Cassino Weasley escrita por Andie Jacksonn


Capítulo 3
Problemas com os pais, problemas com a professora, detenção Não necessariamente nessa ordem


Notas iniciais do capítulo

Nada a declarar gente, só espero que gostem desse capítulo.



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– Você desistiu, é? – perguntou Mike, enquanto nos dirigíamos para a aula da megera Carrosca, tranfiguração.

– É claro que não – respondi nervoso, imaginando como me aproximar em uma semana da Weasley.

Porque eu não podia dar o braço a torcer.

– Lembre-se que se você perder paga 20 e se ganhar, pega 60 e ainda beija a gata da minha prima.

– Oi Albus – disse uma voz atrás de mim. – Será que dá para sair da frente doninha albina júnior? – perguntou Rose.

Eu fiquei nervoso. Sério, não sabia ainda se James havia conversado com a ruiva porque não me falaram nada, e ela também não veio tirar satisfações, então considero isso um bônus. A Lily até quis me ajudar, mas tudo que eu precisava era um beijo e não viver feliz para sempre com a Weasley. Portanto, declarações amorosas com música trouxa no meio do Salão Principal estavam totalmente fora de cogitação.

Mas não era isso que estava me deixando nervoso. Essa semana eu tentei aproximar-me da Ruiva de novo. Como nos primeiros anos de escola, lembra? E ela acabou comigo, não que eu me importasse…

Ok, eu me importei e não consegui entender o por quê. Quando eu tentei falar com ela na biblioteca, ela praticamente fingiu que eu não estava lá. Nas aulas ela só passava por mim e me xingava. E eu fiquei intrigado, por que começamos a brigar? Antes éramos legais um com o outro. E olha que eu nem me lembrava quem tinha começado.

Cheguei a desistir da aposta por um momento, e pensei em tentar, de verdade, virar amigo dela, quero dizer, a gente estava indo para o sexto ano de escola, tinha passado da hora de brigas sem sentido. Eu prometo que nem estava pensando nos benefícios de uma amizade colorida com a Weasley, nem nada disso.

Para dúvidas futuras, saiba que eu sempre fui um garoto direito, educado e de família.

Por isso mesmo, quando a Rose passou e me chamou de "doninha albina", eu respondi:

– Claro – ela me olhou de um jeito muito estranho e eu continuei: – Rose. Vou ser sua dupla hoje.

Ela abriu a boca, balançou a cabeça e depois falou no mesmo tom chatíssimo de sempre:

– E quem disse que eu quero sentar perto de você?

– Eu não perguntei se você quer, só estava te avisando – eu não disse que era educado?

Ela bufou e quando a professora abriu a porta da sala, ela pegou o Albus pelo braço e puxou para dentro de classe. Eu entrei sem pressa, e obviamente meu amigo estava do lado da ruiva estressada, aproximei-me e disse, educadamente:

– Vaza Potter – isso se tivesse um jeito educado de falar isso.

– Não. Você fica Al – retrucou a Ruiva.

– Sai agora – mandei, – lembre-se que você dorme no mesmo quarto que eu. E nunca se sabem, acidentes acontecem o tempo todo…

Albus se levantou e disse:

– Foi mal Rose.

Nunca subestime o poder da doce chantagem. Mas não se deve usar com quem não merece.

– Por favor – dessa vez ela pediu, quase implorando, mas eu só empurrei o Potter e sentei-me ao lado dela.

– Nossa Weasley, não precisa de tanto drama. Não é como se eu mordesse.

Ela ia responder, mas se segurou e virou para frente.

Eu fiquei viajando. Que droga de aula chata, mas ninguém deve ser como eu. Todas as aulas são importantes, nunca se esqueça.

Eu rasguei um pedaço de pergaminho e escrevi:

"É tão ruim assim fazer dupla comigo?"e joguei para a Rose.

Ela pegou e me devolveu:

"Que droga de pergunta é essa Malfoy?"

"Eu só quero saber. Quero dizer, até o terceiro ano você não se importava".

Assim que ela leu, pude perceber que suas bochechas ficaram vermelhas e não entendi por quê.

Quando Rose jogou o papel de volta, li:

"Naquela época você não era um idiota imaturo".

