O Diário das Creepypastas - Interativa escrita por Slendon6336


Capítulo 15
#15 Promessas são anéis que nao podemos quebrar


Notas iniciais do capítulo

Eeeeeh, hora de chorar T.T
Vou deixar para falar mais nas notas finais
~Boa Leitura o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/518379/chapter/15

Slender continuou incrédulo, “observando” a cena de seu filho com Jane naquele quarto em plena luz do dia. Não deveria estar tão impressionado, afinal, o garoto já era quase adulto. Jane foi a primeira a se levantar, empurrando um Dick frustrado e tenso. Pegou suas roupas ao lado da cama colocando tudo rapidamente.

– E... Eu vou indo, Dicky – Falou embaraçada, depositando um selinho no garoto antes de se afastar, se espremendo na porta para não relar em Slender man – Vejo você mais tarde.

O homem esguio voltou a fechar a porta, caminhando para perto do filho (Ou quase isso). Dick ficou paralisado, mas acabou dizendo, um tanto magoado:

– O que está fazendo aqui? – Ele não respondeu. Apenas se sentou na beirada da cama, pegando o pulso do garoto e o analisando.

– Como você e magro, Dick – O menor puxou o braço de volta, colocando-o sobre o peito – Não come carne não?

– Não gosto... – Evitava contato visual. Slender suspirou. Um menino tão frágil...

– Bem... Eu... Vim te pedir perdão.

Você? – Ele franziu o cenho, perplexo.

– Sim. Queria te pedir perdão por não aceitar suas desculpas antes – Ele passou a mão nos cabelos do menor, um carinho reconfortante mesmo vindo daquelas mãos grandes e gélidas. Slender teria de mata-lo mais cedo ou mais tarde. Sabia disso, porém, cada vez mais que olhava para aquele ser ingênuo e vulnerável, se sentia mais culpado – Você tem um dom maravilhoso de compor músicas, filho.

Dick ficou boquiaberto. Qual era a razão para aquela criatura estar bem ali em sua frente dizendo coisas que ele nunca imaginou ouvir?

– Obrigado, pai... – Murmurou. Fazendo com que o maior sentisse um aperto no coração.

Ambos estavam machucados por dentro, mesmo que inconscientemente. Duas vidas tão diferentes, mas que por alguma ironia do destino faziam com que tocassem uma a outra.

Slender respirou fundo, para cumprir seu objetivo teria de arranjar outro lugar. Não queria deixar aquele quarto repleto de lembranças manchado de sangue. Prometeu a si mesmo que o mataria da forma menos dolorosa possível. De uma forma da qual o garoto nem sequer sentisse.

– Quero lhe mostrar uma coisa lá na cabana – Inventou uma desculpa.

Dick sem saber de nada seguiu a pessoa que ele acreditava ser seu pai até o lado externo do casarão. Nos fundos, bem próximo a entrada da floresta se encontrava uma velha cabaninha de madeira escura. A única janela estava suja pelo tempo, era pequena demais. O céu estava nublado, indicando que logo viria chuva, talvez uma tempestade.

Slender começou a se preparar psicologicamente enquanto abria a porta da cabana para que o menor entrasse. Ao fazê-lo, trancou a mesma.

– O que você queria me mostrar? – Dick sorriu. Estava realmente feliz por saber que estava tudo bem entre ambos.

– É uma surpresa – Tentou manter a voz despreocupada – Feche os olhos e vire-se de costas.

Antes que o garoto fizesse o que ele mandara, abraçou o maior com ternura. Com o impacto, Slender cambaleou um passo para trás e retribuiu.

– Estou muito feliz em ter feito as pazes com você – Dick sussurrou. Não era uma voz de quem poderia chorar a qualquer momento, mas era um tanto manhosa. Slender ficou sem palavras até que ele o soltasse e virasse de costas como o maior havia pedido.

– Conte até dez.

– Okay... Um... Dois...

O homem esguio queria sair dali. Bastava chegar ao dez e ele arrancaria mais uma vida desse mundo. Não conseguiria fazer aquilo... Ele o criou, alimentou, ensinou como se realmente fosse o pai dele, criando um forte afeto. Slender afastou o pensamento retomando a sua posição de assassino sangue-frio. Pegou um machado encostado na parede levantando-o acima da cabeça.

