O Diário das Creepypastas - Interativa escrita por Slendon6336


Capítulo 4
#4 Arrependimento


Notas iniciais do capítulo

Escrevi esse capítulo ouvindo Evanescence, então se quiserem saber de onde veio todoooo esse drama é só ouvir a música Hello seguida de My Immortal e logo em seguida Perfect de Simple Plan. u.u
Te encontro nas notas finais
~Boa Leitura o/



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– Estes são Alexandre e Angelique. As novas Creepypastas.

Os irmãos encararam mais um pouco os novos moradores. O loiro pequeno e de jaqueta vermelha, com as letras “SCP” estampadas, olhava para os próprios pés. Já a garota retribuía os olhares com um grande e luminoso sorriso, que chagava a assustar.

– Ér... Bem-vindos...? – Liu quebrou o “silêncio”, já que no hall ainda prevalecia gritos, correria e conversas simultâneas de quem passavam da ala leste para o oeste ou vice-versa.

– Ah, obrigada! – Angelique agradeceu.

– Vou falar com o Slendy – Interveio Splendor, já caminhando para a escadaria em direção ao escritório – Tenho que avisá-lo sobre os bisonhos!

“Bi... Sonhos?” perguntou-se internamente Jeff.

– Bem, eu me chamo Homicidal Liu e esse é meu irmão caçula, Jeff the Killer – Começou após uma longa pausa, bagunçando os cabelos do mais novo.

– Hey! Para com isso! – Esbravejou.

– Vamos mostrar o casarão para vocês dois, mas antes de tudo mostrarei seus quartos para que já comecem a se adaptar.

Liu guia-os para o segundo andar. Virou o corredor para o lado leste até alcançar uma porta simples de madeira escura. Acenou para Jeff que pegou duas chaves soltas do bolso do moletom, destrancando-a e logo entregando os objetos para Alexandre e Angelique. O mais velho abriu a porta, deixando o quarto à vista de ambos.

Não era pequeno, porém também não era de tamanho extravagante. Compunha-se de duas camas de solteiro; guarda-roupas, estantes, uma escrivaninha, telefones sobre criados-mudos e uma janela com cortinas blecaute.

– Aqui dividimos os quarto para dois graças ao alto número de residentes. – Liu pronunciara cada palavra com cuidado, com uma formalidade que Jeff nunca ia entender – Antes do jantar nós passaremos aqui para guia-los pelo Casarão Creepypasta.

Após deixarem os novatos se acomodarem, o mais velho fechou a porta de seus quarto. Jeff colocou as mãos na cintura:

– Por que não arranja emprego de recepcionista? – Liu deu uma curta risada.

– Meu irmãozinho! – Passou o braço pelos ombros do menor, quase o fazendo cair – Se eu tivesse deixado você nessa, aposto que Angelique e Alexandre teriam dado meia volta e voltado para o mundo humano.

– SAI! – Se esquivou do peso do irmão – Você e suas brincadeiras de criança. Não temos mais idade para essas besteiras.

– Como se você fosse adulto – Liu fez uma rápida careta – Mas mesmo assim você apronta como uma criança. E também... – Insistiu em se apoiar nos ombros do outro – Você me fez perder a minha infância.

Flashes rápidos passaram pela cabeça de Jeff. A escuridão da casa. A cara de horror de Liu. A lâmina afiada. O sangue manchando as paredes... Seu sorriso de satisfação.

Balançou a cabeça com força, espantando as péssimas lembranças daquela noite.

– Me perdoe... – Pediu em voz baixa.

– Não é nada – Respondeu em mesmo tom, abraçando o caçulo.

Jeff só queria esquecer aquilo de uma vez...

(X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X)

– Bom, Drick, meu querido... É agora te o jogo REALMENTE começa para você – Kyara acabou não conseguindo segurar a risada maléfica.

– Okay... Eu acho. – Ele engoliu em seco.

– Te desafio a...

Pensou por um instante. O que desafiar? Uma coisa que ele jamais faria sem que fosse desafiado.

– Te desafio a brigar com seu pai!

– O QUEEEE?! Nunca!

– Vamos, Dick! É só de brincadeirinha. Mas em primeiro momento Slendy não pode ficar sabendo. Depois de algumas palavras trocadas é só dizer que tudo fora parte de uma brincadeira. Tenho certeza que ele entenderá.

– Não vou fazer isso. Já briguei com ele uma vez, e não foi nada legal...

– Qual é?! – Dessa vez fora BEN – Eu tive que fazer uma coisa que eu não queria, por que você não pode? Isso é injusto!

– Pois é, Dicky – Concordou Jane.

Até você, Jan? Quer me ferrar?” Pensou o garoto.

– Não sei se vale a pena – Continuou.

– Quer que pensemos em algo pior? – Ameaçou Kather em um tom muito sombrio.

– Tá bom, tá bom! Vocês venceram. Vou “simular uma briga” com o meu próprio pai. Sabem que eu corro risco de vida, né?