"Quer dizer que – coloquei no pergaminho, – eu era mais maduro com 14 do que agora com 16 anos? Não faz sentido".

Deu para ouvi-la bufando.

"Será que dá para você parar de mandar bilhetes? Quero prestar atenção na aula!"

"Quando não sabe o que responder, você apela Ruiva?" – rebati.

Ela leu, amassou o papel e virou-se para a professora. Eu rasguei outro pedaço de pergaminho e escrevi:

"Eu escrevi algo que não deveria?" – e passei o papel para a Ruiva fazendo a minha melhor carinha de anjo, inocente como eu sempre fui e sou até hoje.

– Eu vou dizer o que você escreveu – disse ela, esquecendo-se que estávamos em sala. – E acho melhor...

– O quê, senhorita Weasley? Gostaria de compartilhar conosco? – perguntou a megera, olhando para nós.

Rose abaixou a cabeça e disse:

– Não, professora.

– Você pode continuar sua conversa com o senhor Malfoy lá fora, senhorita Weasley.

– O quê? – reclamei – Mas só faltam 5 minutos para acabar a aula.

– Deveria ter pensado nisso antes de passar bilhetinhos para a colega, menos 15 pontos para as duas Casas.

Nós dois fechamos a cara, recolhemos nossos materiais e saímos.

Eu pensei em falar alguma coisa, mas desisti. Ficamos um tempo encostados à parede, em pé mesmo, até que Rose disse:

– Isso tudo é culpa sua.

Eu olhei para ela nervoso.

– Foi você que gritou – falei.

– Só porque você é o loiro mais irritante de todo esse universo.

Porra. Que garota difícil, viu? Tudo bem que ela nunca deixou de ser. Eu digo, difícil. Por isso mesmo eu mandei tudo pelos ares.

– Dane-se – falei, virando-me para a Ruiva.

Os olhos dela se arregalaram, e eu vi um "o quê?" formando-se em seus lábios, lábios que um segundo depois estavam sob os meus. Eu mal estava me lembrando da aposta, da aula que ainda rolava no outro lado da parede, eu só sabia que estava beijando-a, e sentindo sua respiração quente. Quando eu ia aprofundar o nosso beijo, eu senti o gosto dos beijos de Rose Weasley.

Dor.

Porque nos início, os braços dela tentavam me empurrar, depois foram para as minhas costas, e eu pensei que ela estava cedendo, entretanto ela me deu uma joelhada no meio das pernas.

Dói só de lembrar. Eu encostei-me à parede ao lado escorreguei para o chão.

Cara, ou garota, doeu muito.

Eu olhei para cima e o pessoal da sala estava olhando para mim e para a Ruiva.

Droga! – foi só o que eu consegui pensar naquela hora – Será que eles tinham visto? O bom era ganhar a aposta, não tinha nenhuma regra alegando que o beijo não poderia ser roubado. O ruim mesmo seria se aquela professora velha estivesse aqui fora, aí sim, eu estaria em uma enrascada...

– Sr. Malfoy e Srta. Weasley na minha sala agora! – disse a bruxa, no sentido pejorativo dessa palavra, coisa de trouxa.

Claro que ela tinha que ter visto. Se não, a tragédia não estaria completa.

– Foi mal Sra. Carrosca. É que eu não estou conseguindo me levantar – falei fazendo uma carinha de cachorro sem dono. – Culpa da Weasley que me bateu.

Todos que estavam de fora da sala riram.

Rose estava ficando vermelha, mas eu tinha certeza que era por raiva de mim. A professora parecia que ia explodir:

– Srta. Weasley, ajude o Malfoy, o resto de vocês estão dispensados.

O Albus e o Mike como bons amigos que são, fizeram uns gestos com as mãos, do tipo: "Se ferrou, idiota".

Eu mereço viu?

E pior que eu nem podia discordar deles.

– Os dois podem se sentar enquanto eu falo com umas pessoas – falou a professora Carrosca enquanto a Weasley se abaixava ao meu lado, ajudando-me a levantar. Joguei todo o meu peso sobre os ombros dela, fingindo não conseguir sozinho, mas quando a professora virou à direita no corredor, a ruiva simplesmente tirou o meu braço e saiu de perto de mim, quase me derrubando no chão.

