Sing Us a Song escrita por Kimmy


Capítulo 1
Cursed Heaven


Notas iniciais do capítulo

• Talvez eu tenha viajado um pouco no enredo, mas é isso que eu faço nas fics SHUSUHS.
• Reli algumas vezes, mas em caso de qualquer erro não exite em me avisar =) Divirtam-se.



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Eram três da manhã no hotel-bar Cursed Heaven em Massasshussets, conhecido por ser frequentado apenas por pessoas da alta sociedade. Empresários, estilistas, socialites e os mais variados tipos de pessoas que vão para festas, encontros, compromissos e até para fechamento de negócios. A parte principal do lugar continha uma enorme adega cercada por um balcão cheio de neons, que piscavam loucamente. Tinham banquinhos giratórios à frente onde as pessoas tomavam drinks  e pediam petiscos, e atrás poltronas feitas para serem reservadas.  Na parte de fora, vários tipos de tendas estavam montadas, para caso a chuva resolvesse surgir. Música alta animava o ambiente, formado também por inúmeras mesinhas e uma área de fumantes.

Hayley suspirou aborrecida, livrando-se de parentes chatos e escapulindo para o balcão em passos velozes. Estava totalmente farta da futilidade dos ricos ali presentes, onde cada um só queria mostrar que possuía mais dinheiro que o outro. Sentou no pequeno banco e pediu um vinho tinto.  Queria sair dali o mais rápido possível; seus objetivos nada convinham com a maldita empresa de sua família. Só precisava de música para seguir adiante, nada mais. Mas não demorou muito e pensamentos logo foram interrompidos.

- Com licença, tem uns 10 minutos que a sua bebida está aí em cima. – disse um garoto ao lado dela.

A loira se assustou de princípio, não sabendo do tempo decorrido, mas logo fitou-o minuciosamente. Ele possuía cabelos castanhos e vestia um terno preto. Hayley pegou a taça e voltou sua atenção ao jovem.

- Obrigada, acabei me distraindo.

O rapaz observou cada movimento dela, cauteloso antes de decidir pronunciar-se.

- Está entediada? Toda hora seu olhar se perde...  – comentou meio receoso.

Ela puxou a barra do vestido vermelho e ajeitou-se, percebendo que pelo jeito que ele falava, estava observando-a a mais tempo do que pensara.

- Demais.  Você não parece discordar. – falou Hayley curiosa.

 

- Não mesmo, posso sair correndo a qualquer segundo. – O garoto riu e a loira acabou sorrindo.

 

A dona do par de olhos esmeralda não parava de mirar Josh e seu jeito peculiar. Ele não sabia por que aquela conversa estava fluindo tão naturalmente, e suspeitava que fosse pela falta de diversão que ele estava tendo no local durante a festa toda.

 

- Eu estou quase lá.  – admitiu, tomando um gole de vinho. – Perder um show para vir aqui é realmente o fim.

 

Espera. Por que ela tinha dito isso se eles mal se conheciam? Pensou instintivamente na falta de assunto das pessoas de antes e logo convenceu-se do motivo.

 

- Show? Como assim? O que você toca? – perguntou Josh animando-se num piscar de olhos.

 

Seu sonho era tornar-se um guitarrista profissional desde criança, então tudo nessa área o fascinava. Não conhecia muitas garotas que eram boas nisso.

 

- Eu canto. Por que a curiosidade?

 

- Sério?  - indagou o garoto novamente. – Eu amo tocar guitarra.

 

Hayley estranhou aquele comportamento e a animação repentina, mas achou interessante ter achado alguém que não fosse esnobe e ainda adorasse música naquele lugar.

 

- E tem o típico sonho de ter uma banda famosa? – ela riu.

 

Ele parecia ter congelado nesse momento. Seus olhos arregalaram-se.

 

- Não... Eu tinha, mas existem coisas mais importantes no momento. – comentou o garoto, desviando o olhar pro nada.

 

O interesso repentino dele murchou. A música mudou para uma eletrônica.

 

- Claro, nesse meio é tudo assim. – comentou Hayley baixo para si mesma. – Reputação acima de tudo.

 

Ela revirou os olhos e voltou a tomar a bebida. Josh acabou ouvindo e ficou estático.