– Oito... Nove...

Paralisou ali. Em poucos segundos veria o corpo de sua cria esquartejado no chão. O tom de vermelho que tanto gostava estaria o cobrindo.

Eu... Você... Ainda está bravo comigo?

Compus uma música pro senhor. Quer ouvi-la?

Detesto essa casa que você construiu

É EU QUE ESTOU TE PEDINDO PERDÃO!

Odeio assassinos, odeio sangue!

– Dez!

Foi tudo muito rápido, não quis sequer olhar suas ações. Pegou mais impulso de uma maneira que apenas um golpe fosse fatal e então ouviu a grossa lâmina partir e se prender a algo que emitiu um barulho alto o suficiente para que qualquer um que passasse pelo lado de fora da cabana ouvisse.

Slender cumpriu sua promessa. Não a que fez com Daemon e sim aquela que prometeu matar o filho sem que Dick sentisse qualquer coisa...

“Sei que você não faz isso por mal,

Mas ao menos deixe-me segurar em tua mão,

Enquanto vejo seu coração sorrir satisfeito,

Como alguém que acabara de se livrar de um fardo.

Se quer saber, deixo você fazer isso,

Afinal, suas palavras já me mataram faz tempo”

“Acabe de uma vez com isso!

Acabe de uma vez com isso!”

“Hey, ainda vamos brincar antes do ‘Boa noite’ certo?

Então me ensine às regras,

Quero ser o melhor nesse jogo onde todos mentem.

Quero saber sorrir e fazer todos acreditarem,

Assim como você faz”.

,,,,,,,,,,, (X) ,,,,,,,,,,

Naquela hora Daemon estava em seu palácio que ficava nos confins daquela dimensão. Não se aguentava de ansiedade. Queria de corpo e alma que a próxima semana chegasse para receber a melhor noticia de toda sua existência: A morte de seu filho. Se ele conhecesse mesmo Slender, apostaria que o mesmo estivesse cumprindo sua promessa naquele instante. Não resistiu e gargalhou alto, fazendo com que ecoasse pelo amplo salão.

– Alexandre! – Chamou, não demorou até que o pequeno loiro surgisse a sua frente.

– Sim?

– Ainda quer se vingar da The Caos Insurgency?

– Com toda a certeza. Eles mataram meus pais e me prenderam.

– Estabelecemos um contrato?

– Qual seria ele?

– Te ajudo na sua vingança se me fizer um favor – Estalou os dedos, fazendo com que uma folha de termos de contrato surgisse magicamente. Entregou-o para o menino.

Alex passou os olhos pelas letras minúsculas; cada vez mais perplexo. Logo estendeu o contrato de volta.

– Não posso aceitar. Eu o conheci. Não era mau.

– O moleque! Cê leu direito essa merda? – Daemon puxou o papel da mão dele com agressividade, apontando para um paragrafo – Está escrito aqui “SE”. Ou seja, TALVEZ você tenha que fazer isso.

– Você sempre costuma persuadir seus clientes assim? – Indagou calmo, porém sarcástico. O maior suspirou.

– Foi mal, mas você entendeu; certo? – O menino assentiu – Ótimo. Posso lhe dar qualquer coisa, Alex. Desde dinheiro até vida eterna.

– Isso não me parece certo...

– Você é muito desconfiado – Fez um bico com a boca de uma maneira infantil – Venha aqui – O loiro obedeceu – Não farei mal nenhum a você – Sorriu mostrando os dentes pontiagudos – Eu acho melhor me ter como aliado do que como inimigo. Sou do tipo que consegue tudo.

Alexandre pensou por um tempo. Não demorou para que ele respondesse hesitante:

– Aceito.

– Como se diz?...

Claro, meu Senhor!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Daí o Alexandre some e aparece aliado com o idiota do Daemon '-'
Pra quem não sabe, Daemon é "demônio" em latim.
Podem me xingar a vontade u.ü
E... Não sei mais o que dizer ;-;
Até breve~