Irmãs Blood escrita por Raquel Barros


Capítulo 13
Problemas...




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Em três dias aconteceram três coisas terríveis. Uma por dia mais ou menos. Bem a primeira é de doer o coração. Eu não sei como, quando ou quem foi, mas o tio Aaron veio a ser assassinado enquanto os capangas de Drakon atacavam o hotel onde estávamos em Tóquio. Ninguém obviamente se recuperou ainda. E logo depois Drakon seqüestrou minha mãe. A pior parte é que sabemos que foi ele e não sabemos para onde ele a levou. E nos deixou só com Cam, Dexter e Alef. Não ajudou muito, já que eles estavam tão abalados emocionalmente que a maioria do tempo estava brigando. A Bonnie que tinha sumido quando soube que matarão o marido dela. Aí tudo piorou de vez. As brigas se estendiam dos Gardens para as Bloods. E no terceiro dia, Drakon obrigou os Gardens de algum jeito a nos deixar e mudar de lado. O que foi uma rasteira bem grande. Então ficamos sozinhas em um lugar super populoso. Foi quando achamos o Ítalo. Melhor. Foi quando o Ítalo nos achou. E nos tirou de Tóquio. Então fomos para uma cidadezinha chamada Onyx, achamos a Bonnie novamente, e enquanto tudo isso acontecia, a Caryn brincava de bela adormecida. Serio, ela dormiu três dias seguidos. Pelo menos foi privada de muitas decepções. Momentaneamente. Quando contamos tudo isso para ela, a Caryn chorou mais do que a Bervely e a Bonnie juntas. É claro que chorei. Mas eu não gosto de me apegar a situações. Uma coisa que Bervely não se recupera tão rápido emocionalmente como fisicamente. E tadinha esta com o coração partido. Não que eu não esteja, mas o meu está meio despencado desde a primeira vez. E eu vou sobreviver. Eu acho.

Mas o sentimento de rejeição é mais forte do que deveria. E é estressante. Muito. Eu fui com calma com o Dexter mesmo ele me dizendo que me amava. Mas atitudes são mais do que palavras. E ele provou algo ao contrario de amar. Talvez eu nunca o perdoe por isso. A pior parte é o Alef. Bem, ele magoou minha irmã, Droga! Podem me magoar, mas minha irmã não. É quase como pisar em meu calo. E tem o Drakon também. Sabe quando temos aquela vontade de ter algum poder especial do tio lasca vilão? Nunca desejei tanto ter um poder especial. Eu quero dar uma espadada na fuça de Drakon. Se ele tiver fuça O que talvez tenha, já que ele é o vilão né? E vilões tem que ser feios. A Bervely diz que não, mas eu não sou o Alef. E ai, do Alef. Quem vai arrancar as asas dele dessa vez sou eu.

–Caryn, você esta bem?

Perguntei. A Caryn estava tentando comer. Apesar de que acho que ela não vai conseguir. Ela esta brincando com a comida.

–Como ele pode fazer isso?

Sussurrou ela.

–Ai meu Deus! Mais uma para eu vingar.

Exasperei-me soltando o gafo. A Bervely bebericou o suco dela. Meu pai, Ítalo, que não parece um pai, e passa mais tempo pensando do que falando pigarro. Ótimo, sai Dexter e minha mãe, fica um cara em que eu não conheço e que o que conheço passa mais tempo sendo sombrio. Serio, ele não fala, não come, só pensa. Pensa muito a proposto. E eu já estou estressada de gente em que pensa muito e não faz nada. E nosso tempo esta se esgotando muito rapidamente e não sabemos como deter o vilão pega pesado Drakon Apache. Esse cara até tempestade de areia fez para não pedimos ajuda a nossos outros tios. Ele queria nos prender em Tóquio. Deu até medo. E ele quase conseguiu se nosso pai não tivesse feito uma tempestade para acabar com a tempestade de Drakon. Pelo menos Ítalo é poderoso. Pelo menos.

–O que foi agora?

Perguntei rudemente a Ítalo, ele semicerrou os olhos.

–Você disse mesmo que era uma produção independente?

Perguntou Ítalo. Como ele soube disso eu não sei. Mas eu não sei muita coisa do cara de cabelo branco, e suéter cinza riscado, que usa calça caqui que esta na minha frente. Como por exemplo, se ele ama tanto minha mãe por que ela ainda esta sozinha? Por que ele nos abandonou? Por que ele fingi que se importa? São tantos por quês na minha mente que eu até tenho preguiça de perguntar.

