Além da Eternidade - 1° temporada escrita por Savinon


Capítulo 100
Quando é verdadeiro, a espera vale a pena


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, gente! Penúltimo capítulo da fic, awn que dor no coração :( kkkk o último capítulo será dividido em duas partes e no dia que eu postar, postarei os dois logo. Vou postar só esse hoje.



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Roberta começou a sentir mil coisas dentro dela: felicidade, raiva, tristeza, alegria, ódio..Aquelas fotos e aqueles vídeos fizeram ela forçar sua mente para lembrar daqueles momentos até que ela começou a sentir uma dor muito forte na cabeça. Josy estranhou sua demora e foi a sua procura até o quarto.

Josy: Achou alguma coisa? - Josy a viu com as mãos na cabeça e correu até ela. - Beta, o que foi? - Ela acabou vendo o conteúdo dos dvd's.

Roberta: Por que ela mentiu pra mim? Por que?

Josy: Calma Beta, você não pode se alterar assim!

Roberta: Minha cabeça! - Apertou suas mãos na cabeça. - Minha cabeça tá doendo muito!

Nem mais uma palavra e Beta desmaiou. Rapidamente Josy chamou uma ambulância e logo elas estavam no hospital. Josy chamou Christian e ele foi até ela.

Christian: Como ela está?

Josy: Ta fazendo exames.

Josy contou como tudo aconteceu e que tudo indicava que Beta havia descoberto quem era Thay na verdade. Eles pensaram em ligar para Thay, mas resolveram que ainda era muito cedo.

Sala de exames


Médico: E então dona Roberta, o que eu havia dito sobre ter emoções fortes?

Roberta: Foi sem querer!

Médico: Felizmente não foi nada, você apenas forçou demais sua mente. É a Thay que está aí fora?

Roberta: Não.

Médico: Essa é uma menina de ouro, não saiu do seu lado um só dia se quer durante esses anos. Você tem sorte de tê-la por perto.

Roberta: Foi ela quem ficou comigo no quarto?

Médico: Você não sabia?

Roberta: Não.

Médico: Então não diga que eu contei. - Sorriu. - Vou ali fora avisar como você está enquanto a enfermeira te aplicará um remédio. Você vai dormir um pouco e assim que acordar poderá ir pra casa. Até mais e se cuide dona Roberta.

Roberta: Obrigada. - O médico retirou-se.

Agora muita coisa fazia sentido para Roberta: a tatuagem no pulso de Thay, o perfume dela pelo seu apartamento, o fato dela ter sido a primeira pessoa que viu ao acordar. Mas ao mesmo tempo, muita coisa não fazia sentido.

Roberta: Se era ela, por que ela não disse quem era?– A enfermeira aplicou o medicamento. – Será que ela não gosta mais de mim como antes? Será que conheceu outra pessoa? Mas e aquela noite de amor? Será que foi só saudade, afinal de vez em quando ela some? - E foi pensando nessas coisas que ela adormeceu.

Algumas horas depois e Roberta acordou um pouco zonza.

Enfermeira: Boa noite. Como se sente?

Roberta: Um pouco enjoada, tonta e com dor de cabeça. - Falou um pouco sonolenta.

Enfermeira: É o efeito do remédio que foi aplicado em você. Daqui alguns minutos passa. Tome um copo com água, sua boca deve estar seca também. - Entregou o copo.

Roberta: To com um gosto horrível na boca. - A enfermeira sorriu e Roberta pegou o copo.

Enfermeira: É do remédio também, ele foi aplicado em sua veia.

Roberta: Há quanto tempo estou aqui?

Enfermeira: Há algumas horas. Lembra do que te aconteceu?

Roberta: Lembro. - Ela abaixou o olhar e pensou um pouco. - Eu sofri um acidente de moto, se eu não me engano fiquei em coma também. Eu estava em meu apartamento vendo umas fotos e...- Roberta calou-se e olhou para a enfermeira. - Eu lembro de tudo!

Enfermeira: Esse tudo seria o que, exatamente?

Roberta: Antes do acidente eu namorava, havia ganhado um cachorro, também. Eu já me lembro de tudo! - Falou um pouco eufórica.

Enfermeira: Acalme-se Roberta. Vou chamar o doutor pra falar com você.

A enfermeira retirou-se e logo voltou com o doutor.

Médico: Então voltou sua memória?

Roberta: Voltou. Me lembro de coisas antes do acidente.

Médico: Diga-me algumas coisas que você lembre.

Roberta: Lembro que um pouco antes da minha viagem pro Canadá eu e alguns amigos fomos a praia, lá vi um cachorrinho e mais tarde me deram ele de presente. Eu namorava também.

