Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 44
Capítulo 43 - Tentarei Falar com Ele


Notas iniciais do capítulo

Heeeey Cupcaaakes!!

Como vããão?? Sim, eu atrasei um pouquinho, mas o importante é que a fic está aqui, firme e forte! Mas tenho uma noticia um pouco ruim... Ela está quase no final :( Então, minhas Cupcakes maravilhosas, agora mais do que nunca preciso da ajuda de vocês.
Querem que aconteça o que nos próximos capítulos de PO? Digam nos comentários!!

Musica do CAP: Magic - Rude
Beijoooocas!!



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A estrada estava muito vazia. Eram por volta das 14:30 da tarde, o Sol estava escaldante no céu e minha barriga roncava mais do que um elefante com problemas respiratórios.

Mas eu não parei de dirigir. E nem diminui a velocidade (eu estava a mais ou menos a uns 150 km/h). Precisava chegar a São Francisco o mais rápido possível, Ginna precisava de mim ao seu lado.

Quando a hora seguinte passou vi que o carro precisava de um pouco de gasolina para aguentar chegar até a cidade. Parei no posto mais próximo da estrada e aproveitei para comprar um lanche com o pouco dinheiro que eu tinha no bolso.

Entrei no carro novamente e voltei a dirigir como se não houvesse amanha. O que me impressionou foi não ser parada por nenhum guarda (o que foi sorte minha, pois estou sem meus documentos e minha carteira de motorista).

O Hospital ficava no centro de São Francisco a mais ou menos 10 minutos da minha antiga casa. Eu estaciono o carro e rumo, em passos largos e rápidos, até a recepção.

– Boa tarde. – digo para a mulher do outro lado do balcão. – Eu vim ver a minha irmã, ela está na UTI Geral.

– Qual o nome da paciente?

– Ginna Edwards.

– O seu nome?

– Jane Morgan. – depois de anotar alguma coisa no computador ela me passa um cartão.

– O horário de visita é daqui a 2 horas. Se quiser pode esperar na cafeteria.

– Não posso vê-la agora? – pergunto levantando uma das sobrancelhas.

– Não. Como eu disse, pode esperar na cafeteria.

Saio bufando da recepção e rumo para a tal “cafeteria”. É um pouco distante, mas chego lá em menos de 5 minutos.

Há uma grande fila para comprar comida e muitas mesas em volta do balcão de pedidos. Como a maioria das mesas estão vazias, eu sento em uma delas.

Depois de um tempo fico entediada. Quer dizer, eu estou nervosíssima por causa de Ginna e tudo mais, mas as coisas parecem tão paradas agora, quando eu estou aqui sentada sem fazer nada.

E, pra variar um pouco, quando eu estou assim meus pensamentos vão para Andrew. Como eu tive coragem de beija-lo? Depois de tudo? E outra coisa, como eu fui tão besta a ponto de aceitar a sua ajuda para voltar para São Francisco?

Julian vai ficar uma fera conosco. Não quero nem ver quando ele descobrir que eu estou aqui ao invés de estar no hotel.

– Jane? – a voz de Sara enche meus ouvidos. Eu me viro para ela, que está parada a alguns metros da minha mesa. Seu rosto está pálido, ela parece mais magra e tem olheiras fundas nos dois olhos.

– Sara! – eu me levanto e rumo até a morena, que abre os braços e me envolve calorosamente. – O que aconteceu? Porque Ginna foi parar na UTI?

– É uma longa historia, querida. – exclama, cansada.

– Nós temos as próximas duas horas para conversar. – eu retruco puxando minha madrasta pela mão. Sentamos-nos na mesma mesa que eu estava antes. – Agora me fale.

– Foi muito de repente. – um suspiro sai da boca de Sara. – Eu tinha que sair para ir ao mercado e como a medica recomendou descanso total a Ginna deixei ela em casa. Bom, quando eu voltei, ela estava caída no chão da cozinha.

– Meu Deus. – eu coloco a mão no rosto e esfrego os meus olhos. – Porque não me chamou para ficar com ela? Eu teria vindo na mesma hora.

– Ficar com ela enquanto eu vou ao mercado? – Sara pergunta sarcástica. Em seus olhos uma poça de água se forma. – De certo modo a culpa foi minha.

– Não. – eu afirmo. – Poderia ter acontecido a qualquer hora, você não iria impedir a Ginna de passar mal.

– Os médicos disseram que ela pode ter caído e batido a cabeça em algum lugar. Por isso ela desmaiou. – Sara suspira e eu não falo mais nada. Acho que ninguém consegue tirar da sua cabeça que a culpa foi dela. Sara olha no relógio em seu pulso. – Eu combinei de encontrar Richard na recepção. Quer vir?

– Prefiro ficar aqui. Te encontro depois.

***

Exatamente duas horas depois da minha chegada ao hospital as visitas foram liberadas. Poderiam ir apenas duas pessoas por vez e, como haviam eu, Sara e Richard deixei os dois subirem primeiro.

