Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 35
Capítulo 34 - Seguindo o Conselho Certo


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeey Cupcakeeees!!

Como vão??? Bem, como prometido, mais um capitulo para as minhas queridas leitoras!! Quero agradecer a todas que comentaram e deixaram o seu favorito, isso tem me ajudado bastante a ter animo para continuar a fic! Obrigada mesmo galera!

Musica do CAP: Ariana Grande e Iggy Azalea - Problem
Beijoooocas!!



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Acordo com a luz forte entrando pela janela. A cortina do quarto de hospedes da casa de Julian está aberta e eu rapidamente olho para a porta, onde encontro uma mulher desconhecida que me olha com um sorriso no rosto.

– Olá. – digo me espreguiçando. Fico sentada na cama e passo a mão pelos olhos. Parece que dormi por séculos. – Quem é você?

– Sou uma das empregadas da casa. Sr.Hamilton pediu-me para lhe acordar as 7:00 horas, pois ele pretende leva-la a escola. – a voz da mulher é doce e só agora a olho melhor. Ela é jovem, deve ter por volta dos 25 anos de idade. Cabelos marrons bem presos em um coque e olhos caramelos grandes e chamativos.

– Prazer, meu nome é Jane. – eu me levanto e caminho até ela com a mão esticada. Ela parece hesitante, mas depois de um tempo pega na minha mão e a aperta.

– Eu sou Susana. Caso senhorita precise de qualquer coisa é só me chamar. – eu assinto e ela sai do quarto, dando-me tempo para tomar uma ducha e me trocar.

Quando acabo de fazer toda a minha higiene matinal, desço as escadas e caminho até a grande cozinha, do lado direito da sala central da mansão. Susana me recebe com um grande café da manha e eu como sozinha. Isso me faz ter um pouco de saudade de casa. Ela se vai rapidamente.

– Bom dia Jane! – Julian entra pela grande porta de madeira que liga a cozinha com a sala de estar. Ele sorri e está muito bem vestido, com um terno cinza, como se fosse a uma reunião de negócios muito importante.

– Bom dia. – ele se senta ao meu lado, ignorando o lugar na ponta da mesa, o qual eu deduzi ser o seu lugar de costume. – Queria agradecer por tudo isso. O que está fazendo por mim é muito mais do que eu preciso ou do que eu poderia imaginar.

– Não precisa agradecer. Você é minha filha, afinal. – ele pega uma maça no centro da mesa e se levanta. – Já acabou o seu café da manha?

– Sim. – respondo olhando em volta. Quando Julian chegou eu já estava no meu segundo omelete e acabando de comer uma pera.

– Então podemos ir?

– Mais já? – olho no relógio preso na parede. – Está tão cedo, minha aula só começa as 8:00 horas.

– Jane, querida, lembra-se da condição que eu propus para você ficar aqui? – eu abaixo a cabeça e assinto levemente. Gostaria de pode esquecer. – Então, Andrew vai acordar daqui a pouco e quanto menos vocês se encontrarem, melhor. Entende?

– Sim. – dou um longo suspiro e me levanto da cadeira. – Vamos, então.

***

O intervalo para o almoço chega mais rápido do que o comum. Eu caminho lentamente para o refeitório evitando os caminhos que eu sei que Andrew tomaria. Meu pai, Julian, me convenceu. Ele falou o caminho inteiro da casa dele para a escola sobre isso, como amar Andy era errado.

– Nossa, que cara péssima! – exclama Ash com a testa franzida. – O que houve?

– Eu meio que sai de casa. – declaro passando a mão pelo meu cabelo.

– Oi? Como assim, saiu de casa? – ela para no meio do corredor e me puxa pela manga do meu casaco. Eu bufo, não deveria ter falado nada disso para Ashley.

– É uma longa historia. – eu suspiro pesado. – Podemos falar disso depois? Minha cabeça está a mil. E ainda tem o problema com o...

Me corto. Não posso falar de Andrew para Ashley, ainda mais agora, que descobri que ele é meu irmão. Ela me olha desconfiada.

– Quer dizer que tem um cara metido no meio? – Ash sorri animada e olha em volta, analisando se a nossa conversa está sendo escutada por mais alguém. – É alguém da escola? Eu o conheço?

– Não! – falo rapidamente. Preciso inventar algo. Rápido. – Ele é um antigo amigo meu, que conheci na época que morava em São Francisco quando ainda era pequena. Nós meio que ficamos.

– Meu Deus, não acredito!

– Não conte pra ninguém! – peço juntando as mãos, como se eu fosse rezar. – E nem deu certo com ele também. Por isso que estou falando com você.

Não sei por que isso surge na minha cabeça. Quer dizer, Ash tem bastante experiência com namoros e ficadas. Ela pode me ajudar com o caso Andrew.