– Valeu Weasley.

– Não precisa agradecer loiro aguado.

Sentamos na sala, mas não conversamos, sequer olhamos um para o outro.

– É verdade? – perguntei.

– O quê? – falou ela nervosa.

– Você beijou o Albus?

Rose ficou boquiaberta e disse lentamente:

– Isso é inacreditável!

– O que foi? Eu só queria saber.

– Por que você não morre, Malfoy? – falou ela, virando o rosto para frente da sala.

– Weasley, eu só fiz uma pergunta. – disse e ela suspirou.

– É verdade, está bem? Era bom sair com o Al, mas nós éramos apenas amigos que se beijavam, só isso. E continuamos amigos. Eu amo Albus Potter, e apesar de ele ser um sonserino, mataria por ele, só que é o tipo de amor que a minha mãe sente pelo tio Harry. Al é meu priminho, satisfeito?

– A sua mãe já beijou o Harry? – perguntei curioso.

Rose bateu a mão na própria testa, mas para mim era uma pergunta válida.

– Não Malfoy, minha mãe nunca beijou o padrinho, foi só um exemplo, ok?

– Ah, entendi. Mas aqui, quem beija melhor, eu ou o Al?

– Eu vou matar você Malfoy e nem vou precisar de varinha – ameaçou ela, levantando-se da cadeira.

– Srta. Weasley! – chamou a professora Carrosca.

Eu esperava detenções e ouvir um sermão gigante, e imagino que a Weasley também porque quando nos viramos, havia quatro pessoas à porta.

A professora Amélia, Hermione Weasley, Astoria e Draco Malfoy.

A Ruiva tinha razão. Eu iria morrer, e apostava que a minha mãe nem precisaria de varinha para isso.

xxx

Rose ficou de cabeça baixa durante todo o tempo em que a professora falava. Ela contou que nós trocamos bilhetes durante a aula, que nos expulsou por causa da conversa, e que quando saiu da sala...

– Os dois estavam aos beijos no corredor – falou ela como se fosse a coisa mais nojenta do mundo, deve ser porque ela nunca tinha beijado ninguém – e depois a Srta. Weasley... Ela acertou...

Eu e a Rose olhamos para a professora Carrosca, esperando ela continuar, porque ela tinha travado. Eu arrisquei uma olhada para os nossos pais, sentados atrás de nós, e eles também não estavam entendendo.

Acabei tampando a boca e forçando uma tosse porque a professora não conseguiu falar que a Rose havia me chutado.

– Professora? – pediu a Weasley – Posso dizer o que aconteceu lá fora?

A Carrosca só concordou.

– Bom, eu e o Malfoy fomos expulsos – começou a ruiva – e começamos uma briga e como sempre eu tinha razão.

Revirei os olhos.

– Claro Ruiva. Me culpar realmente é ter razão em alguma coisa.

– Não vem não Malfoy, quem mandou tão...

– Rose! – chamou a mãe dela, Hermione, baixo, mas eu até me senti mal por ter respondido a garota.

– Desculpa. Enfim – continuou Rose, – nós brigamos e o Malfoy me beijou e o que a professora estava querendo dizer é que eu dei uma joelhada bem dada em um lugar que deve ter deixado o Malfoy estéril.

O meu pai fez careta enquanto minha mãe virava-se para mim e dizia em tom de deboche:

– E doeu querido?

– Sabe mãe – falei com raiva do sorriso que brincava no rosto dela. Qual é? Ela deveria estar me protegendo, é a minha mãe – A Weasley pode ter acabado com a descendência dos Malfoy e a senhora nem liga.

– Você bem que mereceu Scorpius – falou meu pai – Não se beija ninguém à força, por mais que eu ache a reação da Srta. Weasley um pouco exagerada.

– Muito obrigada Sr. Malfoy – falou a minha ruivinha. – Espera. Não foi exagerada, não.

– Isso é porque não é você que não vai poder ter filhos Weasley – falei, respondendo pelo meu pai, que revirou os olhos. A Sra. Weasley deu uma risadinha para mim.

