Lost And Found escrita por Insomniac Killjoy


Capítulo 42
Le Prologue


Notas iniciais do capítulo

HEYO! EU ESTOU DE VOLTA PELA ULTIMA VEZ O/
Eu sei que fazem quase 3 meses, mas n tava dando pra escrever por vários motivos ai.
Espero que gostem e não me matem hihi



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Remembering Sunday

Clary dá seus passos ansiosos para fora do aeroporto. Não consegue evitar um sorriso, provavelmente o décimo desde que seu avião entrou na área de Nova York.

Assim que consegue um táxi, dá o endereço ao motorista e observa com curiosidade, como uma criança na primeira vez visitando a cidade, todo o percurso. O barulho do transito, o ritmo acelerado de todos, as lojas, os edifícios, até mesmo o ar. O caos de Nova York, tão singular, nostálgico e especial para ela.

O veículo para no destino e ela pula do carro no mesmo instante.

Na primeira vez que o interfone chama já é atendida e entra no prédio. A porta do apartamento já estava aberta e alguém estava parado ali para recebê-la. O sorriso no rosto de Jocelyn é caloroso e seus olhos cheios de lágrimas. Ela abraça Clary com força, já que a ultima vez que viu a filha pessoalmente foi um ano e meio atrás.

Ela entra no apartamento e vê todas as pessoas das quais sentia falta. Alguns parentes e seus amigos. Não muita gente, porém as mais importantes. Uma faixa colorida lhe desejando as boas vindas e uma grande mesa cheia de comida. Clary ri e leva as mãos até a boca, seus olhos se enchendo de lágrimas.

A primeira pessoa que surge é Isabelle. Seus enormes cabelos negros, sorriso largo e pose de modelo. Ela abraça com força Clary.

–Você demorou tanto que já tenho netos.

–Espero que Simon seja o avô, então- elas se afastam e Izzy revira os olhos.

–Eu juro que tentei me livrar dela, mas ela é como um carrapato. Ou pior, por que gasta seu dinheiro.

Simon aparece atrás de Isabelle e Clary corre em sua direção, pulando e prendendo seus braços e pernas em volta dele. Não consegue evitar algumas lágrimas ao abraçar seu amigo de infância. Ele continua sem saber ao certo como se abraça alguém, mas mesmo que ela esteja com as pernas em volta de sua cintura e quase o enforcando com os braços, enquanto ele não sabe ao certo como reagir, é o abraço perfeito, mesmo que estranho.

–Ok, eu te deixo viver- ela diz, soltando-o e pulando no chão- Só porque estou morrendo de fome.

Apesar de estar uma sala cheia de pessoas, se sente vazia e frustrada, querendo a presença de apenas uma.

POV JACE

Olho para a parede de vidro a minha frente sem observar nada, pensando nas poucas e perturbadoras palavras que Isabelle me enviou hoje. Três simples palavras que têm um impacto forte em mim e fazem minha cabeça girar.

Ela volta hoje.

Por mais que eu tente, é impossível esquecê-la, ao menos parar de me importar. Tentei, mas para quê por tanto esforço em algo inútil?

Nesse momento apenas quero ver aqueles olhos verdes brilhantes e seu cabelo escarlate. Aquela criatura especial que fez meu coração acelerar apenas sorrindo.

Trago o cigarro mais uma vez antes de apagá-lo no cinzeiro. Me levanto do sofá bem quando alguém bate a minha porta. Pego a camisa branca estendida ao meu lado e a visto enquanto caminho para a porta. Abro-a e lá encontro minha vizinha, segurando uma bandeja.

–Jace! Ah, eu fiz isso...

–Não estou com fome.

Passo por ela, ainda olhando para frente, sem ver sua reação.

Entro no carro e piso fundo no acelerador. Não tenho mais tempo para gastar.

POV Clary

Enquanto converso com Simon, Alec e Magnus, meu celular vibra. Coloco mais um marshmallow com chocolate na boca e tiro o celular do bolso. Vejo uma mensagem de Izzy, que saio da roda de conversa para derreter mais chocolate.

Você tem um compromisso daqui a meia hora, no Java Jones. Não pergunte, só aceita.

Guardo novamente o celular e finjo que nada aconteceu. Meu coração acelera algumas batidas conforme penso no assunto. Não consigo evitar de pensar nele. Talvez eu esteja errada e não é quem eu penso que é que estará lá. Depois de tantos tempo, não acho que ele ainda queira me ver. Tenho que parar de me iludir com esse assunto, não sei porque fico tão presa a um namoro bobinho de colégio. Sei que ele era diferente e foi especial de muitas formas, mas é passado.

