Quem disse que eu tenho sorte? escrita por Chizul


Capítulo 21
O Filho do Tio Davi: Jhonny


Notas iniciais do capítulo

Olha quem apareceu! Olá Granulados!
Eu sei que prometi sete dias, mas ocorreu uns problemas familiares e escolares (provas u.u) e acho que posso demorar para postar o próximo também (entrega de boletins amanhã), pois devo ficar de castigo ou sei lá (Boletins... Boletins)

Enfim, espero que gostem desse capítulo que terminei hoje!



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Vendo Castiel colocar a ultima bolsa no banco traseiro, senti uma gota descer minha cabeça, uma gota de suor, uma gota de suor desesperada.

Quero morrer...

Só a idéia de estar no mesmo lugar que Castiel, a menos de alguns centímetros, me deixa nervosa. Era como se eu estivesse prestes a apresentar algo para a população inteira do Canadá e tivesse esquecido absolutamente tudo.

– Entra logo! – Buzinou, me despertando.

Acenei um sim com a cabeça e corri até o outro lado do carro, entrando no banco do carona, ao seu lado. Ele acelerou.

– Ligue para Lysandre dizendo que já estamos saindo, ele é esquecido demais. – Mandou.

– H-Hai. – Respondi pegando o meu celular.

Disquei seu número e ele atendeu no segundo toque:

Ligação ON

– Lysandre? – Perguntei.

– Olá Haato. Tudo bem?

– Sim, quero dizer, mais o menos... – Fiz uma pausa, olhando para Castiel de relance, que olhava para a pista. – Enfim, só estou ligando para avisar que estamos saindo.

– Nós saímos faz uns tempos, então chegaremos primeiro que vocês.

– Uhum, tchau.

– Tchau e boa sorte.

– Obrigada.

Ligação OFF

– Eles já saíram. – Repeti o que Lysandre havia dito.

– Beleza.

Abri meu lado da janela, segurando meus longos cabelos ruivos para não atrapalharem Castiel.

– Castiel...? – O chamo, sem olhá-lo.

– O que?

– Posso ligar a radio? – Pergunto.

– Pode. – Respondeu dobrando a esquerda.

Levei minha mão até o aparelho de música e o liguei, colocando na rádio. Neste momento está passando “Domingo de Manhã – de Marcos e Belutte”. Relaxei um pouco no banco, olhando as árvores das pequenas terrinhas compradas pelos fazendeiros, que trabalhavam. Comecei há cochilar um pouco, mas não dormi. Olhei a hora em meu celular, era 8horas e 20minutos. O tédio, o incomodo, o sinistro de estar no mesmo carro com Castiel; ao lado de Castiel. É apavorante.

– Castiel... – O chamo novamente.

– Hm.

– Posso pegar um picolé? – Pedi.

– Ah? – Franzi o cenho, mas logo mostra ter se lembrado da caixa térmica. – Sim, pega vai.

Olhei para trás, levando meu braço até a caixa vermelha de tampa branca, ela era de um tamanho médio. A coloquei em meu colo e destampei, vendo a variação de picolés e latas de refrigerante que lá continha.

– Pega de morango. – Sugeriu/mandou para mim.

– Hm. – Balancei a cabeça concordando.

Peguei um enorme, que parecia um sorvete, e coloquei a caixa no banco de trás de volta. Abri o pacote e dei uma lambida na ponta do picolé de morango, era bom. Coloquei metade dele na boca, tirando e lambendo novamente...

– Você não morde o picolé não? – Perguntou, me vendo chupando o picolé cremoso, que insistia em derreter.

– Não. – Respondi colocando-o todo na boca e tirando, vendo-o escorrer um pouco. – Prefiro chupar, meus dentes doem quando mordo.

O vi soltar uma risada maliciosa de canto, depois uma sarcástica.

– Me dá esse negocio ai. – Ele simplesmente tirou uma das mãos do volante e pegou meu picolé pelo palito...

E mordeu. Mordeu não, abocanhou metade do meu precioso sorvete. Inflei as bochechas, visivelmente irritada com isso e ele apenas riu da minha cara.

Estamos tendo um papo tão bom que nem parece que nos beijamos...

– Castiel! – O repreendi.

Ele devolveu o que tinha restado do meu picolé e colocou a mão de volta no volante. Comecei a chupar e lamber aquilo, já havia pingado umas dez vezes na minha coxa e braços.

– Castiel...? – O chamo, receosa.

– Oi? – Pergunta brincalhão.