 

- Alguém precisa levar os negócios adiante. – disse ainda parado.

 

- Esse alguém no meu caso não serei eu. – retrucou a loura. – Eu só preciso cantar para seguir adiante. 

 

Não ia deixar qualquer filhinho de papai falar o que bem quisesse, por mais educado que ele estivesse sendo. Colocar negócios acima de sonhos para Hayley era como uma facada no coração. Ou ainda pior.

O moreno recobrou-se e voltou sua atenção a ela, que passava o dedo indicador na taça em movimentos circulares, olhando o líquido com uma concentração sem igual.

 

- Como assim? – indagou ao ficar chocado com as palavras.

 

Hayley ia respondê-lo, mas um homem alto apareceu atrás dos dois com uma feição irritada.

 

- Srta. Williams, seu padrasto quer lhe apresentar um investidor importante. – anunciou a voz grossa.

 

Hayley olhou-o com desanimação, pretendendo ignorar sua presença.

 

- Se entendeu o que eu quis dizer... Vamos ter um show dia 29 no mês que vem. Você deve conhecer o Great Room.

 

O recém-chegado bufou e puxou Hayley delicadamente pelo braço.

 

- Srta. Williams é melhor parar de besteiras ou o Sr. Andrew vai ficar irritado.

 

Josh olhou a cena, incomodado com o tratamento do homem. Ia pronunciar-se no mesmo segundo, porém foi interrompido com a loira se levantando.

 

- ‘Tá, desde que seja rápido. E não me puxe! – disse dirigindo-se ao mais alto, entretanto sua atenção voltou para outro. – Às 19 horas...

 

- Já chega Srta. Williams. – lançou a ela um olhar frio.

 

Hayley desistiu e pôs-se a caminhar ao lado dele. As coisas poderiam correr de forma veloz e ela poderia voltar à conversa com o garoto, que em sua opinião era muito mais importante. Mas mal saíram de perto da adega e o segurança de seu padrasto tornou a falar:

 

- Você não sabe quem ele é? Não saia convidando o herdeiro dos Farro assim.  – advertiu-a bufando.

 

Herdeiro dos Farro?Bom, por essa ela não esperava, que o cara com quem ela falara fosse quase dono da multinacional rival à da família dela. Lembrou-se então que nem tinha perguntado o nome dele, e vice-versa.

 

- Ah, os Farro. – fingiu estar impressionada. – Qual o nome dele?

 

- Josh Farro, Srta. Williams. Todos sabem.

 

Na cabeça dela, era óbvio que o todos se referia à todos os realmente preocupados com a empresa concorrente. O fato de ele repetir “Srta. Williams” em 11 das 10 frases que falava estava deixando-a louca.  Daqui a ela pouco iria surtar até demitirem-no pela falta de delicadeza, e por... Tanto faz, o segurança intrometido só precisava ser demitido mesmo.

 

Chegaram a uma rodinha com homens socialmente vestidos, que não paravam de falar por um minuto sequer.  A loira foi apresentada a várias pessoas, os chamados “contatos para as finanças”.

 

 

Josh ficou onde estava olhando o lugar onde a garota estivera antes de desaparecer entre a multidão. Como assim ela não sabia quem ele era? Então deu-se conta que não havia como ela estar agindo por nenhum tipo de interesse. Pelo menos queria acreditar nisso. Também não sabia que ela era uma Williams, mas tinha se esquecido de perguntar o nome. Bateu na própria testa de leve pela estupidez.

 

Sete da noite no Great Hall. Sabia que era um local famoso por abrigar bandas iniciantes. Como se sentiu afetado pelas palavras da garota, decidiu ir. Tinha sido tão sincera que foi impossível não surpreender-se. Era só daqui a um mês o show, mas no dia 29 de setembro ele estaria lá, ou pelo menos pretendia. Olhou para os lados por impulso e em seguida pediu ao barman um Martini. 

 

Não chegaram a se encontrar na festa depois disso. A noite prosseguiu excessivamente extensa para ambos.


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Notas finais do capítulo

Bom esse foi o primeiro cap. Se alguém leu, mande reviews please assim vou saber se querem que eu continue ou não.