Médico: Ótimo, ótimo. Não force muito sua memória por enquanto. Vou te passar uma receita com alguns remédios a menos, enquanto isso pode trocar de roupa para ir embora. - O medico retirou-se.

Christian: E aí doutor, ela acordou?

Médico: Acordou e eu tenho ótimas noticias. Me digam, Roberta namorava antes do acidente?

Josy: Sim.

Médico: Ela foi a praia um pouco antes do acidente?

Christian: Sim, no domingo.

Médico: E depois que ela saiu do coma, alguém comentou isso com ela?

Christian: Até onde sei não.

Médico: Perfeito. Como era de se esperar, a falta de memória da Roberta foi temporária e ela acordou lembrando de muitas coisas, como essas que falei agora.

Josy: Sério? - Sorriu feliz.

Médico: Eu vou passar uma receita com alguns remédios a menos. Me aguardem, por favor. - Retirou-se.

Enquanto o médico fazia a receita nova, Roberta juntou-se a Chris e Josy.

Josy: É verdade que você lembra de tudo? - Correu até ela.

Roberta: Lembro sim.

Christian: Ae, nossa Beta voltou!

Roberta: Pois é, temos de conversar mais tarde, ouviram?

Josy: Xii, e a cabeça dura também voltou!

O médico passou a nova receita e novas recomendações, logo os três foram para o apartamento de Roberta.

Christian: Bem, está entregue, vamos indo! - Tentou fugir.

Roberta: Nada disso! - Beta largou as chaves no balcão. - Por que ninguém me falou nada da Thay?

Josy: Ela pediu pra gente não falar quem era ela!

Christian: Josy! - Ela o olhou.

Josy: Desculpa Chris, mas a Beta tem que saber a verdade. - Josy voltou a olhar Beta. - Por vezes eu quis te contar tudo, mas a Thay nunca deixou.

Christian: Eu tenho certeza que a Thay deve ter tido um bom motivo pra isso, Beta. Liga pra ela.

Roberta: Não, ela está viajando a negócios. Sinceramente não sei se quero falar com ela.

Josy: Beta, vocês precisam conversar.

Roberta: Ela mentiu pra mim Josy e você sabe que eu odeio mentiras! Por vezes paguei de palhaça pra ela, quase chorando falando do meu medo que a tal pessoa que eu gostava pudesse nem saber que eu já tinha acordado e nesse tempo todo ela sabia de tudo e ficou quieta.

Christian: Calma, Beta!

Roberta: Obrigada por tudo gente, mas acho que preciso ficar um pouco sozinha.

Josy: Qualquer coisa nos ligue.

Roberta: Obrigada!

Christian: Se cuida baixinha. - Deu um beijo em sua cabeça. - To feliz por você ter lembrado de tudo. - Retirou-se.

Roberta: Acho que preferia não ter lembrado de nada! - Sussurrou para ela mesmo enquanto via a porta se fechando.

Roberta foi até seu quarto e deitou-se em sua cama. Ela tentava entender porque motivo Thay não teria dito quem era ela realmente. Quanto mais ela pensava, mais confusa ela ficava até que lá pelas três e vinte da madrugada ela pegou no sono.

Na manhã seguinte Beta acordou com a mesma confusão da noite passada.

Roberta: Por que Thay? Por que você preferiu ser uma desconhecida ao ser o amor da minha vida?

Talvez Thay não gostasse mais dela como antes, talvez existisse uma outra pessoa entre elas, afinal, em três anos muita coisa pode acontecer. Talvez Thay queria só matar a saudade sem compromisso. Eram essas as dúvidas de Roberta.

Mais umas horas deitada na cama pensando em tudo e Roberta resolveu voltar a viver.

Roberta: A vida recomeça!

Beta levantou-se, tomou um banho, comeu algo e se arrumou para ir a boate. Antes de sair de casa, seu celular tocou, era Thay, ela ficou observando alguns segundos seu nome na tela e logo largou o mesmo no sofá.

Roberta: Não atendo números desconhecidos!

Beta deu as costas e retirou-se de seu apartamento. Ao chegar em sua boate todos babaram nela. Ela estava linda, usava um short jeans, botas longas e uma jaqueta de couro preta.

Roberta: Bom dia. - Os funcionários a cumprimentaram.

Roberta falou que havia recuperado sua memória e com ela veio muitas ideias envolvendo a boate. Ela queria revolucionar, apresentar sua boate não só para cidade de SP, mas quem sabe para o mundo. Ela reuniu seus funcionários e o DJ e falou sobre suas ideias.