Dei de ombros e cutuquei minha comida. Eu amo purê de batata, mas minha vontade de comê-lo agora esta tão grande que acho que ela tem até preguiça de ser chamada de vontade.

–Serio mesmo? Vocês eram mais alegres.

–E daí?

–E daí... Tonie não brincou quando disse que era parecida comigo quando era jovem.

–Não perguntei.

–Desculpas por ela. A Angel é assim mesmo. Fica na defensiva com todos, na ofensiva com todos e ataca todos. Você é só mais um na lista dela.

–É melhor do ser assim do que ser cordial e machucada.

–Mas você foi machucada Angel.

Lembrou Bervely. Eu não gostei, vou ser sincera.

–Eu nunca confiei no Dexter. Você se animou rápido de mais com o Alef e olha no que deu.

–Você não tem cara para falar de machucados Angel.

–E você esta grávida do Cam.

–Eu não estou grávida!

Esbravejou Caryn largando o garfo. Que bom por que eu achei que ela fosse enlouquecer e me espetar.

–Não sabemos. Você pode ter um meio sadic que vai nos conquistar e magoar também no seu ventre agora.

–Esta sendo má.

Avisou Bervely mal humorada. Ela não recuava e não recuaria. Dei de ombros. A vida esta sendo má comigo também.

–O que deu em você? Era tão sincera e agora estar esse poço de magoa.

Perguntou Bervely saindo do serio. Era estranho.

–Sou human... Sou meio humana. Queria o que?

–Que você pare de pensar em seu próprio umbigo.

–Eu não penso no meu próprio umbigo. Meu problema é nosso problema.

–Meu problema é que eu posso esta grávida de um cara que eu nem sabia que existia, e que agora foi pro lado do cara que quer me matar.

–E o meu, é que eu tenho uma ligação com um cara que está do mesmo lado do inimigo. E que ele me magoou, mas eu não estou conseguindo sentir raiva dele. E eu não sei o que esta acontecendo comigo.

–Meu é problema é que... Eu não sei o que eu sinto nesse exato momento. Se é raiva, paixão, mágoa, desejo por vingança. Eu sei lá. Acho que sinto falta do Dexter...

–E do Alef...

–E do Cam...

–E da Tonie.

–Você não pode colar ninguém na lista Ítalo. Não disse qual é o seu problema.

–Tenho três filhas adolescentes com os hormônios na flor da pele e não sei onde colocar a mão.

–Na cintura para dá bronca.

–Boa Bonnie. Mas não nos de bronca antes de conquistar nosso respeito.

Opinou Bervely. Ela tinha se tornado amiga de Bonnie. Bem amiga mesmo.

–O que vai ser difícil.

Comentei com uma pontada de irritação.

–Essa guria não gosta de mim, né?

Perguntou Ítalo comendo pela primeira vez. E foi a sobremesa.

–Só um pouquinho do tamanho do grão de areia.

Respondi, fazendo o pouquinho juntando os dedos polegar e indicador. Só para ser boazinha.

–Pelo menos é alguma coisa.

Comentou Ítalo dando uma colherada, no musse de maracujá. Se minha mãe estivesse aqui ela enlouqueceria.

–Ah, eu gosto de você.

–Valeu Beliver.

–Pera ai, nosso pai não sabe seu nome?

Perguntou Caryn abismada.

–Saber, sabe. Mas a Bervely, quando nos conhecemos estava chorando e quando foi falar o nome dela saiu Beliver.

Explicou Ítalo com um ar de tédio. Achei legal. Vou aprender também.

–Reunião em família! Eu amo reuniões em família.

Disse um recém chegado um pouco parecido com Ítalo. O cabelo dele era escuro, então dava para distinguir quem era quem.

–Adrian.

Cumprimentou Italo ao recém chegado. Esse deveria ser um dos irmão de quem pediríamos ajuda antes.

–Maninho. Então essas são as suas não tão pequenas pestinhas.

–Ele nos chamou de peste?

Perguntou Caryn em um sussurro.

–Acho que sim.

Confirmou Bervely.

–Na duvida pergunta.

Propus irritada. Eu não sou uma peste. Na maior parte do tempo.

–Você nos chamou de peste?

Perguntou Caryn. Ela era a mais cara de pau do grupo, então fez isso primeiro. Ou a mais extrovertida.

