Brincadeiras e Travessuras escrita por Lia Galvão
A tarde n’A toca tinha tudo para ser calma, o sol brilhava no céu e o clima de primavera dava um ar pacífico a todo o lugar, uma leve brisa batia nas folhas e alguns pássaros orquestravam uma gostosa melodia de cima dos galhos das árvores. Mas bem, tinha tudo para ser calma se não fossem pelos gêmeos Fred e George jogando quadribol nos jardins de casa e aproveitando a oportunidade de infernizar a pequena Ginny, impedindo a ruivinha de jogar.
-Eu sei sim! -A garota bateu o pé na grama e observou os irmãos voarem alto em suas vassouras.
-Mesmo se souber, você é muito pequena. -George disse sorrindo para a irmã.
-Sim, a lei de segurança do quadribol diz que qualquer pessoa do tamanho de um gnomo não pode subir em uma vassoura. -Fred cutucou e o rosto da garota assumiu uma tonalidade muito semelhante a de seus cabelos.
-Parem de implicar com a irmã de vocês! -Molly proferiu da cozinha quando atingiu seu grau máximo de tolerância. -Estou indo ao Beco. Bill, cuide de seus irmãos. - A mulher informou para o filho mais velho e em questão de segundos desapareceu pela lareira da sala.
Tão logo Molly saiu da casa e Ginny entrou nesta feito um furacão, com o rosto vermelho e lágrimas que lutavam contra a garota para cair.
-O que aconteceu, Gi? -Bill perguntou indo atrás da irmã quando esta se afundou no sofá e escondia o rosto entre as pernas.
-Fred e George não me deixam brincar. -A ruiva disse de maneira quase inaudível e o irmão mais velho suspirou.
-Não se importe com eles, porque não vai brincar com outra coisa? -Ele sugeriu cutucando a irmã com o ombro mas falhando na tentativa de animá-la. -Que tal se você… -Ele parou a frase tentando pensar em algo. -Não pregasse uma peça neles. -Mal as palavras saíram de sua boca e ele se arrependeu de tê-las pronunciado.
Ginny ergueu os olhos para o irmão e as orbes castanhas brilhavam não só pelas lágrimas, mas também pelas ideias mirabolantes que Bill suspeitava que a pequena planejava.
-Ou você pode ignorar isso que eu disse e brincar no balanço. -Ele disse já sabendo que isso seria devidamente ignorado pela ruivinha. -Não coloque fogo na casa. -Disse em um suspiro derrotado antes de voltar a fazer suas coisas.
A verdade é que Bill poderia ficar de olho na irmã e seguir a pequena em tudo quanto é lugar, evitando que ela fizesse qualquer coisa contra os gêmeos, mas o garoto achou que seria divertido ver como Fred e George reagiriam quando o feitiço virasse contra o feiticeiro.
-Ginny! -Fred brotou do lado esquerdo da ruiva um tempo após Bill deixá-la na sala com um sorriso que mostrava todos os dentes.
-Irmãzinha querida. -George apareceu do outro lado passando um braço pelo ombro da garota.
-Me deixem em paz. -Ela resmungou se desvencilhando do braço de George e cruzando os braços.
-Mas nós temos uma proposta para lhe fazer! - Fred disse tentando conseguir a atenção da mais nova.
-É, queremos nos desculpar por não ter deixado você jogar com a gente. -George completou e então a ruivinha direcionou o olhar para ele, com uma sobrancelha erguida. -É por isso que viemos te chamar pra brincar consco de outra coisa. -Ele continuou ao ver que tinha atenção da irmã.
-É uma brincadeira nova. -Fred disse atraindo os olhos da ruiva pra si. -Mas quem já jogou disse que é a brincadeira do século. -Ginny abriu a boca para falar mas George impediu, girando a cabeça da irmã para si.
-É bem simples, a brincadiera se chama “caça aos gnomos” quem pegar mais gnomos em uma hora, vence. -Ele explicou sorrindo e a ruivinha estreitou os olhos.
-Resolvemos te dar a vantagem de ficar com os jardins, pois lá é aonde mais tem gnomos na casa inteira. -Fred voltou a falar e quando Ginny ia protestar, uma ideia surgiu em sua mente. -E então? - O irmão perguntou.
A pequena passou as costas da mão sobre os olhos, levando embora qualquer vestígio de choro e então sorriu. -Vamos brincar. -Disse para os irmãos que levantaram os braços em comemoração.
-Muito bem, a regra é bem simples, não há regras. -Fred explicou guiando a caçula em direção aos jardins da casa.
-Que vença o melhor. -Geroge disse para a irmã e em seguida ambos se viraram de volta para a casa.
-Hey! Mamãe não mandou vocês desgnomizarem os jardins? -Bill indagou assim que os gêmeos passaram por ele.
-Sim. -Responderam em uníssono sem parar a caminhada.
-E aonde vocês vão?
-Para o quarto.
