Magic Revolution - A união dos três mundos escrita por Annie Di Angelo, Dark Angel, Maite Belores, SirOlavo, The Great Solace


Capítulo 1
Encontro uma criatura voadora no Brooklyn ~Kate


Notas iniciais do capítulo

Hey hey guys
Sim, Annie di Angelo está começando mais uma fanfic.
Só uma observação: crossover é o que há ♥
Boa leitura!



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Ser um meio-sangue não é fácil. Agora, imagine ser um meio-sangue com sangue dos faraós correndo em suas veias.

Adicione muitos monstros tentando te matar, deuses imprevisíveis de mitologias diferentes, cavalos voadores, águias-cavalos, águias-leões, leopardos com pescoços gigantes e duas cabeças, magia egípcia, e por aí vai.

Bem-vindo à minha vida.

Me chame de Kate. É o que sempre digo quando perguntam meu nome. Na verdade me chamo Katherine, Katherine O'Hare, mas não gosto muito de ser chamada assim. Não pergunte, apenas me chame de Kate.

Tenho 13 anos, e moro na cidade de Nova York. Mais precisamente em um acampamento em Long Island, onde vivo desde meus 6 anos de idade. Antes disso eu morava com meus tios e meus três primos, mas alguns incidentes complicaram a minha vida por lá e decidi partir, sendo encontrada por um sátiro simpático enquanto perambulava sem rumo pelo Central Park (longa história). Enfim, desde pequena moro no Acampamento Meio-Sangue, um lugar muito agradável e relativamente protegido de monstros-maus-assassinos-de-semideuses.

E em um certo dia, no começo de junho, quando crianças normais que vão a escola (não é meu caso) estão de férias, minha vida começou a ficar estranha e imprevisível. Mais do que já era.

Tudo começou com uma manhã normal no CHB. Acordei no mini-cassino que é o chalé 17, desci a pequena escada caracol (sim, o chalé tem dois andares, as camas ficam em cima) e saí, indo em direção ao Pavilhão do Refeitório para tomar café da manhã, como sempre fazia desde meus primeiros dias no CHB. Inacreditavelmente eu conseguira criar uma rotina de meio-sangue: acordar, comer, treinar esgrima, aula de arquearia, equitação com pégasos, comer, subir na parede de escalada, jogar algo como pôquer com filhos de Hermes e indeterminados, comer, ficar no chalé tentando dormir, e dormir.

Basicamente era o que eu fazia a uns 8 anos. No início tudo era novidade e chocantemente interessante, mas depois de algumas semanas já me acostumei, e após viver assim por tantos anos, tudo sobre a vida de semideusa se tornou extremamente normal. Eu realmente não me surpreendia com mais nada.

Nunca havia saído em uma missão. Eram tempos tranquilos, felizmente. Ninguém esquematizando vinganças com titãs, nenhum monstro quebrando a fronteira, nenhuma criatura primordial despertando.

Nesse dia eu estava especialmente cansada da minha rotina meio-sangue, então ao invés de ir treinar, fui até a Casa Branca e pedi a Quíron para que pudesse dar uma volta por NY. Como sou campista em tempo integral e filha de uma deusa menor, ele já autorizou uma ou duas vezes no passado, afinal não atraio muitos monstros, e não sou o que se pode chamar de ‘garota cheia de amigos’.

Argos me levou com o carro do acampamento até uma estação de ônibus mais próxima (fui acompanhada, é, questões de segurança) e voltou ao acampamento. Me sentei em um banco qualquer e respirei fundo.

“Olá, mundo normal”, pensei, sorrindo. Eu amo o acampamento, mas as vezes uma mudança de ares faz bem.

Decidi conhecer uma área da cidade onde nunca havia ido: o Brooklyn. Comprei um bilhete e entrei no ônibus, me sentando em um assento da janela no fundo. Enquanto o ônibus andava, eu observava a cidade pela janela, analisando os mortais pelas ruas, alguns correndo apressados, outros andando felizes enquanto conversam com um amigo, pais passeando com seus filhos... Comecei a imaginar se minha vida seria melhor sendo apenas uma mortal, talvez eu teria uma família, frequentaria uma escola normal e teria amigos, sairíamos juntos, eu me formaria e faria faculdade, arranjaria um emprego legal e viveria minha vida comum.

