Vitor: Ficou maluco? Não acredito que a Thay seria capaz de me trair, sempre fui um cara legal, atencioso, romântico, carinhoso. Acho que ela não tem motivo pra me trair!

Thiago: Então ta, ela não te atende porque ta tomando chá com a amiga.

Depois disso e eles preferiram ficar na deles, se Vitor não queria ver o que estava acontecendo, não era eles que iriam fazer o contrário. Assim que o almoço acabou, Vitor foi para o seu quarto e ligou o notebook, Thay também não encontrava-se on em suas redes sociais, parecia que havia tomado chá de sumiço. Ele já começava a ficar preocupado e teve a ideia de que se Thay não retornasse suas ligações até o fim da noite, ele ligaria para Angel.

No Brasil

Enquanto Vitor morria de preocupação em Cancun, no Brasil Thay dormia tranquilamente com sua amada. Lá pelas duas e meia da tarde e elas despertaram.

Roberta: Que horas são? – Espreguiçou-se na cama.

Thayane: Onze da manhã, talvez. – Nisso, Beta esticou o braço e pegou seu celular no criado-mudo.

Roberta: Ba, errou feio amor. São duas e trinta e três.

Thayane: Nossa, a gente dormiu muito. - Roberta sorriu e deitou-se no peito de Thay.

Roberta: Se eu pudesse não saía dessa cama hoje. Só levanto por um motivo.

Thayane: Ah é? E qual é esse motivo neném?

Roberta: Eu to com fome.

Thayane: Olha só, eu achando que ela ia falar algo bonito, algo romântico e ela me vem com essa de que ta com fome. – Beta sorriu.

Roberta: Ta com fome não, amor?

Thayane: To sim.

Roberta: Então fechou, vou ligar e pedir algo pra comermos.

Beta pegou seu celular e ligou para o restaurante de sempre. Enquanto seu pedido não chegava, ela resolveu tomar um banho. Thay ao ficar sozinha lembrou-se do seu celular e o pegou, ele estava desligado, ela conectou o carregador e o ligou, deparando-se com 23 chamadas de Vitor.

Thayane: Droga!

Thay havia esquecido completamente de Vitor. Rapidamente ela foi até a sala, conectou seu celular lá e retornou para ele. No começo Vitor agiu com preocupação, ao ver que estava tudo bem com Thay, ele ficou bravo e assim agiu. Para variar, Thay tinha uma desculpa pronta para usar, ela inventou que estava na casa de Angel e que seu celular havia descarregado, tarde da noite ela reparou que não estava com seu carregador e resolveu deixar para pegar no dia seguinte, porém estava cansada demais e acabou dormindo até aquela hora. Vitor no começo a encheu de perguntas, mas como ela tinha uma desculpa para tudo, ele engoliu. Engoliu porém ficou aquela pulga atrás da orelha.

Assim que Thay desligou, Beta saiu do banho.

Roberta: O que está fazendo, amor?

Thayane: É...eu vim tomar água. – Beta viu o celular na mão de Thay e percebeu que ela havia ligado para Vitor, pois estava um tanto nervosa.

Thay não conversou muito, deu um selinho em Beta e foi tomar um banho. Cinco minutos antes de Thay sair do banho e a comida chegou. Beta colocou a mesa e após Thay sair do banho, elas almoçaram.

Algumas horas se passaram, o almoço já tinha acabado e elas estavam curtindo uma preguicinha no sofá.

Thayane: O que vamos fazer agora a tarde, amor?

Roberta: Não sei neném. Ah não, eu tenho o jogo.

Thayane: Que jogo?

Roberta: Lembra que o Chris ligou me chamando pra jogar no time da May?

Thayane: Ah é verdade. Meu Deus, a May jogando? Acho que ela não joga desde os 16 anos. – Elas sorriram.

Roberta: Eu não posso falar nada porque faz um tempo que eu não jogo também. Quer jogar?

Thayane: Eu? – Thay sorriu. – Eu não levo jeito amor, sou uma negação.

Roberta: Tem certeza? Não quer ficar no time adversário, não? Daí no meio do jogo eu tento tirar a bola de você te dando uma encoxada. – Sorriu maliciosa e Thay deu um tapa em seu braço. – Ai amor, o que foi?

Thayane: Você aquieta essa periquita, gaúcha abusada! Pode parar com isso, encosta em uma menina lá e você apanha quando voltarmos pra casa.

Roberta: Ai que lindo, ta com ciúminho. – Sorriu.