O dia passou voando, Thay tentou várias vezes ligar pra Roberta, mas foi em vão.

Na cidade de Diego

Mayane não saiu do lado de Diego um só minuto. Ela ligou para Beta e conversou um pouco com ela que contou a novidade sobre ter recuperado a memória. May ficou muito feliz e logo Beta quis conversar com Diego. Eles conversaram durante alguns minutos e logo finalizaram a ligação. Mais uns minutos conversando e o doutor veio conversar com eles.

Diego: E então doutor, como ele está? - O doutor ficou uns segundos em silêncio e eles entenderam o que havia acontecido.

Doutor: Eu sinto muito! Fizemos o possível, mas seu Antônio não resistiu a terceira parada cardíaca.

Diego ficou alguns segundos com o olhar perdido e logo uma lágrima escorreu por seu rosto. Sua mãe o abraçou forte e eles ficaram assim por alguns segundos. May apenas ficou olhando eles enquanto uma lágrima caía timidamente por seu rosto. Diego, ainda no abraço de sua mãe, olhou May que se derreteu toda ao ver aqueles olhos tão tristes. Ela andou até eles e os abraçou. Eles ficaram assim durante um tempo e logo foram para casa. O advogado e amigo da família providenciou tudo a respeito do velório.

As horas passaram voando, já era hora do enterro e Diego ainda não havia falado uma palavra se quer. A missa foi rezada e seu Antônio enterrado, antes de ir embora, Diego quis ficar um pouco em um lago que havia ali perto, May acabou indo junto, mas não disse uma palavra também.

Diego: Meu avô costumava me trazer aqui quando pequeno. - May o olhou.

Mayane: É muito lindo aqui. - Diego estava com seu olhar fixo no lago.

Diego: Meu avô que me criou. Me fez ser quem eu sou hoje.

Mayane: Com certeza, aonde ele estiver estará orgulhoso por ver o homem que você se tornou.

Diego: Ele morreu sem me ver um homem por completo.

Mayane: O que? Diego, você é um homem por completo!

Diego: Não sou, May! Uma vez meu vô me disse que um homem só é homem quando conquista o amor da mulher que seu coração escolheu. E ele foi sem ver isso acontecer.

Mayane: Eu acho que não. - Diego a olhou.

Diego: Como assim?

Mayane: Seu Antônio percebeu naquela visita que ele nos fez aquela vez, que meu coração já era seu. Eu só não tive coragem pra assumir.

Diego: Por que ta me falando isso agora? Não quero que tenha pena de mim, May!

Mayane: Eu tenho pena de mim, Diego! Por todo o tempo que eu perdi fugindo desse sentimento. - May olhou o lago e logo olhou Diego novamente. - Por que você nunca desistiu de mim?

Diego: Porque sempre foi amor, May e quando é amor, a gente não consegue desistir!

Mayane: Se eu disser que dessa vez responderei com um sim, você me pediria em namoro de novo?

Diego: Se você me garantir que dessa vez será um sim, eu posso pensar no caso. - Eles sorriram. - Mayane. - Segurou as mãos dela. - Aceita namorar comigo?

Mayane: Aceito. - Mais uma vez eles sorriram e se beijaram por um momento.

Diego: Eu sempre soube que valeria a pena te esperar.

Diego e May foram para casa dele e contaram a novidade para dona Helena.

Helena: Acho que nossa conversa valeu a pena.

Mayane: A senhora me abriu os olhos. Tudo o que aconteceu me fez ver que hoje estamos aqui, mas amanhã não se sabe. Não quero mais perder tempo com bobagens.

Helena: Tenho certeza que você fará meu filho muito feliz.

Mayane: Eu prometo!

May e Diego despediram-se de dona Helena e voltaram para seu apartamento.

Na amanhã seguinte, May ligou para Beta e elas marcaram um almoço.

Roberta: May, coisa boa te ver! - Se abraçaram.

Mayane: Betinha! Como é bom ver você com a memória recuperada!

Elas conversaram mais uns minutos e logo fizeram seus pedidos.

Roberta: May, me tira uma dúvida. Quem era a pessoa que ia doar o coração pra mim?

Mayane: Não sei Beta, o hospital não falou muitos detalhes, mas acho que era de alguém que não sobreviveu em um acidente.

May queria falar que era Thay, mas Thay também havia proibido o pessoal de falar a respeito disso. Depois de mais alguns minutos de conversa e May se arrependeu de não ter dito, afinal, Beta estava com raiva de Thay.

Mayane: Tenta entender o lado da Thay.