Meio grupo deu de ombros. Quase que empurravam e apressavam os passos de Dick até o escritório de Slender man. O garoto encarou a grande porta entreaberta, escutando duas vozes que saiam de dentro do lugar. Seu pai e Splendor. Respirou fundo, sob os olhos atentos do grupo logo atrás. Pediu licença.

– Sim? – O homem esguio interrompeu sua conversa para “fitar” ao filho.

– Pai? – O garoto colocou apenas a cabeça para além da porta, de um jeito tímido e totalmente corado.

– Sim, filho. O que houve?

Dick fora empurrado para dentro e lançou Aquele Olhar para o nada atrás dele antes de se voltar ao pai. Como começar uma discussão?

Primeiro passo: O problema.

– Estou cansado desse lugar – Disse sem muita firmeza. Slender desconfiou se levantando de sua mesa. Embora o rosto de Splendor fosse alegre, estava intrigado.

– Está se sentindo bem, Dick? – Esticou sua mão com o objetivo de alcançar seu rosto.

Segundo passo: Agressão.

O garoto empurrou as garras do pai. Suas mãos estavam trêmulas e começara a suar de nervosismo. Todavia não podia parar por ali, ainda a briga nem tinha começado. “Maldito jogo do demo!

– Detesto essa casa que você construiu – Tentou colocar firmeza nas palavras. Mas o maior já deveria desconfiar que tudo era forçado. Só que não...

– Por que essa revolta? Só porque aqui está cheio de assassinos?

– É! – Dick estava um pouco aliviado de não precisar pensar em um defeito do casarão – Odeio assassinos. Odeio sangue. Odeio... – Mal processara suas palavras quando foi interrompido pela grossa voz do pai.

– Você me odeia?

O garoto não entendeu de primeira até... Até que a ficha caiu. Slender era um assassino. “Não, eu te amo” Queria dizer, mas em vez disso:

– Essa não é a questão!

– Não vou desfazer do meu sonho por causa de uma criança mimada.

– MIMADA?! – A resposta veio rápida. Dick podia estar brincando, mas o pai não – Não fui eu quem expulsou o próprio filho de casa pelas suas opções!

– Eu nunca te expulsei. Você mesmo que fugiu sem necessidade.

Do outro lado da porta, o grupo ouvia e via a “briga” se tornar A Briga. O clima estava começando a ficar tenso, mas não havia como voltar atrás.

– Você não se parece nem um pouco comigo – Continuou Slender. Seu filho tinha a respiração entrecortada e os olhos arregalados – Parece com a vadia da sua mãe! Tentei te aceitar da forma como você é. Com esses estilos estranhos de se vestir e tudo mais. Quando eu soube que você não se tornaria um assassino, não sabia onde enfiar a cara de tanta vergonha.

Ver... Gonha. Meu pai tem vergonha de mim. Isso porque não gosto de matar, de violência, de sangue...”.

– Você foi um acidente meu – Como se Dick não estivesse no chão, o pai teve de chutá-lo para mais baixo com tais palavras – Se está cansado de viver aqui, está livre para ir. Não me importo mais.

Terceiro passo: Arrependimento.

O peito do menor foi apertado com tamanha força, fazendo seus olhos arderem com as lágrimas que se acumulavam neles. Como foi chegar tão longe? Por quê?

Pai, me diga que sabe que isso é uma brincadeira e você apenas quer participar. Diga-me que é tudo ao contrário. Diga que você já superou tudo isso... É tudo brincadeira.”

Queria dizer isso, mas as palavras se enroscaram em sua garganta. Bastou mais uma descarga de energia das pulsações do seu coração e Dick foi ao chão.

(X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X)

A claridade foi tomando conta de sua visão. Não reconhecera o lugar de primeira, mas percebera que se encontrava em uma maca. Sua cabeça latejava, porém se forçou a se sentar. Observou ao redor, estava na enfermaria do casarão. A única coisa que lembrava era dos gritos de Slender man.

Ao redor de onde se encontrava o mesmo grupo que o desafiara estavam a observar o garoto. Ele correu com os olhos pelo local, procurando um “rosto” em especifico.

– Onde está meu pai? – Indagou.

– Te trouxe aqui e se trancou no escritório – BEN respondeu.

– Tentamos explicar que era brincadeira – Completou Jasmine – Mas acho que ele não escutou.

– LÓGICO QUE ELE NÃO ESCUTOU! – Gritou Ticci Toby – Nos ignorou totalmente e eu quase fui atropelado por aquelas pernas de bailarina!

Dick gostava das coisas em seu devido lugar, mas dessa vez tudo estava longe de estar no lugar.


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Notas finais do capítulo

É, essa parte ficou um pouco dramática, mas eu simplesmente não consigo deixar uma fic sem drama, (lê-se no meu perfil).
O próximo cap. irão aparecer mais dois personagens e zoação, claro. Sem contar que eu tenho uma surpresinha para os seguintes casais:
Jeff x Kyara
BEN x Jasmine
Dick x Jane
Vocês irão conseguir ler um cap. de mais de duas mil palavras?? Porque no próximo eu vou ca-pri-char! :x
Até o próximo~