You could be Happy escrita por Dizis Jones


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olá,
Quero agradecer os comentários e me desculpar se eu não respondi alguns é que estava sem computador e o celular é ruim responder, mas depois com tempo eu respondo.
então a demora como sempre fi para se organizar, e agora o dia de postagem será sempre aos sábados, de preferência será pela manha, as vezes a noite, mas sábado sempre estaremos aqui.
Capítulo animado o/
Boa leitura



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Capítulo 14

Tobias foi me buscar pela manhã de terça, chegamos ao colégio e não mais atraíamos os olhares curiosos, já estavam acostumados a nos ver juntos.

Passamos por All que era o único que não mais me cumprimentava, eu estava triste com isso, pois agora sentávamos no refeitório Will e Christina, Isaac e Monica, e Tobias e eu, mas eu não via a necessidade de All se afastar desta forma. Naquele dia eu já havia reparado em um garoto novo na aula de Matemática, porém foi na hora do almoço que me lembrei de perguntar por que um garoto recém-chegado estava se dando tão bem com os meninos do time.

— Aquele é Peter, ele já estudou em nossa escola no começo do primeiro ano, mas seus pais se separam e ele foi morar com os avós. Agora sua mãe conseguiu a guarda e ele voltou. — Tobias explicou.

— Sim, o babaca voltou. — disse Will.

— Vai que ele mudou?! Quem sabe tantas coisas que aconteceram em sua vida? — Isaac falava enquanto segurava a mão de Monica com uma mão e a outra bebia a sua coca.

— O treinador veio me chamar hoje.

— Sério?

— Sim, disse que o time precisa de reforços e que ele pode esquecer tudo.

— Tobias, e o que você pensa disso?

— Às vezes eu me pergunto se eu não gosto de jogar ou só quero fazer pirraça demolequecom meu pai.

— Pense por esse lado, você não precisa continuar nisso, pode fazer como meu pai e abrir as portas para universidade.

— Parece meu pai falando.

— Desculpa, não era minha intenção. — abaixei a cabeça.

—Ei, olhe aqui. — Tobias ergueu meu queixo com a ponta dos dedos.

— Tobias, mas pense assim, eu também não queria ou apenas achava que não queria um coração, até eu conseguir, eu pensava que era um sonho dos meus pais. Hoje eu dou valor a ele.

— Entendo aonde quer chegar, eu posso não querer jogar por achar que é o sonho dos meus pais, mas realmente às vezes eu sinto falta e, aliás, eu morro de vontade de mostrar a Edward que o time não é nada sem minha ilustre presença.

— Você quer tripudiar Tobias Eaton? — debochei.

— Um pouco. — ele sorriu enquanto colocava uma batata frita em minha boca.

— Pessoal, lembrem-se que são da comissão de formatura! — Monica falou chamando nossa atenção.

— Eu estou fora. — Tobias levantou os braços.

— Você sim, mas o resto não, e lembrem que o halloween está chegando!

— Tem mais isso? — Isaac perguntou.

— É eu havia esquecido completamente. — Christina falou.

— Pensei em fazer uma festa. — Monica falou animada batendo palminhas.

— Para você tudo vira festa! — Will retrucou de mal humor.

— Claro, é a melhor forma de arrecadar dinheiro para formatura, e além de nos divertirmos.

— não esqueçam que as olimpíadas de matemática estão chegando também- Isaac falou

— Tem mais isso, acho que esse ano eu estou fora, Isaac você é nossa salvação. — disse Will. — Esse ano eu não sei o que houve comigo.

— Acho que imagino. — Christina deu um beijo na sua bochecha.

— All é muito bom em matemática, mas ele anda tão distante, acho que o professor pode muito bem considerá-lo para formar a equipe.

— Espere, me explique direito isso. — larguei a mão de Tobias e me debrucei na mesa pedindo mais informações.

