Um Amor Quase Impossível escrita por Laryssa


Capítulo 21
Eu já disse que não sou como você!


Notas iniciais do capítulo

Agradeço pelos comentários do capítulo anterior e por aquelas que favoritaram a história.
Capítulo narrado pelos três protagonistas, mas deixei a Ludmila ser o "Centro das Atenções" dessa vez, rs.
Boa leitura! :)



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Foi um beijo demorado e inesperado, mas eu admito: eu estava gostando. Quando o ar nos faltou, desencostamos os nossos lábios. Olhamo-nos por segundos até entender o que tinha acontecido

– Não era para acontecer isso! – León baixou a cabeça, envergonhado.

– Não, não era mesmo! – Olhei para o céu. Havia muitas luzes no jardim, mas mesmo assim havia muitas estrelas no céu.

– O que foi? – Ele perguntou quando me viu olhar o céu.

– Costumo observar as estrelas, elas são sempre as mesmas. Umas costumam brilhar mais e outras são tão ofuscadas que nem se vê. – Voltei o meu olhar ao León. – É como se as estrelas ofuscadas fossem eu, e as mais brilhantes fossem a Ludmila. – Comparei

– Sempre se sentiu uma estrela ofuscada?

– Nunca me senti uma estrela ofuscada, eu sou uma.

– Mas em um lugar muito longe, muito longe, mas muito longe... – O interrompi

– Nossa como é longe! – Brinquei – Continua! – Sorri fraco

– Não existe estrela ofuscada! As estrelas que nós chamamos de ofuscadas podem ter mais brilho do que podemos imaginar.

– Obrigado por ter feito dessa festa, a melhor que eu já tive! – Sorri, e meu sorriso também foi retribuído.

– Vamos voltar pra festa? – Pedi, já fazia tempo demais que estávamos ali, alguém poderia desconfiar de alguma coisa.

– Vamos. – Ele pegou em minha mão e voltamos para a festa.

Quando chegamos lá, a Cami e a Fran fizeram mil perguntas a nós dois, fora isso a festa seguiu normalmente.

No dia seguinte:

Acordei, fiz a minha higiene matinal, vesti uma roupa e desci para tomar café. Hoje eu estava feliz.

– Bom dia papai! – Cumprimentei dando um beijo em sua bochecha.

– Bom dia filha! Vejo que acordou feliz hoje. – Ele falou sorrindo.

– Violetta, precisamos conversar! – Falou Ludmila descendo as escadas

– Bom dia né Ludmila? – Falei irônica, ela bufou.

– Escuta aqui, eu não estou de bom humor hoje para desejar bom dia a você. – Ela disse grossa.

– Tá legal, o que você quer conversar comigo? – Perguntei.

– Tem que ser lá em cima. – Ela falou olhando para o papai. O telefone dela tocou.

Ludmila:

Hoje eu acordei com uma sensação estranha, como se algo de ruim fosse acontecer. Fiz a minha higiene matinal, vesti uma roupa e enquanto descia para tomar café vi a Violetta e o papai conversando. A Violetta estava sorridente de mais, o que tinha acontecido? Chamei-a para conversar, mas tinha que ser a sós. Acho que ela tinha aceitado, talvez também quisesse falar comigo. O meu telefone tocou.

– Quem é? – O papai perguntou. Olhei no visor, era o León.

– A Naty. – Menti – Vou atender lá em cima.

“Alô?” Falei enquanto subia as escadas.

“Ludmila?” Falou uma voz masculina do outro lado da linha.

“Como você está?” Perguntei.

“Tenho meus motivos para estar bem, mas outros motivos para estar mal.” León falou e suspirou.

“Então, porque não diz os motivos de você estar bem?” Propus.

“Porque não te interessa.” Ele falou grosso.

“Então tá.” Falei triste.

“Temos uma conversa pendente, e você sabe disso.” Ele lembrou.

“Sim León, nós temos!” Sorri fraco.

“Essa conversa não pode passar de hoje, então me encontra na praça em frente à sorveteria às três.” Ele falou.

“Tudo bem, eu vou! Espero bons resultados dessa conversa.”

“Isso eu não posso prometer” Ele falou e desligou.

Ultimamente eu e o León nos afastamos, e tenho até medo do que ele disse. O que será que vai acontecer?

León:

Hoje eu acordei sem saber como me sentia. Eu tinha algo para resolver, e isso não podia passar de hoje. Então liguei para a Ludmila, combinei de encontrar-me com ela na praça em frente à sorveteria às três. Eu tinha que pensar bem na minha decisão para depois não me arrepender, mas eu só conseguia pensar na Violetta, naquele beijo... Eu estava ficando louco! Será que posso ser chamado de louco? Apaixonado! Essa é a palavra certa! Eu estava me apaixonando pela Violetta. Ela é diferente de qualquer garota que já conheci. Como a conheci? Ah, ela foi a primeira pessoa que conheci aqui em Buenos Aires.

