POV’S LEO

Eu morri!? Nao acredito nisso. Eu realmente achei que todos estivessem mentindo, ate ouvir aquela profecia….. que eu havia citado. Durante meses, aquelas palavras haviam ressoado na minha orelha durante meus sonhos….junto com uma voz que dizia...’’Ja esta na hora de cumprir sua promessa’’.

E meus pensamentos se voltavam para ela todas as noites.Seus cabelos cor de canela, sua pele clara, seus jeito mandao de ser...quando comecou a se preocupar comigo, a usar as mesmas roupas que eu.. e principalmente no nosso beijo.

Nao havia um dia que eu pensasse nela.

Quando eu tecnicamente ‘’desmaiei’’; ‘’morri’’; e voltei a vida, todos me falaram que havia sido de desidratacao. Mas eu sabia que nao era isso….Bom, em parte, sim. Me desidratei. Mas o que nao sabem e que foi de proposito. Eu nao bebia nenhuma agua a dias. Porque eu nao queria beber nada enquanto nao sentisse a presenca dela.

Com esses pensamentos, fui para o meu chale e dormi.

Sonhei que ela estava em meus bracos. Abracada a mim, me beijando varias e varias vezes…..Dizendo que me amava, que nao queria se separar de mim….Ela olhava nos meus olhos. E entao, seus olhos se transformaram em um vermehlho sangue. Ela foi perdendo a forma ate parecer ser um vulto negro. Me afastei repetinamente.

Entao uma paisagem apareceu.Era algo com que parecia uma caverna. Varias cores cintilavam e me ofuscavam a visao do sonho. Segui a criatura negra mais para dentro da caverna. Eu reconhecia aquela caverna. Ogigia.

E eu finalmente a vi.

Amarrada a um tronco de uma arvore em forma de cruz..Amarrada, nao. Vendo de perto, havia pequenos pregos em seus pulsos e pes. Metros abaixo do chao. Com varios cortes sobre a roupa. Ela usava jeans e camiseta branca, que agora aparentava ser vermelha. E ela chorava. Um choro de dor, de miseria, de tortura. O sangue pingava ate o chao, onde havia varias madeiras empilhadas . Ele ia fazer uma fogueira.

A figura se virou para mim. Nao possuia rosto. Ela riu com o que que ela tenha visto no meu rosto.Chegou mais perto da figura de Calipso e acendeu um fosforo. Riu novamente e disse:

– Quem dera se voce tivesse salvo sua amada, nao? - A figura examinou lentamente a chama acima do fosforo. Quis me mexer, quis rebater, mas nao conseguia.- Agora ela nao estaria nessa situacao, tadinha.- ele ergueu os olhos a ela.- Ia ser tao divertido ve-la queimar, com seus gritos de dor….E tudo por sua culpa, nao? - deu uma risada malvada.

Boa sorte se voce acha que essa deusa ajude a suas amiguinhas. Parece que dois outros amigos seus estao com problemas, nao?Nico di Angelo e Thalia Grace…..- um brilho perverso invadiu os olhos vermelhos. - Bom a escolha e sua. Ou eles morrem, ou ela morrera- a figura apontou para ela e se virou novamente para mim - um sacrificio devera ser feito. E dessa voce nao podera escapar.

E em seguida ouvi um soluco e uma voz feminina:

Leo….por favor…..

A figura sorriu e apagou o fosforo.

E eu acordei.

Estava suando frio.

Mas pouco me importava com isso. Ela foi sequestrada. E eu tinha uma escolha importante a fazer.

Eu te amo, Calipso, e irei resgata-la, prometo. E dessa vez nao irei falhar.

POV’S NICO.

Me ajoelhei diante Thalia. Chequei seu pulso. Nada. Toquei nela para ver se havia alguma reacao. Estalei os dedos na frente de seus olhos . Nada aconteceu.

Meus olhos comecaram a marejar. Comecei a chacoalhar seu corpo inerte para ver se conseguia algo. A sala inteira estava em silencio. La fora tambem. So se ouvia meu gritos.

–Thals!! Por favor, vai, nao me deixa, nao me deixa. Eu te amo, nao importa o quanto voce tenha errado, por favor….- Nao aguentei. Comecei a chorar.Coloquei seu corpo em meu colo e acariciava seu cabelos. Que saudade eu ja sentia dela.

Quase nem percebi a figura escura que se erguia sobre mim e o corpo.

Ta tudo bem? - perguntou Zeus. Seu olhar aparecia uma falsa preocupacao.

VAI SE FERRAR! - disse.- Deixou sua filha morrer pela segunda vez!

Bom, pelo menos ela nao vai conseguir causar problemas..- disse Hercules, do outro lado da sala.

Senti meu sangue ferver. Aquele idiota passou dos limites.

Nao, mas voce acabou de arrumar um. - e parti para cima dele com os punhos cerrados.

POV’S PIPER.

Fui para meu chale arrumar minhas coisas, com lagrimas nos olhos.Eu e a Annie estavamos, literamente , por conta propria. Sem nenhuma direcao para seguir.

Comecei a pegar minhas roupas. PEguei o maximo que cabia na mala que arrumaram para mim, ja que nao sabia quando eu ia voltar. SE eu ia voltar.

Me despedi de Jason e fui ate o ponto de encontro onde Argos nos iria dar uma carona ate o centro.

Ao contrario da maioria das missoes, nao havia ninguem la para nos desejar boa sorte e se despedir. Nem Quiron estava la.Estava eu, Argos e Annie, que tambem aparentava ter chorado um pouco. Seu namorado fora sequestrado e ela era forcada a embarcar em um missao.

Comecei a olhar em volta. Havia malas, comida, nectar e ambroesia, garrafas de agua e armas.

Bom, ja esta na hora de irmos, nao?- perguntei a Annie.

Sim…..- ela ergueu um olhar triste e se virou a Argos.- Acho que ja podemos ir….

ESPEREM! CALMA AE QUE EU TO CHEGANDO!

Me virei para ver quem era. LA estava o Leo, o qual eu achava estar morto a 2 dias atras, correndo, suado feito um louco, carregando uma mala presa as costas.

Ufa! Obrigado por esperarem…- ele disse, enxugando o suor da testa com as costas da mao.

Annie o examinou.

Onde pensa que vai?

Nao julguem a Annie mal. Desde que voltamos da missao de Gaia, bem, digamos que, ela anda bem…..irritada com tudo .

Eu vim aqui fazer compania para voces, e claro! - disse o Leo, com um sorriso forcado.- Nao precisam de um piadista?

Nao.- disse Annie.

Examinei o Leo. Ele parecia estranho. Preocupado. Muito, muito preocupado com algo. Queria perguntar o motivo, mas nao queria tornar o clima mais tenso. Decidi que seria bom manter o olho nele.

Vamos, Annie- falei. - Qual e o problema? A maioria das missoes exige tres semideuses tradicionalmente. E ele pode ser bem util caso termos algum problema tecnico.

Annie o examinou novamente e olhou de mim para ele. Obvio que ela notou algo que ela nao queria perguntar.

Vamos, entao.

Entramos na van do Argos e fomos para a estrada.