Lost And Found escrita por Insomniac Killjoy


Capítulo 13
Invited


Notas iniciais do capítulo

HEEEY! Tenho duas desculpas para vcs: primeiro, desculpem a demora. A escola está corrida ultimamente. E a outra desculpa só depois do capitulo



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Chego à casa de Izzy e a encontro quase que imediatamente.

–Onde você estava?

–Ah! É que... - sem motivo, viro a cabeça, procurando Jace- Bom...

–Vi você saindo- ela dá um sorriso de lado e eu sinto minhas bochechas ficarem vermelhas.

–É, fomos dar uma volta- digo vagamente- Mas, e aí? Como está a festa para você?- mudo de assunto.

–Maravilhosa- ela sorri e olha em volta - Ah! Alec! Venha até aqui.

Um garoto com uma calça jeans escura, jaqueta preta assim como os cabelos, uma camisa preta e cinza e All Star vermelho chega ao lado de Izzy. Eles se parecem, a não ser pelos olhos azuis dele.

–Essa é minha amiga Clary.

–Muito prazer- digo sorrindo e apertando sua mão. Ele dá um sorriso amarelo.

–A garota que Jace saiu agora a pouco?- minhas bochechas tornam a corar.

–Fomos dar uma volta- digo em um tom que indicou que eu não estava com vontade de dizer sobre isso.

–Ah- ele solta uma risadinha e me analisa rapidamente com o olhar. Percebo que ele é muito bonito, e é estranho um garoto bonito me encarando. –Muito bem Clary, foi um prazer te conhecer.

Ele dá um sorriso torto e sai.

Eu vou dançar com Izzy. Divertimos-nos bastante. Bebemos um pouco mais de ponche e comi muito. Quando a festa começa a chegar ao fim, deixo de dançar, pois fica desanimado.

Fico sentada no sofá e começo a virar meus pulsos e cabeça, como se tivesse acabo de acordar. Olho em volta e não há quase ninguém.

–Cansou?

–Um pouco- respondo. Olho para o louro jogado no sofá ao meu lado e franzo o cenho- Você não vai embora não?

–E você? - ele ri e bate as mãos no jeans rasgado- Enfim. Boa noite, ou resto de madrugada.

Ele se levanta e sai assoviando pela casa e ignoro as perguntas em minha cabeça sobre a ligação dele com os Lightwood. Izzy aparece na sala e arregala os olhos.

–Eu preciso mesmo tirar esses sapatos- dou risada de sua cara e ela vem até mim e pega meu pulso- Vamos subir.

Subimos as escadas e entramos o quarto dela. É maravilhoso. Paredes em roxo escuro e atrás da cabeceira um papel de parede cinza chumbo e detalhes em preto. A roupa de cama é roxa também e os travesseiros e almofadas são brancos ou lilás. A janela dá para uma sacada consideravelmente grande e tem cortinas brancas. No chão, há um ou mais colchões com vários cobertores já estendidos e travesseiros. A televisão está virada para que, deitado no chão, você consiga ver bem a tela.

–Seu quarto é incrível.

–Decorei cada cantinho- ela diz orgulhosa, entrando em seu closet. –Ah, e sua mala está aqui dentro.

Entro no closet, que é de madeira clara. Prateleiras cheias de sapatos e as portas de correr abertas do guarda roupa revelam a organização das roupas, que claramente é por cor.

Pego minha mala e consigo tirar meu pijama de lá dentro. É um short preto curto e uma regata preta também, com o numero 43 e o nome Sam Winchester nas costas e na parte da frente o símbolo anti-possessão.

Vou para o banheiro de Izzy e me troco. Depois tiro a maquiagem e escovo os dentes. Penteio meus cabelos e prendo em uma trança. Izzy está com um pijama com um desenho da torre Eiffel.

Depois que já estamos prontas para dormir, sentamos nos colchões no chão e começamos a conversar. Demos muita risada falando sobre algumas garotas da escola. Depois de algum tempo, acabamos dormindo.

No dia seguinte, acordamos às oito da manhã. Izzy estava meio agitada, me acordando com sacudidas desesperadas. Nem mesmo nos arrumamos e fomos tomar café da manhã.

–Izzy- digo mordendo uma torrada com geléia de morango- Tem alguma coisa para fazer hoje?

–Não- diz ela engolindo seu chá.

–Por que não vai em casa?- assopro o café e bebo um pouco.

–É, pode ser.

Depois que termino minhas torradas e a xícara de café, como duas panquecas com calda de chocolate e meio copo de suco, então subimos para nos arrumar.

Quando já prontas, o motorista nos leva para minha casa.

Ao abrir a porta, deparo-me com minha mãe e uma pessoa atrás dela. Cumprimento minha mãe e saio correndo para abraçar o garoto de óculos tortos e cabelo bagunçado.

–Calma aí- diz ele rindo de minha reação.

Apresento a ele Izzy e vice-versa. Simon não sabia que eu não estaria, mas trouxe Star Treek para assistirmos. Izzy topou ver conosco- como se ela tivesse outra opção.

Sentamos na sala, com pipoca de microondas e copos cheios de refrigerante gelado e alguns Redvines ainda no pacote. Tiro meus sapatos e cruzo as pernas, comendo pipoca enquanto Simon explica a história de Star Treek para Izzy.

Xx

–Você não achou estranho ou patético demais não é?

