A Filha de Érebo escrita por Uma Garota Qualquer


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Oi gnt
Podem tacar as pedras e me xingar, eu deixo
Nossa... Passei pouco tempo sem postar... Só um mês
Não... Eu não abandonei, e não abandonarei, a fic
Foram provas, trabalhos, feira das nações (sim, minha escola só inventa)... Eu to cheia dessas coisas. Só consegui escrever msm hj. (E sim, para sua informação, eu tenho prova ainda. C estudei? Ainda não! Eeeeeeeeeeehhhh!)
Se saiu uma merda?
Possível
Se saiu algo que pode decepcionar vocês?
Provável
Erros de grámatica?
Claro! Não tive tempo para revisar! (Me ajudem, sim? Podem colocar os erros nos comentarios que TODOS VOCÊS VÃO ESCREVER ou me mandar por MP)
Sei que posso ter perdido vários leitores(vários não, essa fic não é tão lida assim, mas ta...), mas vocês que ainda estão aq e vocês que estão lendo essa fic por algum motivo, peço desculpas pela demora e aproveitem



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O silencio reinava entre os semideuses. Nenhum dos dois se atrevia falar nada. Apenas observavam discretamente um ao outro, fazendo parecer que encaravam o mundo lá fora.

Mel observava como Isaac havia ligeiramente crescido. Seus braços pareciam mais fortes e as pernas também, mesmo continuando meio magricela. Os cabelos e os olhos continuavam iguais, apesar dele ter alguns cortes cicatrizando na pele.

Já Isaac percebera que a garota continuava em seu aspecto baixinha. Apesar de estar mais magra. Os braços e pernas estariam em puro osso se ela não treinasse. O rosto um pouco mais fino e a mesma pele pálida. Percebeu cortes ainda meio abertos e hematomas bem roxos, parecia que a coagulação de seu sangue estava demorando até de mais.

– Hm... – Mel resolveu quebrar o silencio, apesar de gostar dele – Ainda quer saber para onde esta indo?

– Seria bom...

– Eu ate diria, mas nem eu sei direito – ela tirou um papel dobrado de dentro do bolso da jaqueta – Estou seguindo isso – entregou o papel à ele

Isaac desdobrou com cuidado e passou os olhos por ele. Parecia ser um mapa de Londres. Nele estava marcado pontos turísticos da cidade, mas havia um ponto marcando algo bem longe dos centros de turismo, parecia nem fazer parte da cidade. Em todos os pontos, havia um “x” em cima, menos o mais afastado. Na ponta havia uma folha colada e dobrada no meio. Ao desdobrar descobriu ser um tipo de programação turístico de alguém.

– Onde você achou isso? De quem é? É seu? – perguntou Isaac

– Era da minha mãe... – murmurou a garota

– Como...?

– Ela, quando jovem, veio fazer turismo em Londres. Ela usou esse mapa e esse programa. Achei no velho apartamento abandonado onde ela se hospedava. Já fui em quase todos os pontos turístico e nada achei. Só falta esse, – ela apontou para o mais afastado – só pode ser esse.

– O que você esta procurando?

– O lugar exato em que minha mãe encontrou meu pai

O garoto engoliu seco

– Por que quer chegar la?

Ela tirou uma foto do mesmo bolso e entregou à ele

– Emma Helden, – na foto havia uma linda mulher loira (os cabelos quase brancos), os olhos roxos (iguais aos de Mel)delineados de preto, pele levemente bronzeada, sorriso radiante, traços delicados, lábios finos e rosados, corpo esbelto, um vestido branco rasgado nas costas, ate um pouco acima dos joelhos, sapatilha branca com detalhes em preto. Ela estava virada de costas e olhando para algo a sua esquerda – minha mãe – ela respirou pesadamente e continuou – Ela se encontrou com Érebo durante o turismo, e logo se apaixonaram. Mas se conheceram em um lugar especifico. Como nós perdemos nossas memórias, precisamos recupera-las. Mas para isso, precisamos voltar para onde eles se encontraram.

– Você tem essa foto a quanto tempo?

– Achei no apartamento – deu de ombros, mas estava se segurando para não derramar uma lagrima se quer.

– E para isso, você precisa de mim?

– Só posso recuperá-la com você. E como tem chances de não sobrevivermos por muito tempo, é melhor fazer isso logo

– Então ta...

