Quem disse que eu tenho sorte? escrita por Chizul


Capítulo 12
Convite


Notas iniciais do capítulo

Olá Granulados!
Voltei! Pois é, eu demorei? Não sei, mas sei, só sei que nada sei!
Esses dias passei doente, sério mesmo. Mas já passou e estou renovada da minha doença bocal, febre e ouvido.

Mas vamos logo, vamos ler!



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Estava na sala, conversando com Kentin, que senta atrás de mim. Conversávamos sobre a Debrah de um modo “Like o ninja” por ninguém nos escutar. O quão ela era odiosa, meu Deus, meu plano um dia tem de ser feito...

– Então os mo... HAATO YUMI! – Droga, o professor me chamou.

Não fiz nenhum movimento, apenas olhei ao redor da sala e vi que Debrah não estava, sorri aliviada.

– Sim? – Perguntei.

– Pare de conversa e preste atenção no quadro! – Me ajeitei na carteira.

Comecei a escrever o que tinha no quadro negro... Que era verde.

Ah, sim. Já havia se passado três dias desde a chegada de Debrah. Ela não avia me causado problema nenhum! Mas o que me irritava mesmo era que todos gostavam dela, ela estava gentil. E para isso acontecer só a duas explicações possíveis:

Podem ter feito lavagem cerebral nela e agora ela pensa que era fofa e educada, sendo que era um demônio.Estava fingindo ser amável para depois vir como bomba em cima de mim, como um demônio pior que o satanás.

E obviamente a dois era a mais certa. Tive que explicar tudo a Lysandre; do bullyng que passava nas aulas particulares e da merda de coisas que ela me chamava enquanto ficava fora do meu alcance depois daquela barragem “mágica” de vidro.

Lysandre achou um absurdo. Obvio. Quando eu o contei, quase vomitei por falar tanto dela. Ele achou que eu estava passando mal e até me ofereceu um remédio.

Pintei (pichei com spray) meu cabelo de preto e deixei-os presos em apenas rabo-de-cavalo, odeio rabos de cavalo.

– Professor, mas eles não eram ricos? – Perguntou a Diabra... Quero dizer, Debrah.

Realmente, historia hoje estava me deixando com sono. Esses dias estou tendo insônia por medo dela chegar a meia-noite no meu quarto, me apontar uma arma e me balear no peito e na cabeça. Ela é capaz de fazer isso, mesmo, mesmo!

Ontem, dia horrível, eu vi Castiel dando uns pegas na Debrah. Ótimo! Todo diabo precisa de uma parceira. Assim ela não avança em Lysandre ou Kentin, meus deuses gregos.

–--- X ♥ X ----

– E as medidas do triangulo retângulo vêem através... – A professora explicava.

Hoje era o quarto, QUARTO, dia que ela estava aqui, não que me incomode, mas é horrível ver ele tentando virar minha amiga.

Meus cabelos pretos, pichados, deixaram eu mais bonita, como diz Lysandre. E parece que ela ainda nem me percebeu e como não sou popular, meus cabelos não importaram a ninguém. Aqueles bando de fofoqueiros...

– TRIMMMRIRMRMM – O sinal ecoou pela escola toda.

Ajeitei meu material e anotei para fazer a pagina 106 do livro de matemática. Eu estou, sinceramente, gostando de matemática. Ângulos de coisas e mais coisas estranhas é até legal quando você entende...

– Olá.

Olhei pra cima e adivinhem quem vi?! Se você pensou na Debrah, acertou! Sua expressão era a mais doce possível como uma querida mãe, e seus puxados olhos feio estavam abertos, parecendo até biloca.

– Olá. – Respondi alegre, escondendo minha raiva.

– Você pode tem algo marcado para mais tarde? – Perguntou.

– Sim, a atividade. – Pausei os cotovelos na mesa e a mão no queixo, tombando a cabeça para o lado e mostrando meu sorriso falso.

– Não, claro que ira fazer a atividade. – Disse como se fosse à coisa mis obvia do mundo, e pior que é. – Quero dizer, depois disso?

– Hmm... – Fiz uma expressão pensativa. – Nada, por quê? – Nossa, que cara de pau!

– Quer ir ao shopping comigo? – Indagou, quase insistindo. – Você é tão sozinha...

– Não, não. Mas obrigada por se preocupar. – Levantei da carteira.

– Vamos, vai ser divertido! – Começou a insisti de verdade.

