You could be Happy escrita por Dizis Jones


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Plá, bem eu vim com carga dupla hoje para compensar a demora



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Capítulo 5

Assim que meus pais não aguentaram mais esperar eles vieram até meu quarto.

— Filha, temos que conversar!

— Não temos não!

— Hazel! — meu pai me advertiu.

— Tudo bem, vamos deem as broncas!

— Não vamos dar bronca isso acontece queremos saber como está se sentindo!

— O que? Pai eu bati seu carro, vai ficar caro para consertar!

— Tem seguro, e se ele não cobrir, sabe que isso não é o problema você é a nossa maior preocupação, e a diretora ligou disse que estavam brigando com você..

— E por que vocês acham que estavam brigando comigo? Meu Deus! Sejam pais de verdade me botem de castigo gritem comigo! Eu bati seu carro pai! E ninguém brigava comigo, nós brigávamos, eu e o rapaz!

Olhei para meus pais com aquela cara de horror e então peguei meu notebook.

— Olhe aqui, vejam vocês mesmos.

Mostrei as fotos os comentários de todos, as brincadeiras nos posts, e o vídeo.

— Viram? Eu não sou santinha!

— Não disse que é santinha. — minha mãe estava rindo lendo os comentários de todos e meu pai ainda estava com aquela calmaria irritante.

— Por que não são pais normais?

— Filha se acalme, tanta agitação assim não é bom, mas filha entenda, não há motivo para alarme, você quer castigo? Pois bem, o que podemos fazer? Retirar o que de você? Isso é castigo que pais normais fazem, mas sabe o que? Não temos o que te tirar, você acabou de começar foi um acidente, acontece, por isso fazemos seguro por isso guardamos reservas, acidentes acontecem.

Respirei fundo e entendi o ponto que meu pai queria chegar.

— Desculpe.

— Acho que você tem uma legião de fãs.

— Como?

— Bem acho que enfrentar esse tal de Tobias te fez alguém que merece respeito.

Sentei ao lado de minha mãe e ri junto com ela dos comentários.

Isaac e Christina Will e All, estavam comentando também.

Senti um pouco de alívio, aquilo do equilíbrio acho que tem fundamento.

— Como foi seu dia?

— Tirando a batida, foi muito bom, fiz amigos.

— Isso é maravilhoso.

— Mãe, pai, bem tem algo que eu quero e bem não sei se eu mereço agora depois de tudo.

— O que foi filha?

— Bem, eu queria fazer parte da nossa comissão de formatura.

— Mas isso dá muito trabalho filha!

— É uma comissão mãe, têm muitas pessoas, o trabalho é dividido.

— Não sei...

Meu pai estava quieto enquanto minha mãe tentava argumentar até que ele quebrou o silêncio.

— Deixe-a ir, se ela deseja e acha que vai aguentar, mas sabe que é uma responsabilidade!

— Eu sei e vou conseguir.

— Você pode conseguir tudo que desejar filha basta lutar por isso, olhe o seu maior milagre você conseguiu. — meu pai apontou para meu peito. — O resto é com você.

Ele me beijou na testa e foi saindo do quarto, minha mãe repetiu o gesto e saíram os dois.

— Vai querer comer algo? Você não comeu desde que chegou. — minha mãe disse preocupada voltando.

— Vou esperar o jantar não se preocupem.

Era estranho meu pai se referir sempre a minha operação como milagre, eu não via assim, mas sabia que ele era uma pessoa inteligente, e que conviver dez anos com uma filha doente podia fazer com que o ser humano se apegasse a crenças.

Peguei a ficha de inscrição e na primeira pergunta eu já vi que seria mais difícil do que imaginava.

Eram perguntas sobre o ano passado, coisas que somente quem estudou poderia responder, meu ânimo ficou zero naquele momento.

Jantei quieta pensando nisso, até que meu pai pediu para assinar a ficha, eu não comentei nada só dei a ele, ele me entregou de volta sem falar uma só palavra imaginei que ele só deixou, pois sabia que eu não iria ser aceita.

Deitei a cabeça no travesseiro e fiquei pensando nesse dia longo e turbulento e de como eu resisti pensei em meu antigo coração ele não aguentaria nem um terço da agitação de hoje.

Meu dia começou normal a não ser pelo fato de que hoje minha mãe me levou até a escola, pois o carro do papai estava na oficina.

— Ei a E.T chegou com a mamãe!

