O gênesis do meu apocalipse escrita por E J Wild


Capítulo 4
Capítulo 4.


Notas iniciais do capítulo

Preciso dizer que o capítulo é referente ao Cálice de fogo? E que pretendo fazer milhões de capítulos referentes a tal livro? Espero que gostem, mas principalmente que comentem.



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Depois do fiasco que fora o plano de Rowle e Malfoy, Thor ficou arrasado, vivia agarrado à esperança do retorno do Lord Voldemort, passava horas matutando um jeito de reverter aquela situação, em um de seus surtos decidiu retornar a sua mansão no País de Gales, não iria mais se esconder, não diretamente, se os guardas de Azkaban não foram capazes de prender Black, muito menos iriam prendê-lo. Após ouvir boatos de que Pettigrew estava vivo,  Thor iniciou uma caçada ao homem, tinha novos planos, e Rabicho estava incluso neles, Le cuidaria de Voldemort até a sua ascensão.

— GLEN, KARL E LEON! – chamou o homem sério na varanda de sua casa, havia cortado o cabelo, estava mais jovial, seus fios loiros ajeitados em um topete desconexo, usava uma camisa branca como sempre, mas desta vez aberta no últimos dois botões deixando parte do seu peito a mostra, vestia uma calça de tweed na cor vinho, seus sapatos pretos e pontudos sempre tão lustrosos, ainda não estava completamente pronto, interrompera seu ritual para apressar os garotos para o último jogo da copa mundial de quadribol, mas eles estavam distraídos demais para ouvi-lo, entre gargalhadas corriam pelo campo verde que rodeavam a mansão. Impaciente Thor tirou a varinha do cós de sua calça e apontou na direção do filho mais novo, no mesmo instante Leon ficou dependurado de cabeça para baixo, como se alguém o segurasse pelos pés, mas não havia ninguém. No instante seguinte, Thor fez um outro gesto com a varinha e o seu caçula fora atraído pela gravidade se chocando com o chão, os três correram imediatamente na direção do dono da mansão.

— Estão atrasados como sempre, consegui lugares privilegiados no camarote do ministro para vocês, infelizmente eu não poderei ir por... motivos pessoais! – não iria dizer ao filho e aos amigos dele “porque sou um dos bruxos mais procurados pelo ministério da magia” – Existe um portal que abrirá em uma hora, é melhor se apressarem ou perderão a oportunidade. Escutem, eu quero vocês de volta em casa assim que o jogo terminar, estamos entendidos?  – ele estava sério demais até pra ele, parecia um general passando as instruções para os meninos, nem havia piscado os olhos. 

— Sim, senhor! – concordou Glen, era o mais alto dos três e também o mais responsável, na verdade o único responsável.

— Não preciso do portal, você sabe muito bem que consigo apartar – repreendeu Leon. Olivaras tinha razão, era um bruxo brilhante, conseguia aparatar já com quatorze anos, mesmo sem licença, e muitos bruxos velhos tinham medo de tal arte e preferem, mas ele conseguia e tinha orgulho disso.

— Você sabe que o estádio está repleto de bruxos do Ministério, seria loucura aparatar lá sem licença, você vai como todos os garotos da sua idade e está decidido! Reservei para vocês uma barraca na seção dos búlgaros caso queiram descansar – disse ele dando uma pequena ênfase a sua última sentença, ela fora especialmente direcionada ao Karl, sabia que o garoto era fanático por Vítor Krum e queria lhe fazer um agrado, uma coisa Thor tinha que admitir, Leon possuía um circulo de amizade muito mais selecionado do que seu outro filho, Magnus.

— Você é o Bruxo, senhor Rowle! – agradeceu Karl eufórico, o garoto era muito impulsivo, quando percebeu já avia abraçado o pai do amigo e lhe dava leve tapinhas nas cotas.

— Menos, Karl... Agora é melhor partirem, Lúcio está a espera de vocês! – foi a última coisa que disse antes de retornar ao seu quarto, tinha muito a fazer, algo ruim estava para marcar a final da copa mundial de quadribol.