A professora pigarreou e pediu licença da sala por uns minutos, parecia que ela ia vomitar ou algo do tipo por causa do assunto. Assim que a porta fechou-se atrás da Carrosca, minha mãe começou:

– Eu não entendo. Por que a professora nos chamou aqui? Sei que o que o Scorp fez não foi legal, mas não é nada tão grave. No início, eu achei que você tinha matado alguém querido.

– Eu concordo – disse a Sra. Weasley – Isso que aconteceu aqui não precisa de tanto alarde, é algo que poderia ser resolvido com detenções e perda de pontos para as Casas. Eu só agradeço pelo Ron ainda estar na França.

– Desculpa mãe, mas só a Sonserina deveria perder pontos. Eu não fiz nada errado.

– Você bateu no Scorpius, Rose.

– Até parece – começou o meu pai –, você não pegou detenção porque me bateu.

– Eu fui esperta o bastante para não ser pega. E você mereceu Draco.

– Isso não é verdade Granger, quero dizer, Weasley – rebateu ele.

– Você bateu no Draco? – perguntou a minha mãe sem disfarçar o quanto estava se divertindo com a notícia – Onde? E por quê?

– Eu dei um tapa na cara dele no terceiro ano. Por causa do hipogrifo Bicuço.

Aí a Hermione Weasley e o meu pai se revezaram para contar a história. Eu e a Ruiva rimos, apesar de termos plena consciência que a Sra. Weasley e o meu pai não eram apenas colegas que tiveram desavenças. Felizmente as coisas mudaram, mas essa é uma história muito longa e complicada, vou contá-la depois para você. Quando tiver mais idade para entender.

– Nossa Astoria – terminava meu pai, – você poderia ao menos fingir que não fica feliz com isso.

– Deixa disso. É divertido amor. E você ainda diz que não sabe de onde veio esse lado dramático do Scorp.

– Ei! – reclamei.

Mas ela me ignorou. Simplesmente.

– O que nos leva ao motivo de tudo isso – continuou minha mãe – A Rose acertou o Scorpius porque ele a beijou, mas por que você a beijou querido?

Ok, baixou um silêncio fúnebre naquela sala, todos, com a exceção da Ruiva, olhavam para mim. Minha mãe tentou me ajudar, eu acho:

– Você gosta dela Scorp? – perguntou.

Rose bufou. E pela cara do meu pai, ele nem chegou perto de considerar essa possibilidade.

– Se eu gostar, o meu castigo vai ser menor? - perguntei.

– Ah, pelo amor de Deus! – exclamou a Weasley. Rose Weasley – Cansei disso aqui. Ele só me beijou por causa de uma aposta estúpida. Pronto, falei.

– Você sabia? – perguntei, esquecendo-me dos nossos pais.

– Vamos dizer que o Al não é nada discreto e você deu bobeira ao falar para o Jay que gostava de mim. Obviamente aí tinha alguma coisa estranha.

– É aí que está ruiva, quem falou que fui eu quem inventou essa história?

– Foi o Mike?

– E precisa responder?

– Eu não sei como você aguenta esses garotos. Eles são tão...

– Idiotas? – ofereci a sentença – Você sabe que está falando do Albus também, não é?

– É verdade – concordou ela – Mas o Al sempre foi um pouquinho sonso.

– Impossível discordar. O cara fica no mesmo dormitório que eu e um dia desses perguntou o que eu estava fazendo lá.

Rose riu e eu tive que acompanhá-la. Depois nos viramos e nossos pais estavam com uma cara super estranha.

– O que foi? – perguntou a Ruiva.

– Sério querida? – falou a mãe dela – Você ainda quer que eu acredite que você ainda o odeia?

– Eu não odeio... – ela não continuou depois de olhar para mim. Rose já havia falado para quem quisesse, ou não, ouvir que não me suportava. E bem, eu fiquei sem-graça, porque eu sempre disse que a recíproca era verdadeira.

– Sra. Weasley, isso não importa muito agora né? – falei.

– É, eu acho que não.

Nesse momento, a professora Amélia voltou para a sala e perguntou:

– O que os senhores decidiram sobre o assunto?

– Enfim professora, por mim, a decisão fica em suas mãos – disse Hermione.

