Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 9
Tempestade de inimigos


Notas iniciais do capítulo

Não vou dar desculpa dessa vez porque eu sempre demoro mesmo, vocês já tão acostumados kkk desculpa pessoal.
Vou ser mais breve, bem feliz natal (atrasado hehe) e feliz ano novo ( adiantado, porque eu não vou tar aqui de novo antes de 2015)
Então gente, é isso, o próximo capítulo só ano que vem hehe
Espero que gostem :3



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Eu e Verena estávamos na cozinha da casa do Soluço, ele já havia saído pra resolver algum desses problemas bobos que os nossos vikings (ainda mais bobos que os problemas) sempre arranjam, e minha cunhada preparava meu café da manhã, quando ouvimos um zunido rasgando o ar do lado de fora.
Maravilha! Meu estômago estava roncando e a comida de Verena tinha um cheiro delicioso, mas não, tinham que atacar a gente bem na hora do meu café da manhã! Eles não podiam esperar mais um pouco, não? Claro que não!
Passei pela porta da frente correndo, seguida por Verena, que, graças aos deuses, havia se lembrado de apagar o fogo sob a panela antes de sair. Olhei para o céu e me deparei com nuvens escuras, não de fogo, mas dessa vez, de tempestade. Vultos negros passavam por trás das nuvens, sombras de dragões enormes. Mais um estrondo agudo cruzou o ar seguido por um som de explosão perto da praia.
Assoviei alto e, segundos depois, minha Nadder Mortal surgiu na minha frente, Verena fez o mesmo, chamando Vinola. Montamos, praticamente ao mesmo tempo, e alçamos vôo, não alcançamos uma altitude muito elevada, pois não queríamos nos aproximar muito do inimigo.
Minha hipótese foi confirmada quando pude ver o primeiro dragão, preto com finas linhas brancas por todo o corpo, um chifre sobre o focinho, como o de Tempestade, e outro logo abaixo do queixo.
Alguns dragões possuiam cavaleiros sobre eles outros apenas vestiam enormes armaduras de ferro. Eles atiravam bolas de fogo em direções aleatórias, da mesma forma que no ataque que Verena havia me descrevido. Não eram tantos, no máximo uma dúzia de dragões pretos e brancos camuflados no céu nublado.
Começou a chover, pingos grossos e pesados, pelo menos ajudariam a apagar as chamas, valeu tempestade! No caso, não meu dragão, tempestade normal mesmo, não que eu não esteja grata à Tempestade, o dragão no caso agora, mas... Ah! Enfim, vocês entenderam!
Os raios cortaram o céu, e a manhã mais parecia noite. Ouvi rugidos atrás de nós e pensei que estivéssemos sendo cercadas, mas eram Soluço, Melequento, Brenna e Naldo, que trocou um sorriso tímido e envergonhado com Verena, cada um montado em seu dragão, vindo ajudar.
– O que é dessa vez? - gritou Soluço em uma pergunta, tentando superar o som dos trovões.
– São os homens de Drago de novo! Só que agora eles resolveram mostrar as caras. - berrou Verena, ainda mais alto, em resposta, notava-se uma leve raiva em sua voz.
A chuva ficou ainda mais forte, chegou à um ponto que a madeira das casas, e de tudo em Berk, estava tão úmida que o incêndio nem ao menos se iniciava. Não conseguia compreender o fato de que o inimigo continuava a atirar, em vão, como se não notasse a chuva.
Depois de alguns minutos atirando chamas sem conseguir resultado eles finalmente desistiram... E apelaram para as flechas. Verena tinha razão, eles eram ótimos arqueiros, mas a chuva lhes atrapalhava a visão, além de diminuir a velocidade e desviar a direção das flechas.
Todos os vikings já haviam se trancado em suas casas, não somos muito de recuar, mas em um ataque aéreo durante uma tempestade não há muito que se possa fazer. Os únicos do lado de fora de casa éramos nós, e Valka e Perna de Peixe, que se aproximavam em seus respectivos dragões.
