Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 1
A Preocupação de Soluço


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira fic baseada em HTTYD. Resolvi escrevê-la ao perceber que não existem muitas fics baseadas apenas em como treinar seu dragão, sempre misturam essa história com " A Origem dos Guardiões", "Valente", "Enrolados", etc. Não que eu não goste de todos esses personagens reunidos, na verdade são, na maioria, minhas animações favoritas, mas queria achar alguma história que valorizasse esses contos individualmente, pois eles são bons assim também, mas não existem muitas fics que fazem isso.Pensando nisso escrevi essa fic, que fala apenas sobre o universo de HTTYD, e onde Astrid e Soluço NÃO se odeiam ( na maioria das fics eles são inimigos porque muitas pessoas não gostam da Astrid, não sei porquê.)Enfim espero que gostem, vou demorar um pouco para escrever o próximo capítulo, provavelmente.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/516808/chapter/1

Esta é Berk... Não... Espere... O Soluço já usou muito essa frase não é? Vai ficar meio clichê, vou começar de outro jeito então. Oi, meu nome é Astrid Hofferson, e agora sou eu quem vai contar uma história de dragões para você (provavelmente o Soluço vai vir aqui colocar alguma coisa de vez em quando, porque ele não consegue deixar uma história passar batida). Porém será no meu ponto de vista, tecnicamente.
Faz cinco anos que começamos a treinar dragões, agora eu e meus amigos temos vinte anos, tudo isso passou tão rápido que parece que nos damos bem com nossos companheiros cuspidores de fogo desde sempre, mas não é verdade, poderia ter sido assim, seríamos menos violentos, não que eu não goste de um pouco de violência.
Desde meus quinze anos as coisas têm mudado muito por aqui. Os vikings e os dragões agora vivem em harmonia, bem, na maioria das vezes. Essas criaturas estão fazendo muito bem para a gente (os dragões, não os vikings, esses já são um caso perdido). Recentemente descobrimos uma nova ilha repleta desses répteis voadores, na verdade Soluço a encontrou, acidentalmente, e lá, ele encontrou também sua mãe, Valka, é uma boa pessoa, e uma ótima sogra, mas tenho que admitir que tenho um pouco de medo dela, não sei exatamente o por quê.
Por ironia do destino ou por puro azar, após os pais do Soluço se reencontrarem, Stoico, o pai dele, veio a falecer. Não importa como, pois a criatura em questão que acabou causando sua morte não teve culpa alguma disso e o chefe da tribo dos Hooligans se foi de modo nobre e digno, salvando a vida de seu único filho, bem, pelo menos aquele que ele pensava ser o seu único filho, infelizmente ele não viveu o bastante para descobrir a verdade.
E é essa história que eu vou contar, falarei a respeito de um fato desconhecido por muitos até então, um fato, cujo um cruel destino não permitiu que chegasse aos ouvidos da pessoa que mais necessitava ter conhecimento dele. E esse fato se chama Verena.

Valka veio morar em Berk, ela e Soluço são os nossos líderes agora, Soluço não é meu líder, na verdade eu mando mais nele do que ele em mim, é um hábito que nunca vai mudar. Sem a minha ajuda meu namorado desastrado provavelmente já teria destruído a ilha inteira.
Era um dia de inverno com um frio agonizante, aqui faz frio em todas as estações do ano, mas no inverno a situação consegue piorar ainda mais. Lembro que chovia muito também, como se fosse alguma novidade.

Nós estávamos almoçando no grande salão. Soluço estava sentado ao meu lado, como de costume, parecia preocupado e encarava o prato sem tocar na comida. Ele permanecia em silêncio enquanto todos gritavam, riam e conversavam como sempre. Ultimamente andava estressado com as responsabilidades de líder que lhe eram impostas, mas estava lidando com a situação melhor do que eu pensava.
– Soluço. – não agüentei mais vê-lo daquele jeito e comecei a falar com ele. – Você está bem? Aconteceu alguma coisa?
– Eu acho que estou. – respondeu ele erguendo os olhos para mim e me dirigindo um meio sorriso. – Sempre acontece alguma coisa não é? Bem, dessa vez é uma coisa que minha mãe falou, não é exatamente ruim, mas ela não me contou muita coisa sobre o assunto, está me preocupando um pouco. Quero conversar com você sobre isso depois do almoço.
– Tudo bem. – respondi. – Ei, você sabe que eu te amo e que vou estar aqui sempre para te ajudar com qualquer coisa, não é?
– Claro. Eu também de amo Astrid, pode contar comigo também. – falou ele, em seguida me deu um rápido selinho nos lábios.
– Eca! Tem gente tentando comer sem vomitar aqui, sabiam? – reclamou Melequento.
– Own, o coitado está tão carente que já está quase mudando de idéia sobre tentar beijar garotas. – respondi, fazendo-o calar a boca. Os outros riram.
– Você é impossível! – comentou Soluço para mim, sorrindo. Dei de ombros, e lhe devolvi o sorriso.