–Pestinhas é o diminutivo de peste, não?

– Quem você se acha? A Malévola?

Perguntei irônica. Assistir o novo filme da vila da Aurora a pouco tempo. Quer dizer assistir não peguei uns pedaços.

–Irmão, do que ela fala?

–A tal Malévola é uma bruxa de contos infantis. Lançaram um filme dela com A Angelina Jolie, e ela fica chamando a Aurora, a mocinha de peste.

–Contos de fada.

Sorriu Adrian abanando as mãos. Ele era elegante até. Um pouco sexy talvez. Mas não como o Dexter. Será que o Drakon faz lavagem cerebral? Eu quero esquecer o Dexter mas não consigo. Mas eu vou morrer mesmo.

–Ou no nosso caso de terror.

Comentei atacando a sobremesa antes que a Caryn e a Bervely comesse tudo sozinha.

–Tenho uma noticia. O Drakon irar dar uma festa daqui a dois dias. Aqui em Onyx mesmo. Pelo jeito, o reino de terror tem que começar aqui.

Avisou Adrian ficando serio. Eu só consigo lembrar Dexter, droga!

–A Antonieta deve estar com ele.

Pensou Bonnie. A Bervey estava tentando evitar que ela leva-se a sobremesa. Estava engraçadão já que ela estava segurando o recipiente e arrastando a Bervely que segurava do outro lado, com uma colher na boca. A Bervely quando esta deprimida come muito doce. Acho que todo mundo faz isso na verdade. Eu mesma já fiz. Foi no dia que pintei meu cabelo de preto. E que Dexter partiu meu coração. Devorei potes e potes de sorvete. Era de chocolate e tinha pedaços dele.

–E como vocês vão entrar na tal festa?

Perguntei colocando os pés cruzados em cima da mesa.

–É de gala. Mascaras são obrigatórios. Podemos entrar lá sem ao menos ser notados.

Informou Adrian, colocando as mãos no bolso. A minha mente disparou o nome Dexter novamente. Esta apaixonada é uma droga! Ainda mais por aluem que já te magoou antes e não vai perder a chance de fazer isso de novo.

–Uau! Sorte de vocês. Vou ficar aqui assistindo Percy Jackson e o mar de monstros que eu ganho mais.

Avisei. Eu ir nesse tal baile? Com o Dexter passeando maravilhoso por lá? Eu mesmo não! Não sou masoquista. Não gosto de sofrer. Nem de sentir dor. E aposto que ele esta pegando outra garota por aí. Iludindo outra boba. Na verdade, espero sinceramente que não. Mas tanto faz, vou assistir Percy Jackson antes que Bervely me mate por não ter feito isso antes. Apesar de que Drakon já vai fazer isso. E o Logan Lerman é um gato. De cabelos escuros e olhos verdes mar. Aí que Droga! Dexter.

–Já leu o livro?

Perguntou Caryn mudando o assunto. O que era bom. Eu é que não quero ir para esse tal baile.

–Já estou no terceiro.

Avisei orgulhosa.

–O filme e o livro... Bem, não crie expectativas, ta?

Aconselhou Bervely, comendo o restante da sobremesa sentada no chão mesmo. Não é que ela tinha ganhado mesmo.

–Vou ler crônicas de Narnia.

Disse Caryn orgulhosa.

–Já li.

–O que você não leu ainda Bev?

–Sangue do Olímpio.

–Não lançou ainda.

Avisei. Pelo menos eu sei de alguma coisa.

–Quem disse que vocês vão ficar em casa?

Perguntou Bonnie.

–Vai nos levar para a toca do leão?

Perguntei a Ítalo não acreditando. Mas que pai é esse que me arranjaram. É desnaturado até o fundo da alma.

–Tenha certeza.

Confirmou Ítalo na cara de pau.

–Isso que é ser desnaturado.

Comentei revirando os olhos. Pais normais proíbem os filhos de irem a lugares perigosos. O meu quer me levar para o lugar onde o cara que quer me matar esta.

–Não fiz faculdade de paternidade.

Avisou Ítalo fingindo ar de pena. Como se eu não tivesse percebido.

–Se existi-se você tiraria zero por trabalho.

–Eu sei.

–Ah,Que bom!

–Mas vamos usar o que na festa? Não temos roupas.

Avisou Bervely.

–Eu tenho cartão de credito!

Avisou Ítalo. Pelo menos numa coisa ele acertou.


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