Tempo Perdido escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 28
Descobertas




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–Até que fim você acordou, pensei que Maurizio havia te matado de vez. - Elena disse assim que abri os olhos atordoada e a vi vestida de preto.

–E como foi o show? - Maurizio questionou sorrindo.

–Foi realmente lindo. Nunca tinha visto o Miguel tão arrasado na vida, cheguei até a chorar de pena. - ela disse com piedade e riu. - Mas depois me lembrei que ele me deixou por essa e vadia achei bem feito.

–Vocês são lunáticos. - sussurrei chocada.

–Sua opinião não nos importa Águida. Você o encontrou Elena? - Maurizio questionou desviando do assunto.

–Aqui está, aproveitei que toda a cidade estava na igreja e fui na casa dela pegar isso. - ela disse lhe entregando o diário.

–Ótimo, com isso vamos pode achar a tumba. Chance os outros. - ele disse e ela concordou. - questionei cansada.

–Por que você está fazendo isso Maurizio?

–Por que está fazendo isso Maurizio? - questionei cansada.

–Por que estou pobre Águida, minha família perdeu tudo e não sou homem de ficar na pobreza. E já que meu antepassado deixou uma caverna cheia de ouro para os “enamorados”, acho justo tomar o que é meu de volta. - ele disse feliz.

Meu Deus como pode ser cega em relação a Maurizio?! Ele era um monstro cruel e invejoso.

Assim que o reforço de 4 homens havia chegado, com eles estava o homem que havia atirado em mim, fomos em direção a um furgão e todos embarcaram nele.

O carro rodou por horas até que paramos, logo as portas se abriram e a claridade me incomodou um pouco, mas os “mercenários” de Maurizio me ajudaram descer.

–Por que não me deixa ir embora?! Juro que não conto para ninguém o que vocês estão tramando. - pedi desesperada enquanto era arrastada pelas ruas de SantaRossa que estavam estranhamente desertas.

–Foi um golpe de mestre a corrida de cavalos ter caído um dia depois do nosso show. - Elena disse sorrindo.

–Não comemore vitória antes do tempo querida. - Maurizio a repreendeu enquanto andávamos.

Assim que viramos uma esquina demos de cara com 3 homens que usavam camisas vermelhas. Desesperada tentei pedir ajuda, mas Maurizio colocou uma arma em minhas costas e fiquei calada.

Passei por minha salvação sem poder dizer nada, mas a forma como ele me olhou, parecia que ele havia me reconhecido de algum lugar.

Entramos na catedral de SantaRossa pela porta dos fundos.

–Não temos muito tempo, assim que a corrida terminar, o vencedor virá para a igreja para agradecer. - Elena disse seria enquanto andávamos pelos corredores da igreja.

Certa vez, Frankie me disse que havia um dia dedicado a corridas de cavalo que aconteciam fora da cidade, toda a população participava, por isso a cidade estava deserta.

–Ainda não entendi o porquê da bonitinha está aqui. - um dos homens perguntaram.

–Por que segundo a maldição, “apenas os enamorados podem pisar o soo sagrado primeiro”. Já expliquei isso a você.

–Isso não é certo Maurizio, deixe-os em paz. Os dois já sofreram demais. - disse furiosa e ele me deu um tapa fazendo com que eu caísse no chão.

–Você fala isso por que tem dinheiro. Você não sabe que é nascer rido e do dia para a noite perder tudo e eu não vou ficar pobre. - ele disse enlouquecido.

–Se você quiser eu posso dá toda a minha herança para você, só me deixe ir. - pedi e ele riu.

–E eu lá vou querer sua herança?! O que você tem não passa de troco perto do que tem nessa tumba. Vou ser mais rico do que Miguel Valentini. - ele disse e pisquei confusa. - Espera, seu namoradinho não lhe disse que ele é um dos herdeiros do império das “joalherias Valentini” ?! Eu e você perto dele somos mendigos.

–Por que acha que eu estava com ele?! Dinheiro querida. - Elena disse sorrindo maldosamente.

–Mas, ele não parece ter isso tudo.

–Mais tem. Pelo que todos contam, o pai do Miguel de 1738 se sentiu culpado por não ter tanto dinheiro para que o filho se casasse com a mulher que ele amava. Depois que o filho se foi, ele se dedicou de corpo e alma a joalheria fazendo com que ela ficasse famosíssima no mundo todo. Os Valentini se tornaram multimilionários, Miguel e a família trabalham por que querem e não por que precisam. - Elena explicou dando de ombros. - Você ia dá o golpe sem ao menos saber, isso é que é sorte vadia.

– Chefe já abrimos. - um homem disse assim que derrubaram uma parede falsa que dava acesso a um corredor escuro pelo qual começamos a andar. Os homens iluminavam o estreito túnel que logo se alargou e nos revelou ser uma sepultura coletiva.

–O que é isso? - Elena questionou nervosa.

–São as vítimas da peste, agora andando. - Maurizio disse a empurrando.

Ver aquilo me deixou enjoada, parecia que eu havia levado um soco no estomago, minhas pernas fraquejaram e Maurizio me segurou para que eu não caísse.

–Andando. - ele disse me empurrando para a frente.

Não demorou muito para chegarmos em frente a dois portões que pareciam ser de outro que eram guardados por duas estátuas de anjos dourados que seguravam rosas em suas mãos.

Naquele momento eu soube que não devia estar ali sem o meu colar.

–Não posso entra ai. - sussurrei em pânico.

–Pode e deve. - ele disse e me arrastou para dentro.

–Não posso entra ai sem meu colar. - gritei tentando me soltar dele em vão.

Assim que entramos arfei em choque diante de tanta riqueza.

–Puxa. - Elena disse sem ar enquanto olhava o tesouro a sua volta.

–Vamos logo com isso, não temos tempo a perder. - Maurizio ordenou e logo os homens começaram a reconhecer as riquezas.

–É Águida, acho que chegou a sua hora. Não é trágico você ser enterrada junto com sua antepassada?!- Elena disse com ódio.

–Você já não tem o tesouro, apenas me deixem em paz.

–Não mesmo. Adeus querida. - ele disse apontando a arma pra mim e fechei os olhos.

Se eu ia morrer gastaria todas as minhas forças relembrando todos os momentos que vive com Miguel e com Karen.

Não demorou muito até que ouvi um tiro e depois outro e mais outro.

Não houve dor, talvez meu corpo já estivesse cansado demais para sentir mais uma dor.

–Rosa, abra os olhos amor. - ouvi a voz de Miguel dizer enquanto alguém me levantava do chão.

–Rosa, amor sou eu Miguel. Por favor, abra os olhos minha vida. - ouvi ele soluçar com dor enquanto sentia seu carinho leve em meu rosto. - Eu te amo, não faz isso comigo.

Meu corpo não me obedecia mais, afinal eu havia passado duas semanas sem me alimentar direito, sendo submetida a tortura psicológica e ás vezes física. Eu havia desistido de lutar, mas ouvir os apelos de Miguel me fez criar forças de um lugar desconhecida e abri os olhos para ver seus olhos azuis que pensei nunca mais vê-los na vida.

–Miguel. - sussurrei sem forças e ele sorriu em meio as lagrimas. - Você achou.

–Achei você meu amor. E nunca mais vou deixá-la ir embora. - ele prometeu acariciando meu rosto.

–Isso é bom de se ouvir. - sussurrei cansada e apaguei de vez assim que ele beijou minha testa.


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