Thayane: Não tem graça, ok? E eu to falando muito sério, mocinha!

Roberta: Ta bom, ta bom.

Uns minutos se passaram e Beta foi pro quarto se arrumar. Não demorou muito e ela voltou a sala com a roupa do jogo.

Thayane: Olha só, que linda, vem mais perto pra mim ver. – Beta aproximou-se.

Roberta: Fiquei legal nessa roupa, amor?

Thayane: Ficou linda, amor. Parece uma jogadora profissional. Tenho que tirar uma foto, espera aí. – Thay correu para o quarto.

Roberta: Ah não amor, sem foto. – Thay voltou.

Thayane: Ah, com foto sim! Vai, fica quietinha aí e desfaz essa cara de emburrada.

Thay acabou fazendo Beta rir e ela tirou a foto. Logo em seguida e elas foram para o apartamento de Chris.

Christian: AAAH, chegou a craque! – Ele riu e elas entraram. Thay e Beta cumprimentaram Angel e Diego.

Roberta: E a artilheira do time, cadê?

Angel: Ta há duas horas se arrumando.

Roberta: Meu pai, imagina no dia do casamento.

Thayane: Falando nisso e você Diego, melhorou?

Diego: Melhorei sim.

Eles conversaram mais um pouco e logo desceram para a quadra de futebol, onde as meninas já esperavam as duas. Beta deu um selinho em Thay e elas foram para a quadra. O time conversou um pouco, colocaram as camisas do time e logo em seguida o jogo começou.

Thay, Angel, Chris e Diego mais o pessoal do prédio torciam bastante para o time de May e Beta. Eles gritavam, vaiavam o time adversário, gritavam os nomes delas. Beta fez o segundo gol e o dedicou para Thay, beijando o anel que ela usava. Beta também deu o passe para May fazer o quarto gol do time.

Thay não havia gostado muito daquele esfrega-esfrega das meninas em sua namorada, mas jogo é assim mesmo e ela sabia. Assim que o jogo terminou, Beta e May foram até o pessoal que as cumprimentaram pelo ótimo jogo. Elas estavam bastante suadas, então Beta resolveu ir tomar banho logo.

Roberta: Eu vou ali tomar um banho, amor.

Thayane: Que? Com essas meninas? No mesmo vestiário?

Roberta: É amor, vai ser rapidinho.

Thayane: Nem pensar.

Roberta: Por que?

Thayane: Com essas oferecidas, não!

Roberta: O que?

Thayane: É isso mesmo que você ouviu. Eu vi os esfrega delas em você. – Beta riu.

Roberta: Você ta falando sério?

Thayane: Muito!

Roberta: Ta bom ciumentinha!

Thayane: Eu não to com ciúme!

Roberta: Ah não? Então eu vou tomar banho com as meninas, todas sem roupa!

Thayane: Ta bom, então vai. – Beta sorriu de novo.

Roberta: Eu to brincando, amor. Não vou não. Desfaz o biquinho.

Thayane: Não to de bico.

Roberta: Eu vou te abraçar suada desse jeito, hein.

Thayane: Nem inventa!

Roberta: Ah é? – Beta não pensou duas vezes e a abraçou, dando um selinho nela também.

Thayane: Amor, você ta suada, pára!

Roberta: Então diz que me ama que eu te solto.

Thayane: Eu te amo.

Roberta: Com emoção!

Thayane: Eu te amo muito!

Roberta: Ah, agora sim. – Beta sorriu. – Também te amo muito! – Ela passou a pontinha do seu nariz na pontinha do nariz de Thay e a soltou do abraço. – Vamos subir pra mim tomar um banho e trocar de roupa?

Thayane: Vamos.

Thay e Beta juntaram-se novamente ao pessoal e subiram para o apartamento de Chris. Enquanto Beta e May tomavam banho, o pessoal pediu três pizzas. Não demorou muito e as pizzas chegaram, eles jantaram e conversaram um pouco.

Enquanto May guardava a louça, Diego se aproximou dela.

Diego: Me alcança um copo, por favor? – May pegou o copo e o entregou.

Mayane: Aqui está. – O entregou e ele o pegou servindo-o com refrigerante.

Diego: Parabéns pelo jogo. Você bateu um bolão e o gol foi lindo. – May sorriu.

Mayane: Que isso, faz décadas que não jogo.

Diego: Nem pareceu. – Devolveu o sorriso. Ele lavou o copo, secou e o guardou.

Mayane: Vai sair?

