Let her go escrita por K Alessandra


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo, pessoal. Quero agradecer ao carinho de todos que leram e comentaram, vocês são demais! Mas, chega de enrola porque temos que saber se Sara irá embora, não é verdade? Espero que gostem!



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Ele acordou com o toque de seu celular, um tanto desorientado, o apanhou sob o criado mudo e atendeu a chamada.

–Grissom!

Gil, é o juiz Harris, preciso de você hoje no tribunal.

–Sobre o que é?

É o caso do assassino das prostitutas, a advogada dele fará de tudo para inocentá-lo.

–Eu...

Já falei com Ecklie. Tem 25 minutos para estar aqui.–desligou sem esperar pela resposta do supervisor

Grissom jogou o aparelho na cama e percebeu que ela estava vazia. Imaginou que tudo o que dividiram juntos fora apenas um sonho. Mais um para sua coleção de sonhos ao lado da mulher que ama. Onde ela estaria?

Ele a chamou mas não obteve resposta, a procurou por todo apartamento e não havia nenhum sinal dela. Olhou para a mesa e encontrou uma embalagem de um restaurante com um bilhete ao lado.

"Trouxe seu almoço, espero que goste. Precisamos conversar. Sara."

O cheiro estava muito agradável, ela com certeza sabia o que ele gostava de comer. Ele sorriu ao pensar no cuidado que ela tinha com ele.

Talvez ela quisesse conversar sobre eles e na possibilidade de haver um "nós". Ele certamente estava pronto para terem um relacionamento, este um ano separados só serviu para que ele pudesse ver que não poderia viver sem tê-la por perto. Como sua Sara. Sua amada. Sua namorada. Sua esposa.

Seu celular o roubou de seus pensamentos e ele correu para se arrumar e ir ao tribunal.

Horas mais tarde, Grissom entrava em sua Denalli, sentou no banco do motorista expirando fundo, estava esgotado. A audiência não fora fácil, a advogada de defesa tinha excelentes argumentos, informações e provas que quase excluiu o que a promotoria apresentara. Porém, o entomologista Gil Grissom tinha cartas na manga e comprovou sua teoria descartando todas as possibilidades de inocência do réu. O assassino das prostitutas iria passar o resto da vida na cadeia.

Ligou o motor e seguiu rumo ao laboratório. Passando pelos corredores ele observou a movimentação de todos, tudo parecia calmo, apenas os "lab rats" estavam ali, seus subordinados deveriam estar em campo. Então aproveitou para tomar uma xícara de café encaminhando-se para a sala de convivência. Despejou o líquido quente na xícara e ouviu Catherine o chamar.

–Soube que acabou com a defesa do réu, no tribunal.

–Apenas li as evidências para o juri.

–Evidências seriam os seus insetos, certos?

–Sim. Vou precisar fazer um novo relatório para o juiz.-seu celular vibrou e ele atendeu-Grissom!

Grissom, é o Nick, temos um caso semelhante ao assassino das prostitutas.

–Tem certeza?

Sim, as características são as mesmas!

–Temos um cúmplice ou prendemos o cara errado...-suspirou-Estou à caminho.-desligou o aparelho e encarou a loira

–Gil, eu preciso te contar uma coisa.

–Nos falamos mais tarde, eu preciso ir.-virou-se e seguiu para o estacionamento

Já era fim de expediente quando retornou ao laboratório. Assim que a advogada de defesa soube do caso pediu uma nova audiência para a tarde seguinte e Grissom precisou trabalhar o turno inteiro para encontrar novas evidências que sustentassem a acusação contra o réu.

Caminhou vagarmente pelo corredor observando as expressões cansadas de todos que ali estavam. Inconscientemente, ele procurava por Sara. Andou mais um pouco até chegar em sua sala. Mal se sentou e Catherine apareceu.

–Sobre o que quer conversar, Cath?-ele olhava os papéis que estavam em sua mesa

–Gil, não sei por onde começar...

–O que é isso?-ele encarou o papel, assustado

–Uma transferência para São Francisco.

–Sara pediu transferência?-ele se levantou com o papel nas mãos-Por que já está assinada?

–Ecklie assinou. Quis adiantar o pedido de Sara.

–Quando ela vai?

–Gil...-Catherine percebeu a confusão de seu amigo porém, precisava lhe contar a verdade-Ela já foi.

–O que?

Ele se jogou na cadeira que estava atrás de si, suas pernas não aguentaram o peso de tamanha bomba. Seu mundo desmoronou diante de seus olhos.

–Ela esteve aqui mais cedo, nos cumprimentou e seguiu para o aeroporto.-a loira concluiu-Pensei que soubesse.

–Se soubesse, não teria deixado-a partir!

Um radiante sorriso surgiu nos lábios de Catherine. Seu amigo havia levantado os olhos do microscópio e o jogara pela janela. Agora precisava ajudá-lo a trazer de volta sua pequena estrela que o fizera descobrir um novo universo chamado amor.