— É assim, todo ano temos as olimpíadas de matemática, porém para o campeonato estadual, são escolhidos alguns alunos para compor a equipe, e dois serão os titulares os que representam oficialmente a escola, na competição, geralmente são alunos do terceiro ano, esperamos isso o ensino médio inteiro, no final a equipe é formada por três garotos e três garotas, mas só um garoto e uma garota são titulares os outros é tipo banco de reserva se acontece algum imprevisto. — Isaac explicou me fazendo me interessar no assunto.

— Interessante, eu sou boa em matemática. — falei.

— Sim sabemos Hazel, é bem provável que o professor fale com você também. — comentou Will.

Entrei na aula de Artes e o professor estava com um sorriso enorme.

— Hazel Grace!

— Sim?

— Você foi aceita para concorrer na amostra para a bolsa de artes!

Eu já havia me esquecido deste detalhe, eram tantas coisas ao mesmo tempo em que eu ficava perdida, realmente a vida do colegial era agitada.

Comecei então um projeto para expor na mostra, o professor iria me orientar para isso visto que eu só sabia o básico, ou quer dizer, quase nada sobre arte, só o que eu sentia e colocava para fora.

Na aula de História, estava distraída com a lista de coisas que eu deveria fazer para a festa de halloween quando eu novamente me deparei com as pequenas marcas que eu via saindo da gola da camiseta de Tobias.

— O que está olhando?

Tobias se virou me pegando praticamente no flagra.

— Nada eu só me pergunto... — pensei bem, como eu falaria a ele que eu sempre ficava olhando a sua nuca?

— Fale Hazel!

— Eu sempre me pergunto: o que era sua tatuagem?

Ele olhou firme em meus olhos erguendo as sobrancelhas e sorriu de lado.

— Se quiser eu te mostro.

Eu fiquei corada e sei disso, pois senti meu rosto queimar como brasa.

— Um dia quem sabe.

— É, um dia.

Ele se virou imediatamente, mas pude perceber que me encarava pelo canto do olho e sabia que era para conferir se eu ainda olhava para sua nuca.

O mês de outubro estava no fim, e junto com ele chegava à festa de halloween.

— Hazel nós podemos sair para comprar sua fantasia para o halloween? Já combinou com Tobias?

— Mãe isso é cafona, e bem não quero nada muito estonteante!

— É seu primeiro halloween de verdade!

— Não é não. Eu sempre peguei doces quando criança.

— Nem vou entrar nesse assunto, vamos ou não?

— Tudo bem mãe, vamos.

Eu estava cansada de passar em várias lojas de fantasia e nada me agradar, tudo tão infantil demais, ou sexy demais, ou exagerado demais, enfim chegamos a uma loja de fantasias que estava meio esquecida, a sua fachada era meio rústica, pensei comigo mesma: "será a última e pego até fantasia de enfermeira sexy se tiver". Meus pés me matavam e eu estava exausta.

— Boa tarde.

— Olá. — minha mãe foi conversando com a senhora que tinha os cabelos grisalhos e usava óculos que era preso em uma corrente que ficava na ponta de seu nariz.

— Minha filha está procurando algo para a festa de halloween, mas pelo visto nada a está agradando.

— Minha criança o que você procura?

— Bem, eu não quero nada infantil, tipo que digam olha a princesa da Disney, ou nada muito sexy que falem olha a coelhinha da Playboy, mas também não quero nada que seja exagerado demais.

— Acho que tenho algo em que eu estava trabalhando que vai se encaixar no que procura.

A senhora abriu a porta que levou a uma sala que continha uma infinidade de tecidos e máquinas de costuras, caminhamos como podíamos por entre o labirinto de cedas e paetês. Ela caminhava tranquilamente como se conhecesse o labirinto de cor. Chegou a mais uma porta e abriu, tateou a parede até que achou o interruptor e as luzes se acenderam revelando vários vestidos maravilhosos, porém ela nos levou até o final do pequeno cômodo e lá estava ele pendurado.

Era um vestido de corpo azul, com uma saia que abria em forma de balão com drapeados e bordados, nada exagerado, porém os detalhes eram impressionantes.

Os tons de azul se mesclavam e nas suas costas saíam um tecido de cetim presos nas mangas que formavam asas.

— Uma borboleta. — sussurrei, pois ele lembrava as asas de uma borboleta.

