Um Amor Quase Impossível escrita por Laryssa


Capítulo 24
"Mexeu com ela, mexeu comigo!"


Notas iniciais do capítulo

A Ludmila boazinha não é plano, é honestidade.
Boa leitura :)



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León:

Esse final de semana ocorreu da pior maneira possível. Eu me senti mal ao escutar a Violetta me dizer aquilo. Ela me ligou várias vezes, mas eu não atendi. Ela me mandou várias mensagens, mas eu não respondi. Ela me enviou e-mails, mas os exclui. Eu tinha que deixar as coisas do jeito que estavam. Ah não, hoje é segunda! Participei das aulas normalmente, e pra minha sorte as aulas da Violetta não eram as mesmas que as minhas hoje. Assim que o sinal da última aula tocou a vi sair da sala, e rapidamente me aproximei de um garoto que eu nem conhecia, ela ignorou e saiu. Passei o meu dia todo pensando se eu iria me encontrar com ela, e faltando quinze minutos para as quatro tomei uma decisão. Então mandei uma mensagem pra ela:

“Não precisa ir se encontrar comigo hoje. Pensei em marcar outra data, mas não. Deixa as coisas do jeito que elas estão.”

Imagino que ela devia está contando os minutos para chegar logo às quatro horas. Imagino a reação dela ao receber a mensagem, porque era a primeira que eu mandava para ela durante esses dias. Imagino a reação dela ao ler a mensagem. Sei que ia machucá-la, mas é melhor que nos afastemos.

Sério mesmo? Há dias atrás nós éramos nada mais que bons amigos. Há três dias eu a beijo. Há dois dias termino com a Ludmila por ela e ela me dá um fora. O que foi que eu fiz para merecer isso?

No dia seguinte:

Eu tinha que me fazer de forte, tinha que esquecer tudo o que havia acontecido. Ah, se eu pudesse voltar no passado e concertar tudo! Mas há algo que eu posso concertar, e esse “algo” pode fazer tudo voltar a ser como sempre foi: Meu relacionamento com a Ludmila. Eu sei que ela errou. Se eu não estivesse sofrendo pela Violetta eu não a perdoaria, mas todo mundo merece uma segunda chance né? Essa de “todos merecem uma segunda chance” cai meio injusto pra Violetta. Então tenho que inventar outra desculpa. A Ludmila estava conversando com a Naty quando cheguei ao Studio. Se fosse para concertar as coisas, que eu concertasse logo.

– Ludmila! – Chamei-a assim que me aproximei.

– Oi León! – Ela sorriu quando me viu.

– Nós podemos conversar? – Perguntei.

– Ah sim, claro! – Ela fez um gesto para a Naty sair.

– Ah, ok! – Naty falou e saiu.

– Então, o que quer conversar? – Ludmila perguntou.

– Sobre... Nós dois!

– Ah e o que é que tem “nós dois”? – Ela perguntou, parecia um pouco desinteressada no assunto.

– Ludmila, eu estou arrependido por ter terminado com você. A Violetta estava certa, eu não posso superar isso. Você voltaria comigo?

– Eu sei que você terminou comigo por ela e... – Ela falou, mas eu a interrompi.

– Não valeu a pena. – Baixei a cabeça.

– Não valeu a pena porque você não quis que valesse. – Ludmila disse me fazendo levantar a cabeça.

– Não valeu a pena porque ela não quis que valesse. – Rebati.

– Como ela não quis? Você não sabe o como dói vê-la chorar? – Ela perguntou.

– Ludmila...

– Meu nome! León, você sabe o quanto ela se magoou quando você cancelou o encontro? Eu passei anos a fazendo sofrer, afastando-a de você, e isso não valeu a pena. Sabe por quê? Porque o sofrimento dela também é o meu. E com o tempo eu percebi isso. Mexeu com ela, mexeu comigo.

– Porque você está defendendo ela? – Conclui assim que pude.

– Porque uma vez você me disse que ela é minha irmã, não minha inimiga. – Ela disse e se retirou.

Fiquei um pouco sem entender. Quando foi que eu disse isso? Aí eu me lembrei:

– Ludmila, porque trata a Violetta assim? - Pergunto a Ludmila. Sempre achei errada essa maneira da Ludmila tratar a Violetta.

– Não gosto que ela se aproxime de você. - Respondeu Ludmila. Ela tinha medo de alguma coisa, ou inveja da Violetta, não sei.

– Sei que não é só isso. Trata-a como se fosse uma pessoa qualquer, mas que na verdade é sua irmã.

Tá legal, e agora? O que eu faço?

