a família Castillo se preparava para assistir o Jornal Oficial, como sempre faziam sexta-feira a noite.

O esfomeado Maxi devorava um pote de pipoca, Federico o mais velho, o único que não estava presente com sua família, estava em seu ateliê se afundando em seu ego, Germán o pai, sentado no sofá, juntamente com Maria. Violetta estava no chão, comendo pipoca juntamente com Maxi. Maxi era dois anos mais novo, tinha 15, era muito apegado com Violetta, apesar das discussões diárias entre os dois.

–Shiuu! Vai começar. –Alertou Maxi.

A abertura a mesma de sempre, logo o apresentador Gregório surgiu em seu exuberante terno rosa e gravata roxa. A câmera rodou pelo local, mostrando a família real, o Rei Pablo, a Rainha Angie, Violetta a admirava, e o príncipe Leon.

Cabelo perfeitamente alinhando, um sorriso de tirar o fôlego e perfeitos olhos esmeraldas, talvez castanhos esverdeados, a definição de Leon. Incrivelmente lindo, mas um rapaz de expressão triste, isso era o que Violetta pensava a respeito do príncipe.

Pov’s Violetta

–“Um grupo de rebeldes atazanou o centro de Angeles hoje de manhã” – Disse Gregório, Angeles era o local que se encontra o castelo. –“Por sorte, ninguém se feriu, e nossos bravos soldados conseguiram afastá-los.” – Concluiu Gregório. Rapidamente Gregório deu espaço para o rei, o que eu estranhei, pois normalmente antes dos anúncios do Rei Pablo, Gregório costumava dar várias noticias, e eu duvido que a única coisa que tenha acontecido em Illéa foi um simples ataque rebelde.

–É alguma coisa séria. –Comentou meu pai enquanto o rei se posicionava para discursar.

“Boa noite cidadãos de Illéa”. – Proferiu o Rei sorridente.

–Boa noite. –Respondeu meu pai.

–Pai, ele não pode te ouvir. –Maxi disse rindo.

“Como todos sabem, meu filho, o príncipe Leon, completou recentemente seus 18 anos. Eu, a rainha, e o conselho, decidimos que já está na hora dele encontrar sua princesa, e futuramente a rainha de Illéa. Está na hora de ocorrer uma nova Seleção!” –Concluiu o Rei, e pode-se ouvir uma série de aplausos no local. A câmara se voltou contra Gregório novamente, ele sorria, como de costume, mas aquele terno rosa estava me dando dor de cabeça.

–“Você, garota ou mulher entre 16 e 20 anos, poderá se inscrever nesse maravilhoso torneio, e se for uma das sortudas, terá a chance de conquistar o coração do belo príncipe Leon.” – Gregório anunciou. Uma das câmeras filmou Leon, ele me parecia um tanto desconfortável, e apenas deu um sorriso forçado quando anunciaram.

Apesar de acha-lo um riquinho mimado, eu tinha pena dele. Devia ser ruim, ter que ser forçado a tudo isso, é como se Leon fosse um troféu, A Seleção parecia tratar o príncipe como alguém com escolhas limitadas, sem liberdade.

–Isso é maravilhoso! –Minha mãe soltou um gritinho estranho de felicidade, eu continuei concentrada na minha pipoca. –Violetta, é a sua chance! –Ela disse.

‘“Violetta, é a sua chance”, após ouvir isso tudo que aconteceu foi apenas eu engasgar com a pipoca. Ela só podia estar de brincadeira, eu não participaria dessa maluquice, era coisa de louco.

E eu me recuso a disputar o coração de um cara que eu nem conheço, de qualquer forma eu não ganharia, por sorte. Mas não estava a fim de ir para o castelo disputar A Seleção, sem contar que com certeza as selecionadas seriam todas das castas superiores. Duvido que o rei queira alguém como eu disputando a seleção.

–Não mesmo. Jamais. Nunquinha. –Eu disse marcando cada recusa minha.

–Mas minha filha, se você ao menos entrasse e ficasse entre as 35 selecionadas, nossas vidas mudariam. –Minha mãe disse.

–Não, não vou me inscrever. Mãe, sejamos francas, eu sou da casta 5, jamais irão me escolher. –Eu disse tentando apelar para o sistema de castas, já que um simples “Mãe eu não quero participar” não vai mudar muita coisa.

–Violetta, A Seleção, é para todas as castas, inclusive para as inferiores (Não que a casta 5 fosse tão baixa, pois ainda dava para ter uma condição de vida).

–Por favor... –Supliquei.

–Por favor, digo eu. –Minha mãe resmungou, meu pai riu. –Não vou te obrigar a participar. –Ela disse e eu agradeci mentalmente por isso. –Mas peço que considere essa possiblidade, pode mudar nossas vidas.

Minha mãe saiu emburrada da sala, Maxi correu para o quarto levando migalhas de pipoca consigo, restou apenas eu, meu pai, e o barulho de Federico vindo da garagem, mas ele insistia em falar que lá era sei ateliê.

–Quer que eu participe? –Perguntei ao meu pai, ele sorriu sincero.

–Quero que faça o que quiser. Assumo, ficaria feliz se você conseguisse ficar entre as 35, mas se é algo que você não quer, não precisa fazer. –Ele disse se levantando do sofá, estralando as costas, e indo para o quarto, mas eu o parei.

–Eu não ficaria entre as 35 garotas. –Eu expliquei, ele me olhou e sorriu novamente.

–Se você tem tanta certeza disso, qual seria o problema em se inscrever? –Meu pai perguntou, mas antes que eu pudesse responder ele saiu.

Tudo bem, ele tinha razão, se eu tenho tanto certeza não teria problema em me escrever, mas eu preferia não me arriscar. Eu não tinha o menos interesse em conhecer o tal Leon, muito menos de participar da Seleção, eu nem tinha vocação para madame.

Passei uma vassoura no chão da sala, pois eu e Maxi havíamos sujado um pouco aquele cômodo com milho de pipoca. Fui me deitar, tentei dormir rapidamente, mas parecia impossível.

A Seleção parecia me perseguir em meus pensamentos mais profundos, por mais que grande parte de mim não quisesse participar, e tivesse certeza disso, minha mãe faria de tudo para que eu mudasse de ideia, e 20 % de mim estava em dúvida.

Só me resta apenas uma pergunta, e eu tinha que pensar bastante, pois assim que tomar uma decisão, não poderei voltar atrás: Participar ou não participar da Seleção? Eis a questão...


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Notas finais do capítulo

Devo continuar? Gostaram do capítulo? Por favor comente Hehe Eu espero que tenham gostado, até breve :D