Um silêncio se formou e os dois ficaram se encarando, até finalmente voltarem a olhar para fora do trem

Depois de um tempo, Mel se levantou e chamou Isaac com a cabeça

– Vamos. É aqui que descemos

– Ahn?! – disse ele, se levantando

Ela agarrou sua mão

– No três. 1...

Eles se prepararam

– ... 2...

– ... 3! – Isaac gritou antes dela e pulou, puxando-a junto

Os dois caíram e rolaram pelo chão. Mel olhou furiosa para ele, mas depois começaram a rir

– Vamos – disse Mel, depois do ataque de risos, se levantando – Seguiremos a pé a partir daqui

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– Já é de noite e eles ainda não apareceram – disse Lis a Ally – É melhor irmos procurá-los.

– Mel sabe o que estava fazendo... Confie nela

– Mas...

– Louise, é melhor você ir dormir

– Mas...

– Boa noite

Lis saiu do local, brava, bateu a porta atrás de si e correu para o refeitorio. Afinal, já havia se passado das sete horas da noite

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– Eu jurava que era nessa rua – murmurava Mel

– Parabéns! – disse Isaac – Agora estamos perdidos!

– Ah! Cale a boca! – irritou-se Mel – Eu sei muito bem onde estamos

– E onde nós estamos?

– Por aqui – ela circulou com o dedo uma área do mapa

– Não – ele negou – Nós estamos aqui – ele apontou para uma rua – duas ruas abaixo da rua do local marcado

– Como...? – Mel murmurou

– Vi a placa da rua a alguns metros – apontou Isaac para algo atrás deles

– Por que não avisou? – ela praticamente gritou

– Você disse a algumas horas: “eu não preciso de ajuda”, “fica quieto”, “eu sei para onde estamos indo”. – ele tentou imitar falsamente a voz dela

– Ei! Eu não falo assim! – ela reclamou – Minha voz não é tão estranha assim!

– Pode apostar que é – ele murmurou baixinho, mas ela ouviu

– Idiota! – ela murmurou e deu um soco em seu braço, ele se encolheu levemente, rindo baixinho

– Ou! Fica calma! – ele brincou

– NÃO DA! – ela quase gritou e a voz estava embriagada e presa na garganta.

Ele olhou surpreso para ela e ela respirou fundo

– Desculpe... – ela continuou – Esquece – ela fungou um pouco – Vamos logo acabar com isso

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– LOUISE! – Ally gritou – PRESTE ATENÇÃO! VOCÊ QUASE SEPAROU MINHA CABEÇA DO MEU PESCOÇO

– CALMA, ALLY! – gritou Lis em resposta, mas depois abaixou o tom de voz – Foi sem querer

– Eu sei... – ela ia entrar de volta na sala de treinamento, mas antes se virou para ela – Sei que esta nervosa, mas... – suspirou – Eu também estou nervosa e com medo por eles. Vá dormir um pouco, esta bem? – a filha de Deméter assentiu – Daqui a pouco dispenso as garotas – ela depositou levemente um beijo na testa da garota e entrou na sala

A filha de Deméter suspirou e correu para o dormitório

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– É aqui – disse Isaac depois de passar o resto da tarde sem falar mais nada

Mel apenas assentiu e ficou encarando a velha construção. Era um restaurante abandonado. Tinha um aspecto rústico e, ao mesmo tempo, moderno para época quando os pais da garota haviam se conhecido.

– Vamos – ela disse, caminhando em direção ao restaurante, mas algo a parou

– O que foi? – disse Isaac

– Ouça

Hm... O que temos aqui?! – sussurou uma voz que vinha de dentro da porta entreaberta do restaurante – Semideuses! E bem poderosos! – ouviu-se os barulhos produzidos por uma língua de cobra – Cria de Érebo e Emma Helden, não é? E seu “amiguinho” é cria de Nyx, não é querida?

– De quem é essa voz? – sussurrou Isaac, assustando Mel

– Não sei – disse ela – O QUE VOCÊ QUER? – ela gritou para a porta do restaurante

Não precisa gritar e nem temer, querida – respondeu a voz – Aqui é o meu lar e eu estava esperando por vocês

– Então sabe o que queremos!