–Vamos, o aeroporto fica à meia hora daqui. O vôo dela já deve estar saindo.-ela o puxou pelo braço

Well you only need the light when it's burning low

Only miss the sun when it starts to snow

Only know you love her when you let her go

Bem, você só precisa da luz quando está escurecendo

Só sente falta do sol, quando começa a nevar

Só sabe que a ama quando a deixou ir

Only know you've been high when you're feeling low

Only hate the road when you're missin' home

Only know you love her when you let her go

And you let her go

Só sabe que estava bem quando está se sentindo pra baixo

Só odeia a estrada quando está com saudade de casa

Só sabe que a ama quando a deixou ir

E você a deixou ir

Grissom correu ao balcão de embarque logo que desceu em frente ao aeroporto, deixando Catherine para trás. Perguntou a atendente se o vôo para São Francisco já havia decolado, ela respondera dizendo que o portão de embarque fechou-se a poucos minutos e estavam prontos para decolar.

–Moça, você tem que parar esse avião!-ele estava desesperado-A mulher que amo está indo embora sem saber o que sinto por ela! Pare aquele avião!

–Senhor, acalme-se. Não posso lhe ajudar. Por favor, afaste-se ou chamarei a segurança!

–Não será necessário, moça. Nós já estamos indo embora.-Catherine o tirou de lá antes que causasse um tumulto

–Eu falhei de novo, Cath.-ele lamentou enquanto seguiam para a casa dele-A deixei ir...-uma lágrima escorreu por seu rosto barbudo

–Não fique assim, Gil. Talvez ela só precise de mais um tempo para pensar.

–O tempo só nos afastou...-murmurou sentindo-se dolorido

Haviam mais três quarteirões para chegar a casa do supervisor quando ele pediu que ela parasse e o deixasse ali. Ela tentou contestar mas percebeu que seu amigo precisava ficar sozinho. Eles se despediram e ele se afastou do veículo seguindo pela calçada.

Algo dentro dele se partiu e seus confusos sentimentos lhe transtornava. Recordou-se da tarde anterior onde tivera Sara em braços. Era tão fácil amá-la mesmo sentindo que ela era como uma boneca de porcelana o qual ele teve todo cuidado ao manusear.

Seu sensível corpo se arrepiou respondendo aos toques e aos beijos dele. A maneira como ela respirava, ofegante, mostrava o quanto desejava-o. Ele pôde sentir seu calor, suas curvas e seu sabor, reafirmando que ela era excepcionalmente maravilhosa e ele não conseguiria provar outra mulher sem querer o gosto daquela morena que lhe roubava a sanidade.

Sara era a mulher para se apaixonar e se perder sem contar as horas para voltar a realidade. Ele não a queria, ele precisava dela. Amor era só uma palavra qualquer perto do que ele sentia por ela.

Tomara uma decisão, mas de quê valiam as decisões sem atitudes? Fora por falta delas que Sara havia partido.

Ele caminhava absorto em seus questionamentos e, de repente, parou. Algo chamou sua atenção. Vestindo uma jaqueta preta, calça escura e uma blusa branca. Cabelos soltos. Usando óculos escuros e seu formoso sorriso estampado em seu rosto. Sara.

Ele correu até ela e, com a coragem de um homem de atitudes, a puxou para si e lhe disse o que precisava ser dito.

–Não posso deixá-la ir pois...-pausou pensando no que dizer-Somos o melhor laboratório do país por ter você na equipe, o laboratório precisa de você!

–Grissom, eu não quero ouvir isso outra vez!-ela se soltou dele-Um ano se passou e você continua o mesmo, eu não posso acreditar!

–Sara...-ele tentou se desculpar

–Chega, Grissom! Eu ainda vou embora e...

–Eu amo você, Sara!-ele a interrompeu e ela o encarou-Olhe o que a sua ausência fez comigo. Fiquei irreconhecível. Então, você voltou e descobri que sou eu quem mais precisa de você. Não vou pedir para que fique pois estou disposto a ir com você a qualquer lugar.

Sara pôde perceber que havia sinceridade em suas palavras e em seu olhar, estava perplexa.

–Diga alguma coisa.-ele pediu -Eu...eu... Pode repetir o que acabou de dizer só para eu ter certeza?

Ele riu de seu jeito um tanto abobalhado, segurou em suas mãos e fez o que seu coração mandou.

–Sara Sidle, permita que eu seja o homem mais feliz do mundo tendo você ao meu lado, para sempre?

–Sim!-sussurrou tentando conter as lágrimas

–Como disse?

–Sim, sim, sim, sim!-ela gritou

–Ela disse sim!!!!!

Ele a pegou no colo e, sendo aplaudidos por uma pequena platéia, a beijou de forma espontânea e apaixonada.


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Notas finais do capítulo

E então, valeu a pena ler? Gostaram? Comentem, vou adorar saber a opinião de vocês. Aah, estou com uma nova ideia para uma fic e em breve vocês poderiam saber qual será a história. Bjuus minhas amoras!



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