Roberta: Como May? Eu precisava muito dela naquele momento e ela me fez pensar que eu não a conhecia tão bem, que éramos apenas amigas.

May tentou por alguns minutos convencê-la, mas foi impossível. Beta estava cega de raiva. Minutos depois e elas resolveram trocar de assunto enquanto iam almoçando.

Mayane: Eu tô namorando. - Beta a olhou.

Roberta: Com quem? - May deu um sorriso diferente, cheio de felicidade. - Não! Não me diz que é com o...- May terminou a frase.

Mayane: Diego. - Sorriu boba. Beta sorriu mais ainda e segurou uma mão sua.

Roberta: Finalmente você viu o homem maravilhoso que está ao seu lado! Que bom, May, fico muito feliz por você. Mas me conta tudo, como foi?

May contou toda a história e logo elas acabaram de almoçar. Conversaram um pouco mais e logo May foi para seu apartamento e Beta para sua boate.

Thayane tentou por vezes falar com Roberta, mas foi em vão também. Ela estranhou e resolveu ligar para May, afinal ela estava preocupada.

Thayane: Oi prima, como está?

Mayane: Muito, muito, muito bem e você.

Thayane: Nossa, esse bem estar todo tem nome?

Mayane: Tenho uma coisa pra te contar.

Thayane: Já to curiosa!

Mayane: Eu to namorando!

Thayane: Que? Como assim? Quando? Com quem? Eu saí daí e você estava solteira, eu me ausento dois dias e você começa a namorar? - May sorriu.

Mayane: Com o Diego!

Thayane: Eu ouvi direito? Você finalmente aceitou ele?

Mayane: Sim.

Thayane: Graças a Deus, tava mais do que na hora, né?

Mayane: Ta Thay, menos! - Thay sorriu.

Thayane: To brincando amor, to muito feliz por vocês, espero que sejam muito felizes! Por falar nisso, como Beta está? To tentando ligar pra ela desde ontem e não consigo.

Mayane: Te falei que o avô do Diego faleceu?

Thayane: Sério? Quando? - May fugiu do assunto e Thay não percebeu.

May contou como as coisas aconteceram e Thay ficou chocada, depois de alguns minutos e Thay insistiu.

Thayane: E a Beta? Tem noticias dela? - May sabia que teria que contar cedo ou tarde.

Mayane: Hãm..eu tenho outra coisa pra te contar. - Thay ficou em silêncio do outro lado da linha enquanto seu coração acelerou. - A Beta, ela...é...ela sentiu uma dor muito forte e foi pro hospital.

Thayane: O que? Como assim? Por que ninguém me avisou? Como ela está?

Mayane: Calma Thay! Ela está bem, sentiu uma dor forte, mas foi medicada. Com essa dor que ela sentiu, sua memória voltou.

Thayane: Ela já lembra de tudo? - Sorriu feliz.

Mayane: Sim! - May sentiu seu coração apertar ao ver o quão feliz estava sua prima e por saber que essa felicidade duraria pouco. Antes que Thay criasse ilusões, ela precisava dizer o que realmente estava acontecendo. - E ela está muito brava com você.

Thayane: Comigo? - Thay ficou séria. - Mas por que?

Mayane: Porque você mentiu pra ela ao dizer que eram só amigas.

Thayane: É por isso que ela não me atende?

Mayane: Sim.

Thayane: Não acredito nisso! Depois de tanto tempo, depois de tudo e eu to perdendo ela de novo!

Mayane: Calma prima, quando você voltar vocês conversam. Ela tem que entender você.

Thayane: Sabemos o quanto ela é cabeça dura e não suporta mentiras, e eu menti pra ela!

Mayane: Não pensa nisso agora Thay, como estão as coisas aí?

Thayane: Estamos há um passo de fechar negócio. - Falou totalmente desanimada.

Mayane: E quando você volta?

Thayane: Amanhã a noite. No almoço eles vão dizer se iremos fechar negócio ou não e a tardinha to voltando já.

Mayane: Ótimo. Se concentra aí e amanhã quando você voltar a gente vê um jeito de amolecer aquela pentelha cabeça dura. - Thay deu um breve sorriso.

Thayane: Vou tentar. Cuida dela por mim, May.

Mayane: Pode deixar. Boa sorte viu?

Thayane: Obrigada. - A ligação foi finalizada.

Assim que Thay desligou ela desabou na cama, com o olhar fixo ela tentava imaginar o que estava passando pela cabeça de sua pequena uma hora dessas. Será que perderia Beta novamente? Thay pensava em mil coisas enquanto sentia um aperto enorme em seu peito.


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Notas finais do capítulo

Beijinhos e até o último capítulo! :(



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