– Eu concordo com ela, e eu nunca podia imaginar que um dia eu diria isso – falou o meu pai, meio que sorrindo.

A professora não podia fazer mais nada, entretanto ela parecia meio decepcionada, acho que ela queria que nossos pais nos lançassem maldições ou algo do tipo. De mãos atadas, ela apenas disse que receberíamos as detenções ainda naquele dia. Aí nós saímos da sala.

A Sra. Weasley e a minha mãe entraram em uma conversa sobre algo chato do Ministério, o meu pai pediu licença porque ele tinha que voltar para o St. Mungus, mas antes disso ele sussurrou algo para a dona Astoria, que balançou a cabeça, concordando. Ele ainda passou a mão no meu cabelo bagunçando-o e disse, mesmo com a Ruiva do meu lado:

– Seria muito difícil manter o juízo por essa última semana? Porque parece que o seu já entrou de férias.

– Eu acho que juízo ele nunca teve – disse a Ruiva.

– Não diga isso Rose. Se não vou achar que não ensinei nada para esse peste.

É legal quando os pais da gente nos amam de modo incondicional, não é?

– Desculpa Sr. Malfoy, mas olha pelo lado bom, seu filho ainda não foi preso, nem matou ninguém.

– Hum... – meu pai fingiu pensar – Pode ser.

E saiu.

Olhei para o lado e a senhora Weasley ainda falava com a minha mãe e assim que eu me virei para a Ruiva de novo, eu vi estrelas.

Porque o Potter me deu um soco que parecia ter deslocado o meu nariz. Caí no chão, com o nariz sangrando, e disse:

– Hoje é o dia "Bata no Malfoy" e ninguém me disse?

A minha mãe e a Sra. Weasley vieram até nós e, por incrível que pareça, foi a Rose que me ajudou a levantar.

– James! Por que você fez isso? – perguntou a madrinha dele chocada.

– Porque ninguém beija a minha priminha à força.

– Menos Jay – disse a Ruiva, ao apontar a varinha para o meu rosto e com um feitiço, fazendo o sangue estancar. Nossa, doeu.

– Onde está o idiota? – gritou alguém atrás de nós – Eu vou acabar com você Malfoy!

– Hugo!

Pois é. Ele não havia visto a própria mãe de tão centrado que estava em acabar com a minha linda vida.

– Oi mãe – ele disse sem-graça – O que a senhora está fazendo aqui?

– Hugo! – eu só vi uma cabeleira ruiva quase pulando no garoto. Tinha que ser a Lily mesmo.

– Nossa, por acaso o meu nome é doce? – perguntou ele, nervoso – O que foi Lily?

– Você não pode bater no Scorp – disse ela, em um tom choroso – Ele é apaixonado pela Rose. Só a beijou porque não sabia como se declarar.

– Lils – chamou a Weasley. Rose Weasley. – O Malfoy não gosta de mim. Era só uma aposta.

– O quê? – a terceiranista gritou – Mas ele disse que...

– Desculpa Lils – falei – Eu realmente apostei com o Al que beijaria a sua prima.

Lily ficou nada menos que boquiaberta, devo acrescentar.

– E você ainda queria me impedir de dar uma surra nele – Hugo falou, virando-se para mim, de punhos fechados.

– Você não vai bater em ninguém mocinho – disse a Sra. Weasley. – A sua irmã sabe resolver as coisas sozinha, além disso, o Jay já fez a parte dele e a sua, representando o parente ciumento que não sabe ter um conversa civilizada.

JS ficou vermelho de vergonha, por mais incrível que pareça.

– Tudo bem mãe – falou o Hugo.

– Bom, eu e a Astoria temos que ir. Tudo bem?

Rose confirmou e abraçou a mãe. A Sra. Weasley também abraçou o filho, puxou a orelha do afilhado, e depois me deu um beijo na testa e me disse para ir até a enfermaria.

– Apesar de tudo, foi até divertido vir aqui – ela disse.

A minha mãe abraçou me abraçou e deu um beijo na Rose.

– Ele vai se desculpar Rose – falou ela – e saiba que foi um prazer conhecer você.

Ela estava saindo com a Sra. Weasley quando se virou para mim e disse:

– Ah, Scorp. Você está de castigo.