Depois da longa caminhada e de atravessarem o portal, Leon estava de péssimo humor, queria mais que tudo ter aparatado, devido a descrença do pai em seu potencial ele se tornou um garoto bem exibido, um trouxa os recebera bem na entrada do longo acampamento o que o fez ficar ainda pior.

— Vocês possuem uma reserva? – perguntou o Sr. Roberts, o responsável pelo camping.

— Rowle! – respondeu Leon um tanto ríspido.

— Pois bem, um momento... – pediu ele checando uma lista pregada a porta. – Uma barraca por um dia, certo? Isso aqui está uma loucura nos últimos dias, não costumamos receber tantas reservas, as pessoas geralmente aparecem de surpresa. – revelou ele na intenção de puxar assunto, gostava de estar entre jovens, mas não sabia o quanto sua companhia era indesejável para aqueles jovens, Glen olhava para ele com uma expressão de nojo, Karl parecia que iria devorá-lo com o olhar. Leon pegou o rolo de notas em seu bolso, havia mais do que o necessário, bruxos eram péssimos com dinheiro dos trouxas, acontece que ele não era qualquer um... Havia aprendido na Holanda, mesmo que a moeda fosse diferente ele conseguia se virar, convivera com muitos trouxas lá, fizera até amizade com um garoto que morava perto de sua mansão subterrânea sem seus pais saberem, é claro. Ele abriu o rolo, contou algumas notas, separou as necessárias e guardou o restante no bolso – É mais do que suficiente, pode ficar com o troco! – falou Leon batendo o dinheiro contra o peito do Sr. Roberts, não nos restas dúvidas que aquele garotinho que vivia em solo holandês fora sucumbido pelo mal.

— A barraca de vocês... – antes que o velho pudesse terminar a frase Leon o cortou

— Nós conseguimos nos virar! Glen, Karl, vamos sair daqui antes que eu mate esse trouxa! — ele estava sem paciência e saiu andando em liderança convocando seus amigos.

Após se perderem por entre as cabanas dos Irlandeses, enfeitadas com trevos por todos os lados, e se depararem com um velho bruxo saltitante que usava uma camisola florida, finalmente chegaram a seção dos búlgaros, havia fotos do Vítor Krum espalhadas por todos os lados, Karl não conseguia conter sua felicidade, parecia uma criança na dedos-de-mel.

— Eu disse que ele jogaria na Copa Mundial, eu disse! – seus olhos brilharam quando ao dizer essas palavras, era com certeza o maior fã do apanhador.

— Bom, eu sou testemunha que ele disse, Glen, você não tem como argumentar! – provocou Leon ao tempo que eles entravam na tenda vermelha com o sobrenome Rowle estampado a frente. Era enorme, seu pai deveria ter gastado um bocado de galeões com ela, mas não queriam ficar lá, apenas jogaram suas mochilas no sofá vermelho colonial no Lobby e logo saíram.

— Ele é só um apanhador... – grunhiu Glen enquanto saiam.

— Vejam! – Karl deu um tapa na cabeça dos dois amigos, tivera que dar um pulo para conseguir alcançá-los de tão baixinho que era, reconhecera a cicatriz imediatamente, era Potter, ele havia acabado de tropeçar com um balde de água na mão o que fez os três garotos caírem na gargalhada.

— Ele é patético, primeira coisa que Draco e eu concordamos! – disse Leon, então seus olhos se fixaram na garota que acompanhava Harry e o garoto ruivo, seu coração acelerou, instintivamente ele ajeitou o seu cabelo negro que acabou se alinhando em um desajeitado perfeito, por mais que quisesse não conseguia tirar os olhos dela.

— Aquela deve ser a sangue-ruim metida a sabe tudo que Draco tanto odeia! – comentou Glen, mas Leon estava disperso, hipnotizado pelas curvas castanhas do cabelo da senhorita Granger, ainda era cedo para entender o que ele estava sentindo, mas de uma coisa eu tenho certeza, uma pequena fagulha iluminara aquele coração dominado pelas trevas.


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Notas finais do capítulo

Adivinhem quem finalmente vai para Hogwarts? Pois é, espero que estejam gostando...



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