Apenas arrumaram suas coisas e começaram a andar pela calçada que ficava onde terminava a praia. Iriam procurar alguma cefeteria ou qualquer outro lugar onde teria comida.

Depois de alguns metros, acharam um posto de gasolina de beira de estrada. Entraram na conveniência e cada um teve o direito de pedir uma bebida e um sanduíche, pagos por Mel. Sentaram-se numa mesa e logo seus pedidos chegaram. Assim que a garçonete se afastou, eles conversaram sobre a "missão"

– Ahn... Quem quer ser o próximo? - perguntou Lucas

– Eu - Mika disse animado

– Está bem - disse Alice - Quando terminarmos o café, partiremos. Certo, Mel? - dito isso, todos olharam Mel.

Ela estava sentada num canto da mesa, encostada na parede, perto da janela, de frente para Isaac. Como Isaac, ela nem prestara atenção na conversa, apenas encarava seu copo de café e nem tocara no sanduíche

– Mel! Isaac! - Katy estalou os dedos na frente de seus olhos - Acordem!

– Ahn? - Mel murmurou olhando Katy - O que foi? - Kath sorriu para ela

– No mundo da lua? - perguntou Mika rindo. Katy logo lhe deu um tapa no ombro e Mel lhe lançou um olhar mortal

– Coma seu sanduíche. Você nem tocou nele - disse Katy sorrindo

– Eu não quero. Quer Lucas? - ela empurrou o prato que escorregou pela mesa até parar a frente de Lucas

– Ahn... Não, obrigado - ele disse

– Vai Lucas - disse Alice rindo - Eu sei que você quer - ele sorriu, pegou o sanduíche e mordeu - Eu sabia!

– Se eu perder minha forma atlética - ele apontou para seu corpo - A culpa vai ser de todos vocês que me entopem de seus restos não desejados de comida

Todos riram, menos Mel e Isaac. Estavam concentrados demais em seus cafés para rir

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Todos já haviam terminado seu café da manhã e agora se reuniam a alguns metros longe do posto.

Mel tirou Metaforá da sua mochila

– Quem vai ser? - ela perguntou

– Se não estivesse no mundo da lua, lá na conveniência, saberia - brincou Mika. Mel lançou-lhe um olhar mortal de "não estou para brincadeiras hoje" - Ei! Calma, calma! Sou eu

Ela entregou-a à ele e todos colocaram a mão na mesma.

– Já sabe o que fazer? - Mel perguntou a Mika

– Sei - ele respondeu fechando os olhos.

A fumaça preta os envolveu e os levou para longe dali

Quando a fumaça se dissipou, eles se viram em nos fundos de uma confeitaria.

– Meus deuses! - Mika murmurou - Não acredito! - ele sorria feito uma criança - É A CONFEITARIA DA TIA DINDA!

– Ahn? - Katy ficou confusa

– Essa era minha confeitaria preferida. Todos os dias vinha aqui e a tia Dinda, a dona do lugar, me dava um doce

– E aonde estamos?

– Chicago! - ele fez uma careta - Acho que vou vomitar, de emoção e de enjôo mesmo

Mel entregou a ele um saco de papel e ele logo se curvou para frente com a boca dentro do saco.

Assim que terminou, entraram na loja, todos juntos. Estava vazia, parecia abandonada. As vitrines estavam cheias de pó e sem nenhum doce. As cadeiras coloridas estavam em cima das mesas coloridas e empoeiradas. No centro havia um cup cake gigante e empoeirado.

O colar de Mika brilhou, que logo se libertou e começou a "andar" para fora do estabelecimento. Eles o seguiram

Depois de alguns minutos, eles param na frente de uma antiga construção. Afastada da cidade, mas perto da confeitaria. A construção era cercada por um enorme muro e a única entrada era o velho e enorme portão de ferro. Acima do portão estava escrito: "Colégio Municipal de Chicago", numa placa de ferro

– O que seria isso? - perguntou Lucas

– O que você acha? Um parque de diversões que não é! Ah, espera aí! Está escrito na placa! - brincou Alice, fazendo com que todos rissem, tirando Mel e Isaac.

Lucas mostrou-lhe a língua e a jogou por cima de seu ombro

– O que você disse Alice? Eu não ouvi direito! - disse ele rindo

– LUCAS! ME PONHA NO CHÃO! - gritou Alice dando socos nas costas do mesmo

– Ahn? Não estou ouvindo! - Katy se segurava no ombro de Mika e chorava de rir

Alice desistiu de se debater. Ficou quieta e parada.