Vir-me-ei e olhei-a irritada. Ela tinha cara de cachorro pidão, mas não caiu nessas coisas desde treze anos. Ainda a olhando irritada, suspirei tentando parecer vencida, mas na verdade só vou enganá-la. Então sorri docemente.

– Ok. – Ela deu um pulinho. – Que horas?

– Esteja no terminal de ônibus ás 17horas e 30minutos. – Ela segurou minha mão. – Nos encontramos lá. – Saiu correndo.

Comecei a andar pelo corredor já vazio. Lysandre já deve ter ido, estou encrencada. Leigh vai me comer viva quando chegar, já é por volta de 15horas. Minhas aulas são das oito da manhã até 14horas e 30minutos. Caminhei o percurso todo da escola até em casa já que não possuo idade ou carro para dirigir, pena de mim. T-T

– Bem Vinda Srta. Haato. – Minha empregada pessoal cumprimentou-me.

– Estou de volta, Sam. – Devolvi o cumprimento. – Onde estão Leigh e Lysandre? – Perguntei estendendo meu casaco pra ela e adentrando na casa.

– Foram à loja de roupas, senhorita. – Responde abrindo um sorriso. – Deseja algo? – Indagou.

– Hmm... – Parei para pensar. – Daqui a 10 minutos poderia passar no meu quarto com algum lanche? – Perguntei.

– Claro. Prepararei agora mesmo. – Ela iria andar, mas parou. – Posso me retirar, senhorita?

– Não. – Respondi. – Antes disso quero dizer que também passe de 17horas no meu quarto, por favor. – Pedi.

– Sim senhorita... Mas poderia me dizer o aviso que darei? – Perguntou confusa.

– Ah claro, diga que em meia-hora terei um compromisso horrível. – Respondi fria e comecei a caminhar até as escadas. – Pode se retirar agora!

Sam saiu rapidamente da cozinha até a cozinha. Subi as escadas e quando cheguei a meu quarto, troquei de roupa e comecei a fazer a atividade, estava fácil demais para minha inteligência aprimorada. Quando era pequena aprendia coisas que nem chegam perto disso... Agora me lembro da primeira aula particular que tive... Quando ainda era ingênua...

FaschBack ON

Acabando de chegar à base da CAE, na qual nem vi o caminho visto que dormia, me levaram a uma sala branca enorme, com apenas um pilar com um metro de altura e de largura, provavelmente o mesmo. Trancaram-me lá, pedindo para esperar. Fitei todos os cantos da sala, observando especialmente as câmeras, mas por criancice fiz uma careta em sua direção.

– Yumi? – Uma mulher por volta dos trinta anos me chamou.

– Hai! – Respondi, marcando presença no local.

Ela veio até mim e sentou no chão, ao meu lado, e jogou vários livros e dois cadernos na nossa frente. Olhei-a confusa, afinal, para que livros?

– Sou a professora Isabel Cinder, mas pode me chamar apenas de Isabel. – Adiantou com o cumprimento. – Serei sua professora até quando completar os treze ou até mesmo quinze. – Sorriu. Apenas assenti. – Bem, qual o ultima matéria e assunto que viu na escola?

– Foi historia, minha matéria predileta, víamos quem descobriu o Brasil. – Respondi contente. – A penúltima foi matemática, segunda matéria favorita, estudamos unidades, centenas e milhares. – Completei.

– Então vamos á matemática! – Assenti ao ver sua ansiedade.

Um ano se passou desde que ela começou a me ensinar as coisas, como da ultima vez falada, agora também estudávamos matemática.

– Então o x é somado três vezes, então para adiantar, antes das coisas, você começam com “x +1 + x + 1 +x +1” que se forma “3x”. – Explicava-me equações de 1º Grau.

Entendo... – Ela me explicava tão bem, que me sentia especial ela era minha estrela-cadente.

– Ótimo, agora faça essas. – Finalmente descobri o que ela tanto escrevia enquanto me explicava.

Passei uns trinta segundos para termina, eram simples, as incógnitas eram fáceis.

FaschBack OF

– Senhorita? Posso entrar? – Ela bateu três vezes na porta, despertando-me.

Respondi um “sim” e assim que ela adentrou no quarto e me viu fazer a atividade me deu um olhar de mãe orgulhosa.

– Vejo que finalmente esta se dedicando aos estudos, senhorita. – Observou minha empregada pessoal.

– Sam! – A repreendi. – Não é pra tanto! – Argumento. – Minha comida...?

– Oh, sim! – Ela se aproximou com uma bandeja. – Fiz um lanche saudável hoje, você não pode engorda.

