Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 31
Toda Forma de Amor


Notas iniciais do capítulo

Não gente, eu não morri, me perdoeem :3. Perdi a conta de quantas vezes sentei na frente desse computador e não consegui escreve nem ao menos uma vírgula,foi um dos piores bloqueios criativos que eu já tive. Mas agora to de volta e, sinceramente amei esse capítulo, tomara que vocês amem tanto quanto eu e, como já disse, se você tem qualquer preconceito nem leia mais minha fic, ok?
Espero que gostem, amo vocês.



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Há algumas semanas vinha acompanhando o treinamento de Alvina e, sinceramente, era assustador, graças aos deuses aquela garota estava do nosso lado. Não conseguíamos prever os poderes dela, em 90% dos casos eles causavam algum incêndio acidental, alguns um tanto graves.
Verena ficava perdida as vezes, não estava acostumada com dons daquele tipo e, quanto mais poderes Alvina demonstrava, mais difícil era ajudar a controlá-los. Verena chamou aquilo de Anomalia Divina. Enquanto elas buscavam concentração, controle dessas capacidades, eu só ficava refletindo sobre quais poderiam ser os motivos que os deuses tinham para criar uma Asgeir assim.
No primeiro dia de treinamento, logo de cara, a novata já apresentou poderes sobre o fogo, como Erick. No segundo ela conseguiu convencer Naldo, que foi usado como cobaia, a fazer coisas absurdas, apenas lhe dando ordens, como uma hipnose, não tão forte quanto a de nosso inimigo, mas bem próxima.
Muitas vezes ela se descontrolava e ficava completamente aborrecida, mas acabava sendo consolada por Brenna e voltava a treinar. No terceiro dia ela quase queimou Verena viva, se não fossem os poderes dela sobre a água, minha cunhada poderia estar morta.
Porém, ao decorrer dos dias o progresso dela foi bem notável, ela já conseguia direcionar chamas em um alvo específico, concentrar um monte sua hipnose e controlar seus sentimentos sem que influenciassem nos poderes e causassem algum acidente e, graças a isso, minhas esperanças de salvar meu namorado aumentavam cada vez mais.


***


Estávamos sentados na grama em um círculo, conversando sobre a evolução de Alvina e em como as probalibidades de salvar Soluço apenas aumentavam. O sol já estava se pondo e o céu tinha um lindo tom de laranja. O clima era de tranquilidade e uma hora ou outra algum de nós soltava uma gargalhada.
Eu quase não falava, estava quieta apenas ouvindo as conversas e admirando a rara demonstração de alegria dos meus amigos, mas algo completamente inesperado e assustador aconteceu.
Alvina estava sentada do meu lado, virei o rosto para vê-la rir e, do nada, algo enorme voou sobre ela fazendo-a dar com as costas no chão, a garota soltou um berro agudo e desesperado, minha mente ficou confusa.
Era Soluço, seus olhos tinham um horrível brilho amarelado, ele a havia atacado de repente, segurava minha amiga contra o chão enquanto ela se debatia, apavorada. Tentei puxá-lo para longe, mas o garoto me deu um forte tapa no rosto derrubando-me.
Eu conhecia muito bem a intensidade daquela agressão, o peso colocado na mão, havia sentido aquele mesmo tapa dezenas de vezes quando namorava Erick, ele havia encontrado um jeito de me atingir mais uma vez.
Fui me erguendo lentamente, minha visão estava embaçada e meus lábios sangravam bastante, mas consegui ver o corpo de Soluço sacar um pequeno punhal de seu bracelete e manejá-lo em direção a Alvina. Sem pensar, me joguei sobre o garoto, usando todo o meu peso empurrei-o para o lado, o tirando de cima da minha amiga.
Antes que ele me agredisse de novo, meu irmão veio até nós e segurou Soluço, arrancando a arma da mão dele e jogando longe, os outros garotos vieram ajudar a contê-lo. Fui cambaleando até o corpo de Alvina, estirado no chão, e ajoelhei-me ao lado dela.
Sua respiração estava extremamente acelerada, a expressão em seu rosto era de muita dor. Me deparei com o corte, logo acima de seu peito, sangrava muito e parecia profundo, comecei a chorar descontroladamente.
— Ei, fica comigo, por favor. - minha voz mal saiu devido ao choro entalado na garganta. Verena veio correndo e agachou ao meu lado, observou o corte, olhou para o meu rosto e me disse:
— É grave, mas posso curar se agirmos rápido, não se desespere, ok? - fiz que sim com a cabeça. - Alguém ajuda aqui! - Naldo veio em nosso direção.
— Levem-na para minha casa! - Astrid exclamou. Meu irmão pegou minha amiga no colo e corremos para a casa da loira.
Colocamos Alvina sobre a cama e Verena pediu para Naldo um pano, ela o dobrou algumas vezes e fez a garota morde-lo. Segurei a pequena mão dela e busquei seu olhar, ela estava mais calma do que qualquer um estaria em sua situação.
— Isso vai doer. - avisou a namorada de Naldo antes de começar a aplicar sua magia do ferimento. Porém Alvina não soltou nenhum gemido, nem ao menos se moveu, apenas apertou minha mão com força. Quando Verena terminou estava esgotada, aquela cura havia exigido energia demais dela.
— Isso deve dar, apenas não se mova, Alvina, tá bom? - ela confirmou com a cabeça.
— Obrigada. - a garota sussurrou, a irmã de Soluço sorriu em resposta e falou:
— Vem Naldo, precisamos buscar curativos. - quando eles saíram sentei-me na cama ao lado dela e afastei as mechas de cabelo que estavam sobre seu rosto. Ela ergue o braço e tocou meus lábios inchados que já não sangravam mais.
— Você se machucou, ele te bateu...
— Ei, isso é só um arranhão, você que se machucou de verdade e Verena mandou não se mover. - eu a repreendi e abaixei seu braço lentamente.
— Obrigada, Brenna, se você não tivesse tirado ele de cima de mim, poderia ter sido bem pior...
— Mas não foi e eu não ia ficar parada olhando, Alvina.
— Obrigada..
— Você já disse isso. - Teimosamente ela ergueu o braço de novo e segurou meu queixo com os dedos. A garota puxou meu rosto, lentamente para o seu, encarei aqueles grandes e lindos olhos azuis e nossos lábios se encostaram. Aquele simples selinho acabou virando um beijo de verdade e meu corpo foi tomado por uma sensação que eu nunca havia sentido antes, uma sensação completamente maravilhosa. Não queria me afastar, nunca mais, mas ergui meu rosto para tomar fôlego.
— Me... me desculpa... eu... - ela gaguejou nervosa.
— Desculpa pelo quê? Foi ótimo. - ela sorriu para mim, um sorriso encantado, magnífico.
— Eu gosto muito de você.
— Também gosto muito de você, Alvina.
— Sério? Ai deuses não acredito que isso tá acontecendo... - eu ri de leve.
— Nem eu...
— Ei.
— O quê?
— Posso te beijar de novo?
— Deve.
Nunca pensei que aquele seria o jeito como me encontraria, certamente já havia suspeitado que tinha sentimentos assim dentro de mim, mas nunca tinha tido tanta certeza nem me sentido tão bem com aquilo. Os outros podiam pensar o que quisessem, eu não ligaria, a única coisa que importava era o fato de que, agora, eu estava completa.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favoooooooooor. Beijoos :3



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