De qualquer modo, não faz mal eu ir checar quem estará a minha espera na cafeteria.

Xx

O frio em Nova York é uma coisa encantadora. O brilho e caos da cidade da ao inverno uma aparecia diferente. Crianças felizes passeando com os pais, apaixonadas pela decoração especial, empresários muito ocupados para enxergar em volta. É um contraste interessante.

Coloco as mãos no bolso e me aproximo da esquina do Java Jones, cafeteria que costumava a frequentar quando era mais nova.

Assim que chego a porta, me surpreendo com uma pessoa que acaba de chegar.

–Jace!- digo surpresa. Seus olhos parecem se acender quando digo seu nome. Sorrio e ele retribui, parecendo meio nervoso.

–Quanto tempo, não?- eu assinto e engulo seco, sem saber o que dizer ou como agir- Hm, acho que deveríamos entrar.

Ele puxa a porta e eu entro, seguida por ele. Pedimos nossos cafés e saímos novamente, pois o lugar está muito cheio. Encosto no vidro e ele faz o mesmo. Ficamos em silencio, apenas observando a rua a frente, tomando café do lado de fora da cafeteria no inverno.

–E então- tomo mais um gole do café, me esquentando com sua temperatura- O que você está fazendo da vida?

–Arquitetura- olho surpresa para ele, que dá de ombros. Dou uma risadinha.

– É o mesmo Jace?- ele dá um sorriso torto e meu coração derrete. Engulo seco e desvio o olhar.

Olho de soslaio para ele. Seu cabelo continua grande, mas está mais escuro, provavelmente por causa do inverno. Em geral, ele parece o mesmo, com leves mudanças nos traços, que agora parece singelamente mais velho.

–Por que você demorou tanto?

Eu sabia que essa pergunta iria chegar, uma hora ou outra, só estava tentando evitá-la. Não é um dos meus tópicos preferidos. Isso provavelmente levará a conversar sobre nosso relacionamento e aquela ferida quase cicatrizada se abrirá novamente. Minha garganta se fecha e olho para o céu que começa a escurecer gradativamente.

–Eu sei que eu deveria ter ficado apenas seis meses, mas decidi ficar um ano completo e acabar o ensino médio. Então chegou a época de entrar para a faculdade. Eu pensei muito no assunto e cheguei a conclusão de que seria melhor eu ficar por lá. Na verdade- olho para o café, que já deve ter esfriado a esse momento- Eu senti que era o melhor, que era o certo. Tanto para meus estudos quanto uma forma de amadurecer.

Ele parece sem palavras, então pego a chance para continuar.

–Precisava de algum tempo concentrada. Cresci nesse tempo- aperto mais o copo de café- Mas não me arrependo de absolutamente nada que fizemos. Eu era boba. Era nova e confusa, e então me apaixonei por você- dou uma risadinha- Você era uma criança. Imprudente e selvagem. Eu não sabia que depois daquelas discussões ficaríamos juntos. E olhe para nós, ainda presos juntos.

O silencio entre nós é desconfortável. O barulho da rua preenche nossa conversa brevemente.

–Senti sua falta.

Olho para ele, que retribui o gesto. O vento bagunça seus cabelos e as sombras fazem seu olhos parecerem mais tristes. Sinto um peso em meu peito. Desencosto da parede e respiro fundo, ainda olhando para aqueles olhos dourados que me lembram os um felino.

–Clary, podemos tentar tudo de novo- ele dá um passo para frente e olha no fundo de meus olhos, agora parecendo mais um filhotinho de leão- Demos tempo ao tempo, mas agora você está de volta e podemos tentar de novo.

O tempo se torna um liquido espesso que escorre lentamente. Apenas sorrio brincalhona e dou um passo para trás.

–Quem sabe?

Viro as costas e começo a andar pelas calçadas úmidas e gélidas de Nova York, com um sorriso bobo dançando em meus lábios. Tenho a certeza de que Jace entendeu, nos conhecemos a tempo suficiente para isso.

Ambos sabemos a resposta.


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Notas finais do capítulo

Então, ultima chance de comentar hein? Corre negada.
Mtt obrigada por todo mundo que leu, comentou, favoritou, recomendou e me suportou.
PS: O nome é Le Prologue pq é tipo o começo de uma nova história q ficou subentendida, entenderam? Não? Whatevs.