– Os Gêmeos conseguiram continuar dormindo com essa barulheira toda? Increditável! - resmungou Perna de Peixe.
– Como está a situação? Desculpe a demora. - perguntou Valka.
– Não, tudo bem. Até agora só os estragos de sempre, queimaram algumas casas e gramados, mas nada com que não estejamos acostumados, acho que daqui a pouco recuarão, não estão tendo resultados. Acho que estamos fora da vista deles. - respondi.
– Realmente não dá pra enxergar quase nada. - murmurou Brenna.
– Eles só estão fazendo isso para nos assustar. Típico de Drago! - Verena revirou os olhos e continuou:
– É sempre assim, pequenos ataques irritantes, seguidos, apenas para mostrar que algo bem maior está por vir.
– Acha que ele vai provocar outra guerra? - perguntou Soluço, para a irmã.
– Provavelmente. À essa altura ele já reuniu um novo exército, você não tem noção de quantas pessoas propícias a trair seu povo e se juntar aos cruéis existem por aí.
– Precisamos, avisar os outros... - falei.
– Eu não entendo. O que Drago quer dessa vez? Ele já sabe que não pode controlar o Banguela, sem um Alfa ele não conseguirá dominar todos os dragões de forma alguma. Aonde ele está tentando chegar com isso? - falou Perna de Peixe.
– O que Drago quer? Ele só quer sangue. É um tirano sanguinário que deseja dominar à todos, por mais que saiba que há chances de não conseguir. Que não desiste até tirar a vida de pessoas inocentes, e matar, matar, matar e causar sofrimento. - respondeu Verena, cerrando os dentes, furiosa.
Uma flecha passou voando, bem ao lado da orelha de Brenna.
– Acho que eles nos acharam! - comentou Melequento.
Voamos para cima, o mais rápido que pudemos. Seis dragões nos seguiam, só havia uma vantagem naquilo, pelo menos poderíamos levá-los para longe de Berk. Pegamos ainda mais velocidade, para o leste, sempre tentando se esconder no meio das nuvens.
– Ali, vamos confundí-los! - gritou Verena, apondando para uma caverna na encosta de uma montanha muito alta. Era profunda o bastante para todos nós, entramos. Quando pousamos no chão rochoso, Verena e Melequento foram os primeiros a descer de seus dragões e correr para a entrada da caverna.
– Olhem, acho que eles estão recuando! - avisou Melequento.
Quatro dos seis dragões pretos e brancos já haviam virado as costas e desistido, continuando a seguir para o Leste, ou seja, para longe de Berk. Dois deles ainda rodopiavam em volta do próprio eixo, tentando nos localizar. Depois de um tempo também desistiram e seguiram os outros.
– Vamos esperar mais um pouco. - falou Verena.- Só por garantia.
A irmã de Soluço tinha razão,não podíamos abusar da sorte. Aguardamos mais alguns minutos, sentados no chão irregular, duro e frio da caverna, em silêncio. Nesse meio tempo a chuva já havia amenizado um pouco. Depois de conferir mais uma vez o lado de fora e de confirmar que o céu não guardava nenhum outro dragão, montamos e partimos de volta.
Tínhamos acabo de sair da caverna e estávamos seguindo de volta para Berk, então senti uma picada. Melhor uma picada não, uma perfuração terrivelmente dolorosa no lado direito do meu tronco. Ardia demais, era como se eu estivesse sendo mordida por milhares de cobras venenosas, era torturante demais. A última coisa que vi antes de minha visão ficar completamente embaçada foi uma enorme flecha se projentando da lateral de meu corpo. Então perdi totalmente o controle sobre meus membros, escorreguei da cela de Tempestade e caí em direção ao mar, ouvindo o grito desesperado de Soluço, chamando meu nome.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, bem desgraçado esse final, muahaha, é porque eu sou muito tirana queridos, vocês que não sabem! kk zoas!
Beijos, comentem por favor!
P.S.: Não me xinguem, vocês ainda não sabem o que vai acontecer depois! :3



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