–Não! –diz Izzy rindo. –Foi bem divertido. Mais divertido do que qualquer coisa que eu faria hoje.

–Que bom- digo sorrindo. –Temos que fazer isso mais vezes então.

–Com certeza- diz ela me abraçando. –Te vejo segunda.

–Até - digo enquanto ela vai para o carro.

O veiculo nem mesmo sumiu de vista quando meu telefone começou a tocar no bolso.

–Oi?

–Clary Fray- diz a voz conhecida, como se ele estivesse se divertindo. –Como vai?

–Bem... -digo receosa.

–Ótimo. Eu estou passando aqui em uma avenida e pensei: por que não tomar um sorvete com a garota que mais me odeia hoje?

Fico em silencio e isso o faz dar risada.

–Onde você mora? Diga-me o endereço que apareço ai em cinco minutos.

Penso nos sorvetes e digo meu endereço. Então desligo antes que ele fale alguma coisa que me faça desistir.

–Mãe, vou dar uma saída e já volto- digo indo para meu quarto.

–O que?

Pego algumas notas que guardo em minha gaveta, só para alguma situação como essa. Volto para a sala e vejo minha mãe com uma cara de desconfiada, com o cenho franzido e olhos quase semicerrados.

–Você? Vai sair?

–Só tomar um sorvete, nada demorado.

Mando um beijo para ela e saio de casa. Coro ao pensar na cara de minha mãe e sua desconfiança por eu estar saindo de casa. Só saio com o Simon e em finais de semana eu prefiro ficar vendo alguma série durante o dia todo.

Fico sentada na calçada, jogando no meu celular enquanto Jace não chega. Quando o vejo, paro de jogar e ando em sua direção.

Andamos lado a lado sem dizer qualquer coisa, apenas caminhando como completos estranhos.

–Ok, diga alguma coisa- digo já cansada do silencio. -Sobre qualquer coisa. Do clima, da umidade do tempo, daquela rachadura no canto da calçada... Apenas diga alguma coisa.

–Tudo bem- diz ele com uma risadinha abafada. Cruza os braços e ergue o queixo. –Acho que já sei bastante sobre você. Então vamos falar sobre a rachadura no asfalto.

Dou risada e ele começa a rir também, como se eu tivesse o contagiado com a risada.

Chegamos à sorveteria e eu peço um sorvete de amendoim e Jace pega um de pistache. Depois, andamos pelas ruas em silencio quase absoluto, são poucas as palavras que trocamos.

–Sabe Clary, estava pensando... Por que você continua naquela escola? Se não gosta tanto daquele lugar, por que continua ali?

–Ah, é complicado- encaro meu sorvete e depois continuo- Minha mãe demorou a conseguir me colocar lá e afinal o ensino é maravilhoso... Então, acho que seria uma ingratidão se eu não ficasse por lá.

–Entendi, mas...

–Ei!- um cara grita de dentro de uma loja que acabamos passar pela frente. –Ei, você!

Paro e Jace faz o mesmo. O homem parece atônito.

–Você tem a audácia de passar por aqui, jovenzinho? Não ouviu o que eu disse?

–Ok- diz Jace pegando meu pulso. –Precisamos correr.

Ele sai correndo e me arrastando, e o homem vem atrás. Tento morder a casquinha de meu sorvete enquanto corremos, mas não dá certo e a bola de sorvete cai, restando apenas uma casquinha oca em minha mão. Jogo fora no primeiro lixo que vejo e continuo a correr com Jace.

Não sei por que estamos correndo, mas continuo. Passamos por ruas estreitas, entramos em lojas e saímos pelo fundo e até mesmo passamos pela mesma rua duas vezes.

Meus pés já não agüentavam o ritmo, assim como meus pulmões, pois não estou acostumada. Puxo a mão de Jace e ele olha de soslaio para mim.

–Não... Aguento... - tomo fôlego e continuo- Não aguento mais.

Ele acelera o passo. Isso me faz querer bater em sua cabeça. Mas percebo-o virando subitamente em um beco bem escondido entre um prédio e uma lojinha de flores. Encosto na parede de tijolos e coloco minhas mãos nos joelhos, ofegante. Jace encosta com a cabeça virada para o céu, ofegante, mas não como eu. Ele deve estar acostumado a correr das pessoas pelas ruas.

–Sabe- digo respirando pesadamente, com o coração acelerado- Eu devo começar a esperar essas coisas quando estou perto de você.

Ele dá risada.

–Já que estamos aqui- diz ele com a mão sobre as costelas- Quero te perguntar se não quer ir ver um jogo de basquete comigo hoje à noite.

–Vamos fugir de alguém?

–Não- diz ele rindo. –Mas caso queira fugir de alguém por lá, eu consigo fazer com que...

–Não, não. Ver o jogo sem correr de ninguém vai ser ótimo.

–É.

Depois de uns cinco minutos, começamos a andar para voltar a minha casa. E só quando chegamos à rua em que moro que algum de nós abre a boca.

–Te vejo as oito.

Depois de dizer isso, ele apenas vira as costas e sai. Eu continuo meu caminho, tentando inventar uma desculpa para minha mãe me deixar ir a um jogo com Jace, sendo que ela ao menos sabe que eu o conheço.


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Notas finais do capítulo

Cá estou. Gostaram? Não? Mereço reviews? Um recomendação quem sabe? Não tbm? :/
Ahhh: Segunda, desculpem pelo cap sem emoção. O proximo vai ser mais lgl XD