***

Quando finalmente acabamos de almoçar, o que demorou bastante já que os vikings sabem comer, sinceramente, não sei como conseguimos ter comida o ano inteiro, saímos do grande salão, nossos dragões nos esperavam do lado de fora.
Todos iam montando em seus respectivos cuspidores de fogo exceto eu e Soluço.
– Vocês não vêm? – perguntou Perna-de-peixe já em cima de Batatão.
– Vão para a academia, nós já vamos. – disse Soluço.
– Tudo bem.
– Humm. O que vocês vão aprontar dessa vez? – perguntou a idiota da Cabeça Quente. Revirei os olhos e lhe dirigi um olhar ameaçador. – Ta bom, ta bom, estamos indo.
Eles levantaram vôo e foram em direção a arena, onde, antigamente, costumávamos matar dragões.
– Melhor irmos para a montanha, não é um assunto que se fale onde as pessoas podem escutar. – sugere Soluço.

– O.k.
Costumamos ir na montanha para conversarmos, não é exatamente uma montanha na verdade, é um ponto elevado da floresta que termina em um grande barranco, ninguém costuma ir lá. Monto em Tempestade e Soluço em Banguela, não é muito longe.
Pouso e desço das costas do meu Nadder Mortal. A última vez que fomos naquele lugar foi antes do encontro de Soluço com sua mãe, antes da morte do seu pai, antes de ele virar o líder, antes de as mudanças mudarem ainda mais.

– Pois então, o que houve? – Fui indo direto ao ponto e me sentei na grama.
– Ontem minha mãe me pediu para conversar um pouco comigo. – respondeu se sentando ao meu lado. – Ela disse que era importante e começou a falar. Pelo o que eu entendi, você sabe que não costumo prestar muita atenção no que as pessoas me falam.
– É eu sei muito bem.
– Continuando, bem, parece que um parente esta vindo morar com a gente. Alguém que estava viajando, e morava com a minha mãe na Ilha dos Dragões. Pelo modo como ela me contou não parece ser um parente muito distante, eu percebi isso, apesar de minha mãe não ter especificado.
– Não entendi direito o porquê de isso te preocupar.
– E se for um tio do qual meu pai nunca falou, ou talvez um irmão perdido, imagina! Alguém da minha família que nunca conheci, que nunca vi, se vi não me lembro. E esse alguém vem morar comigo, porque conhece minha mãe, a mãe que eu mesmo mal conheço e revejo depois de dezenove anos! É informação demais, como se já não bastasse todas as preocupações que põem nas minhas costas por eu ser o líder e tal...
– Soluço. – o interrompi. – Olha, eu sei que você anda estressado com tudo isso, não está acostumado com toda essa responsabilidade, você nunca foi muito responsável mesmo...
– Ei!
– O que eu estou querendo dizer é que você não precisa mudar quem você é. Tudo continua igual, são só alguns dragões a mais, sua mãe, e seu pai que não está... Existem pessoas te apoiando, Soluço. Você vai deixar que um parente seja a sua gota D’água? Veja que maravilhoso, você vai conhecer um integrante da sua família, que provavelmente também adora dragões. Talvez vocês se identifiquem, podem se dar bem e aí você fará um novo amigo. Você está recebendo todas essas responsabilidades porque essas pessoas confiam em você, e isso é ótimo.
– Quem diria que algum dia você estaria me dando conselhos positivos, hein Astrid?
– Para a sua informação eu sou uma pessoa extremamente positiva, mas só quando eu quero. – ele riu e tocou meu rosto, depois me deu um beijo.
– Obrigado. – disse.
– Já disse que você pode confiar em mim.
– Você é a segunda pessoa em que eu mais confio, depois do Banguela.
– Só que o Banguela não é uma pessoa.
– Exatamente, considere-se honrada milady. – falou ele se levantando e em seguida estendendo a mão para me erguer. Resolvi revidar:

– E você é a terceira pessoa em que eu mais confio, depois da Tempestade e do Melequento.
– Muito engraçadinha. – falou me fazendo rir.
– Vamos logo, falando no Melequento, à essa altura ele já deve ter destruído a academia toda.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar o que acharam e de me darem conselhos, por favor!