– O quê? – perguntei indignado – Por quanto tempo?

– Para sempre querido.

Não acreditei.

Aqueles foram os galeões mais difíceis de conseguir na minha vida. Pelo menos até eu começar a trabalhar.

A Lily levou o Hugo para não sei aonde depois que ele se matou de rir da minha cara e me fez algumas ameaças de praxe. Enquanto isso, o James e a Rose conversavam no canto do corredor aos sussurros.

Coisa de louco.

Decidi pegar os materiais, que tivemos que levar para a sala da Carrosca de novo, aproveitei e peguei a mochila roxa da Ruiva. E que peso viu?

Passei por uma janela e vi o tanto de sangue seco escorrido pela minha cara e até na minha camisa. Eu saí da sala e peguei um pedaço da conversa dos dois:

– Você é louca. E como foi?

– Sei lá. Eu fiquei muito surpresa e estava nervosa, foi muito estranho James. Acho que a Alice tinha razão. Não deveria ter escutado as suas idéias.

– Mas naquela hora você bem que gostou...

James parou de falar quando me viu parado, ouvindo a conversa na maior cara de pau.

– Eu vou indo Rose – disse ele, beijando a prima no rosto, e depois apontando o indicador e o médio em minha direção, tipo: "Eu estou de olho em você".

– Aqui a sua mochila Weasley – disse e entreguei o material.

– Obrigada.

Depois de agradecer, ela deveria ir para a Torre da Grifinória e eu para as masmorras, mas ficamos ali, olhando um para a cara do outro.

– Desculpe ter escutado a sua conversa Weasley – falei – Mas não se preocupe, eu nem entendi nada.

E era verdade.

– Por que você me beijou Malfoy? – perguntou Rose, ignorando o que eu disse anteriormente.

– Eu pensei que você soubesse da aposta. Eu tinha que te beijar.

– Eu sabia. Mas por que você fez isso depois da aula? Queria que pegassem a gente?

– Claro que não. É só que você estava me irritando e eu fiquei com vontade de fazer você calar a boca. E a única forma que eu pensei na hora foi usando a minha.

Para minha surpresa, ela riu.

– Eu ia conversar com você hoje. Ia deixar você me beijar e a gente dividia o pagamento.

– Por que você faria isso? Você nem gosta de mim.

– Mas aí você sairia do meu pé – respondeu ela. – Quanto você vai ganhar?

– Uns galeões aí.

– Eu quero a metade.

– O quê? Por quê?

– Se não fosse por mim, você perderia – Rose colocou a mochila nas costas e continuou: – Ah, desculpe por ter te chutado, é que você me pegou de surpresa. E não se preocupe, eu não acho que os danos foram permanentes, a descendência dos Malfoy está á salvo.

Rose aproximou-se de mim e instintivamente eu dei um passo para trás.

– Eu não vou te machucar de novo loiro aguado. Para de drama. Só vou te ajudar a lavar esse rosto cheio de sangue.

Eu achei muito estranho na hora, e com o tempo acabei me acostumando com as reações que ela causa em mim, mas um arrepio passou pelo meu corpo quando ela pegou a minha mão e me guiou até o banheiro dos monitores. Quando chegamos lá, ela mandou eu me sentar e eu sentei sobre a pia. Rose pegou uma toalha, molhou-a e começou a limpar meu rosto. De repente, ela parou e ficou olhando para mim.

– Por que você está fazendo isso? – fiz a pergunta que estava em minha cabeça desde que a ruiva havia começado.

– Eu não... Eu não sei – respondeu ela.

Depois Rose soltou a toalha, pegou suas coisas e saiu.

Deixando-me sozinho, cheio de dúvidas e perguntas sem respostas.

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Notas finais do capítulo

N/A: Oi pessoas! E então? O que vocês acharam? Muita informação em poucas páginas?

Quanto aos pais da Rose e do Scorp, eu acho que a reação deles seria assim, pelo menos nessa fic. Enfim, o próximo capítulo vai ser o último. É apenas uma short, não sei se comentei essa parte.

Bom, deixem Reviews, please, por que quem não adora?
Beijos, Andie



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