– Quero uma toalha, onde tem uma toalha? – Perguntei.

– Ali atrás tem um monte de bolsa, tente achar a sua que te dou um premio. – Cínico.

Olhei para trás, observando as bolsas, tentando visualizar cada uma delas e seus tamanhos; nem eram tantas. Tirei meu sinto, virei de costas, Castiel olhou diretamente para mim, e pulei nas bolsas, mergulhei lá.

– Tas louca?! – Perguntou dobrando a esquerda.

– Não. – Simples.

Comecei a procurar a bolsa com minha toalha, que parecia ter virado pó – Meu senso de humor está voltando, oba! – e quando encontrei – depois de uns três minutos – ela estava sendo esmagada pela de Castiel e ainda tinha outra que também era de Castiel, só que levava coisas de Lysandre também. O pego abriu-a e quando faço isso, Castiel passou pó rum maldito quebra-mola do inferno, que me fez dar um pulinho e escorregar do banco e cair com tudo no lugar de por os pés com a bolsa em cima de mim; todas as minhas coisas caíram sobre mim, todas saíram da bolsa.

Castiel começou a rir da minha cara e do enorme tombo que levei. Comecei a levantar com dificuldade, pois eu fiquei “entalada” naquele lugar e demorei tipo, dois minutos para sair. E ainda tive que agüentar Castiel zombando da minha cara, fazendo piadinhas nada engraçadas pro meu gosto.

Segundos Depois...

Sentada em meu banco, observando o sol a nossa frente, não estava nenhuma pouco acomodada, queria era sumir dali. Essa viagem de apenas 50 minutos está maior que o previsto...

– Hey Yumi. – Castiel me chama, quebrando o silencio.

– Oi? – Olhei para o mesmo, que fitava a pista e árvores do local.

– Pega uma garrafa com um liquido âmbar pra mim que esta na caixa térmica. – Pediu, mas calmo do que imaginava.

– Hm. – Acenei um sim, pegando a caixa.

Coloquei-a no meu colo e a abri, procurando a garrafa dele. Quando achei, peguei-a e ergui meu braço para o meio do carro na altura dos ombros de Castiel para ele ver se era esta e ele acenou um “sim”, então fechei a caixa e joguei lá atrás novamente.

Abri – hoje eu estou abrindo coisas demais ¬¬’ – e a coloquei na boca de Castiel, levantando levemente para cima para ele beber mais, para parar, ele balançou a cabeça negativamente e então a fechei.

– Bebe ai, é bom. – Sugeriu, ainda olhando para pista, sorrindo sarcasticamente.

– O que é isso? – Perguntei abrindo novamente.

– Refrigerante de guaraná.

Mesmo sentindo um mau pressentimento sobre aquilo e achando que era mentira, bebi. O refrigerante desceu rasgando minha garganta. Desculpem-me, mas, Caralho! Isso não é refrigerante!

Mesmo não sabendo o que era, tomei outro gole, estava curiosa sobre isso, acho que minha eu com memória já tomou, pois está pedindo mais – parece que ela era louca por esses negócios.

– Castiel...? – O chamo, olhando do canto do olho para o mesmo.

– Sim? – Perguntou.

– O que... É isso? De verdade? – Perguntei, fitando seus olhos cinzentos.

– É cerveja Yumi, cerveja. – Tombei a cabeça para o lado, ainda em duvida. – Cerveja é algo que você bebe, te deixa louco e inconsciente das coisas que faz. – Explicou depois de suspirar impaciente.

– Oh! – Exclamei. – Então, se beber isso, eu posso apagar e depois acordar normalmente no outro dia? – Perguntei deixando clara a minha curiosidade.

Ele olhou para mim de canto, depois sorriu sacana, parou e pensou; por fim falou:

– Sim.

Bebi mais do liquido chamado cerveja e acabo de perceber que não tem marca, então Castiel tirou somente para eu tomar e minha outra Yumi não me dizer “não faça isso, ele pode lhe estuprar se você tomar essa bagaça!”. Eu tomei, um, dois, três... A garrafa toda.

Agora, neste momento, estou inconscientemente me balançando de um lado para o outro no banco – ainda com o cinto pra não sair voando – escutando alguma coisa num dos CD’S de rock de Castiel.

Eu não sei se estou normal... Estou? Ah, quem se importa que se foda, um dia desses eu estava com raiva de Castiel e não queria nada com ele, mas agora nós parecemos dois loucos dentro do carro, nos dando tão bem que nem parece que brigamos e Castiel parece gostar desta Yumi – o que, não sei por que, me deixa feliz; alguma parte de mim está se esforçando para ficar ao seu lado e a outra está querendo ficar longe dele, fugir para um lugar no infinito para nunca mais vê-lo.