Eu caminhava calmamente por uma Rua em Buenos Aires. Fazia dias que eu estava aqui, não conheci ninguém, não me acostumei com a minha nova vida aqui. Eu preferia agora estar no México, com toda a minha família, e não aqui em Buenos Aires só com os meus pais. Eu estava tão concentrado em meus pensamentos que nem vi que tinha me esbarrado numa garota, ela estava tomando suco e acabou derramando-o na minha camisa.

– Mil desculpas! Eu não te vi, desculpa! – A garota dizia tentando limpar a mancha de suco na camisa.

– Não precisa se desculpar, a culpa também foi minha! – E ela continuava tentando limpar a mancha. Só estava piorando!

– Como não preciso me desculpar? Eu derramei suco na sua camisa!

– Se eu estou dizendo que não precisa, é porque não precisa. – Eu falei e ela não se conformou nem um pouco. Continuou insistindo.

– Se você está dizendo isso, então eu já vou! – Ela ia se retirar, mas foi impedida por mim.

– Espera!

– O que foi? – Ela olhou para trás.

– Qual é o seu nome?

– Violetta, e o seu?

– León. Cheguei a poucos dias do México.

– Ah, desde que nasci moro aqui em Buenos Aires. – Ela riu

– Você mora aqui neste bairro? – Perguntei.

– Nesta rua.

– Ah sim. Foi um prazer te conhecer... Violetta, certo? – Falei quase não me lembro de seu nome.

– O prazer foi meu... León! E sim, está certo. – Ela falou e se retirou.

Violetta:

Segui Ludmila até o quarto dela. Ela conversava com o León, não com a Naty. Quando ela desligou, suspirou um pouco e percebeu que eu estava atrás dela.

– O que faz aqui?- Ela perguntou.

– Você disse que queria conversar comigo! – Respondi como se fosse óbvio.

– Ah é, eu já tinha me esquecido. – Ela falou. Sua expressão não era a da “Ludmila, a Supernova” era de uma Ludmila que eu não conhecia. Ela estava realmente mal.

– Você parece estar mal. – Falei preocupada com ela.

– Como você acha que eu estaria agora? – Ela riu irônica.

– Geralmente, depois das suas festas você não fica desse jeito. Quer me contar o que aconteceu?

– Não Violetta, não quero estragar a sua felicidade.

– Não vai estragar Ludmila, eu só estou preocupada com você.

– Ah, me poupe! Violetta, não minta! Eu sei que esse sorriso enorme no seu rosto é porque eu estou assim. Você sempre quis me ver assim. Você sempre quis me ver mal, e parece que você conseguiu. Palmas! Você merece o Oscar por isso! – Ela falou irônica, mas sua expressão triste continuou.

– Ludmila, eu não sou como você! Eu não fico feliz em ver outras pessoas tristes. Eu não faço mal aos outros. Eu não arranco o que é dos outros. E não se preocupe em estar assim, isso significa que você está mudando, pelo menos eu espero.

– Então quer dizer que você não me arrancou o meu namorado? Que é exatamente por isso que estou assim. Violetta, se o León terminar comigo a culpa é toda sua!

– Eu não arranquei o namorado de ninguém Ludmila. Eu já disse que não sou como você. – Falei e me retirei.

(...)

Ludmila:

Eu estava quase pronta, só estava em dúvida se eu passava a maquiagem ou não. Olhei no relógio, eram duas e cinquenta. Ai meu Deus! Vou me atrasar! Passei um batom, me olhei no espelho: Meu look estava lindo!

Fui até o local onde o León havia marcado comigo, e lá estava ele sentado me esperando.

– Que eu possa vê-lo assim mais vezes! – Falei baixinho, antes de me aproximar do banco onde ele estava.

Dei passos lentos a partir daí, não queria causar má impressão.

– Pensei que não ia vir! –Ele falou assim que me viu, me sentei.

– É que aconteceu um imprevisto, mas nada demais! – Justifiquei.

– Vamos ver estava indecisa em qual maquiagem passar? – Ele brincou.

– Quase isso. – Ri fraco.

– Eu estava só brincando! – Ele riu.

– León, não faz sentido estarmos assim! – Mudei de assunto.

– Assim como? – Ele perguntou sem entender.

– Tão afastados um do outro. – Respondi.

– Você sabe muito bem porque estamos assim. – Ele falou sério.

– Eu já disse que eu posso explicar, será que você pode me escutar? – Pedi.

– Isso não precisa de explicação! Eu escutei muito bem o que você disse o.k? – Ele falou grosso.

– Então porque me chamou aqui? – Perguntei sem entender.

– Porque eu tomei uma decisão. – Ele abaixou a cabeça.

– Que decisão? – Perguntei nervosa.

León respirou fundo antes de começar a falar.

– Ludmila, eu sei que vivemos muito tempo juntos e que éramos felizes. Eu pensei que nunca ia te dizer isso, mas eu acho que a nossa relação acaba aqui. – Ele me olhou nos olhos.


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Notas finais do capítulo

O que achou? O León está seguro com essa decisão? Como a Ludmila reagirá a isso?
Aguardo a opinião de vocês, até mais!