– Luck me ponha no chão! - ela usou o charme. Lucas, no mesmo momento, colocou Alice, delicadamente, no chão - Isso mesmo Luck - ela murmurou e lhe deu um beijo na testa - Bom garoto - ela disse passando a mão por seu cabelo, segurando a risada, como se fosse um cachorro

Lis se encostava em Katy, morrendo de rir, Katy quase se jogava no chão, rindo muito e chorando, e Mika tinha a função de não deixá-la cair em quanto ria e olhava a construção

– Aí! - suspirou Katy se recompondo - Doeu minha barriga agora - ela secou uma lágrima

– Meu pai era professor de Química nessa escola. Eu morava aqui com ele. - disse Mika olhando o local - Acho que ainda dão aulas aqui, mas certamente os alunos estão de férias

O brilho passou pelas grades

– Mel, você pode, por acaso, fazer um dos seus "buracos negros" para nos transportar até o outro lado? - perguntou Alice

– Ahn! Deixe de frescura Alice! Escalar que é o legal! Vamos escalar! - disse Katy, que já começara a escalar o portão.

Ela foi seguida por Mika, Lis, Alice, Lucas, Isaac e Mel. Ao chegarem ao outro lado, tiveram que correr para alcançar o brilho.

– Se tivéssemos usado um dos "buracos negros" de Mel... Não precisaríamos correr! - gritou Alice para Katy, que só revirou os olhos, não ligando para a reclamação

O brilho deu a volta no colégio e os fez parar nos fundos da construção. Passou por baixo de uma porta e os fez entrar na antiga construção, entrando na cozinha. A cozinha estava vazia, mas havia uma chaleira de ferro no fogão e umas panelas sujas jogadas na pia. O brilho passou por baixo de outra porta que ficava em um canto da cozinha, obrigando-os a entrar na grande despensa do colégio. Em enormes prateleiras de madeira haviam vários alimentos de segunda mão, quase vencidos, o lugar era úmido e mal arejado.

A frente deles estava de pé outra figura. Aparência de uma mulher de uns trinta anos, cabelos castanhos em uma trança simples, a pele era transparente e os olhos opacos, sem vida. Usava uma armadura prata com um anel preto e uma pérola preta no peitoral.

– Olá Melany! - disse a mulher

– Mila?! - perguntou Mel

– Isso mesmo! Bom saber que não esqueceu de mim! - ela sorriu e olhou os outros - Olá Escolhidos! Sou Mila, uma das "seguranças" da senhorita Mel - ela piscou e todos riram

– Por favor, senhorita agora não... - murmurou Mel

– Espera! - disse Lucas rindo - Você precisa de "seguranças"? Você? Mel, Melany Helden, a garota que derrotou uma Campe sozinha, precisa de "seguranças"? Desde quando?

– Quando eu estava sendo treinada - respondeu Mel - Não nasci sabendo lutar, sabia?!

– Mas, quando ela foi treinada e conseguiu derrotar todos os "lacaios testes avançados", ela não precisou mais de mim - disse Mila sorrindo - Ela consegue até me derrotar. Mas chega de conversa, quem é que vai lutar contra mim?

– Mikael - Mel vai até ele e coloca a mão em seu ombro

– Ah, ótimo! Parece lutar bem... Já sabe as regras?

– Já sim - ele responde

– Então, te dou alguns minutos para a princesa lhe dar algumas instruções - ela piscou para Mel - Sei que gosta de conversar um pouco com eles antes de uma luta

– Mika... - Mel começou a sussurrar em seu ouvido - Seja rápido. Mila luta bem, mas sabe reconhecer quando perde, não vai usar o "joguinho de misericórdia", igual Dina. Ela não intimida muito, por querer, apesar do olhar dela as vezes dar medo. Só relaxe e lute, ela não usa jogo sujo, tem décadas de prática. Alguma dúvida?

– Não. Nenhuma. Acho que estou pronto

– Ótimo!

Katy se aproxima e encosta em Mika, ela sussurra algo encorajador em seu ouvido, e depois os dois olham para a garota a sua frente. Mel apenas esboçou um sorriso

– Vamos Katy? Ou você quer conversar com ele? - perguntou Mel

– Não. Vamos - respondeu

As duas andaram uma do lado da outra

– Você devia pelo menos tentar... - sussurrou Katy

– Não começa... - sussurrou Mel - De onde você tirou isso?

– Como Alice disse, ela rastreia amor a quilômetros. Só me avisou que rastreiou um bem aí - ela apontou para Mel

– Você duas são... - ela suspira - Desisto! Achem o que vocês querem! - Mel apressa o passo e querendo ser envolvida por uma bolha o mais rápido possível