– Hey Castiel! – O chamo animada.

– O quê? – Desviou os olhos da pista para mim.

– Aquela não é a casa que temos que ir?! – Perguntei avistando a fazenda que tinha na fotografia de Lysandre, eu se lembrava dela.

– Oh, é ela mesmo, valeu aê! – Bagunçou meus cabelos, rindo feito um bobão e eu do na mesma.

Entramos, formos ao local da piscina, estacionamos e saímos do carro. Eu sai andando igual uma lerda, tombando em tudo, até que cai nos braços de Kentin.

– Kentin, Kentin, meu amado Kentin! – Acariciei sua bochecha, mas parei imediatamente, rindo de mim mesma. – Hey Kentin, você não sabe o que aconteceu! – O deixei confuso e irritado. – Eu bebi! – Dei um beijo em sua bochecha num pulo.

Kentin automaticamente segurou meu pulso quando eu iria até Lysandre. Olhou diretamente nos meus olhos e disse:

– Como assim “eu bebi”? – Interrogou-me como se fosse policial.

– Bebi, tomei uma garrafa de cerveja! – Aleguei – Castiel me deu, ele disse que era refrigerante de guaraná. – Ri um pouco, uma risada abafada. – Mas não dê nele, eu que quis também. – Fiz biquinho.

– Você, Yumi, essa Yumi que ficou avoada por causa da luta com Debrah, bebeu? – Perguntou desconfiado.

– Sim, sim. Quem mais? – Perguntei a ele como resposta.

Larguei-me dele e fui para Lysandre, que me recebeu de braços abertos.

– Olá Haato. – Sorriu fracamente.

– Hm... Oi Lysandre. – Disse. – Hey Lysandre? – o chamo a atenção.

– Sim?

– Por que uma hora você me chama de Haato e outra de Yumi? – Perguntei.

– Por que gosto dos dois nomes, e acho que os dois combinam com a senhorita. – Colocou a mão no meu ombro. – Não gosta disso? – Tirou a mão de meu ombro.

– Nã...

Iria responder, mas fui interrompida:

– Hey, hey meus primos! – Um loirinho estranho apareceu.

Ele tinha olhos verdes, seu cabelo era âmbar, mas loiro. Sua pele era parda, mais puxada para a branca. Ele me encarou, depois a Lysandre, depois a Leigh, depois a mim novamente e sorriu.

– Então você é a Haato Yumi? – Fez uma pergunta retórica. – Você é minha prima, a irmã de Lysandre e Leigh? – Perguntou.

– Quem é você? – Perguntei soltando Lysandre.

– Sou Jhonny, filho de Davi.

Castiel chegou no meu ouvido e falou:

– Ele é metido a rico, um chato mesmo.

Ri.

– Percebi. – Murmurei de volta.

O loiro deve ter escutado, pois bufou e me fitou desafiador.

– Sabe nadar Haato? – Se aproximou.

– Sei e daí Jhonny? – Perguntei me aproximando também.

– Bom, vi que você é uma garotinha esperta. – Riu cínico. – Então vamos apostar quem vai e volta mais rápido na piscina?

– Hm... Deixa-me checar minha agenda. – Peguei o bloco de notas do Lysandre (estava com ele o.O) e revirei páginas, depois o devolvi. – Estou livre, vamos lá loiro. Eu ganho o que quando vencer?

– Quando eu vencer posso fazer o que quiser com você por hoje.

Arregalei meus olhos, mas não me deixei abalar.

– Então tá apostado loiro, quando virar meu empregado não reclame. – Estendi a mão para ele.

Ele a apertou de volta.

Agora você tá frito, Loiro!


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Notas finais do capítulo

Quem gostou? Hey hey Granulados, que primo é esse?
Um apostador! Quem vocês acham que ganha? Agora me deem uma sugestão:
a) Yumi ganha e manda Jhonny fazer coisas vergonhosas.
b) Jhonny ganha e manda Yumi fazer coisas vergonhosas.
c) Jhonny ganha e faz coisas pervertidas com Yumi.
d) Yumi ganha e faz coisas macabras com Jhonny.

Escolham uma dessas sugestões, pois eu estou numa duvida tremenda aqui!
Quem gostou da capa que fiz? Ficou legal? Querem que eu faça uma para o próximo também?
Até os comentários!