Diego: Vou encontrar uns amigos. Boa noite. – Ele aproximou-se dela, deu um beijo em sua bochecha e saiu da cozinha.

May percebeu que ele estava um pouco frio e ficou um pouco cabisbaixa. Ao terminar de guardar a louça, May juntou-se ao pessoal para conversar mais um pouco. Minutos depois e Thay e Beta decidiram ir embora.

Thayane: Então vamos né, amor?

Angel: Que isso gente, ta cedo.

Roberta: Não, não. Amanhã acordamos cedo.

Christian: É, fora a noitada daqui a pouco, né? – Beta jogou uma almofada nele.

As meninas se despediram e foram embora. Chegando em casa, Beta e Thay desmoronaram na cama.

Thayane: Ai meu Deus, to cheia.

Roberta: Comer me dá sono. – Thay deitou-se de lado.

Thayane: Ta com soninho?

Roberta: Ahãm. O jogo me quebrou também. – Thay sorriu.

Thayane: Você jogou melhor que todas. – Beta sorriu.

Roberta: Nem tanto, amor. – Ela levantou-se. – Vou escovar os dentes. – Deu um selinho em Thay e foi ao banheiro.

Minutos depois e Beta voltou.

Roberta: Sua vez.

Thayane: Ah mais tarde, amor. Preguiça.

Roberta: Não, que mai tarde o que? Vai lá pra gente deitar neném.

Thayane: Ai amor, eu to com preguiça, depois. – Fez dengo.

Roberta: Oh que dengo meu Deus. – Sorriu. – Mas não me convenceu, vai lá.

Thayane: Aff, ta bom. – Thay levantou-se e foi para o banheiro.

Enquanto ela escovava seus dentes, Beta trocou de roupa para dormir, ligou o ar condicionado e deitou-se. Cinco minutos e Beta já estava cochilando. Thay voltou ao quarto e ficou escorada na porta do banheiro enquanto olhava Beta dormindo. Depois de babar bastante em sua pequena, Thay foi até a cama, deitou ao seu lado com cuidado para não acordá-la e fez carinho.

Roberta: Amor...- Thay colocou seu dedo indicador nos lábios de Beta a impedindo de continuar falando.

Thayane: Xiii amor. Não fala nada. Dorme minha princesa.

Roberta: Não...- Thay sorriu.

Thayane: Você não aguenta nem falar, neném. Dorme vai.

Roberta pegava no sono aos poucos enquanto Thay mexia em sua franjinha. Não demorou muito e Beta adormeceu de vez. Thayane aproveitou e foi para sala onde ligou para Vitor, não era a vontade dela, mas ela já não tinha desculpas para dar a ele. Eles conversaram durante uns dez minutos e logo ela deu um jeito de finalizar a ligação. Após isso, ela tomou uma água e foi deitar-se. Thay abraçou Beta de conchinha e logo acabou pegando no sono também.

Na manhã seguinte e o despertador tocou cedinho. Thay foi a primeira a acordar, ela espreguiçou-se enquanto Beta nem se mexia.

Thayane: Amor, acorda. – Cutucou Beta. – Neném, ta na hora, levanta.

Thay ficou uns segundos em silêncio para ver se Beta respondia, mas nesse meio tempo quase pegou no sono de novo. Antes que dormisse, ela resolveu levantar. Enquanto tomava seu banho, ela deixou Beta dormir mais um pouco.

Thayane: Amor, acorda. – Distribui alguns selinhos pela bochecha de Beta que ia acordando aos poucos.

Roberta: Bom dia, amor. – Thay sorriu.

Thayane: Bom dia minha dorminhoca. Não vai acordar, não?

Roberta: Eu não vou pra boate agora de manhã amor, esqueci de te avisar.

Thayane: Ixi, então volta a dormir amor.

Roberta: Já tomou café?

Thayane: Ainda não.

Roberta: Vou levantar então, depois que você sair eu durmo de novo.

Thayane: Fica na cama, amor. Só vou engolir qualquer coisa e vou pra empresa.

Roberta: Aiiii. – Beta gritou ao se tentar se levantar.

Thayane: O que foi? – Perguntou assustada.

Roberta: Meu corpo!

Thayane: O que tem?

Roberta: Ta todo dolorido. – Thay sorriu.

Thayane: Deve ser do jogo.

Roberta: Oh meu pai, ta doendo demais.

Thayane: Deita mais um pouco, depois toma um remédio pra dor.

Roberta: Vou ficar deitada mesmo, ta doendo muito.