Balancei a cabeça. “Não adianta pensar em probabilidades impossíveis. É inútil. Sou uma semideusa, moro no acampamento e estou muito bem assim”. Eu não estava mentindo para mim mesma. Apesar de não ter uma família e nem uma vida de adolescente normal, gosto de ser uma semideusa. Sendo filha de quem sou, acredito que tenho sorte. Pode-se dizer que sou confiante, ao menos o suficiente para perambular por uma cidade grande como NY, considerando que sou uma meio-sangue de 13 anos de idade e não tenho muitos meios de me defender se um monstro decidir dar um ‘oi’.

O ônibus parou em um ponto próximo a uma pequena lanchonete, e decidi descer ali. Fiquei parada na calçada até ver o automóvel sumir rua afora, e comecei a caminhar sem um destino certo. Analisava as pessoas e os lugares como se procurasse por algo, sem saber o que era.

Depois de andar por algumas ruas, decidi parar para comer algo. Havia tempos que eu não comia em uma lanchonete mortal comum. Na ultima vez que eu andara pelo mundo mortal, eu tinha 9 anos e não fui autorizada a sair sozinha, então Kayla (uma filha de Apolo mais velha) foi comigo. Talvez Quíron confie mais em mim agora, ou em minha sorte.

Sentada em uma mesinha bem na porta da lanchonete, comi um sanduiche enquanto olhava para o céu. De repente avisto uma criatura voando, e confie em mim, eu sei reconhecer uma criatura mitológica alada quando vejo uma. Me levantei de uma vez da cadeira, acidentalmente derrubando um pouco de ketchup na minha calça jeans, mas nem me importei. Como já havia pagado, sai correndo do estabelecimento procurando por aquilo que havia cruzado o céu.

Consegui avistar a criatura voando adiante e comecei a correr em sua direção enquanto ela voava. Sinceramente nem sei por quanto tempo fiquei seguindo aquela criatura, nem o motivo. Mas algo me dizia para seguir aquilo que identifiquei como um híbrido de pássaro com felino quando consegui me aproximar um pouco.

Depois do que provavelmente foram horas, o pássaro-felino finalmente começou a baixar a altitude em que voava, e notei que estávamos em uma área industrial, com um rio bem próximo.

“Wow, acho que nunca andei tanto em toda a minha vida! Hm, não que eu tenha vivido muito por enquanto”, pensei.

A criatura pousou bruscamente a poucos metros de mim, e num instinto de me afastar com um passo para trás, tropecei em um pedaço de metal no chão. Aliás, o chão estava cheio de restos de metal. Cai meio sentada no chão, em cima de um pequeno panfleto. Puxei-o e dei uma olhada, era algo relacionado a ‘Testemunhas de Jeová’, mas minha dislexia estava embaralhando todo o resto, então larguei-o no chão.

Me levantei e analisei a criatura. Consegui me lembrar o nome: grifo. Meio águia e meio leão. Então olhei para o lado e avistei um galpão, coberto de pichações, com janelas quebradas. Olhei para o animal e ele me encarou como se dissesse “Olhe novamente”. Me virei de novo para o galpão e percebi uma mansão de cinco andares em cima do galpão. Pisquei algumas vezes para ter certeza do que eu via, mas na verdade não foi difícil acreditar, afinal eu convivia com coisas incomuns.

De repente ouvi um barulho e notei duas garotas se aproximando, vindas de uma escada que conduzia até à mansão. Uma das garotas era alta, seus longos cabelos negros caiam por seus ombros, e ela me encarava com seus olhos azuis. A outra era baixa, sua pele bem pálida, seus cabelos também negros tinham mechas coloridas, e os olhos negros aumentavam sua aura sombria. Eu tinha a impressão de já ter visto a mais alta antes, mas antes que eu pudesse tentar me lembrar de onde, ela me analisou.

- Bom, deve ser essa garota – ela comentou em voz baixa com a garota sombria, depois virou-se para mim com um sorriso, não sei se sarcástico ou simpático – Bem vinda ao Vigésimo Primeiro Nomo.


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Notas finais do capítulo

Hope you enjoyed it!
Opinies nos comentarios ^^