— O que? — olhei para o lado e vi Molli a garota do piercing.

— Sim, sua E.T, soube que nunca estudou em escola nenhuma e de repente aparece aqui do nada, só pode ser uma E.T!

Eu desviei meu caminho dela deixando lá falando sozinha, bem ontem foi um dia bom, hoje pelo visto seria diferente.

— Hazel Grace! — Isaac vinha em minha direção. — E aí como anda a nova celebridade da escola?

— Como assim?

— Bem, a senhorita virou notícia depois do show com o Eaton no estacionamento, o que levou a muitos fazerem perguntas e aí um fala pro outro e enfim agora você está na boca do povo! A garota misteriosa que nunca estudou em escola alguma e que enfrenta valentões!

— Isaac eu só contei a vocês de eu não ter estudado em escola alguma antes, como Molli sabia disso?

— Bem, eu acho que All falou a alguém sei lá, que falou pra outro e assim foi!

— Ai por isso que a Molli me chamou de E.T. — saí bufando. — Pensei que vocês fossem meus amigos!

— Hazel pare! Isso é uma coisa boa você não precisa repetir a história.

— Claro que vou, sabe como funciona a fofoca!

— Sei. — ele abaixou a cabeça. — Mil desculpas o All é assim mesmo.

Comecei a andar nos corredores e muitos me cumprimentavam, eu tive que tentar ser educada.

— Olha o que uma briguinha de nada faz hein Hazel, Isaac. — Christina chegou.

— Me deem um tempo vocês!

— Nossa a popularidade já subiu a cabeça!

— Vocês não entendem, isso não é popularidade estão caçoando de mim.

— Não é o que eu tenho ouvido.

Resumindo, eu realmente estava na popular boca do povo, se isso era ruim ou bom? Nem eu ao menos sabia!

As aulas seguiram como sempre e Tobias se quer dirigiu seu olhar em minha direção, o que foi muito bom.

Quando entrei no refeitório, meus amigos estavam juntos, mas isso não impediu e nem intimidou Molli que chegou até minha frente assim que saí da fila com minha bandeja do almoço em mãos.

— E.T, acha que pode chegar aqui no colégio e fazer uma revolução?

— Não sei do que está falando!

Saí de perto dela desviando-a, mas ela não ficou por aí, ela me empurrou fazendo com que minha bandeja caísse e eu também.

Fiquei ali de joelhos envergonhada demais para levantar rapidamente.

— E.T esquisita, você sabe que aqui não é seu lugar então por que não volta para seu ninho?

Ela falou isso e saiu rindo, naquele momento eu não consegui segurar as lágrimas, quando olhei para cima uma mão estava esticada em minha direção, segurei e quando estava me levantando vi a quem pertencia a mão então encarei.

— O que foi? Veio rir de mim também? — puxei minha mão. — Não preciso de sua piedade Tobias!

Virei-me e meus amigos estavam vindo em minha direção, mas eu saí correndo em meio ao tumulto até chegar no banheiro eu me tranquei dentro de uma das cabines.

O choro veio intenso, o que eu estava fazendo aqui? Por que eu precisava passar por isso? Eu não podia aguentar mais!

— Hazel? A voz de Christina me deu um pouco de forças havia algumas pessoas legais em meio aos terríveis, limpei as lágrimas com as costas da mão e saí dali.

— Estou aqui.

— Olha, vamos lá, não dê atenção a Molli é exatamente isso que ela busca, te atingir.

— Acho que ela está fazendo um bom trabalho, aliás, ela e Tobias são as piores pessoas desse colégio.

— Confortaria você se eu dissesse que nem sempre foi assim?

— Não.

— Imaginei, então vamos almoçar?

— Perdi a fome, acho que quero ficar sozinha.

— Não vou te deixar sozinha, eu sei que você passou a sua vida praticamente sozinha, mas nem todos são idiotas, há uns rapazes preocupados com você ali fora, mas sabe banheiro feminino não podem entrar.

Ri de Christina, lavei meu rosto e saí.

All, Will e Isaac estavam esperando do lado de fora.

— Hazel Grace!

— Isaac. — eles me abraçaram um a um.

— Olha agora vamos parar de frescuras, e falar de uma vingança!

— Ninguém fará vingança! — Christina falou.

— Eu também acho que isso não é uma boa coisa. — deixei claro.

Caminhamos durante o intervalo juntos evitando os locais onde eu poderia encontrar Molli ou Tobias.