Thayane: Vou ali tomar café, já volto. – Thay deu um selinho e retirou-se.

Rapidamente ela engoliu algo e voltou para o quarto.

Thayane: To indo amor. – Falava enquanto passava seu batom.

Roberta: Vai sair no mesmo horário?

Thayane: Provavelmente. Mais tarde te ligo, ta bom? – Sentou-se na cama. – Tchau meu amor, descansa mais um pouco.

Roberta: Bom serviço neném. – Thay deu um selinho demorado em Beta.

Thayane: Te amo muito. Muito, muito. – Beta sorriu.

Roberta: Também te amo muito, muito, muito. – Thay pegou sua bolsa e retirou-se.

A manhã passou voando, no horário de almoço Thay ligou para Beta e elas conversaram um pouco. Lá pelas cinco horas da tarde, Beta se arrumou e foi para a boate, no caminho Clara ligou para ela e elas marcaram de se ver em um barzinho próximo a boate. Ao chegar no barzinho, elas pediram dois sucos e colocaram o papo em dia.

Clara: E ai, como anda o casamento?

Roberta: Bem, graças a Deus. E o seu?

Clara: Ah, na mesma. Um dia brigamos, no outro estamos bem. Depois terminamos, logo voltamos, enfim.

Roberta: Nossa, não sei como você aguenta. Eu acho que não teria paciência pra ir e voltar assim.

Clara: Nem eu sei como aguento!

Uma meia hora se passou e a conversa continuava rendendo.

Clara: E aquela sua corrida? Vai ser quando?

Roberta: Mês que vem.

Clara: Já? Nossa! Vai ser no Canadá, né?

Roberta: Isso mesmo.

Clara: Aposto que a marida vai junto. – Sorriu. – Será que ela se importa se eu for?

Roberta: Ah, não vai não. Quer dizer, eu tenho quase certeza que ela não vai comigo.

Clara: Por causa do trabalho ou do noivo?

Roberta: Por nenhum desses motivos. Ela nunca foi a favor das minhas participações nessas corridas.

Clara: Nossa.

Roberta: E pra te falar bem a real, ela nem sabe que será mês que vem.

Clara: Pera aí, como assim?

Roberta: Por ela não aprovar, eu ainda não contei. Sei que ela vai dar um piti e temo por isso. Estamos tão bem.

Clara: Você pirou de vez? Mês que vem é amanhã já Beta.

Roberta: Eu sei, eu vou conversar com ela o mais rápido possível, só tenho que tomar coragem.

Clara: Conhecendo o pouco que conheço a Thay só posso te dizer uma coisa: boa sorte amiga!

Elas conversaram mais uns minutos e logo Clara foi para sua casa e Beta para a boate. A casa abriu as onze e meia, como sempre, a casa estava cheia. Roberta ficou na boate até uma da manhã e depois deixou com seus funcionários e o DJ que ficou até um pouco mais tarde.

Ao chegar em casa Thay ainda estava trabalhando em um projeto, seu dia havia sido cansativo e ela estava muito cansada. Beta tomou um banho, fez um lanche para elas e conseguiu tirar Thay do computador. Elas lancharam e foram se deitar. Como no dia seguinte seria feriado, elas resolveram assistir um filme.

Roberta: Qual você quer ver?

Thayane: Coloca um bom aí.

Roberta: Pode ser um de terror?

Thayane: Pode. – Beta começou a olhar DVD por DVD até escolher um.

Roberta: Que tal esse: ‘A Casa’? Parece ser bom.

Thayane: Pode ser.

Roberta colocou o filme e logo se deitou. O filme era tão bom que elas pegaram no sono no meio do filme.

No dia seguinte, elas acordaram lá pelas onze horas da manhã. Ficaram namorando até quase meio dia, pediram algo e almoçaram. Um pouco depois do almoço e Angel ligou para Thay, convidando-as para irem a praia.

Lá pelas três horas e eles se encontraram na praia. Estava um sol forte e um calor horrível. O pessoal tomou banho de sol, banho de mar, jogaram ping-pong, vôlei, brincaram, beberam e foram embora um pouco antes das sete da noite.

Thay e Beta foram embora caminhando, afinal, a casa de Beta era próxima da praia. Antes de chegarem em casa e elas passaram na frente de um local onde acontecia uma doação de animais.

Roberta: Olha só amor, vamos entrar?

Thayane: Ah não Beta, vamos embora, eu to com fome.