O cenho do mais velho se franziu mas antes que ele pudesse fazer outra pergunta ele ouviu resmungos de Ginny do lado de fora da casa e assim que viu a menor dando um belo chute em um gnomo que fora lhe atazanar, soube que a ruivinha aprontaria uma boa com os gêmeos.
-Eu vou mostrar para eles como é que se caça gnomos. -Fora a última coisa que Bill ouvira antes de retornar as seus afazeres.
Uma hora se passou e Bill ergueu os olhos do livro que lia para ver os gêmeos descerem as escadas gritando coisas sem sentido e não pode contem o breve riso que escapou de seus lábios.
Fred e Geroge não viram ou pararam as brincadeiras entre si, passaram a última hora planejando brincadeiras e trotes para fazer assim que entrassem em Hogwarts e isto aconteceria no próximo 1° de setembro, o que faziam que as ideias na mente dos ruivos pipocassem sem trégua e nada iria estragar a animação dos gêmeos com isso.
Eles passaram pela porta da cozinha que levavam aos jardins ainda discutindo diferentes ideias sobre o que fazer com os alunos da sonserina assim que fossem selecionados para a grifinória, quando ambos sentiram um chute nas canelas e pararam de falar, observando três gnomos saírem correndo para um buraco.
De maneira estranhamente sincronizada os cenhos dos garotos se franziram e eles giraram a cabeça a procura de Ginny, que não estava em lugar nenhum ao alcance dos olhos.
-Gi? -Fred chamou começando a andar cautelosamente pelo jardim.
-Cadê você? -George continuou indo na direção contrária a do irmão.
-Sabemos que está aí! -Disseram ao mesmo tempo acelerando os passos e olhando atrás das árvores e flores.
Mas a garotinha não estava. Ela não estava em canto nenhum. E eles a procuraram! Dentro de casa, nos jardins, no armário de vassouras, na garagem e arredores. Todos os lugares que eles puderam ir eles fora, mas nem sinal da irmã mais nova. Eles se encontraram outra vez na cozinha, quase duas horas mais tarde, ofegantes e exaustos, não haviam encontrado nem mesmo um fio de cabelo da garota, absolutamente nada. Bill entrou na cozinha logo em seguida e parou, encarando os irmãos.
-Eu não sei se fico com dó de vocês ou dos gnomos. -Disse com um sorriso quase imperceptível no canto dos lábios.
-O quê? -Os gêmeos mantiveram a sincronia ao se direcionar para o irmão, ainda tentando buscar por fôlego ao encará-lo.
-Vocês estavam desgnomizando o jardim, não é? -Uma das sobrancelhas do mais velho se ergueu e os gêmeos bateram um na testa do outro, soltando resmungos inteligíveis. -O que vocês estavam fazendo então? -Bill parou com os braços cruzados olhando os garotos. Um gnomo passou pela porta da cozinha jogando uma pedra lá dentro e o olhar de Bill ficou sério, quase severo. -O que vocês estavam fazendo? -Ele tornou a perguntar e os gêmeos suspiraram.
Sabiam que agora teriam que contar a verdade, pelo menos parte dela e que se não contassem seria pior. Tornaram a susirar e o olhar de Bill indicou que se eles não falassem logo do que se tratava as coisas ficariam feias.
-Nós perdemos Ginny..-George disse engolindo metade da história.
-E estávamos a procurando. -Informou Fred que arriscou um sorriso amarelo para o mais velho.
-Como assim vocês perderam Ginny? Como vocês conseguiram fazer isso? -A voz do ruivo se elevou e os gêmeos se encolheram, com Geroge resmungando baixinho porque teria que explicar a história inteira.
-Sabe o que é? -Ele começou rindo como se a história a seguir fosse realmente engraçada. -Nós nos cansamos jogando quadribol e depois disso tivemos um monte de ideias para...umas coisas.
-E a Ginny queria brincar com a gente, então tivemos outra ideia… Daí ela sumiu. -Fred terminando escondendo o fato de terem indiretamente feito a pequena fazer o trabalho deles.
-Mamãe vai matar vocês! -Tão logo Bill pontuou a frase e a senhora Weasley surgiu atrás do rapaz, com as mãos apoiadas na cintura.
-Por que eu os mataria? -A mulher perguntou com uma voz que gelou completamente cada um dos gêmeos.
Eles começaram a gaguejar, tentando formar frases, criar justificativas, mas nada lhes vinha a cabeça. Molly encheu os pulmões de ar, pronta para refazer a pergunta em alto e bom som quando um pequeno furacão veio de sabe-merlim-aonde, esbarrando nos gêmeos ao passar e freando apenas ao estar de frente para a mãe.
-Mãe, Fred e George tentaram me obrigar a fazer o serviço deles! -Ginny informou, deixando o rosto da mãe vermelho por raiva e lançando um sorriso travesso na direção dos irmãos, que fora a última coisa que viram antes da mãe se aproximar com o chinelo em mãos.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado e ... vale review?