— Sim, e acompanha essa máscara, eu mesma colei cada pedra.

A máscara era do mesmo tom de azul mesclado do vestido, com pedras e as pontas dos cantos imitavam asas.

— É perfeito! — meu sorriso era de uma criança ao ver o carro de sorvetes passando ao final de um dia quente, eu estava maravilhada, me imaginei usando o vestido, mas logo fiquei triste novamente. — Acho que não posso ficar com ele.

— Por que minha criança?

— Deve ser caro. — falei sem pensar.

— Filha não se preocupe!

— Calma querida. Vejo em você a pessoa ideal para usar esse vestido, eu sempre quis ser a fada madrinha de alguém, e hoje, se considere amadrinhada, eu vou cobrar os custos de uma locação assim você pode devolvê-lo e outra garota em outro baile ficará feliz!

Sorri para senhora, e o preço ficou ótimo, era por uma noite, mas o que bastava para usar esse vestido.

Quando Tobias encostou a caminhonete à frente de casa eu estava suando em minhas mãos ao alto da escada, minha mãe abriu a porta para ele, revelando um Tobias vestido de pirata, eu segurei para não rir e me arrependi de não ter combinado a fantasia, mas assim que ele me viu ficou parado ao pé da escada enquanto eu descia segurando a barra do vestido, os sapatos de salto não eram algo que eu estava acostumada, porém não ficaria completo sem eles.

— Espero que minha namorada não saia voando por aí. Você está estonteante Hazel Grace.

— Ai vocês estão tão lindos!

Minha mãe juntou as suas mãos próximas ao coração. — Esperem aí eu tenho que tirar uma foto disso!

Ela saiu correndo até a sala de TV.

— Ei e você senhor pirata?

— Não é qualquer pirata, é Jack Sparrow, sabe aquele do filme Piratas do Caribe?

— Devo ter ouvido algo. — estava sorrindo para ele.

— Fiquem juntos! — disse minha mãe.

Eu me posicionei ao lado de Tobias feliz de estar com dele, este que sorriu e fez uma pose com a espada.

— ficou perfeita, agora vão logo para não se atrasar!

— Não me espere.

— Ei mocinha cuidado ou vira abóbora!

— Acho que a minha fada madrinha não disse nada sobre a regra da hora.

— Divirta-se Hazel, não importa que horas volte.

Nas ruas as crianças estavam correndo atrás de seus doces, as casas estavam decoradas.

Chegamos ao baile e todos estavam fantasiados, Monica estava perfeita na fantasia de enfermeira, sexy, digna da Playboy, sorri olhando para Isaac vestido de médico.

Will estava vestido de Sherlock com um cachimbo falso e Christina estava vestida de bruxa, os dois não combinaram também.

— Como você está perfeita Hazel!

— Obrigada Monica!

A música estava tocando e desta vez Monica cuidou de conseguir um bom DJ novamente.

Calvin Harris - I Need Your Love ft. EllieGouldingcomeçou a tocar.

— Vamos dançar?

— Vamos meu pirata, vamos voar!

O salto não ajudava muito nos passos, mas Tobias segurou em minha mão, as luzes que iluminavam o ginásio estavam maravilhosas, e eu tentava ser o menos desengonçada possível, mas pelo que percebia a minha volta não havia uma regra para dançar, cada um se movia como podia, alguns arriscavam alguns passos mais ousados.

Isaac e Monica eram os mais animados e pareciam ter ensaiado alguma coreografia sincronizada. Ele a pegou pela cintura levantando-a e eu nem sei se isso era fisicamente possível, mas sei que ele a rodopiou de uma forma que meus olhos nem conseguiram seguir.

Tobias pegava os breves momentos e não deixava de me beijar.

— Você está misteriosa com essa máscara.

— Obrigada.

Você é perfeita Hazel Grace.

Era nesses momentos que tudo ao meu redor sumia, e eu era pura animação, Will e Christina não ficaram para trás eles dançavam como se cada um fosse uma parte separada, nada sincronizado.