Observei a comida. Nada mais, nada menos que um suco de goiaba ao leite – Pelos deuses, aquela era minha fruta e suco ao leite favorito - e alguns biscoitinhos. Parecia lanche de grávida que queria alimentar o bebê bem e quando ele nascer, nascer saudável ou/e pessoas de dieta.

– Sério? – Perguntei sarcástica, ela apenas assentiu. – Você me acha gorda? – Perguntei ainda com olhar sacana.

– Não senhora! – Mexeu as mãos freneticamente para os lados depois de colocar a bandeja ao meu lado. – Pelo contrario, a senhora tem um corpo lindo, em forma, saudável e forte. – Soltei um riso que tinha um tom de deboche. – Hein? O quê? Fiz algo? Tem algo em meu rosto? – Começou a passar a mão por todo ele.

Além de minha empregada pessoal, Sam virou minha melhor amiga. Ajudava-me nas melhores horas, me fazia rir nas piores. Sério mesmo, acho que fiquei amiga dela em menos de um mês, era minha segunda mãe adotiva. Ás vezes penso que ela faz esses “lanches” apenas para ver minha expressão ao ver aquela comida e me chamar de gorda, mesmo podendo a despedi-la.

– Tem sim! – Respondi. Ela me fitou curiosa depois da inspeção sensorial no rosto. – Dois olhos, uma boca, duas orelhas, um nariz... – Não me segurei e soltei gargalhadas altas.

– Ha, ha. Muito engraçado. – Disse irônica. – Ok, daqui a pouco passo avisando de seu compromisso horrível. – Alertou.

Cai da cama agora – Mesmo – e fiquei lá no chão por 10 segundos, não fiquei mais por causa de Sam que me chamou. Senti um leve choque quando ela disso a palavra compromisso. Mesmo que não quisesse, teria de ir. Sam se retirou após questionar se estava bem e coisas do tipo. Ás vezes até fico mal pelos meus poderes, mas nada a ver com doenças, e sim com típicas irritações. Droga! Odeio esse tal compromisso com a Debrah, eu a odeio, ela me odeia. Então por que o convite repentino?

Ah claro. Vai que ela tem um batalhão no shopping me esperando com armas e tal, só para me matar de vez... Mesmo que ela quisesse, não pode me matar de vez. Eles ainda me querem viva para, talvez, experimentos e mais experimentos estranhos com meu corpo.

Com essas idéias, comi só metade do lanche, não consegui fazer a atividade direito e acabei deitando sobre elas, cochilando...

– YUMI CARAMBA! – Escutei Sam. – ACORDE SUA LOUCA, HORA DO COMPROMISSO HORRIVEL! – Alertou quase me fazendo surda, aquela vaca.

Arrombou a porta sem mais, nem menos. Então gritei de volta:

– CARACA SAM, A PESSOAS TA AQUI DE BOA E VOCÊ CHEGA GRITANDO! – Ela ainda me olhava com firmeza. – QUANTAS VEZES EU JÁ NÃO PEDI PRA ARROMBAR A MERDA DA PORTA?! – Perguntei, mas mais num sentido de lembrete.

– Neste mês... Sete. – Responde calmamente. – Agora levante e se arrume. – Ordenou ríspida.

Bufei. Sam pode parecer gente boa, mas depois de um tempo ela vira o diabo em pessoa. Então, para não levar uma garfada daquele garfo enorme vermelho também conhecido como tridente, fui me arrumar. Andei até o guarda-roupa e peguei a primeira peça que vi: Uma saia vermelha com pequenas listras pretas; blusa preta; um moletom/casaco (como quiser chamar) branco com contornos vermelhos; meia-calça preta e vermelha, listrada; tênis vermelho e meus cabelos estavam amarrados em marias-chiquinhas.

– Ah, senhorita... – Veio com as formalidades de uma criada. – Seus irmãos chegaram a trinta minutos. – Avisou.

– Ótimo. – Sorri. – Poderia me fazer mais um favor? – Perguntei, clamando para ela aceitar.

– Depende... – Sorriu sacana. – Ah, que isso. Claro que sim, o que deseja? – Perguntou com sua cara angélica.

– Que me acompanhe nesse compromisso horrível!


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Notas finais do capítulo

Hellow Granulados! Gostaram?
Achei essa roupa muito bonitinha para ela sair a noite com a Debrah! Aquela vaca!
Quem gostou da Sam?

Até o próximo Granulados!



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