Sei muito bem... – uma risada rouca ecoou

– Pode nos ajudar? – perguntou Isaac

Mas é claro, queridos! Essa é a minha função! Entrem!

Isaac olhou para Mel e ela olhou para ele. A garota assentiu de leve e entrou no local, seguida dele

No meio do salão estava parada uma senhora de idade. Os cabelos grisalhos e longos numa trança, olhos estranhos e verde musgo, a pele tinha uma coloração escura esquisita, rugas pelo rosto, braços e pernas esqueléticas, mas o abdômen volumoso. Usava um vestido florido havaiano rasgado, sandálias de couro desgastado, bijus fajutas nos pulsos e no pescoço. Enroscada em seu pescoço estava uma cobra desconhecida pelos dois.

Olá meus queridos! – disse a senhora – Que bom que chegaram logo! Segundo seu pai, Melany, vocês iriam demorar meses para me achar

– É... As vezes meu pai nos subestima – a risada rouca saiu da garganta da senhora

Vamos começar meus amores? Estamos perdendo muito tempo!

– Começar o que? – perguntou Isaac

A recuperação de memória

Silencio

Quero que tirem essas roupas pesadas e usem estas – uma mesa apareceu na frente da senhora e encima dela, roupas verde musgo, iguais aos seus olhos

Sem protestar, os dois pegaram as roupas e caminharam em direção aos banheiros do local abandonado

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As roupas eram mais apertadas às que eles estavam acostumados.

Mel usava uma regata totalmente colada ao seu corpo e um shorts curto que também era apertado de mais.

Já Isaac usava uma calça de moletom bem larga e uma regata cavada e colada

– Isso é totalmente estranho e constrangedor – murmurou a garota

– Nem me fale – respondeu ele

Oh! Ficaram perfeitas em vocês!

– Vamos logo com isso, por favor, este shorts e essa regata estão me dando frio

Como quiser, criança – disse a mulher – Vocês vão sentir um desconforto, depois uma pontada, e depois uma dor bem forte. Depois isso irá passar. Quando isso for feito, vamos “compartilhar” o que vocês se lembram. Entenderam? – os dois assentiram – Ótimo! Podemos começar então.

Tudo aconteceu muito rápido.

Foi como um flash.

Uma luz cegou-os. Depois o desconforto veio, logo após, uma pontada no cérebro. E foram seguidos de uma dor muito forte mesmo.

Quando voltaram à enxergar, sentiram o chão contra si.

Os dois estavam estáticos. O filho de Nyx só saiu do transe com um soluço e murmúrios. Ao notar que não estavam mais no restaurante e sim num local escuro sem portas ou janelas, ele se virou e viu Mel deitada, em posição fetal, chorando muito. Lagrimas pretas manchavam seu rosto e ela puxava seus cabelos com força.

Ele chegou mais perto da garota e ergueu a mão para tocá-la. Quando relou em seu braço, sentiu um arrepio e logo em seguida, parecia que a pele dela queimava sua mão. Era uma dor forte, mas suportável.

Ninguém consegue tocá-la, apenas você. Ela não tem ninguém com quem se reconfortar

“Eu acho que não sei reconfortar alguém” – pensou o garoto

Ora! Mas é lógico que sabe!

“Como?”

Apenas faça o que acha que deve fazer

Ele puxou delicadamente o corpo da garota para cima e a confortou em seu peito, quase do mesmo modo que Jason fez com ela quando recebeu aquela descarga elétrica. Ela se encolhia cada vez mais e manchava a blusa do garoto com suas lagrimas. Em um movimento involuntário, ele acariciou suas costas, passando sua mão levemente.

Assim que ele fechou os olhos, parecia que as imagens que davam dor à Mel, passavam por sua cabeça.

Numa delas estava Emma. Seu rosto era sombrio e ela olhava preocupada para Mel. A garota tinha o olho inchado e hematomas da mesma cor pelos braços.

“Foram eles de novo, minha filha?” – a garota assentiu com lagrimas nos olhos – “ Ai, meu Deus! Venha aqui meu bem” Emma abriu seus braços e a filha se confortou neles, soluçando cada vez mais “ Vai passar, minha filha. Prometo que farei de tudo para te livrar deles, o mais rápido possível”

******************

“Mamãe?!” – perguntou a pequena Mel entre dois lacaios e segurando uma mochila azul bem claro

“Sim, querida?” – Emma se segurava para não chorar

“Você vem comigo, não é?”