Roberta: Por favor amorzinho, só um pouquinho.

Thayane: Ai, ta bom, mas é rápido!

Elas entraram, olharam alguns animais e para variar, Beta adorou todos. Na verdade, Roberta sempre foi louca por animais, mas teve um cachorrinho ali que se destacou e ela acabou se apaixonando por ele.

Roberta: Olha amor, que lindo!

Thayane: É muito bonitinho mesmo, mas melhor irmos amor, ta ficando tarde.

Roberta: Olha como ele olha pra mim. Que olhinhos lindos!

Thayane: Lindos demais, mas vamos amor.

Roberta: Ele gostou de mim. – Sorriu boba.

Thayane: Neném, vamos embora, ta tarde e eu to com fome.

Roberta: Ta bom.

Roberta queria ficar mais um pouco ali, mas como percebeu que Thay estava ficando sem paciência, resolveu ir embora logo.

Ao chegar em casa, Thay pediu algo para o jantar enquanto Beta tomava seu banho. Após as duas tomarem banho, elas jantaram e foram para a cama namorar.

Roberta: Amor, já que você não quis trazer o cachorrinho, eu quero um filho. – Thay riu.

Thayane: Eu nem falei nada sobre o cachorrinho.

Roberta: Você nem me deu assunto.

Thayane: Oh que pecado, meu Deus. – Thay a abraçou.

Roberta: É sério amor, eu quero um filho.

Thayane: Você vai engravidar?

Roberta: Eu não, dizem que dói demais. Você engravida.

Thayane: Ah que lindo, eu posso sentir dor. – Beta sorriu.

Enquanto conversavam, elas iam namorando, quando deram por si já era tarde. Não demorou muito e elas pegaram no sono.

O resto dos dias foi a mesma coisa de sempre para as duas. Na sexta-feira, Beta almoçou com Clara que tentou ajudá-la a achar um jeito de contar sobre a corrida para Thay. Já Thay, encontrou May em um barzinho ali perto para pedir uma opinião.

Thayane: Então prima, quero te pedir uma ajuda.

Mayane: E o que é?

Thayane: Quero dar um presente pra Beta, mas quero que seja algo muito especial.

Mayane: E quer que eu ajude a escolher?

Thayane: Exatamente!

Uma hora se passou e ainda não havia surgido uma ideia.

Mayane: Tem que ser algo que ela quer muito, mas muito mesmo.

Thayane: Esse é o problema.

Mayane: Não lembra dela ter comentado nada a respeito?

Thayane: Não, nadinha.

Elas pensaram mais um pouco, até que Thay lembrou de algo.

Thayane: Já sei! Vem comigo prima.

May e Thay pegaram suas bolsas, pagaram a conta e foram até uma loja próxima a praia.

Thayane: O que você acha? – May olhou o tal presente.

Mayane: É...jamais pensaria nesse presente.

Thayane: Ela quer muito.

Mayane: É um presente e tanto. Mas você nunca foi de ter animais.

Thayane: Eu sei, mas já que a Beta quer tanto. – May sorriu.

Thay havia levado May a loja onde estavam doando animais. O cachorrinho que Beta tanto havia gostado ainda estava lá para ser doado. Thay não era muito fã de animais, mas como Beta queria tanto um filho ou um cachorrinho, ela optou por algo mais ‘discreto’.

Uma das funcionárias da loja foi até elas e ficou falando a respeito do bichinho: vacinas, cuidados, alimentação por conta da idade e outras coisas.

Funcionária: Ele é novinho, tem um mês e meio, é muito esperto e ativo. Ta na fase de brincar com qualquer coisa e morder o que estiver pela frente, mas é muito dócil e carinhoso.

Em um momento enquanto Thay olhava o cachorrinho, ele olhou para ela e latiu.

Thayane: Espero que eu não me arrependa.

Ela acertou tudo com a funcionária, comprou uma coleira e uma corrente e foi com o bichinho até um pet shop. May deu a ideia de caprichar no visual dele. Enquanto elas aguardavam o cachorrinho ficar ‘pronto’, Beta ligou para Thay avisando que chegaria um pouco mais tarde e Thay não comentou nada da surpresa.

O cachorrinho apareceu todo lindo: banho tomado, pelo escovado, um cheirinho gostoso e uma fita vermelha no pescoço.

Thayane: Tem certeza que esse é o cachorro que a gente trouxe?

Mayane: Sim, por que?

Thayane: Não ta parecendo não, que mudança! – May a cutucou.