Mais ou menos 30 minutos depois minha entrada foi liberada. A UTI era no 9°andar do prédio B e era a UTI Geral, aquela que ficam as pessoas que não tem apenas um problema especificado.

Antes de entrar no quarto de Ginna fui obrigada a lavar a mão e passar álcool gel. Quando terminei uma enfermeira me encontrou do lado de fora da UTI e me levou para dentro, no quarto 18, o de Gin.

– Ela esta um pouco tonta ainda por causa dos remédios, mas não se importe com isso. Ginna vai ficar bem. – a enfermeira dizia isso enquanto andávamos pelo grande corredor.

As únicas coisas que eu conseguia ouvir eram os bips das maquinas. A maioria das pessoas estavam recebendo visitas, mas eram como se o Hospital inteiro estivesse deserto.

– Eu sei que vai. – respondo a enfermeira, depois de um tempo. Ela me olha e sorri de lado. Assim que acaba de fazer esse gesto chegamos a porta do quarto 18. – Obrigada.

Eu entro.

O quarto da UTI é bem diferente do que Ginna estava antes. Parece mais espaçoso, com mais aparelhos, e a cama mais larga.

Ginna está deitada no centro da cama, com os olhos fechados. A sua volta, milhões de aparelhos brilham e mudam de números e palavras a todo o tempo. Além disso, Gin está com um aparelho no pescoço e alguns fios ligados no braço e na mão.

– Gin? – a chamo com a voz baixa. Eu dou a volta na cama e vou para mais perto dela, para que ela possa me ver.

Ginna abre os olhos depois de um tempo. Seu rosto está inchado, como suas mãos e seus pés. Entretanto, ela continua linda. A barriga cresceu, espichou, foi como se eu não a visse a mais de meses.

– Oh, Jane! – ela sorri de lado e ergue a mão, me convidando para mais perto de sua cama. Eu tomo cuidado para não bater em nenhum aparelho e seguro sua mão forte. – Que bom que veio. Eu estava com saudades.

– Eu também estava, irmã. – não consigo me segurar e acabo deixando uma lagrima rolar pela minha bochecha. – Não sabe como eu estou preocupada com você.

– Eu imagino. – ela retruca deixando o seu sorriso se alargar. Um silencio se forma e aproveito para olhar para ela e tentar aceitar que tudo vai ficar bem. – Como está indo a vida com Julian?

– Eu não sei. – admito baixando o olhar. – As vezes eu acho que é mil vezes melhor, mas...

– Mas...?

– Eu sinto falta... De tudo, sabe? – eu dou os ombros. – Sinto falta dos jogos de adivinhação com Richard, dos conselhos malucos de Sara, das guerras de água quando a gente ia lavar a louça... Eu não sei, as vezes tudo parece tão vazio como está.

– Você sabe que Richard deixaria você voltar para a casa quando quisesse, não é? – Ginna afirma mais do que pergunta.

– Acho que ainda não o perdoei. – exclamo mordendo a parte interna da minha boca. – Ele me escondeu quem era meu pai.

– Tudo o que Richard fez foi para o seu próprio bem. – impõe ela. – Acho que eu faria a mesma coisa.

– Mentir para o seu filho? – pergunto com a sobrancelha levantada.

– Não. – ela nega com a cabeça, mesmo tendo dificuldade. – Eu simplesmente daria minha vida por ele, assim como Richard faria por você.

Eu não tenho resposta para isso, então apenas fico calada. A mão de Ginna se aperta na minha e eu olho em seus olhos.

– Prometo que tentarei falar com ele. – digo sorrindo de lado.

– Seria bom. – afirma. – Jane.

– Sim?

– Preciso... Preciso falar com você. Preciso que acredite em tudo o que eu irei te falar agora, tudo bem?

– O que? Como assim?

– Eu não estava sozinha quando passei mal.

– Oi? – eu ergo a minha cabeça e olho bem fundo nos seus olhos. – Como assim? Quem estava com você?

– Minha mãe e os médicos do Hospital acham que eu estou delirando por causa dos remédios, mas sei que é verdade. Preciso que confie em mim.

– Ginna, o que aconteceu? – pergunto para a morena. – Quem?

– Ele chegou rápido. – explica ignorando a minha pergunta. – Eu não sabia o que fazer e ele começou a me ameaçar... Não me lembro direito. Só sei que quando eu disse que não deixaria ele pegar o meu filho ele me empurrou e eu bati com a cabeça. Então eu comecei a sangrar e...

Ginna estava começando a ficar nervosa e vários bips explodiram das maquinas ao nosso redor. Haviam lagrimas correndo pelo seu rosto e sua mão soltou a minha.

Segundos depois enfermeiras apareceram no quarto e me empurraram para fora da sala. Antes de uma delas fechar a porta eu consegui olhar nos olhos de Gin por um ultimo momento e sua boca mexeu, formando o seguinte nome:

Harry.


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Notas finais do capítulo

E agora hein? Hahaha!

Não esqueçam de responder a pergunta que eu fiz nas notas iniciais!
Beijoooocas!!



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