Ludmila:

Mas que covarde! Faz a minha irmã sofrer e ainda quer voltar comigo? Tá legal, eu queria sim voltar com ele, mas não aceitei pela Violetta. Ela estava na sala de música tocando teclado e cantando. Ela possui talento, e por culpa minha ela não percebe isso. Minha vida acontecia na sombra da Violetta, meus pais sempre quiseram que eu fosse talentosa como ela, e isso me fez provocar a vingança nela. Mas sem sombra de dúvidas, ela sempre foi talentosa.

– Violetta, nós podemos conversar? – Perguntei assim que ela acabou de tocar a música.

– Sim. – Ela aceitou.

– O León me pediu para voltar com ele. – Fui direta.

– Que bom, fico feliz que tenham... Voltado! – Ela falou mostrando ser forte, mas eu a conheço, ela estava mal por dentro.

– Nós não voltamos.

– Como não voltaram?

– Eu não respondi nada, só falei que você estava sofrendo por ele.

– Você não devia ter falado isso, e deveria ter respondido a ele que sim. – Ela disse se aproximando.

– Mas eu não respondi, por você. – Peguei em sua mão.

– Mas devia ter respondido que sim Ludmila. Talvez fosse melhor que as coisas voltassem a ser como era antes.

– Porque prefere voltar à mesma vida de antes? – Perguntei.

– Eu acho melhor Ludmila! Você e o León, eu e o meu segredinho. – Ela sorriu.

– Não tem mais segredinho Violetta. E nada vai voltar a ser como era antes. Preocupei-me mais com você do que comigo ao perceber o que ele queria.

– Mas não devia ter se preocupado comigo Ludmila. Não comete o mesmo erro que eu. – Ela disse.

Qual o erro dela? Ela errou ao pedir um tempo ao León por minha causa, e as consequências disso é o sofrimento dela.

– Violetta, eu sei o que eu fiz. Você o merece mais do que eu. Eu já te disse vocês se amam. E se esse relacionamento de vocês depender de mim, daqui a alguns dias estarão juntos.

– Como? – Ela revirou os olhos.

– Violetta, eu tenho prática nisso! Passei minha vida toda separando casais e formando outros, relaxa!

Ela me abraçou inesperadamente.

– Eu pensei que nunca veria essa cena acontecer! – Disse uma voz masculina que invadia a sala. Virei-me e vi León.

Violetta:

– León! – Sorri fraco. Ele ignorou.

– Tudo é possível, León! – Ludmila falou referindo-se ao que o León falara quando entrou na sala.

– Eu vou deixá-los a sós. – Falei me retirando da sala, mas León segurou meu braço.

– Não, minha conversa é com você. – Ele falou ainda me segurando pelo braço.

– Bom, eu que vou deixa-los a sós. – Ludmila se retirou.

– Porque tá me evitando? – Perguntei assim que Ludmila saiu.

– Não estou te evitando! – León respondeu sínico.

– Quer dizer que não atender minhas ligações, não responder minhas mensagens e cancelar um encontro não é evitar? – Perguntei brava.

– Não. – Ele sorriu.

– Porque está sorrindo? Foi assim que esteve durante esses dias? – Perguntei.

– Não, pelo contrário, eu estava mal. Você fica linda quando está brava, ou melhor, fica mais linda, porque isso você já é. – Ele elogiou se aproximando de mim.

Senti minhas bochechas corarem.

– O que quer conversar comigo? – Desviei o assunto.

– Te prometi um encontro lembra? – Ele colocou uma mecha do meu cabelo solta por trás da minha orelha.

– Lembro. – Baixei a cabeça.

– Eu te peço desculpa por ter cancelado o encontro de ontem. Eu estava mal e... – Ele não conseguiu continuar.

– León, eu te devo desculpas também. Eu juro que não queria ter dito aquilo pra você. Eu pensei mais na Ludmila do que em mim e... – Ele me interrompeu

– Shh, não diga mais nada Violetta! – Ele colocou o dedo em frente aos seus lábios.

Ele me puxou pela cintura, me fazendo ficar mais próxima dele. Faltavam poucos centímetros para os nossos lábios se encostarem. Eu estava ficando louca com tudo isso, mas eu queria que isso acontecesse. Logo ele selou os nossos lábios, retirando o espaço livre que tínhamos. Automaticamente minhas mãos rodearam sua nuca, e suas mãos estavam em minha cintura. Um beijo doce e calmo, e sim, havia sentimentos nesse beijo.


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Notas finais do capítulo

Será o começo de uma nova história? E o encontro deles? Como você imagina que seja?