“Não, minha filha. Dessa vez não poderei ir com você”

“Não vou a lugar nenhum sem a senhora!”

“Minha filha, é para o seu bem...” – ela depositou um beijo no topo da cabeça da garota e logo em seguida a abraçou – “Vamos nos reencontrar, prometo”

“Eu vou voltar, mãe. Vou voltar para te buscar” – disse a pequena com lagrimas nos olhos

“Não prometa algo que não poderá cumprir, meu amor” – Emma enxugou suas lagrimas e as de Mel com as mãos

“ Mas eu vou voltar, mamãe. Vamos nos rever. Nem que seja depois que eu morrer” – a mãe sorriu com a dedicação da filha

“Esta bem, meu amor. Agora você tem que ir” – Mel assentiu e deixou com que os lacaios a guiassem, deixando Emma para trás

*******************

“AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH” – Mel de uns cinco anos caiu no chão, toda suja e tossiu um pouco de sangue no chão da arena do palácio de Érebo.

“Levante garota!” – gritou seu instrutor lacaio – “Vamos! Não seja tão mole! Precisa ser mais forte que isso!”

Ele caminhou ate a garota e a suspendeu do chão pela gola da regata, fazendo-a olhar em seus olhos, assustada

“Que decepção...” – disse ele – “ Achei que fosse mais resistente que isso garota!” – ele a soltou no chão e um gemido saiu por seus lábios – “Esta liberada! Pode ir para seu quarto” – ele saiu da arena e deixou-a ali, caída

Ela não tinha forças para se levantar. Estava exausta.

“Princesa?!” – Ally de sete anos correu ate a garota caída assim que entrou na arena e ajoelhou-se perto dela – “Esta tudo bem?”

“Uhum” – murmurou Mel tentando se levantar mais caiu logo em seguida

“Venha” – ela ajudou a garota a se levantar e deixou com que a princesa se apoiasse nela – “Vamos para seu quarto, princesa”

“Nã-não me chame de princesa” – disse com a voz rouca, enquanto saiam da arena – “Me chame pelo nome, por favor”

Ally sorriu levemente

*****************************

Emma corria desesperadamente entre arvores de algum local desconhecido. Usava uma camisa vermelha xadrez, um shorts jeans e botas curtas. Seu rosto refletia medo e estava totalmente suado.

Ela tropeçou em uma raiz de arvore e caiu na lama. Uma risada ecoou no lugar quando ela tentou se levantar. Um pé gigante pousou sobre as costas dela, impedindo-a de se mexer

“Inútil!” – disse o monstro – “Acreditava mesmo que iria fugir de mim?” – ele riu novamente “Tola!”

E em segundos, a pressão nas costas da garota fora demais, e a jovem de 26 anos teve sua coluna separada ao meio e sua medula rompida, perdendo a vida.

O monstro riu e saiu dali, não percebendo que a metros dali estava a filha de Emma, 5 anos, jogada no chão, chorando desesperadamente.

“Mãmãe...” – murmurou a garota entre lagrimas

**********************************

[Começou-se a passar momentos, como se fossem fotos, rapidamente. O dia em que Isaac e Mel se conheceram. Os dois lutando. Caças a bandeira. Jantares no refeitório. Conversas de madrugada. A luta. A despedida. O primeiro beijo. A promessa. Mel sendo “colocada para dormir”. Lis chegando no acampamento e entrando na vida de Isaac. Os anos em que passaram juntos. Mel chegando ao acampamento. A conversa dos dois no quarto de Isaac. As primeiras visões. As conversas vagas. Os dois pulando no trem. Andando pelas ruas tentando achar o restaurante. Isaac embalando Mel em seus braços enquanto a garota chorava desesperadamente.]

******************************

Isaac acordou dessas “visões” meio confuso e sentiu seu corpo caindo. Mel não estava mais em seus braços e não via nada a baixo de si, a não ser a escuridão.


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Notas finais do capítulo

Então é isso gente
Passei meu domingo escrevendo, mas deve estar meio que ruim
Comentem pf e NÃO ME ABANDONEM! NUNCA ABANDONAREI VOCÊS!
Adeus
P.S.: me flem oq acharam, pf, qro saber c fiz oq esperavam ou c decepcionei mtos