– Quer algum conselho? – ela me puxa para um banco no final do corredor e me obriga a sentar. O corredor já está vazio e eu fico com medo de chegar ao refeitório quando a comida já está fria.

– É, mais ou menos. – dou os ombros. – Quero saber como faço para esquecer esse cara.

– Primeiro é necessário saber o quanto você gosta dele. – ela sorri, orgulhosa de poder me ensinar alguma coisa. – De 0 a 10.

– Tipo uns 9,5.

– Ok, então é 10. – ela pensa colocando a mão no queixo. – Depois preciso saber o que está disposta a fazer para esquecê-lo.

– Qualquer coisa.

– Qualquer coisa?

– Qualquer coisa. – concluo. Tinha que colocar isso na minha cabeça, fazer com que isso fosse o meu objetivo de vida por enquanto.

– Então o meu conselho é simples, rápido e fácil. – ela coloca a sua mão sobre a minha e chega mais perto, como se fosse contar-me um segredo. – Namore outro.

– Oi?

– Arrume outro cara! Para esquecer a dor de um amor, nada melhor que um novo amor! – Ash sorri, como se fosse a pessoa mais inteligente do mundo por ter essa ideia.

– Tem certeza?

– Absoluta.

Fico quieta. Levantamos e vamos para o refeitório.

***

Assim que o sinal final da aula toca eu corro para o meu armário. Atropelo todos em minha frente e perco as contas de quantas vezes peço desculpas. Mas se demorar mais alguns minutos posso perder a coragem do que vou fazer.

Desço as escadas para o térreo e espero em frente a porta de saída, o lugar aonde todos os alunos tem que passar para ir ao estacionamento.

Assim que ele se aproxima, seguido por alguns meninos que são desconhecidos por mim, eu me arrumo rapidamente. Cabelo, postura e principalmente o sorriso. Obrigo-me a coloca-lo em meu rosto.

– Ian! – exclamo fazendo ele se virar em minha direção. Os seus amigos também se viram e assim que me veem colocam sorrisos (os quais eu julgo maliciosos) em seus rostos.

– Hey Jane! – ele se despede dos amigos e caminha em minha direção. – Tudo bem?

– Sim. – eu suspiro e enrolo uma mecha de cabelo em meu dedo. – Eu estava te esperando.

– Ahm é? – ele sorri de lado. – Por que?

– Sabe aquele dia que você me convidou para sair e eu meio que não aceitei? – ele assente, timidamente. – Então, agora eu estou livre.

– Mas... E o Andrew?

– Bom... – eu abaixo a cabeça e ele logo vê o que aconteceu.

– Ele ferrou com tudo. – um som de deboche sai de sua boca. – Eu sabia. Te avisei, não é?

– Ian, eu já sei que errei. Não precisa jogar isso na minha cara. – fiquei ligeiramente brava com ele. Ian me olha piedoso.

– Tudo bem, desculpe-me. – ele coloca a mão no pescoço. – Então quer mesmo sair comigo? Tipo, agora?

– É, eu estava pensando nisso.

Ian começa a falar de lugares para me levar enquanto caminhamos em direção a sua moto. Mas, sinceramente, eu não ouço nada. Estou perdida em pensamentos.

Ele estacionou longe e demoramos para chegar. Eu estou tão distraída que só percebo que estamos frente a frente com a moto quando Ian em dá o capacete.

– E ai? Que lugar que você gosta mais?

– Podemos ir tomar um sorvete. – concluo fazendo Ian sorrir. Mas esse sorriso morre segundos depois, quando ele olha por cima do meu ombro.

Sigo o seu olhar. Andrew caminha rapidamente em nossa direção com a expressão brava, a mesma expressão de quando ele brigou com Harry.

Não sei o que passa na minha cabeça. Na verdade, eu sei sim. Sei que apenas meu pai, Julian, toma meus pensamentos. O pedido dele. Como ele sofreu para fazer minha mãe feliz. Para me fazer feliz.

– Ian, me beija.

– O que? – ele exclama vacilando o olhar entre os meus olhos e Andrew.

Eu não respondo. A única coisa que faço é passar os braços em volta do pescoço de Ian e me aproximar. Olho de relance para Andrew antes de fazer o que estou prestes a fazer e o vejo parado, analisando a situação.

Então, como num passe de mágica, mudo o meu destino. Com um simples grudar de lábios, um simples aproximar de corpos. Um abraço, um pegar de mãos. Um beijo o qual eu nunca desejei.


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Notas finais do capítulo

Vocês querem me matar com toda a certeza né??

Deixem suas ameaças de morte nos comentários!

Beijooooocas!!