Mayane: Aff, deixa de ser boba, Thay. – May pegou o cachorrinho no colo e elas foram para o apartamento de May.

Thayane: Chegamos. Obrigada pela ajuda prima.

Mayane: Que isso, quando precisar é só me chamar. Tenho certeza que a Beta vai amar o presente.

Thayane: Só falta me trocar. – Elas riram.

Mayane: Bom, daqui pra frente é com você. Cuida bem desse mimo aqui. – Apertou o cachorrinho. – Tchau prima, até mais.

Elas despediram-se com um beijo e May subiu para o seu apartamento.

Thayane: Pois é, por enquanto somos só nós dois, se comporte!

Ao se dar conta que estava falando com um cachorro, Thay balançou a cabeça e voltou a dirigir, não demorou muito e a dupla chegou ao apartamento de Beta.

Aproveitando que Beta ainda não havia chegado em casa, Thay deixou o cachorrinho no quarto e foi tomar um banho, após terminar ela foi para a cozinha fazer algo para elas comerem.

Uma hora e meia depois Beta chegou, ela estava deitada no sofá assistindo televisão.

Roberta: Boa noite amor. - Andou até Thay e a deu um selinho demorado.

Thayane: Boa noite meu amor. Como foi o trabalho?

Roberta: Bem, graças a Deus e o seu?

Thayane: O estresse de sempre. - Elas sorriram.

Roberta: Vou tomar um banho rapidinho amor.

Thayane: Ah, tem um presente pra você no quarto, vai lá.

Roberta: Presente? O que é?

Thayane: Vai lá ver.

Roberta: Vou lá ver.

Roberta andou até o quarto, mas não havia nada lá. Ela olhou no banheiro, no guarda-roupas, mas nada, então ela voltou para a sala.

Roberta: Não tem nada lá amor. - Thay a olhou.

Thayane: Não? - Thay levantou-se e foi até o quarto. - Será que ele fugiu? - Beta não havia entendido nada do que Thay havia falado.

Thay olhou em volta e estranhou, não tinha como o presente de Beta sair dali.

Thayane: Eiiii, cade você? - Beta estranhava mais ainda. Depois de Thay assoviar, o presente saiu de debaixo da cama. - Ah, aí esta você.- Beta na hora que viu o cachorrinho abriu um sorriso enorme.

Roberta: Não acredito! - Ela se abaixou e não precisou nem chamar que o cachorrinho veio correndo até ela. - Ele é lindo, amor. - Thay sorriu.

Thayane: É todo seu. - Beta a olhou e levantou com o cachorrinho no colo.

Roberta: Sério?

Thayane: Serissimo. É todo seu. - Beta a abraçou com um braço e a deu um beijo.

Roberta: Eu amei, neném. - O cachorrinho latiu e elas riram.

Thayane: Agora você tem que escolher um nome pra ele.

Roberta: Ixi sou péssima pra nomes.

Thayane: Nem olha pra mim que eu sou pior.

Roberta: Vou pensar em um nome pro nosso filho. - Thay sorriu ao ouvir 'nosso filho'. - Já deu comida pra ele?

Thayane: Não.

Roberta: Não?

Thayane: Não, chegamos faz pouco tempo. Nem sei o que ele come.

Roberta: Ele precisa comer amor, ele é um bebê ainda.

Thayane: Precisamos comprar a comida dele.

Roberta deixou o cachorrinho com Thay e foi tomar banho. Em seguida os três foram comprar comida para ele. Elas rodaram uma boa parte da cidade atrás de algum lugar que vendesse rações para animais aberto, até que finalmente encontraram. Elas compraram comida, vitaminas e mais umas coisinhas e voltaram para casa. Assim que chegaram, elas deram de comer para ele, brincaram um pouco com ele e quando ele dormiu, foram jantar.

Thayane: Cuidar de um cachorro da trabalho e cansa.

Roberta: Mas compensa. Vou esquentar o jantar. - Beta foi até a cozinha e tratou de cuidar da comida.

Alguns minutos depois e elas terminaram de jantar. Arrumaram a louça e foram se deitar.

Thayane: Já pensou em um nome pro nosso bebê?

Roberta: Tava pensando em Tchesco. O que acha?

Thayane: Tchesco? Por que?

Roberta: Vi esse nome em algum lugar, acho bonito. É diferente. - Thay sorriu.

Thayane: Realmente, não se encontram muitos Tchesco's por aí. Gostei amor, nosso bebê se chamará Tchesco!