Uma roda começou a se formar no meio da pista e aos poucos sempre um entrava no meio e fazia algum passo que soubesse.

Isaac entrou fez um de dança de rua, que foi perfeito. Monica entrou na roda e fez algo estranho com os braços, mas era visível que era proposital, pois todos estavam animados e bateram palma, Will entrou e fez os passos de Michael Jackson, Christina entrou e começou a simplesmente se mover. Eu sorri para ela, mas alguém empurrou Tobias que eu ri dele, quando ele ficou um tempo sem saber o que fazer até que moveu seus pés e começou uma sequência desengonçada de passos, mas chegou a vez de me jogarem no meio, eu simplesmente fechei os olhos e deixei que o ritmo ditasse o que eu fizesse, e acho que deu certo, pois as garotas começaram a sorrir e gritar "isso aí Hazel" "Arrasou"

O baile estava ótimo, era o segundo em minha vida escolar, e eu já estava cansando, retirei meus sapatos e me sentei.

— O que foi Hazel?

— Estou cansada somente.

Tobias sentou-se ao meu lado.

— Também cansei, acho que não fui feito para dançar.

— Mas você foi ótimo.

Ele me encarou por um longo tempo.

— O que foi?

— Nada, é que você é tão linda Hazel que me pergunto se te mereço.

— Tinha álcool no ponche?

— Não que eu tenha visto, se não eu teria bebido ele todo! Aí acho que dançaria melhor.

— Sei.

Ficamos por um tempo ali parados.

— Queria te mostra uma coisa hoje.

— O que?

— Minha tatuagem, você pareceu se interessar por ela.

— Sim, mas... Ai meu Deus! — enterrei meu rosto em minhas mãos. — Que vergonha Tobias!

— Ei Hazel, preparada para me ver sem camisa?

Eu não sabia o que falar, muito menos o que fazer, porém eu queria realmente desfazer essa curiosidade, ele pegou em minhas mãos e me levou até sua caminhonete.

Quando estávamos dentro ele ligou, eu nada falei, até que encostou a caminhonete chegando próximo a praça que frequentávamos aos domingos.

— Você vai tirar a camisa?

— Você quer que eu tire a minha roupa pelo visto.

— Uma parte dela, provavelmente.

Ele sorriu maliciosamente e eu retribuí.

WingsBirdy

Ele abriu os botões do colete e depois da camisa, retirou o chapéu eu estava suando com a cena, não sabia exatamente o que fazer se isso fosse mais longe...

Ele retirou as mangas da camisa eu pude ter uma visão de seu peitoral, era definido, meus dedos estavam ansiados por toca-lo, mas os fechei em punho evitando que criassem vida própria

Lentamente Tobias se virou deixando que eu tivesse uma visão de suas costas, a luz da lua não foi suficiente então acendi a luz interna do carro e pude ver melhor, e fiquei impressionada, era ele o Tordo, eu mesma desenhava esse tordo, não igual, mas a mesma ideia, o tordo de asas abertas como se quisesse voar, as partes que ficavam para fora da sua gola eram raios que saíam dele.

— O que achou?

Minha mão se conteve por um breve instante, mas logo ela seguiu o caminho até a sua pele e toquei no tordo.

— Lindo.

Senti que a respiração de Tobias ficou pesada ao meu toque.

Desci meus dedos pela extensão do tordo.

— Eu desenho o mesmo tordo, não o mesmo, mas eu desenho sempre um tordo, ele antes estava preso agora faz um tempo que desenho ele assim livre.

— "Para chegar a seu lugar ao sol.” — falamos essa frase juntos.

— Como? — perguntei espantada assim que ele se virou para mim.

— Parece estranho e você pode não gostar, mas Tris me dizia isso, que somos como pássaros buscando nosso lugar ao sol.

Mesmo ele fazendo referência a Tris usando a minha frase, eu não tinha o direito de ficar zangada e muito menos de sentir ciúmes de uma garota morta, mas eu fiquei mais impressionada com a mesma frase que eu uso ser a mesma que o fez fazer a tatuagem.


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Notas finais do capítulo

Espero os seus comentários
beijos e até o próximo