— O que você quis dizer no banheiro sobre Molli e Tobias não serem sempre assim?

Todos se olharam entre si e aí Will respondeu.

— Tobias nem sempre foi excluído assim, ele costumava ser o melhor capitão e mesmo assim mantinha suas notas, éramos amigos.

— Espera, o capitão do time era nerd?

— Não totalmente, mas ele é muito inteligente, então sempre estava na biblioteca em nossos grupos de estudos quando os treinos o permitiam, mas aí ele começou a entrar na fase de festas com a galera do time, mas depois da morte da Tris, a namorada dele, ele ficou assim recluso de todos, nem dos amigos de time e nem dos antigos amigos de estudos ele se aproximou mais.

— Oh, eu não esperava por isso, e Molli?

— Essa eu respondo. — Christina falou. — Monica, Tris, Molli e eu, éramos muito amigas, até que a morte de Tris nos afastou, Molli sofreu mais, ela e Tris eram unha e carne.

Por trás de pessoas que aterrorizam sempre tem uma história triste, acho que as pessoas tendem a aterrorizar as outras quando se sentem ameaçadas.

Ver um pouco as coisas nessa perspectiva ajudava um pouco.

Como sempre na aula de educação física, eu ficava na biblioteca, hoje eu não quis navegar na net eu resolvi entregar a leituras nesse tempo.

Vaguei pelas fileiras da biblioteca em busca de algo que me interessasse, eu tinha a lista de leituras do professor de literatura, mas nada estava me atraindo.

Cheguei em frente a uma prateleira que dizia: Anuários.

Então resolvi ver os últimos anuários, assim que abri as páginas do anuário do ano passado me surpreendi com várias fotos de Tobias, entre elas estavam em muitas pós-jogos junto com seus amigos, sua namorada, ele sorria na maioria das fotos, era bem diferente do carrancudo Tobias que eu vi esses dois dias.

No próprio anuário tinha uma homenagem a aluna Beatrice Prior e várias fotos e realmente em muitas delas estavam juntas Monica, Christina, Molli e a Beatrice.

Coloquei os anuários no lugar fiquei novamente incomodada com a situação.

Assim que saí da Biblioteca eu dei de cara com Tobias.

— Ei, a garota com privilégios! — ele falou desdenhando.

— Se não gosta de mim, por que se dá ao trabalho de falar comigo?

Ele nada respondeu e passou por mim entrando na biblioteca.

Mesmo tentando pensar no fato de que ele tinha motivos para ser assim, eu odiava essa atitude dele.

Quando estava esperando minha mãe me buscar em frente ao colégio Monica me chamou.

— Hazel!

— Oi Monica. — sorri para ela.

— Você preencheu a ficha de inscrição para a comissão de formatura?

— Bem... — Como ia explicar a ela? Pensei bem e resolvi falar tudo de uma vez. — Olha Monica, eu queria muito, mas enfim a ficha de inscrição pedia muita coisa que eu nem consigo e nem posso responder, eu nunca frequentei uma escola e...

— Ah isso, olha só, eu gosto de trabalhar com pessoas inteligentes e sei que você deve ser essa pessoa, preencha a ficha a medida de suas possibilidades, o resto eu resolvo, eu só preciso que seus pais assinem sabe coisas da direção.

— Ok, eu vou tentar.

Ela me deu um abraço, eu não estava acostumada com essa aproximação de pessoas além de meus pais, então fiquei meio constrangida, mas tentei retribuir o carinho, sorri.

— Amanhã te entrego.

— Até amanha Hazel!

Ela saiu quase saltitando. Quando me virei avistei minha mãe chegando.

— E aí meu amor como foi o dia de hoje?

Pensei em tudo que aconteceu, Molli, em como me senti, mas olhando a animação de minha mãe eu percebi que ela não precisava saber desse detalhe.

— Foi muito bem.

— Que bom minha querida, filha tenho boas notícias, o carro de seu pai fica pronto em dois dias, e logo não precisará mais de carona.

— E vão me deixar continuar dirigindo depois de tudo?

— Já dissemos minha querida, acidentes acontecem.

Cheguei a minha casa e decidi que ficaria em meu quarto até o jantar, não queria sem querer falar demais sobre o meu dia, fiquei encarando a ficha de inscrição e decidi preenche-la.


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Notas finais do capítulo

Ate o prox



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